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Equações Diferenciais Elementares e Problemas de Valores de Contorno PDF

439 Pages·2005·56.139 MB·Portuguese
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Equações Diferenciais Elementares e Problemas de Valores de Contorno OITAVA EDIÇÃO William E. Boyce Professor Emérito Edward P. Hamilton Richard C. DiPrima Anteriormente Professor da Fundação Eliza Ricketts Departamento de Ciências Matemáticas Instituto Politécnico Rensselaer Tradução Valéria de Magalhães Iorio Fundação Educacional Serra dos Órgãos, Te n:sópolis LTC EDITORA SUMÁRIO Prefácio, ix 4.3 O Método dos Coeficientes lndeterminados, 126 4.4 O Método de Variação dos Parâmetros. 128 Capítulo 1 Introdução, 1 Capítulo 5 Soluções em Série para Equações Ll Alguns Modelos Matemáticos Básicos; Campos de Lineares de Segunda Ordem, 131 Direçào, 1 l .2 Soluções de Algumas Equações Diferenciais, 7 5.1 Revisão de Séries de Potências, 131 1.3 Classificação de Equações Diferenciais, 11 5.2 Soluções em Série na Vizinhança ele um Pomo 1.4 Notas Históricas, 15 Ordinário, Parte 1, 135 5.3 Soluções em Série na Vizinhança de um Ponto Capítulo 2 Equações Diferenciais de Primeira Ordinário, Pane 11, 141 Ordem, 18 5.4 Pontos Singulares Regulares, 145 5.5 Equações de Euler, 148 2.1 Equações Lineares; Métodos dos Fatores lmegrantes, 18 5.6 Soluções em Série na Vizinhança de um Pomo Singular 2.2 Equações Separáveis, 24 Regular, Parte l, 152 2.3 Modelagem com Equações de Primeira Ordem, 28 5. 7 Soluções em Série na Vizinhança de um Ponto Singular 2.4 Diferenças entre Equações Lineares e Não-Lineares, 38 Regular, Parte ll, 155 2.5 Equações Autônomas e Dinâmica Populacional, 43 5.8 Equação de Bessel. 158 2.6 Equações Exatas e Fatores lmegrantes. 51 2. 7 Aproximaçõt>s Numéricas: o Método de Euler. 55 2.8 O Teorema de Existência e Unicidade, 60 Capítulo 6 A Transformada de Laplace, 165 2-9 Equações de Diferenças de Primeira Ordem, 65 6.1 Definição da Transformada de Laplace, 165 6.2 Solução de Problemas de Valores lniciais, 169 Capitulo 3 Equações lineares de Segunda Ordem, 74 6.3 Funções Degrau, 175 3.1 Equações Homogêneas com Coeficientes Constantes, 74 6.4 Equações Diferenciais com Forçamentos 3.2 Soluções Fundamentais de Equações Lineares Descontínuos, 180 Homogêneas, 78 6.5 Funções de lmpulso, 183 3.3 lndependência Linear e o Wronskiano, 83 6.6 A Convolução, 186 3.4 Raízes Complexas da Equação Caractertstica, 87 3.5 Raízes Repetidas; Redução de Ordem, 91 Capítulo 7 Sistemas de Equações lineares de 3.6 Equações Não-Homogêneas; Método dos Coeficientes Primeira Ordem, 192 lndeterminados, 95 7.1 Introdução, 192 3. 7 Variação dos Parárnetros, 101 7.2 Revisão de Matrizes, 196 3.8 Vibrações Mecânicas e Elétiicas, 104 7.3 Equações Lineares Algébricas; lnclependência Linear, 3.9 Vibrações Forçadas, l 12 Autovalores e Autovetores, 201 7.4 Teoria Básica de Sisremas de Equações Lineares de Capítulo 4 Equações lineares de Ordem Primeira Ordem, 206 Mais Alta, 119 7.5 Sistemas Lineares Homogêneos com Coeficientes 4.1 Teoria Geral para Equações Lineares de Ordem n, 119 Constantes, 209 4. 2 Equações Homogêneas com Coeficientes Constantes, 121 7.6 Autovalores Complexos, 215 xvi Sumário 7. 7 Matrizes fundamentais, 222 10.2 Séries de Fourier, 310 7.8 AUlovalores Repetidos, 226 10.3 O Teorema de Convergência de Fourier, 315 7.9 Sistemas Lineares Não-homogêneos, 230 10.4 funções Pares e Ímpares, 318 10.5 Separação de Variáveis; Condução de Calor em uma Capítulo 8 Métodos Numéricos, 236 Barra, 323 10.6 Outros Problemas de Condução de Calor, 327 8.1 O Método de Euler ou MéLOdo da Reta Tangente, 236 10. 7 A Equação de Onda: Vibrações de uma Corda 8.2 Aprimoramentos no Método de Euler, 241 Elástica, 332 8.3 O Método de Runge-Kutta, 244 10.8 A Equação de Laplace, 340 8.4 Métodos de Passos Múltiplos, 247 Apêndice A. Dedução da Equação de Calor, 345 8.5 Mais sobre Erros; Estabilidade, 250 Apêndice B. Dedução da Equação de Onda, 34 7 8.6 Sistemas de Equações de Primeira Ordem, 255 Capítulo l l Problemas de Valores de Contorno, 349 Capítulo 9 Equações Diferenciais Não-lineares e Estabilidade, 258 11.1 A Ocorrência de Problema de Valores de Conto mo em Fronteiras com Dois Pontos, 349 9.1 O Plano de Fase: Sistemas Lineares, 258 11.2 Problemas de Valores de Contorno de 9.2 Sistemas Autônomos e Estabilidade, 265 Sturm-Liouville, 353 9.3 Sistemas Quase Lineares, 269 11.3 Problemas de Valores de Contorno 9.4 Espécies em Competição, 276 Não-Homogêneos, 360 9.5 Equações Predador-Presa, 284 11.4 Problemas de Sturm-Liouvi.lle Singulares, 367 9.6 O Segundo Método de Uapunov, 288 11.5 Observações Adicionais sobre o Método de Separação 9. 7 Soluções Periódicas e Ciclos-Limite, 294 de Variáveis: Uma Expansão em Funções de Bessel, 370 9.8 Caos e Atratores Estranhos: as Equações de Lorenz, 300 11.6 Séries de Funções Ortogonais: Convergência na Média, 373 Capítulo 10 Equações Diferenciais Parciais e Séries de Fourier, 306 Respostas dos Problemas, 379 10.1 Problemas de Valores de Contorno para Fronteiras com Dois Pontos, 306 Índice, 430 .- e A-. p L Tentamos, neste capítulo, olhar nosso estudo de equaçõe.s diferen ter alguma idéia de como isso pode auxiliá-lo. Para alguns estu ciais sob diversos ângulos diferentes, de modo a obter uma boa pers dantes, o interesse intrínseco do assunto é motivação sufidcntc, pectiva. Usamos, primeiro, dois problemas para ilustrar algumas das mas, para a maioria, as possíveis aplicações importantes cm ou idéias básicas a que retomaremos com freqüência e que serão tros campos é o que faz com que tal estudo valha a pena. aprofundadas ao longo deste livro. Indicamos, mais tarde, diversos Muitos dos princípios, ou leis, que regem o comportamento do modos de classificar equações, com o objetivo de fornecer uma es mundo físico são pmposiçõcs, ou relações, envolvendo a taxa se trutura organizacional para o 1ivro. Finalmente, fazemos um esbo gundo a qual as coisas acontecem. Expressas em linguagem mate ço das tendências principais no desenvolvimento histórico desse mática, as relações são equações e as taxas são derivadas, Equações campo e mencionamos alguns dos matemáticos extraorclinários que contendo derivada<; são equações diferenciais. Portanto, para com contribuíram para ele. O estudo das equações diferenciais atraiu a preender e investigar problemas envolvendo o movimento de fluí atenção dos maiores matemáticos do mundo durante os três últimos dos, o fluxo de corrente elétrica em circuitos, a dissipação de calor séculos. Apesar disso, continua sendo uma área de pesquisa dinâ cm objetos sólidos, a propagação e detecção de ondas sísmicas, ou mica hoje em dia, com muitas questões interessantes em aberto. o aumento ou diminuição de populações, entre muitos outros, é necessário saber alguma coisa sobre equações diferenciais. Uma equação diferencial que descreve algum processo físico 1.1 Alguns Modelos Matemáticos é chamada., muitas vezes, de modelo matemático do processo, e muitos desses modelos são discutidos ao longo do texto. Co Básicos; Campos de.,P,t@,Ǫ9 meçamos esta seção com dois modelos que nos levam a equa ções fáceis de rcsol ver. Vale a pena observar que mesmo as equa Antes de começar um estudo sério de equações diferenciais (len ções diferenciais mais simples fornecem modelos úteis de pro do este livro ou panes substanciais dele. por exemplo). você deve cessos físicos importantes. Exemplo 1 Um Objeto em Queda ciado do problema que sugira unidades apropriada<;, de modo que estamos livres para escolher unidades que nos par~am razoáveis. Suponha que um objeto está caindo na atmosfera., perto do nível do Especificamente, vamos medir o tempo t cm segundos (s) e a velo mar. Formule uma equação diferencial que descreva o movimento. cidade v em metros por segundo (m/s). Além disso, vamos supor Começamos usando letra<; para representarª" diversas quanti que a velocidade v é positiva quando o sentido do movimento é para dades de interesse nesse problema. O movimento ocorre durante um baixo, isto é, quando o objeto está caindo. detenninado intervalo de tempo, logo vamos usar t para denotar o A lei física que governa o movimento de objetos é a segunda tempo. Além disso, vamos usar v para representar a velocidade do lei de Newton, que diz que a massa do objeto vezes sua acelera objeto em queda. A velocidade deve variar com o tempo, de modo ção é igual à força total atuando sobre o objeto. Em linguagem que vamos considerar vcomo uma função der, em outras palavras, matemática, essa lei é expressa pela equação t é a variável independente e vé a variável dependente. A escolha de unidades de medida é um tanto arbitrária e não há nada no enun- F=ma, (1) Z lncrodução onde m é a massa do objeto, a sua aceleração e F a força total sitivo), enquanto a resistência do ar age para cima (no sentido agindo sobre o objeto. Para manter nossas unidades consisten negativo), como ilustrado na Fig. 1.1.1. Logo, tes, mediremos m em quilogramas (kg), a em metros por segun do ao quadrado (m/s2) e F em newtons (N). É claro que a e vestão F = mg- yv (3) relacionadas por a == dvldt, de modo que podemos reescrever a e a Eq. (2) toma-se Eq. (1) na forma dv F = m(dv/dt). (2) m-=mg-yv. (4) dt A seguir, considere as forças que agem sobre um objeto em que A Eq. (4) é um modelo matemático de um objeto caindo na atmos da. A gravidade exerce uma força igual ao peso do objeto, ou fera, próximo do nível do mar. Note que o modelo contém as três mg, onde g é a aceleração devida à gravidade. Nas unidades de constantes m, g e y. As constantes me y dependem bastante do OQjeto medida que escolhemos, g foi determinada experimentalmente particular que está caindo e serão diferentes, em geral, para objetos como sendo aproximadamente igual a 9,8 rn/s2 próximo à super diferentes. É comum referir-se a essas constantes como parâmetros, fície da Terra. Existe, também, uma força devido à resistência já que podem tomar um conjunto de valores dumnte um experimento. do ar, que é mais difícil de modelar. Este não é o local para uma Por outro lado, o valor de g é o mesmo para todos os objetos. discussão aprofundada da força de resistência do ar; basta dizer que se supõe, muitas vezes, que a resistência do ar é proporcio nal à velocidade e faremos essa hipótese aqui. Dessa forma, a força de resistência do ar tem tamanho (ou módulo) yv, onde yé uma constante chamada de coeficiente de resistência do ar. O valor numérico do coeficiente de resistência do ar varia muito de um objeto para outro; objetos lisos com fonnato aerodinâmi co têm coeficientes de resistência do ar muito menores do que mg objetos rugosos com formatos não-aerodinâmicos. Ao escrever uma expressão para a força total F, precisamos lembrar que a gravidade sempre age para baixo (no sentido po- FIG. 1.1.1 Diagrnma de forças agindo sobre um objeto cm queda livre. Para resolvermos aEq. (4), precisamos encontrar uma fun dos valores escolhidos. Vamos supor, então, quem= 1 Ok g e ção v == v(t) que satisfaça a equação. Isso não é difícil de fa y = 2 kg/s. Se as unidades de y parecem estranhas, lembre zer, e vamos mostrar como na próxima seção. Entretanto, va se de que y tem que ter unidades de força, isto é, kg·m/s2• A mos ver o que podemos descobrir sobre soluções sem encon Eq. (4) fica, então, trar, de fato, qualquer uma delas. Nossa tarefa pode ser ligei ramente simplificada se atribuirmos valores numéricos para (5) me y, mas o procedimento é o mesmo, independentemente Exemplo 2 Um Objeto em Queda (continuação) encontrado qualquer solução e não aparecendo o grdfico de nenhuma solução na figura, podemos fazer deduções qualitativas sobre o com Investigue o componamento das soluções da Eq. (5) sem resol portamento das soluções. Por exemplo, se v for menor do que certo ver a equação diferencial. valor critico, então todos os segmentos de reta têm coeficientes angu Vamos proceder analisando a Eq. (5) de um ponto de vista geo lares positivos, e a velocidade do objeto em queda aumenta enquanto métrico. Suponha que vtem um detenninado valor. Então, calculan ele cai. Por outro lado, se v for maior do que o valor critico, então os do a expressão à direita do sinal de igualdade na Eq. (5), encontramos segmentos de reta têm coeficientes angulares negativos, e o objeto em o valor correspondente de dv!dt. Por exemplo, se v = 40, então dv/dt queda vai diminuindo a velocidade à medida que cai. Qual é esse valor = 1,8. faso significa que a inclinação1 de uma solução v = v(t) tem o crítico de v que separa os objetos cuja velocidade está aumentando valor 1,8 em qualquer ponto onde v = 40. Podemos apresentar essa daqueles cuja velocidade está diminuindo? Referimo-nos, novamen informação graficamente no plano tv desenhando pequenos seg te, à Eq, (5), e perguntamos quais os valores de v que farão com que mentos de reta com coeficiente angular 1,8 em diversos pontos ao dvldt seja zero. A resposta é v = (5)(9,8) = 49 m/s. longo da reta v = 40. Analogamente, se v = 50, então dvldt = De fato, a função constante v = 49 é uma solução da Eq. (5). -0,2, logo desenhamos segmentos de reta com coeficiente angu Para verificar essa afinnação, substitua v(t) = 49 na Eq. (5) e lar -0,2 em diversos pontos ao longo da reta v = 50. Procedendo note que as expressões dos dois lados do sinal de igualdade são = da mesma maneira com outros valores de v, obtemos a Fig. 1.1.2, iguais a zero. Como essa solução não varia com o tempo, v(t) que é um exemplo do que é chamado de um campo de direções. 49 é chamada de solução de equilíbrio. Essa é a solução que cor A importância da Fig. L 1.2 é que cada segmento de reta é tangen responde a um equilíbrio entre a gravidade e a resistência do ar. te ao gráfico de wna solução da Eq. (5). Assim, mesmo não tendo Mostramos, na Fig. 1.1.3, a solução de equilíbrio superposta no campo de direções. Dessa figura podemos chegar a uma outra conclusão, a saber, que todas as outras soluções parecem estar ' hto é. o coeficience aogular da reta caogemc ao gráfico. (N. T.) convergindo para a solução de equilíbrio quando t aumenta. JntrodU(ãO 3 ..... ' ' ' ' ' ' '· ' ' " ' ' ' ' ' ' ' ' ' -.-''.- .. _, ---''...---. .... --'..'....--. _.. --.'-'..-.-.. .-_. -'-.'...- --.._ -.--..'........ _....... ---.'... --.... --.-.'....-- ._. -.-''.. . ._ -..''... .- .__ ·-- .. - - --- - - - - . -- -- - -- -- -- -- -- ~. ._;.-- - - _,... ...- _... _... _... ...- ...- -- _... _... _,.. _,.. _,.. /' / / -/--'- ./ / ./. / / ' / /. / /. 2 4 8 10 FIG. 1.1.2 Um campo de direções para a Eq. (5). V ' ...... ' ' ' ' ' ' --'.'... .... ...... ..............._........ ..'......... ._..... ·-- ·:;.-;''. ~. .......~. ;· ; ----.''...- .... --'..'.-. -. ... -'-'.. -.- .... .'......... ......_._.... - --'--.' -....-.... .. -... ·- ---- -- --- ·--..:.. -.:---: ~··; ·~- ·.-....., ..,;..•~ . . ·. .; · . -. ~. .../ ~::::.::-:S;~'.-. ---'·-i---.---".· ·· ... ·.·.~---·;· ·.-~- --- -- -- -- ,_... .. ~· .. _,.- - - ...- -,.-,-.. . ·;/,;..-,.,:."- .. ...;,;...-,.-.-.-' . . ...- ...- --- .//' /. / . .. './. .. // . -//- -'- // . 2 •.·4 ·· 8 10 t FIG. 1.1.3 Campo de direções e solução de equilíbrio para a Eq. (5). A abordagem ilustrada no Exemplo 2 pode ser igualmente segmento de reta é tangente ao gráfico de uma solução contendo aplicada à Eq. (4), mais gemi, onde os parâmetros me '}'são aquele ponto. Um campo de direções desenhado em uma malha números positivos não especificados. Os resultados são, essen razoavelmente fina fornece uma boa idéia do comportamento glo cialmente, idênticos aos do Exemplo 2. A solução de equilíbrio bal das soluções de uma equação diferencial. A construção de um da Eq. (4) é i.(t) = mg/y Soluções abaixo da equação de equilí campo de direções é, muitas vezes, um primeiro passo bastante brio aumentam de velocidade com o tempo, soluções acima di útil na investigação sobre uma equação diferencial. minuem de velocidade e todas as soluções se aproximam da so Vale a pena fazer duas observações. A primeira é que, para lução de equilíbrio quando t fica muito grande. construir um campo de direções, não precisamos resolver a Eq. (6), bastando calcular a função f(t, y) dada muitas vezes. Dessa Campos de Direções. Campos de direções são ferramentas vali fonna, campos de direção podem ser construídos com facilida osas no estudo de soluções de equações diferenciais da forma de mesmo para equações muito difíceis de resolver. A segunda é que cálculos repetidos de uma função dada é uma tarefa para a dy - ::::: f(t, y), (6) qual um computador é particularmente apropriado e você deve, dt em geral, usar um computador para desenhar um campo de dire onde fé uma função dada de duas variáveis, te y, algumas vezes ções. Todos os campos de direção mostrados neste livro, como chamada de função taxa de variação. Um campo de direções o da Fig. 1.1.2, foram gerados em um computador. útil para equações da fonna (6) pode ser construído calculando sefe m cada ponto de uma malha retangular consistindo em.. pelo Rato.~ do Campo e Corujas. Vamos olhar, agora, um exem menos, algumas centenas de pontos. Então, em cada ponto da plo bem diferente. Considere uma população de ratos do cam malha desenha-se um pequeno segmento de reta cujo coeficien po que habitam uma certa área rural. Vamos ... upor qi.:e. ::.:. te angular é o valor da função f naquele ponto. Dessa fonna, cada ausência de predadores, a população de ratos cre~..::c := .J::":;:. ::.;.t,.:. 4 Introdução proporcional à população atuai. Essa hipótese não é uma lei de 0,5 por mês. Então, cada uma das expressões na Eq. (7) tem física muito bem estabelecida (como a lei de Newton para o unidades de ratos/mês. movimento no Exemplo 1), mas é uma hipótese inicial usuaF Vamos aumentar o problema supondo que diversas corujas em um estudo de crescimento populacional. Se denotarmos o moram na mesma vizinhança e que elas matam 15 ratos do cam tempo porte a população de ratos por p(t), então a hipótese po por dia. Para incorporar essa informação ao modelo,_p recisa sobre o crescimento populacional pode ser expressa pela equa mos acrescentar uma outra expressão à equação diferencial (7), ção de modo que ela se transforma em dp dp -=rp, (7) dt = 0,5p - 450. (8) dt onde o fator de proporcionalidade ré chamado de taxa constante Observe que a expressão correspondente à ação do predador é ou taxa de crescimento. Para sennos específicos, suponhamos -450 em vez de - 15, já que o tempo está sendo medido em que o tempo seja medido em meses e que a taxa r tenha o valor meses e o que precisamos é a taxa predatória mensal. Exemplo 3 Investigue graficamente as soluções da Eq. (8). soluções que crescem das que decrescem é o valor de p para o qual A Fig. 1.1.4 mostra um campo de direções para a Eq. (8). Pode dpldt é igual a zero. Fazendo dp/dt igual a zero na Eq. (8) e resol se observar da figum, ou mesmo diretamente da Eq. (8), que, para vendo, depois, para p, encontramos a solução de equilíbrio p(t) = valores suficientemente grandes de p. dpldt é positivo, de modo 900, quando as expressões para o crescimento e para a ação pre que a solução cresce. Por outro lado, acontece o oposto para valo datória na Eq. (8) estão perfeitamente equilibradas. A solução de res pequenos de p. Novamente, o valor crítico de p que separaª" equilíbrio também está ilustrada na Fig. 1.1.4. p / / ./ ./ _/ ,, / ./ ./ / ·:.,r / / / / / /' / --../ .-/- --./ --/ -.....-//· ---// - --// - ---./ / .. ·- ,·..:......:.- - -- -- - - -- - - .-.__ - - ._ -- --. ...._ ...._ ....... ...._ ....... ....... ....... -, ..... ...... ....... ...... ....... ........ ...... ..... ....... ...... ..... ...... ..... ' ...... ' ...... ..... ........... ' ...... ...... ...... ...... ' ...... ...... ...... ...... -., ....... ....... ...... ...... ...... ...... ...... " ....... ..... ...... " ....... " ...... ...... ' ' 1 2 3 4 5 t FIG. 1.1.4 Campo de direções e ~olução de equilíbrio para a Eq. (8). Comparando os Exemplos 2 e 3, vemos que, em ambos os ca movendo próximo à velocidade de equilíbrio. Por outro lado, no sos, a solução de equih'brio separa as soluções crescentes da~ de Exemplo 3 as outras soluções divergem da solução de equilíbrio créscentes. No Exemplo 2, as outras soluções convergem para a ou são repelldas por ela. Em ambos os problemas, no entanto, a solução de equilíbrio ou são atraídas para ela, de modo que, de solução de equilfbrio é muito importante para a compreemão do pois de o objeto cair tempo suficiente, um observador o verá se comportamento das soluções da equação diferencial dada. Uma versão mais geral da Eq. (8) é Hbrio da Eq. (9) é p{t) = klr. As soluções acima da solução de equi líbrio crescem, enquanto as que estão abaixo decrescem. dp dt = rp -k, (9) Você deve manter em mente que ambos os modelos discutidos nesta seção têm suas limitações. O modelo (5) do objeto em que onde a taxa de crescimento r e a taxa predatória k não estão espe da é válido apenas enquanto o objeto está caindo livremente, sem cificadas. As soluções dessa equação mais geral comportam-se de encontrar obstáculos. O modelo populacional (8) prevê a existên maneira bem semelhante às soluções daEq. (8). A solução de equi- cia, após um longo tempo, de um número negativo (se p < 900) ou de um número imenso (se p > 900) de ratos. Essas previsões não são realistas, de modo que esse modelo se toma inaceitável , Um modelo de crescimento populacional um pouco melhor é discutido na Seção 2.5. apó~ um período de tempo mzoavelmente curto. Introdução 5 A Construção de Modelos Matemálicos. Para se usar as equações Em cada um dos problemas de 7 a l O, escreva uma equaçíio diferen diferenciais nos diversos campos em que são úteis é preciso, pri cial da fonna dyldt = ay + b cujas soluções têm o comportamento meiro, formular a equação diferencial apropriada que descreve, ou descrito quando t ~ ac. modela, o problema em questão. Consideramos, nesta seção, dois 7. Todas as soluções tendem a y = 3. exemplos desse processo de modelagem. um vindo da física e outro 8. Todas as soluções tendem a y = 2/3. da ecologia. Ao construir modelos matemáticos futuros, você deve 9. Todas as outras soluções se afastam de y = 2. reconhecer que cada problema é diferente e que a arte de modelar 10. Todas as outras soluções se afastam de y = 113. não é uma habilidade que pode ser reduzida a uma lista de regras. De fato, a construção de wn modelo satisfatório é, algumas vezes, a Nos problemas de II a I4, desenhe um campo de direções para a parte mais difícil de um problema. Apesar disso, pode ser útil listar equação diferencial dada. Baseado no campo de direções, determi alguns passos que fazem, freqüentemente, parte do processo: ne o componamento de y quando t ~ oo. Se esse comportamento de pender do valor inicial de y em t = O, descreva essa dependência. 1. Identifique as variáveis independente e dependente e atribua Note que, nesses problemas, as equaçõe.~ não são da fom1a y' = ay + b, e o comportamento de suas soluções é um pouco mais complíca letras para representá-las. Muitas vezes, a variável indepen do do que o dns soluções das equações no texto. dente é o tempo. #'(/ = 2. Escolha as unidades de medida de cada variável. Essa esco 1 l. y' y(4 - y) lha é, de certa forma, arbitrária, mas algumas escolhas podem ~ 12. /=-y(5-y) ser mais convenientes do que outras. Por exemplo, escolhe ~/ 13. y' = y2 mos medir o tempo em segundos, no caso de um objeto em ,r;~ 14. y' = y(y - 2)2 queda, e em meses no problema populacional. 3. Use o principio básico subjacente ou a lei que rege o proble Considere a lista a seguir de equações diferenciais, algumas das quais ma em investigação. Isso pode ser uma lei física amplamente produziram os campos de direção ilustrados nas figuras de l. 1. 5 até reconhecida, como a lei do movimento de Newton, ou pode I. l.10. Em cada um dos problemas de IS a 20, identifique a equa ser uma hipótese um tanto especulativa baseada na sua pró ção diferencial que corresponde ao campo de direções dado. pria experiência ou observações. De qualquer modo, essa eta (a) y' = 2y - 1 (b) y' = 2 + y pa não será, provavelmente, uma etapa puramente matemáti (c) y':y- 2 (d) y'=y(y + 3) ca, mas uma em que será necessário familiaridade com o cam (e) y' =y(y-3) (f) y' = 1 + 2y po de aplicação, onde o problema se originou. = (g) y' -2 - y (h) y' = y(3 - y) 4. Expresse o princípio ou lei do passo 3 em função das variá m veis escolhidas no passo 1. Isso pode não ser muito fácil, pois (i) y' = i - 2y y' = 2 - Y pode necessitar de constantes físicas ou parâmetros (como o 1 5. O campo de direções da Fig. l.1.5. coeficiente de resistência do ar no Exemplo l) e da detenni 16. O campo de direções da Fig. 1.1.6. nação de valores apropriados para eles. Pode, também, envol 17. O campo de direções da Fig. 1.1.7. 18. O campo de direções da Fig. l.1.8. ver o uso de variáveis auxiliares, ou intermediárias, que têm 19. O campo de direções da Fig. l.1.9. que estar relacionadas com as variáveis primárias. 20. O campo de direções da Fig. 1 .1.1O . 5. Certifique-se de que cada parcela em sua equação está nas 21. Um pequeno lago contém, inicialmente, l.000.000 de galões (apro mesmas medidas físicas. Se isso não acontecer, sua equação ximadamente 4.550.000 litros) de água e uma quantidade desco está errada e você deve tentar consertá-la. Se as unidades são nhecida de um produto químico indesejável. O lago recebe água as mesmas, então sua equação está, pelo menos, consistente contendo 0,01 grama dessa substância por galão a uma taxa de 300 do ponto de vista dimensional, embora possa conter outros galões por hora. A mistura sai à mesma taxa, de modo que a quan erros que esse teste não revela. tidade de água no lago pem1anece constante. Suponha que o pro duto químico est('.ja distribuído unifonnemente no lago. 6. Nos problemas considerados neste texto, o resultado dopas (a) Escreva uma equação diferencial para a quantidade de pro so 4 é uma única equação diferencial que constitui o modelo duto químico no lago em um instante qualquer. matemáúco desejado. Lembre-se, no entanto, que, em proble (b) Qual a quantidade do produto químico que estará no lago mas mais complexos, o modelo matemático resultante pode após um período muito longo de tempo'! Essa quantidade-limi ser muito mais complicado, podendo envolver, por exemplo. te depende da quantidade presente inicialmente? um sistema com várias equações diferenciais. 22. Uma gota de chuva esférica evapora a uma taxa proporcional à sua área de superfície. Escreva uma equação diferencial para o volume de uma gota de chuva cm função do tempo. 23. A lei do resfriamento de Newton dlz que a temperatura de um obje Problemas to varia a uma taxa propQrcional à díferença entre a temperatura do objeto e a temperatura do meio em que está inserido (a temperatu Nos problemas de l a 6, desenhe um campo de direções para a equa ra do ar ambiente, na maior parte dos casos). Suponha que atempe ção diferencial dada. Detennine o comportamento de y quando t ~ '-"'. ratura ambiente é 70"F (<..-erca de 21 ºC) e que a taxa é de 0,05 por Se esse comportamento depender do valor inicial de y em l = O. minuto. Escreva uma e.quação diferencial para a temperatura do descreva essa dependência. o~jeto em qualquer instante t. 24. Um detenninado remédio é injetado na veia de um paciente de ~ 1. y' = 3-2y #•0l = hospital. O líquido, contendo 5 mgfcmJ do remédio, entn1 na cor 2. y' 2y - 3 rente sangüínea do paciente a uma ta.Jea de 100 cmJ/h. O remédio «'> 3. y' = 3 + 2y é absorvido pelos tecidos do corpo, ou deixa a corrente sangüínea ~l· 4. y' = - 1 - 2y de outro modo, a uma taxa proporcional à quantidade presente, com L.) 5. y' = 1 + 2y um coeficiente de proporcionalidade igual a 0,4 h · 1, .#.? V. / 6. y' = y + 2 (rae)n tSeu spaonngdüoín qeuae, eos rcermevéad iuom éa d eiqsturaibçuãíod doi fuenriefnocninael mpaernat ae qnua acnotri- - ---------------------------- -~~-~/~-~/--,/~~-/-~~/-~~/-/-/~~~/-~-/-~-/-~~/-/-//--//--/~--//-~/~--/~­~/ ~',"-,''-~~~-,.-. ...-.._...,.-...~. ,.- ......_.. ,,, .............._...~....".. "~-.,. ....-... .,..,~-,..,. ~/////////////////////////////////////////////////////////////////////////// ,',,~,',~,',',',,'',,'',,'',,'',,'',,'',,'~,,'','', '',~~,,,'',,,'',,,'',,,'', , / / // //////// //// ~,,, '~'''''' 1 2 3 4 l 2 3 4 t FIG.1.1.5 Campo de direções para o Problema FIG. 1.1.6 Cmnpo de direções para o Problema 15. 16. y 2 3 2 3 ~ 5~:P.&?.:?.5'g:~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ _____ _ :-;; ::; ;;}/j·fi:(. Ç·;,? ~ ::;: ;, ;, :-;; ;, ::. -1 ;/ ./ /.//./ :);' /.:?:/ // / / / / ,/ / / _____________ ___.,. ~/ ,/./~~ ~·~~::~/.::~~:~'k".: .· "/i<>:/~. .~~../,,/../,. ./~//../_.-_ //./, ,~_.,/. :::;::::~;::~::te·~:::::::::::::::::::::::::: -2+------------------ __ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ---.-..-----.- --..-......- ---.-.. ----~.-....... .-.~.. :~.~. ~....~. ~s~-'-F~-:.s-_~*._~~_..~:.-:..-..... -.:.-.-.....-..-... ."-."..--.-._-----.--.-, -3 /V///~//~/////////~/////~//~//~//~//~///////////~//////~/ .........,........,........,........~,...... .,........,...... :~~~"::~~':.;./:~~~,·.;.·~::~~ =~.~:s..:~::"-''.-"-..i.-~.:-~ ,.:' ~~-..'..-..... '.......'........'....... -4 //~//~///~///~//~///~///~///j///~///~///~///~///~///~///~///~///~///~///~/// -4 ':':: '':':: '''~ ~ ''\. '''~ '.~.\...:. :''':\ " V~' " ':.'.i:.:.. :,.:, ~::..·s.,'.k.,'. : "'-,:x':-: ~\\"::' ::"~:\-'' .:·"''':- ~''''- '~.'. ,'~'- . .'~\,. FIG.1.1.7 Campo de direções para o Problema FlG.1.1.8 Campo <le direções para o Problema 17. J 8. FlG.1.1.9 Campo de direções para o Problema FIG. t.1.16 Campo de direções para o Problema 19. 20. dade de remédio presente na corrente sangüínea em qualquer Nos problemas de 26 a 33, desenhe um campo <le direções para a instante de tempo. equação diferencial dada. Baseado no campo de direções, determi (b) Quanto do remédio contínua presente na corrente sangüí ne o comportamento de y quando t --+ oo. Se esse comportamento nea ap6s muito tempo? depender do valor inicial de y em t = O, descreva essa depen<lêncía. f12, 25. Para objetos pequenos, caindo devagar, a hipótese feita no texto Note que a expressão à direita do sinal <le igualdade em ca<la uma sobre a resistência do ar ser proporcional à velocidmle é boa. Parn dessas equações depende de t, além de depender de y; portanto, suas objetos maiore8, caindo mais rapidamente. é mais preciso supor soluções podem exibir um comportamento mais complicado que as que a resistência do ar é proporcional ao quadrado da velocictade.3 do texto, tl'2, (a) Escreva urna equação diferencial para a velocidade de um 26. y' = -2 + t - y onbalj eàt ov eelmoc qiduaeddea. de massa m se a resistência do ar é proporcio- ',12?,,,, 27. y' = te-21 - 2y (b) Determine a velocidade-limite após um longo período de 28. y' = e-1 + y tempo. #2 29. y' = t + 2y m( c)o dSoe mqu =e a1 v0e klog,c eidnacdoen-tlriem oit ceo seefjiac i4e9n tme ldse. resistência do ar de .,6,[ l' 30. y' = 3 sen t + 1 + y (d) Usando os dados em (c), desenhe um campo de direções e #2- 31. y1 = 2t - 1 - y2 compare-o como da Fig. l, 1.3. ~2, 32 y' = -(2t + y)/2y 33. y' = y3 /6 - y - t2 /3 ~2, 'Veja Lyle N. Longe Howard Weiss, "The Vclocity Dependence of Aerodynmnics Drug: A Primer for M.athem•ticians", Ameri<'an Muthemariwl Monthly 106, (l999), 2. pp. 127-135.

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