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Empreendedorismo De Base Tecnológica PDF

139 Pages·2007·1.328 MB·Portuguese
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Preencha a ficha de cadastro no final deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lançamentos e as promoções da Editora Campus/Elsevier. Consulte também nosso catálogo completo e últimos lançamentos em www.campus.com.br Empreendedorismo de Base Tecnológica Sppin-Offff : criação de novos negócios a partir de empresas constituídas, universidades e centros de pesquisa Afonso Cozzi (organizador) Valéria Judice Fernando Dolabela Louis Jacques Filion Colaboraram com os estudos de casos Brasil: Beatriz Machado Cândido Borges Daniel M. Mendes Edmilson Lima Canadá: Danielle Luc Isabelle Savary Martin Veillette © 2008, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19.02.1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Copidesque Adriana Kramer Editoração Eletrônica Olga Loureiro Revisão Gráfica Renato Carvalho Projeto Gráfico Editora Campus/Elsevier A Qualidade da Informação Rua Sete de Setembro, 111 – 16º andar 20050-006 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Telefone: (21) 3970-9300 Fax (21) 2507-1991 E-mail: [email protected] Escritório São Paulo Rua Quintana, 753 – 8º andar 04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP Telefone: (11) 5105-8555 ISBN 13: 978-85-352-2668-3 ISBN 10: 85-352-2668-0 Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação à nossa Central de Atendimento, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão. Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação. Central de atendimento Tel.: 0800-265340 Rua Sete de Setembro, 111, 16º andar – Centro – Rio de Janeiro E-mail: [email protected] Site: www.campus.com.br CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ E46 Empreendedorismo de base tecnológica / Afonso Cozzi... [et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2008 il. ; Apêndice Inclui bibliografia ISBN 978-85-352-2668-3 1. Incubadoras de empresas. 2. Empresas novas. 3. Comunidade e universidade. 4. Indústria de tecnologia de ponta. 5. Pólos de pesquisa. 6. Empreendimentos. I. Cozzi, Afonso Otavio. 07-3868. CDD: 658.11 CDU: 65.016.1 10.10.07 10.10.07 003869 Empresas de alto valor e capacidade de sobrevivência nascem de centros de pesquisa e de empresas-mães. PREFÁCIO Uma organização não é apenas uma estrutura física e técnica para a produção de bens e serviços – ela será sempre fruto da imaginação e da vontade das pessoas que a com- põem. Pesquisas revelam que as empresas de longa vida têm como característica co- mum o fato de se verem como comunidades de seres humanos. Como se explica que, de um lado, a maioria das empresas criadas e registradas no Brasil morre antes de completar dois anos e raríssimas alcançam duas décadas, e, por outro lado, temos empresas centenárias como a Siemens, a Drogaria Araújo e a Cedro Cachoeira (essa já chegou aos 135 anos), apenas para citar algumas? Baseado no traba- lho de três décadas da Fundação Dom Cabral (FDC), na observação da experiência das organizações, busquei os fatores que justificam a longevidade empresarial. O que faz essas empresas durarem tanto? Quais são os elementos que explicam sua longevidade? Em que fundamentos se baseiam para tornar-se relevantes e, portanto, de longa vida? Já podemos tirar algumas conclusões e hipóteses. A primeira delas é que as or- ganizações longevas são mais guiadas por valores e princípios do que por objetivos financeiros. Sua razão de ser está no desejo de servir e oferecer produtos ou serviços de efetiva utilidade para a comunidade. Mas, apesar de não terem o lucro como única finalidade, são muito lucrativas. Vêem-se e se organizam mais como uma comunidade de pessoas do que como uma estrutura físico-jurídica (mecanicista). O futuro de seus colaboradores se confun- de com o futuro da própria empresa. O grau de autonomia é elevado, com liberdade para empreender. Predomina o sentimento de que estão todos no mesmo barco, é forte a sensação de pertencimento e de orgulho em trabalhar na organização. A estratégia dessas empresas se baseia mais na diferenciação do que na competição. Elas não se preocupam em aniquilar os concorrentes, mas têm verdadeira obsessão por oferecer produtos ou serviços que as distingam no mercado e agreguem valor aos seus clientes. Muitas desenvolvem a capacidade de cooperar com fornecedores/clientes e até com concorrentes (parcerias e alianças). Otimistas, perseguem metas desafiantes e não se contentam em fazer o que os ou- tros fazem. São organizações compulsivamente voltadas para a melhoria contínua. PREFÁCIO Nunca estão satisfeitas, e a palavra de ordem é “reconstruir a empresa diariamente”. Combatem o ufanismo e repudiam o triunfalismo. Movidas pela paixão, quase sempre são ambientes menos confortáveis – as pessoas trabalham muito e têm a sensação de estar sempre recomeçando, pois tudo é ina- cabado. Aprendem permanentemente e compartilham o conhecimento, valorizam o conhecimento interno e praticam o benchmarking externo. São humildes e estão sem- pre aprendendo com os outros. Trabalham com o cliente, fazendo uma escuta compro- metida de suas necessidades e construindo com ele as soluções para suas necessidades. Enfrentam as crises com coragem, considerando que, em vez de catastróficas, elas são salutares. As empresas de longa vida são, portanto, aquelas que criam o futuro; valorizam o papel da liderança; preparam a sucessão de todos os seus quadros; criam um con- texto organizacional estimulante; tomam decisões baseadas em valores; preservam sua comunidade e a autonomia de seus colaboradores; funcionam com flexibilidade e coordenação; estão sempre sintonizadas com o mundo externo; e inventam, continu- amente, o seu futuro. As principais conclusões desse estudo me levam a acreditar que um determinante da longevidade de uma empresa é o reconhecimento de sua relevância pela coletivida- de. A percepção da sua utilidade é que cria as condições para uma longa vida. Ao reco- nhecer a relevância dessa empresa, a coletividade a elege sua parceira, passa a preferi-la e cria uma blindagem em torno dela. Seus líderes não são salvadores da pátria, mas profissionais modestos e obstinados. Todas essas crenças devem emanar da direção, inspirando todo o ambiente de tra- balho e criando as condições para que as equipes acreditem em sua capacidade rea- lizadora. Ambientes desse tipo focalizam mais o que é sentido do que é visto, criam elos emocionais e a capacidade de compartilhar idéias e valores comuns. Neles, ganha relevo a disposição para a ajuda mútua. Cabe aos dirigentes gerarem e transmitirem um clima interno de confiança, apos- tando na autonomia e na atitude assertiva das pessoas. Autonomia é a palavra usada para expressar o sentimento de propriedade, que está essencialmente ligado à noção de escolha. Quem tem a opção de escolha torna-se proprietário. Dando opção, fazemos emergir o sentimento de propriedade e liberamos o líder que está escondido em cada pessoa. Existe uma relação direta entre a atitude dos líderes, a noção de propriedade e os resultados da empresa. A autonomia é base do desenvolvimento do espírito empreendedor que já se ins- talou em muitas empresas no Brasil. O tema faz parte dos estudos desenvolvidos pela X EMPREENDEDORISMO DE BASE TECNOLÓGICA FDC sobre as questões estratégicas do mundo empresarial, dentro de um dos nossos núcleos de desenvolvimento de conhecimento – o Núcleo de Empreendedorismo, que coordena este livro. O objetivo do grupo é investigar e desenvolver produtos e serviços voltados para a gestão empreendedora. Suas pesquisas sobre spin-offs (processos de criação ou desdobramento de novas empresas a partir de empresas existentes) resulta- ram neste livro, cuja publicação se insere na estratégia da FDC de gerar conhecimento avançado, aplicável às organizações modernas. Nesse trabalho, a FDC tem contado com a valiosa colaboração de dois especia- listas no tema – o professor Louis Jacques Filion, do HEC de Montreal, e o professor Fernando Dolabela, conhecido em todo o país pela sua defesa do empreendedorismo como solução para o desenvolvimento sustentado do Brasil. Mas este livro não teria se tornado realidade sem o apoio fundamental da FIR Capital, dirigida por Guilherme Emrich, conselheiro e colaborador constante da Fundação Dom Cabral. Esperamos que esta obra sirva de referência a dirigentes e executivos preocupados em manter viva a chama da autonomia e do espírito empreendedor, colaborando as- sim para a longevidade de suas organizações. Emerson de Almeida Presidente da Fundação Dom Cabral XI APRESENTAÇÃO Spin-offs são processos e movimentos de geração de novas empresas e novos negócios, a partir de organizações existentes, as empresas-mães, e de centros de pesquisa. São como empresas “filhotes” que são “ejetadas”. Saem “girando” e se apresentando ao mer- cado, bem vivas, pois nasceram em função de oportunidades identificadas de inovação e de criação de valor e que exigiam novos modelos de negócios, seja em formatos or- ganizacionais diferentes da organização de origem, seja criando “famílias”, genealogias de negócios assemelhados e com algum grau de parentesco entre si. No contexto de empreendedorismo e novos negócios, temas centrais deste livro, o termo spin-off, de uso consagrado mundialmente, é uma metáfora que de imediato nos traz imagens de movimento e agilidade. O livro apresenta os resultados de um projeto de pesquisa, “Spin-offs”, realizado pelo Núcleo de Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC), em 2005 e 2006. Para a realização desse projeto, contamos com uma equipe multidisciplinar, multiins- titucional e binacional (brasileiros e canadenses) e com o apoio financeiro da FIR Ca- pital Partners, uma empresa brasileira especializada em gestão de fundos de capital empreendedor (venture capital e private equity). Com a especial participação de dois reconhecidos especialistas em empreende- dorismo, o professor canadense Louis Jacques Filion, da HEC Montréal, e Fernando Dolabela, professor convidado da FDC, e de uma competente equipe, decidimos co- nhecer melhor os processos empreendedores spin-offs, particularmente com foco em suas manifestações “universitárias” (realizadas a partir das universidades e centros de pesquisa) e “corporativas” (a partir das empresas). Para isso, buscamos identificar alguns mecanismos de ocorrência e instrumentos de criação, indução e aperfeiçoamento de spin-offs, com a intenção de conhecer suas poten- cialidades e aplicações, assim como desenvolver soluções educacionais que possibilitem seu ensino e efetiva realização prática em organizações. Pesquisamos empiricamente e elaboramos, então, um conjunto de estudos de casos de ensino que detalham o nasci- APRESENTAÇÃO mento e o dia-a-dia de desenvolvimento de empresas spin-offs brasileiras e canadenses. O projeto Spin-offs da FDC tem por objetivo produzir conhecimentos teóricos e apli- cações práticas, para transferir às empresas, universidades e centros de pesquisa um modo insuperável de criação de novos empreendimentos de elevado potencial de sucesso. Mais especificamente, o estudo visou: 1. caracterizar tipos de spin-offs existentes no Brasil e no exterior; 2. identificar processos de geração de spin-offs em universidades, centros de pesqui- sa e organizações empresariais, incluindo práticas formais e informais; 3. identificar fatores que favorecem a geração de spin-offs; 4. mapear práticas e instrumentos para a identificação de oportunidades empreen- dedoras e para a construção de modelos de implementação de programas de spin-offs tecnológicos; 5. propor e desenvolver programas de spin-offs, mediante atividades de educação e capacitação empreendedora individual e corporativa; 6. contribuir para disseminar a cultura empreendedora pela criação de spin-offs como instrumentos de desenvolvimento e prosperidade econômica e social. Apresentamos, assim, nos capítulos que se seguem, de que forma os nossos obje- tivos acima descritos podem ser alcançados e quais os principais resultados que obti- vemos na pesquisa. Os autores e o Núcleo de Empreendedorismo da FDC sentir-se-ão altamente gratificados se este trabalho, pioneiro no Brasil, disparar processos e ações visando ao desenvolvimento do conceito e suas aplicações práticas. O livro está estruturado em dois capítulos, sendo o primeiro referente aos spin-offs tecnológicos oriundos da pesquisa universitária e o segundo, aos spin-offs tecnológicos corporativos, provenientes de empresas privadas. Cada um começa com o detalha- mento dos referenciais teóricos que nos guiaram, seguido das apresentações dos casos relacionados aos diferentes tipos de spin-offs que investigamos. O Capítulo I, de autoria de Louis Jacques Filion e Fernando Dolabela, proporcio- na uma visão ampla e panorâmica da relevância e contemporaneidade de fenômenos spin-offs tecnológicos oriundos de universidades e centros de pesquisa, entendidos como mecanismos essenciais de transferência de tecnologia e de comercialização dos resultados da pesquisa acadêmica. O texto define o conceito de spin-off tecnológico e estabelece relações e impactos mais gerais que esses processos exercem sobre as esferas econômicas e sociais, como instrumento de prosperidade de países e regiões. Traz ainda à tona uma discussão muito cara ao mundo acadêmico, a das relações entre a pesquisa fundamental e aplicada, importante ao se fazer a análise do papel do spin-off no ambiente universitário. XIV EMPREENDEDORISMO DE BASE TECNOLÓGICA O Capítulo II, elaborado por Valéria Judice e Afonso Cozzi, trata do spin-off corpo- rativo, um processo vencedor utilizado em vários países e que proporciona a geração de empresas de alto valor a partir de uma empresa-mãe. Apresenta uma revisão da literatura e explora as potencialidades de spin-offs corporativos, discutindo sua impor- tância na criação de empresas de alto valor e capacidade de sobrevivência. Discute, ainda, o modo como essa área de ampliação e difusão de empreende- dorismo pode atuar complementarmente às políticas públicas de pequenas empresas independentes, funcionando como instrumento de geração de empregos e riqueza. Integrados a políticas nacionais, regionais e locais de fomento ao empreendedorismo, spin-offs corporativos podem ser elementos dinamizadores em uma agenda política positiva de desenvolvimento econômico e social. NOTAS SOBRE A PESQUISA Em meados de 2005, previamente à elaboração dos casos, foi preparado um referencial teórico e conceitual sobre spin-offs de origem universitária e corporativa. Realizou-se, nessa fase, um amplo levantamento de materiais em diversas bases de dados e na inter- net, além da coleta e da análise de artigos publicados sobre o tema. Isso representou a organização de acervo substancial de literatura internacional e, em menor dimensão, a identificação de manifestações nacionais sobre o tema. Foram, depois, organizadas entrevistas exploratórias com executivos de empresas- mães e spin-offs brasileiros, para melhor conhecimento da temática e para a escolha dos casos. Subseqüentemente, selecionaram-se os casos brasileiros aqui relatados, de seis empresas geradas a partir de spin-offs, entre as parceiras da FDC e da FIR. De forma a compor uma base de comparabilidade, foram traduzidos e integrados ao con- junto mais dois casos internacionais, de empresas canadenses. No total, são oito estudos de caso que trazem a história, as expectativas, os sucessos e as dificuldades cotidianas de spin-offs universitários e corporativos brasileiros e canadenses, em segmentos de biotecnologia e tecnologias de informação e comunicações (TICs). Três casos elaborados referem-se a spin-offs tecnológicos oriundos da pesquisa uni- versitária e são apresentados no Capítulo I. Por ordem de apresentação, são os seguin- tes: caso Ecopia Biosciences, elaborado em sua versão em francês por Martin Veillette, Daniele Luc e Louis Jacques Filion; caso VisuAide, também em francês, por Isabelle Sa- vary, Danielle Luc e Louis Jacques Filion; e caso Biobrás, elaborado por Valéria Judice. XV

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