Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Epidemiologia da dengue na cidade de Rio Branco- Acre, Brasil, no período de 2000 a 2007 Ricardo da Costa Rocha Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública para obtenção do título de Doutor em Ciências. Área de Concentração: Epidemiologia Orientador: Prof. Dr. Delsio Natal São Paulo 2011 Epidemiologia da dengue na cidade de Rio Branco- Acre, Brasil, no período de 2000 a 2007 Ricardo da Costa Rocha Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo para obtenção do tí- tulo de Doutor em Ciências. Área de Concentração: Epidemiologia Orientador: Prof. Dr. Delsio Natal São Paulo 2011 É expressamente proibida a comercialização deste documento tanto na sua forma impressa como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, desde que na reprodução figure a identificação do autor, titulo, instituição e ano da tese. Dedico, À minha avó Maria Moreira (in memoriam) e aos meus pais, Roraima e Dirce que sempre me apoia- ram com muito carinho e amor para que eu reali- zasse todos os meus sonhos. AGRADECIMENTOS A Deus, em primeiro lugar, por ter me dado força para enfrentar todas as dificuldades, iluminando sempre meu caminho para que me mantivesse sempre erguido para o cumprimen- to de mais essa etapa na minha vida. À Faculdade de Saúde Pública (USP) e Universidade Federal do Acre (UFAC), que através do convênio, tornou possível a realização deste Doutorado em Saúde Pública. Aos Coordenadores do Doutorado em Saúde Pública, Profª. Dra. Néia Schor e Prof. Dr. Delsio Natal, Dr. Pascoal Muniz e Profª Dra.Terezinha pela dedicação e comprometimen- to durante todas as etapas do curso. Ao Prof. Dr. Pascoal Muniz pela idealização do Doutorado em Saúde Pública no Acre. Por todo empenho e dedicação durante a realização do curso e pelo apoio irrestrito na realiza- ção de todas as atividades previstas. Ao meu orientador Prof. Dr. Delsio Natal, pela orientação, apoio e pelo incentivo constante, por toda atenção, paciência, calma e tolerância, e, sobretudo pelo respeito, confian- ça e pela valorosa amizade construída. Obrigado Professor! Ao Oswaldo Leal e à Suely Costa, que enquanto Secretários de Saúde do Estado do Acre mostraram comprometimento com a qualificação profissional, apoiando nossa participa- ção efetiva no curso. Aos gestores da Secretaria de Saúde, Sérgio Roberto, Cláudia Modesto e Thiago Via- na, pelo apoio irrestrito, concedidos para realizar todas as atividades previstas no curso. Ao Governador do Acre, Sebastião Viana, por ter apoiado a idéia de implantação do Doutorado e Mestrado em Saúde Pública no Acre, visando reduzir a carência de pessoal quali- ficado na área de saúde pública para atuar na Amazônia e, sobretudo, no Estado do Acre. Aos técnicos da Secretaria de Saúde Municipal de Rio Branco, Socorro Martins, Ken- nedy e Maurílio pela disponibilidade das informações epidemiológicas de Rio Branco. Aos técnicos da Unidade Central de Geoprocessamento do Acre (UCGEO) Lúcio e Kamilla, por todo apoio na construção da base geográfica de Rio Branco. Aos Professores da Universidade do Estado do Acre (UFAC), Altemir Braga e Naje Clécio por todo apoio e ensinamentos básicos da técnica de autocorrelação espacial. Ao Pro- fessor Domingos pela orientação nos testes estatísticos. Ao Clênio Plauto pela disponibilização de informações socioeconômicas e dos shapes da cidade de Rio Branco para uso nas análises espaciais. Ao Professor Jorge Washington pelo fornecimento das informações climáticas de plu- viosidade e temperatura de Rio Branco. Aos técnicos do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (SAERB), Disley, Eduardo, Raílson e Vítor pelas informações de redes de abastecimento de água nos bairros da cidade. Aos professores das disciplinas ministradas durante o curso, por todos os ensinamen- tos repassados, contribuindo com meu conhecimento científico e com minha formação profis- sional. Aos componentes da Banca: Dr. Francisco Chiaravalloti, Dr. José Luís Laporta, Dr. Pascoal Muniz, Dra. Dalva Wanderley pelas valiosas críticas e sugestões nos momentos finais para o melhoramento da tese. Aos Secretários do curso Naílton e Vanessa, por toda competência e comprometimen- to e eficiência no apoio constante aos alunos. Ao Adriano Sales pela formatação geral e diagramação da tese. Á Cristiane Neves pela tradução do resumo do português para o inglês. Aos amigos do MINTER/DINTER em Saúde Pública: Marconi, Cristieli, Fernanda, Cleber, Suiane, Maria José, Gleiciane, Paulo Klein, Marcelus, Guilherme, Hélio, Viliane, Herleis, Suleima, José Aparecido, Ionar, Cirley, Raquel, Andréa, Isabela, Danúzia, André. Em especial ao Thiago, pela grande amizade e ajuda nos testes estatísticos e à Silvane, grande amiga e companheira constante durante o período de redação da tese. Ao meu tio Donald Fernandes pelo apoio e pelo carinho. À minha avó Lourdes pelo carinho e momentos de diálogos de sabedoria. Aos meus irmãos e esposas Valden e Rosa, Marcel e Ione, Isadora e Marcelo pela compreensão, apoio e momentos de distração e à minha filha Luana pelo amor e carinho. Aos meus queridos sobrinhos Neto, Marcelo, Pedro, Ana Paula, Felipe, Daniel, Maria Júlia e Maria Eduarda pela alegria que me proporcionam. À minha noiva Jaqueline, por todo amor e carinho nos momentos difíceis e pela paci- ência quando muitas vezes não pude estar presente. São insuficientes minhas palavras para agradecê-la, pois foi quem efetivamente me apoiou em todas as etapas dessa caminhada, do início ao fim. Ao meu grande amigo Janeo pela amizade sincera e pelos bons momentos. Ao Golias, pelo companheirismo e diversão. Enfim, agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para que a conclu- são deste trabalho se tornasse uma realidade. “A análise de uma epidemia não se impõe co- mo tarefa reconhecer a forma geral da doença, situan- do-a no espaço abstrato da nosologia, mas reencon- trar, sob os signos gerais, o processo singular, variável segundo as circunstâncias, de uma epidemia à outra que, da causa a forma mórbida, tece em todos os doen- tes uma trama comum, mas singular, em um momento do tempo e em determinado lugar do espaço” Foucault RESUMO Rocha RC. Epidemiologia da dengue na cidade de Rio Branco- Acre, Brasil, no período de 2000 a 2007 [tese de doutorado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 2011. Objetivo – Caracterizar a ocorrência de dengue na cidade de Rio Brando, estado do Acre, no período de 2000 a 2007, no tempo, no espaço e segundo infestação pelo Aedes aegypti e vari- áveis demográficas, socioeconômicas, ambientais e climáticas. Métodos – Foi realizada uma descrição da incidência de dengue (CI) e da infestação predial pelo Aedes aegypti (IIP) no período de 2000 a 2007 a partir de dados secundários. Descreveu-se a incidência da dengue em relação ao sexo, faixa etária e escolaridade. O Coeficiente de Incidência e o Índice de In- festação Predial foram testados para aferição de correlações com variáveis climáticas, demo- gráficas, ambientais e socioeconômicas. Foi aplicada a técnica de geoprocessamento com o uso da estatística espacial de Moran Global e Local (LISA) para avaliar a autocorrelação es- pacial dos coeficientes de incidência de dengue entre as localidades urbanas da cidade. Resul- tados - A epidemiologia da dengue na cidade é caracterizada por elevada incidência e intensa infestação predial pelo Aedes aegypti. Não existe diferença na incidência de dengue entre ho- mens e mulheres e a faixa etária mais acometida compreende jovens e adultos de 15 a 49 anos e escolares que não concluíram o ensino médio. A distribuição da doença mostra um padrão sazonal com elevação da incidência nos períodos chuvosos e regressão nos períodos secos. O aumento de casos de dengue e da infestação predial mostrou associação significante (p<0,05) com bairros populosos, onde existe muitos imóveis e alta infestação predial. O aumento das ocorrências se mostrou significante com áreas com baixo índice de abastecimento de água pela rede pública. O Índice de Qualidade de Vida (IQV) não apresentou correlação significa- tiva com a ocorrência de dengue, entretanto, a infestação predial foi mais elevada nos bairros com melhor IQV. A estatística de Moran Global e Local (LISA) mostrou fraca dependência espacial (p<0,05) da incidência de dengue entre bairros da cidade. Conclusão - A análise epi- demiológica da dengue na cidade permitiu visualizar fatores que estão relacionados à trans- missão de dengue e na proliferação do Aedes aegypti que podem ser avaliados na formulação de estratégias mais eficazes para alcançar o melhor controle da doença. O uso da análise espa- cial evidenciou que a distribuição da incidência de dengue entre os bairros da cidade ocorre de maneira aleatória. Descritores: Dengue; Epidemiologia; Incidência; Infestação Predial; Aedes aegypti, Fatores determinantes; Autocorrelação espacial.
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