WILSON ALVES RIBEIRO JUNIOR Enganos, enganadores e enganados no mito e na tragédia de Eurípides Tese apresentada ao Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, para obtenção do título de Doutor em Letras Clássicas. Orientadora: Profa. Dra. Adriane da Silva Duarte São Paulo 2011 SILUIAE uxori optimae AGRADECIMENTOS v À Universidade de São Paulo, por todos os recursos acadêmicos disponibilizados durante o cur- so de Pós-Graduação. À minha paciente e atenta orientadora, Adriane da Silva Duarte, pela supervisão e pela revisão dos textos gregos — τὸν κρατοῦντα µαλθακῶς θεὸς πρόσωθεν εὐµενῶς προσδέρκεται (A. Ag. 951-2). Aos docentes da banca de qualificação, Fernando Brandão dos Santos, da UNESP, e José Anto- nio Alves Torrano, da USP, pelo incentivo e pelas proveitosas críticas e sugestões. Aos amigos e colegas do Grupo de Pesquisa Estudos sobre o Teatro Antigo, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH-USP, pelas produtivas e animadas discussões ao longo dos anos de 2005 e 2006, que inspiraram o presente trabalho: Zélia Ladeira Veras de Almeida Cardoso, Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho, Isabella Tardin Cardoso, Maria Cristina Rodrigues da Silva Franciscato, José Geraldo Heleno, Orlando Luiz de Araújo e Christian Werner. Especial agradecimento cabe à Isabella que, durante seus estudos na Alemanha, encontrou tem- po para localizar importantes referências bibliográficas encontradas somente nas bibliotecas universi- tárias alemãs, e ao Christian, que gentilmente disponibilizou o texto de sua Tese de Doutorado, ainda não publicada, e outras preciosas referências. Ao Daniel Rinaldi, amigo e docente da Universidade Autónoma do México, pelo generoso auxí- lio com várias referências bibliográficas e pela produtiva discussão preliminar sobre os dois Hipólitos e sobre os enganos amorosos da poesia épica. Ao João Batista Toledo Prado, amigo e docente da Faculdade de Ciências e Letras de Araraqua- ra, UNESP, pela leitura das versões preliminares da Tese. O João Batista teve, ademais, a gentileza de me aconselhar sobre a tradução da maior parte os textos latinos do trabalho — muito lhe devo pela exatidão e pela elegância do resultado final. Ao meu pai, Wilson Alves Ribeiro. Sua atenta e exigente revisão do vernáculo, em todas as fa- ses do trabalho, aumentou consideravelmente a concisão, a clareza e a fluidez do texto final. Março de 2011. WARJ. ∆όλοι δὲ καὶ σκοτεινὰ µηχανήµατα χρείας ἀνάνδρα φάρµαχ’ ηὕρηται βροτοῖς. Eurípides, Fragmento 288 Ἔοικε γάρ (...) γοητεύειν πάντα ὅσα ἀπατᾶι. Platão, República 413c RESUMO ix RIBEIRO JR., W.A. Enganos, enganadores e enganados no mito e na tragédia de Eurípides. 2011, 502p. Tese de Doutorado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2011. O engano, enquanto reflexo da realidade, está representado em diversos gêneros literários e na literatura de várias épocas. Este trabalho analisa, primariamente, os antecedentes míticos, o léxi- co e a estrutura dramática dos enganos mencionados ou encenados em todas as tragédias conhe- cidas de Eurípides, completas ou fragmentárias. Precede a análise um breve estudo da teoria comportamental do engano e de sua presença na literatura antiga, notadamente a da Grécia (dos poemas homéricos até o fim do século -V), e um excurso sobre o engano na poesia pré-euripidi- ana e sua influência na tragédia grega. A última parte do estudo compreende uma sistematização da estrutura do engano euripidiano e de seu léxico. PALAVRAS-CHAVE: literatura grega; tragédia; poesia; Eurípides; engano; grego antigo; fragmen- tos. ABSTRACT RIBEIRO JR., W.A. Deceptions, deceivers and deceived in Myth and Euripides’ tragedy. 2011, 502p. PhD Thesis. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. São Pau- lo, 2011. Deception, as a reflex of our reality, can be found in many literary genres and literary composi- tions of all times. This work deals primarily with the mythical antecedents and with lexical and dramatical structure of deceits briefly described or staged in all known Euripides’ complete or fragmentary tragedies. A study on behavioral deception theory and its presence in ancient litera- ture, specially in Greece from homeric poems until the fifth century B.C., with an excursus on deception in pre-euripidean poetry and its influence in Greek tragedy precedes the analysis. A systemization of lexical and structural characteristics of euripidean deception completes the study. KEYWORDS: Greek literature; tragedy; poetry; Euripides; deception; Ancient greek; fragments.
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