ebook img

Energia e Meio Ambiente PDF

240 Pages·2016·4 MB·Spanish
by  
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Energia e Meio Ambiente

ISBN: 978-85-60360-57-4 ENERGIA E MEIO AMBIENTE Contribuições para o necessário diálogo Maria Luiza Machado Granziera Fernando Rei Organizadores Chanceler Dom Tarcísio Scaramussa, SDB Reitor Prof. Me. Marcos Medina Leite Pró-Reitora Administrativa Profª. Me. Mariângela Mendes Lomba Pinho Pró-Reitora de Graduação Profª. Me. Roseane Marques da Graça Lopes Pró-Reitor de Pastoral Prof. Pe. Cláudio Scherer da Silva Coordenador Prof. Me. Marcelo Luciano Martins Di Renzo Conselho Editorial (2014 a 2015) Prof. Me. Marcelo Luciano Martins Di Renzo (Presidente) Profª Drª Ana Elena Salvi Prof. Dr. Gilberto Passos de Freitas Prof. Dr. José Gabriel Perissé Madureira Profª Drª Ligia Maria Castelo Branco Fonseca Prof. Dr. Luiz Carlos Barreira Prof. Dr. Luiz Carlos Moreira Prof. Dr. Luiz Sales do Nascimento Profª Drª Maria Amélia do Rosário Santoro Franco Profª Drª Maria Helena de Moraes Barros Flynn Profª Drª Norma Sueli Padilha Prof. Dr. Paulo Ângelo Lorandi Prof. Dr. Rodrigo Christofoletti Prof. Dr. Sergio Baxter Andreoli Editora Universitária Leopoldianum Av. Conselheiro Nébias, 300 – Vila Mathias 11015-002 – Santos - SP - Tel.: (13) 3205.5555 www.unisantos.br/edul Atendimento [email protected] Maria Luiza Machado Granziera Fernando Rei Organizadores ENERGIA E MEIO AMBIENTE: Contribuições para o necessário diálogo Santos, SP 2015 [Dados Internacionais de Catalogação] Departamento de Bibliotecas da Universidade Católica de Santos ____________________________________________________________________________ E56 Energia e meio ambiente [recurso eletrônico] : contribuições 2015 para o necessário diálogo / Maria Luiza Machado Granziera, Fernando Rei (Organizadores). Santos (SP) : Editora Universitária Leopoldianum, 2015. 240 p. ISBN:9788560360574 1. Meio ambiente. 2. Política ambiental. 3. Impacto ambiental. 4. Energia - Fontes alternativas. I.Rei, Fernando. II. Título. CDU 620.91 Editora Universitária Leopoldianum Revisão Julia Di Lucca Capa / Editoração Elcio Prado Projeto gráfico para impressão: • Formato: 160 x 230 mm • Mancha: 140 x 190 mm • Tipologia: Times New Roman (Textos) Este ebook foi publicado em 2016. Colabore com a produção científica e cultural. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a autorização da Editora. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO..........................................................................................07 CAPÍTULO 1 Economia Verde e Matriz Energética Brasileira: delineamentos e reflexões................09 Fernando Rei e Valéria Cristina Farias CAPÍTULO 2 Cobrança pelo Uso da Água e a Compensação Financeira do Setor Elétrico............31 Maria Luiza Machado Granziera e José Carlos Loureiro da Silva CAPÍTULO 3 Usina de Belo Monte no Pará: Licenciamento e Conflitos Ambientais.........................55 Silmara Veiga de Souza CAPÍTULO 4 Mediação na Resolução dos Conflitos Socioambientais no Âmbito dos Comitês de Bacias Hidrográficas......................................................................................................73 Simone Alves Cardoso, Adriana Machado Yaghsisian, Ana Paula Passarelli Hermida CAPÍTULO 5 Energia Proveniente do Lixo.........................................................................................95 Ana Claudia Ribeiro Cardoso da Silva, Maria Fernanda Britto Neves e Fernando Rei CAPÍTULO 6 As Novas Fronteiras Marítimas do Ártico, um Desafio para a Cooperação Internacional e para o Direito...............................................................................................................107 Liziane Paixão Silva Oliveira e Adriana Macena Silva Savio CAPÍTULO 7 Economia Verde e a Matriz Energética Brasileira.......................................................129 Mardônio da Silva Girão CAPÍTULO 8 Petróleo, Gás e Mudanças Climáticas: Ponderação Sobre o Pagamento Por Serviços Ambientais..................................................................................................................141 Ewerton Ricardo Messias CAPÍTULO 9 Impactos Ambientais e de Vizinhança dos Postos de Combustíveis...........................177 Denyse Moreira Guedes e Edson Ricardo Saleme CAPÍTULO 10 Da Proteção do meio ambiente pela destinação da CIDE Combustíveis..........................189 Josiene Pereira de Barros e Luma Guedes CAPÍTULO 11 Um Caso de Excluídos: As Violações no Ciclo Nuclear de Caetité/BA e a Falta de Proteção Efetiva do Direito Humano ao Meio Ambiente no Sistema Interamericano de Direitos Humanos........................................................................................................213 Camila Gilberto APRESENTAÇÃO O Grupo de Pesquisa em Energia e Meio Ambiente do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Direito da Universidade Católica de Santos UNISANTOS está consolidando e ampliando suas áreas de interesse e seus projetos, confirmando nesta terceira edição de livro a pluralidade e a qualidade da pesquisa e dos trabalhos em curso. Formado por docentes e discentes da UNISANTOS, o Grupo conta com a participação de alunos da Pós Graduação – Mestrado e Doutorado, da graduação, particularmente da Iniciação Científica, bem como de outras Instituições de Ensino, inclusive do exterior, sugerindo que a pesquisa sobre energia e Meio Ambiente provoca a pesquisa em temas novos, como os relacionados à gestão de risco, às mudanças climáticas e às energias renováveis, representando um profícuo conjunto de oportunidades para a pesquisa em Direito. Nesta obra, os Coordenadores do Grupo selecionaram trabalhos relacionados às linhas de pesquisa Petróleo e Gás, Energias Renováveis e Mediação de Conflitos Ambientais. Em uma abordagem inicial, Fernando Rei e Valéria Cristina Farias, no Capítulo denominado Economia Verde e Matriz Energética Brasileira: delineamentos e reflexões, tratam da necessária adaptação do modelo de desenvolvimento econômico, analisando medidas que viabilizem a manutenção do crescimento e o controle dos impactos das fontes energéticas sobre o meio ambiente. Na linha de pesquisa Energias Renováveis, o capítulo Cobrança pelo Uso da Água e a Compensação Financeira do Setor Elétrico Elétrico apresenta a contribuição de Maria Luiza Machado Granziera e José Carlos Loureiro da Silva sobre a cobrança pelo uso de recursos hídricos, com ênfase ao setor elétrico, em que a compensação financeira pelo uso de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica é definida, por lei, como a parcela de pagamento pelo uso da água. Logo em seguida, também vinculado à mesma linha de pesquisa, um trabalho sobre a Usina de Belo Monte Licenciamento e Conflitos Ambientais, de autoria de Silmara Veiga de Souza. Ainda na mesma linha de pesquisa, o inovador trabalho de Adriana Machado Yaghsisian, Simone Alves Cardoso e Ana Paula Passarelli Hermida - A Mediação na Resolução dos Conflitos Socioambientais no Âmbito dos Comitês de Bacias Hidrográficas, cujo objetivo é examinar a mediação como alternativa negociada na resolução dos conflitos socioambientais, relacionada os usos múltiplos da água, a ser adotada no âmbito dos comitês das bacias hidrográficas. No Capítulo denominado Energia Proveniente do Lixo, Ana Claudia Ribeiro Cardoso da Silva, Maria Fernanda Britto Neves e Fernando Rei identificam em linhas gerais a oportunidade da geração de energia em grande escala a partir do lixo, no Brasil, tem relevante no equacionamento dos resíduos sólidos urbanos. Abandonando a área das energias renováveis, Liziane Paixão Silva Oliveira e Adriana Macena Silva Savio abordam o instigante tema do risco, no trabalho com viés internacionalista, intitulado As Novas Fronteiras Marítimas do Ártico, um Desafio para a Cooperação Internacional e para o Direito. Na mesma linha de pesquisa, também tratando do risco, embora com outra abordagem, 7 Mardônio da Silva Girão traz a pesquisa Economia Verde e a Matriz Energética Brasileira, tema que introduz a problemática quanto ao futuro a matriz energética brasileira. A pesquisa de Ewerton Ricardo Messias introduz interessante abordagem, apresentando reflexões sobre o Pagamento por Serviços Ambientais no capítulo Petróleo, Gás e Mudanças Climáticas: Ponderação Sobre o Pagamento Por Serviços Ambientais, acerca da existência e da eventual regulamentação legal do pagamento por serviços ambientais voltados ao sequestro e fixação de gases de efeito estufa no Brasil. Agora no âmbito dos postos de gasolina, o trabalho de Denyse Moreira Guedes e Edson Ricardo Saleme - Impactos Ambientais e de Vizinhança dos Postos de Combustíveis, em que analisam os principais impactos ambientais causados pelas atividades dos postos de distribuição de combustíveis de forma integrada, contribuindo para uma visão do todo, desde os impactos causados no solo e nas águas subterrâneas, o impacto de vizinhança, os resíduos gerados e destinação e os riscos de incêndio e as formas de minimizá-los. Ainda tratando de combustíveis, a pesquisa de Josiene Pereira de Barros e Luma Guedes, Proteção do meio ambiente pela destinação da CIDE Combustíveis, propõe uma análise dos fundamentos jurídicos que possibilitem aplicação dos recursos das Contribuições Interventivas no Domínio Econômico - CIDE combustíveis - aos fins de proteção ambiental. Encerrando a publicação e aportando um viés provocativo para a criação de uma nova linha de pesquisa, o capítulo Um Caso de Excluídos: As Violações no Ciclo Nuclear de Caetité/BA e a Falta de Proteção Efetiva do Direito Humano ao Meio Ambiente no Sistema Interamericano de Direitos Humanos traz o trabalho de Camila Gilberto, cujo objetivo consiste em analisar como funciona o Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos, qual sua norma estruturante, órgãos de fiscalização e julgamento, com atenção especial à sua acessibilidade. O foco da pesquisa versa sobre os casos que foram sentenciados pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em face do Estado brasileiro, passando, por fim, à questão central: se o direito humano ao meio ambiente poderá algum dia sair de uma verdadeira “zona de exclusão” e ser merecedor de proteção dentro do sistema regional. O exemplo de violação ao direito humano e ao meio ambiente, trazido pela autora, é o atual ciclo nuclear de Caetité, no estado da Bahia. Desta forma, conscientes de que a produção e o uso de energia provocam impactos ambientais, sociais e econômicos, e buscando formas de desenvolvimento menos intensivo em energia que possam tanto minimizar os impactos como propiciar condições de transição para uma economia de baixo carbono, o Grupo de Pesquisa em Energia e Meio Ambiente do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito da Universidade Católica de Santos – UNISANTOS espera contribuir para uma ampla discussão deste complexo e necessário diálogo. Maria Luiza Machado Granziera Fernando Rei 8 CAPÍTULO 1 ECONOMIA VERDE E MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA: DELINEAMENTOS E REFLEXÕES Valéria Cristina Farias* Fernando Rei** 1. Introdução A constante evolução dos processos tecnológicos seduziu o homem moderno de tal forma que, atualmente, parece praticamente inviável imaginar-se num mundo sem a comodidade que o progresso nos proporciona. A experiência vem demonstrando, no entanto, que todo esse conforto gerado pelo dito progresso traz consigo, também, efeitos deletérios e capazes de inviabilizar a sobrevivência do próprio homem. O grande desafio da sociedade moderna caminha, portanto, no sentido de harmonizar a possível permanência desses padrões de conforto com a manutenção do meio ambiente sadio, indispensável à qualidade de vida. É possível imaginar-se sem luz elétrica com um clique no interruptor? É possível sobreviver sem os veículos automotores, aviões, navios? E mais, quão difícil seria o dia a dia sem o telefone, o computador, a internet, o celular, a máquina fotográfica, etc.? Isso sem citar o fogão, a geladeira, a máquina de lavar roupas, louças e outras parafernálias domésticas. Todo mundo, ao menos em algum momento da vida, já se questionou acerca da real indispensabilidade desses artigos modernos à existência. O difícil é conformar-se ou adequar seu padrão de vida sem os louros da tecnologia, máxime quando já se provou o seu agradável gosto. Quase todos querem a modernidade, porque de certa forma ela trouxe bens e serviços indispensáveis à vida. Por isso desenvolvimento sustentável e mudança de padrões de consumo são assuntos recorrentes e polêmicos. * Procuradora do Estado de São Paulo; mestre em Direitos Difusos e Coletivos pela Universidade Metropolitana de Santos; doutoranda em Direito Internacional Ambiental pela Universidade Católica de Santos; professora titular da Universidade Paulista - campus Santos e professora da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação - campus Santos. **Professor Associado do Programa de Doutorado em Direito Ambiental Internacional da Universidade Católica de Santos – UNISANTOS. Professor Titular de Direito Ambiental da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP. Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Direito Internacional do Meio Ambiente – SBDIMA. 9 Energia e Meio Ambiente: Contribuições para o necessário diálogo A necessidade de agregar um conteúdo ambiental protetivo às forças que regem o desenvolvimento dos processos tecnológicos faz surgir a noção de economia verde, para que se possa conciliar a permanência e perseguição do desenvolvimento econômico à própria manutenção do equilíbrio do meio ambiente. São muitas as exigências pautadas pela economia verde, uma delas é a transição do sistema energético, com o abandono gradativo das fontes de energia não renováveis, com vistas à diminuição das emissões de gases de efeito estufa. Nesse particular, o Brasil encontra-se em posição tradicionalmente vantajosa, uma vez que o histórico do percentual de aproveitamento de fontes renováveis é bem superior à média mundial. O dilema que se apresenta é analisar se, embora com predominância renovável, a matriz energética nacional pode ser considerada como indutora da transição segura para uma economia verde, que exige redução dos impactos ambientais, redução das emissões de gases de efeito estufa, redução da pobreza, etc. Nesse sentido, serão realizadas algumas reflexões, a partir de textos doutrinários e de dados oficiais de Programas das Nações Unidas, sobre a necessária adaptação do modelo de desenvolvimento econômico, analisando-se medidas que viabilizem a manutenção do crescimento e o controle dos impactos das fontes energéticas sobre o meio ambiente. Igualmente, desconstruir a ideia que associa a adoção de fontes renováveis à inexistência de impacto ambiental negativo não é tarefa fácil e precisa ser disseminada também por meio de esforços em educação ambiental, per si um processo lento. Enquanto essa consciência não se dissemina, a regulação e os estímulos públicos são indispensáveis, apresentando-se como alternativa à condução para uma economia verde. 2. Economia Verde Quando o assunto é a preocupação com meio ambiente, vários temas surgem no debate: os problemas decorrentes do aquecimento global, a destruição dos recursos naturais, a gradativa perda da biodiversidade, a dificuldade de aliar desenvolvimento e preservação, entre outros. Países que há pouco tempo eram vistos como subdesenvolvidos começam a visualizar o desenvolvimento econômico como um futuro cada vez mais presente e, no mais das vezes, estabelecem metas que nem de longe consideram a necessidade de preocupação com a sustentabilidade. A consecução do desenvolvimento econômico surge e é perseguida como a solução para todos os problemas sociais, mas que revela sua outra face após a catarse depurada através do idealismo da falsa riqueza, demonstrando que nem sempre o desenvolvimento econômico está associado à diminuição das mazelas sociais. Ao contrário: na boa maioria das vezes, contribui e estimula a potencialização desses problemas, porque a riqueza é 10

Description:
International Energy Agency. Disponível em:
See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.