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Elogio do feio na arte PDF

531 Pages·2014·7.2 MB·Portuguese
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a d as ro reieir Feralh C e pa Filieir d sn uía LB E T R AX X A NO L U OC IÉ ES F O ON D E OD A GID Luís Filipe Ferreira da Bandeira Calheiros OL A LE EF ELOGIO DO FEIO NA ARTE FEALDADE NO SÉCULO XX A R Tese de Doutoramento em História da Arte, orientada pela Profª Doutora Maria de Lurdes Craveiro e pela Profª Doutora Dalíla B M Rodrigues, apresentada ao Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia, e Artes da Faculdade de Letras da Universidade I O C de Coimbra E D Setembro de 2014 E D A D I S R E V I N U FACULDADE DE LETRAS ELOGIO DO FEIO NA ARTE FEALDADE NO SÉCULO XX Luís Filipe Ferreira da Bandeira Calheiros Tese de Doutoramento em História da Arte, orientada pela Profª Doutora Maria de Lurdes Craveiro e pela Profª Doutora Dalíla Rodrigues, apresentada ao Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia, e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Setembro de 2014 AGRADECIMENTOS Impôe-se aqui, inicialmente, uma reconhecida nota de agradecimento pela fundamental orientação académica concedida ao doutorando, na pessoa de duas relevantes docentes universitárias e investigadoras da área disciplinar da História da Arte, área especializada desta investigação, as suas Orientadoras Científicas, a Professora Doutora Maria de Lurdes Craveiro, Docente do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Arte, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e a Professora Doutora Dalila Rodrigues, Docente do Departamento de Comunicação e Arte da Escola Superior de Educação do Instituto Superior Politécnico de Viseu (ESEV-IPV). Para as senhoras Professoras um reconhecido agradecimento, de sincera gratidão, pela confiança depositada na vontade e capacidade de conseguir um maior e capaz rigor historiográfico para a investigação desenvolvida pelo seu orientando. Um agradecimento muito especial é também devido à minha querida mãe, veneranda mas lúcida senhora de 90 anos, por ter conseguido a tranquilidade doméstica que permitiu o bom curso desta investigação. Sem o seu amorável apoio e o seu incentivo, mormente em horas de algum desânimo, seria bem mais difícil acabar este moroso e exigente trabalho. Muito obrigado. RESUMO O presente texto regista um trabalho de investigação no qual foi avançada uma tese teórica interpretativa, de perfil disciplinar da História da Arte, que tenta fazer uma hermenêutica estética do novecentismo, propondo o conceito de Belo-feio como o conceito estético sub-categorial identificador da metade da criação artística de mais relevante impacto cultural da Arte do Século XX, designadamente na arte da pintura, que será a disciplina artística abordada. A abordagem teórica da fenomenologia estética particular e da sua caracterização axiológica fundamentou-se no pensamento filosófico de autores como Aristóteles, I. Kant, G.W.F. Hegel ou nos «Mestres da Suspeita», F.W. Nietzsche, K. Marx e S. Freud. Foram também consultados vários ensaístas que estudaram especializadamente a fenomenologia do Feio e a sua determinação teórico-crítica enquanto sub-categoria integrável no sistema estético, como Umberto Eco ou ainda, por exemplo Lydie Krestovsky, Raymond Polin, Eugénio Trias, Pedro Azara, entre outros, ou sobretudo Karl Rosenkranz, discípulo de G. W. F. Hegel, que foi um dos autores basilares do estudo teórico do feio e da fealdade artística. Os juízos críticos do discurso argumentador, que se pretenderam inequívocos na análise interpretadora das evidências empíricas da fenomenologia estudada, basearam-se, para efeito de prova factual, na demonstração pela imagem, a partir dos inúmeros exempla das obras da fealdade estética dos movimentos artísticos do Século XX, ou de artistas independentes contemporâneos, expostos em indispensáveis anexos iconográficos. A partir das obras de arte estudadas foi configurado o novo paradigma estético novecentista. Foi feita uma exposição por um alargado bloco de ilustração do advento das novas formas e dos novos conteúdos artísticos do Século XX, que revelam o apogeu estético de uma fealdade que povoa ubíqua a arte da pintura da centúria, simultaneamente registo testemunhal e transfiguração sublime da fealdade real desses tempos hodiernos. ABSTRACT This text records a research work in which has been advanced an interpretative theoretical thesis, based on an art history profile, trying to make an aesthetic hermeneutics in the 20th century, proposing the Belo-ugly concept as the identifier sub-categorical aesthetic concept of half of the artistic creation of more relevant cultural impact in the 20th Century Art, particularly in the art of painting, which will be the addressed artistic subject. The theoretical approach of the particular aesthetics phenomenology and its axiological characterization was based on the philosophical thought of authors such as Aristotle, I. Kant, GWF Hegel or in 'Masters of Suspicion", FW Nietzsche, K. Marx and S. Freud. Several essayists who hardly studied the phenomenology of ugly and its determination as theoretical-critical sub-category inside the aesthetic system, as Umberto Eco or, for example Lydie Krestovsky, Raymond Polin, Eugenio Trias, Pedro Azara, among others, have also been consulted, especially Karl Rosenkranz, GWF Hegel’s disciple, which was one of the most important authors as far as the theoretical study of the ugly and artistic ugliness is concerned. Critical judgments of the reasoning discourse that sought to be unmistakeable in the interpreting analysis of studied phenomenology empirical evidence, have been based, for factual evidence purposes, into statement by image, from the numerous exempla of works of aesthetic ugliness of artistic movements in the 20th century or into contemporary independent artists, exhibited in indispensable iconographic attachments. From the studied works of art, the new aesthetic paradigm in the 20th century was configured. It has been made an exhibition through an extended illustrating block of the advent of new forms and new artistic contents in the 20th century, revealing the aesthetic climax of an ugliness that ubiquitously characterizes century art painting, both testimonial register and sublime transfiguration of real ugliness from those modern times. ÍNDICE INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1 CAPÍTULO 1 --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 23 1.1- Relações epistemológicas entre estética e crítica da arte (entre teoria pura e teoria aplicada). A crítica da arte e a história da arte: desideratos cognitivos e metodologias comuns. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 25 1.2 - Estatuto epistemológico da Estética. ---------------------------------------------------------- 35 1.3 - O processo analítico da arte mais recente: a Semiótica Artística. ----------------------- 40 1.4 - Da substância cognitiva da Crítica da Arte comum à História da Arte. ---------------- 50 1.5 - Considerações filosóficas sobre o Belo e a Arte. ------------------------------------------- 66 1.6 – História Geral e História da Arte. Perspectivas historiográficas. ------------------------ 82 1.7 – Processos interpretativos dos paradigmas culturais dos últimos tempos: modernidades. -------------------------------------------------------------------------------------------- 93 1.8 – Balizas temporais dos arcos de tempo longo (conjugando, em nova leitura interpretativa dos seus paradigmas culturais definidores, as formulações taxinómicas de Harold Bloom e Umberto Eco). --------------------------------------------------------------------- 103 CAPÍTULO 2 ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 107 O BELO-feio (o feio artístico). ---------------------------------------------------------------------------------- 107 –2.1– O Belo-feio enquanto fenómeno artístico: epifenómeno no/do universo especializado da arte ou realidade onto-estética. ------------------------------------------------ 107 -2.2 – Rosa Axiológica Estética --------------------------------------------------------------------- 114 - 2.3 – Movimento Estético do Século XX: os Ismos. Sinópse Genealógica dos Movimentos de Vanguarda da Arte Novecentista. ---------------------------------------------- 117 - 2.4 – Caractrísticas Estéticas definidoras axiológicas do feio artístico. ------------------- 118 - 2.5 – Da reflexâo filosófica sobre o feio feita pelos teóricos da Estética. ---------------- 139 –2.6 – O século XX e os «Mestres da Desconfiança» («Mestres da Suspeita»). --------- 148 CAPÍTULO 3 ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 187 DIACRONIA DO FEIO ------------------------------------------------------------------------------------------ 187 –3.1– O feio dos primeiros tempos: o feio para assustar os outros. Da ideia institiva aos primeiros conceitos axiológicos. -------------------------------------------------------------------- 187 –3.2 – O feio na Antiguidade Clássica. ----------------------------------------------------------- 189 –3.3 – Assusta no cinquecento: Leonardo. -------------------------------------------------------- 195 – 3.4 – O feio e o mal, desde os tempos antigos.------------------------------------------------ 195 – 3.5 – O feio e os imaginários fantásticos da cultura clássica. ------------------------------- 199 – 3.6 – Os grotescos romanos. ----------------------------------------------------------------------- 203 –3.7– Outra fealdade dos imaginários antigos.--------------------------------------------------- 204 – 3.8 – O feio desde o fim do mundo antigo. O feio e a medievalidade. -------------------- 207 – 3.9 – Um feio tardo medieval comum aos artistas refratários à nova ordem artística do renascimento italiano. --------------------------------------------------------------------------------- 211 – 3.10 – Um outro feio tardo-medieval, impressionante pela compaixão provocada pelo explícito espectáculo da dor: uma cruxificação proto-expressionista. ----------------------- 213 – 3.11– O feio nos cadernos de desenhos de Leonardo da Vinci. ---------------------------- 214 – 3.12 – O feio nas margens do cânone, no início da Idade Moderna. ----------------------- 218 – 3.13 – Um feio macabro no século XVII. ------------------------------------------------------- 222 – 3.14 – O feio e a comédia no Século XVII. ----------------------------------------------------- 231 – 3.15 –A fealdade no oitocentismo. --------------------------------------------------------------- 234 – 3.16 – O feio dos tempos mais recentes. Fealdade novecentista. --------------------------- 236 – 3.17– O feio nas outras artes: Literatura e Poesia, Fotografia e Cinema. ----------------- 249 CAPÍTULO 4 ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 269 SINCRONIA DO FEIO: ------------------------------------------------------------------------------------------ 269 – 4.1– A Modernidade mais recente e o Feio. Genealogia do Feio nas Artes do século XX. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 269 – 4.2 – As vanguardas artísticas: história, cultura e pensamento. ----------------------------- 269 – 4.3 – As vanguardas artísticas das vésperas da Idade do Caos e da Crise. --------------- 273 –4.3.1–Impressionismo.------------------------------------------------------------------------------- 273 – 4.3.2– Pós-Impressionismo. ------------------------------------------------------------------------ 277 – 4.3.3– Secessão Vienense. ------------------------------------------------------------------------- 281 – 4.4 – Vanguardas do século XX. ------------------------------------------------------------------ 287 – 4.4.1– Expressionismo. ----------------------------------------------------------------------------- 287 – 4.4.2– Fauvismo. ------------------------------------------------------------------------------------- 297 – 4.4.3– Cubismo. -------------------------------------------------------------------------------------- 299 – 4.4.4– Futurismo. ------------------------------------------------------------------------------------ 304 – 4.4.5– Dadaísmo. ------------------------------------------------------------------------------------- 311 – 4.4.6– Surrealismo. ---------------------------------------------------------------------------------- 329 – 4.4.7– Anos de Chumbo. --------------------------------------------------------------------------- 369 – 4.4.8– Movimento CoBrA. ------------------------------------------------------------------------ 374 – 4.4.9– Art Brut.--------------------------------------------------------------------------------------- 378 – 4.4.10– Expressionismo Abstrato Americano. ------------------------------------------------- 383 – 4.4.11– Nova-Figuração Expressionista do Pós-Guerra. ------------------------------------- 396 – 4.5 – Artistas independentes dos “ismos”. ------------------------------------------------------ 419 – 4.6 – Mais vanguardas (segunda metade do século XX). ------------------------------------ 433 – 4.6.1– Pop-Art. --------------------------------------------------------------------------------------- 433 – 4.6.2– Arte Povera. ---------------------------------------------------------------------------------- 457 – 4.6.3– Ugly Realism. ------------------------------------------------------------------------------- 460 – 4.6.4– Neo-Expressionismos e Novas-Figurações dos anos 80. --------------------------- 461 – 4.6.5–Percursos independentes, autónomos e individuais dos anos 90. ------------------ 464 CONCLUSÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 477 BIBLIOGRAFIA --------------------------------------------------------------------------------------------------- 497 – Anexo Iconográfico I – Anexo Iconográfico II – ANEXOS. Documentos Estéticos: Manifestos das Vanguardas. ÍNDICE DE FIGURAS Figura n.º1 – Rosa Axiológica .............................................................................................. 114 Figura n.º2 - Rosácea, Étienne Souriau ............................................................................... 115 Figura n.º3 – Movimentos Estético do Século XX: so ismos ............................................... 117 Figura n.º4 – Correlação entre o foro Psiquico Profundo e a Criação Artítica..................... 164 Figura n.º5 – Quadro Estrutural Geral da Sociologia Materialista ....................................... 169 Figura n.º6 – Organigrama do Corte Epistemológico .......................................................... 171 Por convicção de ser uma prática que respeita, de um modo mais genuíno, os fundamentos etimológicos do idioma português, o autor desta presente dissertação redigiu-a segundo o normativo da ortografia ainda em vigor, não respeitando as regras estipuladas pelo Acordo Ortográfico AO1990.

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4.3 – As vanguardas artísticas das vésperas da Idade do Caos e da Crise. amaneiradas de pintar», que podem ser também identificados como «manias antigos, ao terror, ao temor, ao pavor, ao pânico, ao assombro, às fobias. conhecida como Mona Liza (madona eliza) ou Gioconda, obra
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