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Economia pós-pandemia: Desmontando os mitos da austeridade fiscal e construindo um novo paradigma econômico PDF

322 Pages·2020·6.894 MB·Portuguese
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U E ma política fi scal que se omite diante C de um desemprego estrutural, promove O Este livro é a antítese da agenda econômica dominante no Brasil. retrocesso social e viola direitos huma- N Professores e pesquisadores revelam como a agenda da austeri- O nos não é uma política fi scal responsável. A dade é anacrônica ao negar o papel da política fi scal como induto- M responsabilidade social não é algo externo, mas é constitutiva da responsabilidade fi scal. ra do crescimento e do emprego e é cruel ao propor sacrifi car as I A Uma política fi scal responsável deve respei- garantias constitucionais do fi nanciamento dos direitos sociais. P tar os princípios de direitos humanos, buscar Seus capítulos denunciam as consequências sociais dos cortes Ó a estabilização do nível de emprego e de de gastos e mostram como o discurso da austeridade fi scal é S preços e orientar-se por objetivos ou missões - ideológico, falacioso e dogmático. P sociais bem defi nidas. A N No Brasil, as hierarquias aparecem inver- Além disso, o livro aponta para o futuro e propõe uma nova agen- D tidas, o equilíbrio orçamentário se apresenta da econômica para o país que reafi rma os direitos sociais, o pa- E como fi nalidade e os direitos sociais devem M se adequar a critérios defi nidos de forma tec- pel do Estado no provimento desses direitos e a política fi scal I A nocrática. A agenda da austeridade, no curto Esther Dweck como ferramenta para o crescimento, preservação ambiental, prazo, se contrapõe à evidente necessidade de Professora Associada do Instituto de Economia redução das desigualdades sociais, regionais, raciais e de gêne- reconstrução e de proteção social e, no longo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/ ro, em direção a um projeto de desenvolvimento transformador a prazo, bloqueia possibilidades de construção UFRJ), Coordenadora do Curso do Grupo de Eco- da realidade brasileira. ne as de um país mais justo e consolida privilégios. nomia do Setor Público Gesp-IE/UFRJ, Ex-Secre- t lh Direcionar o desenvolvimento para a tária do Orçamento Federal (2015-2016) ue ír transformação social e a preservação am- z ador biental implica distribuir renda e alocar recur- Pedro Rossi wg mea sos para atender as demandas sociais o que, Professor Doutor do Instituto de Economia da acn tki Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos o,za por sua vez, permite diversifi car a estrutura de Conjuntura e Política Econômica (CECON). s d pedo produtiva, aumentar a produtividade, garantir edp empregos de qualidade e criar as condições ro r oo para a própria sustentação do modelo econô- Ana Luíza Matos de Oliveira l ir mico. Não há dilema entre o gasto social e o Economista (UFMG), mestra e doutora em vo es crescimento, ao contrário, há complementa- Desenvolvimento Econômico (Unicamp). Pro- is ri riedades e sinergias. fessora visitante da FLACSO – Brasil a Os três também organizaram o livro “Econo- mia Para Poucos: impactos sociais da auste- ridade e alternativas para o Brasil”, publicado em 2018 pela editora autonomia literária. AUTONOMIA L I T E R Á R I A 11 © Autonomia Literária, para a presente edição. Coordenação editorial Cauê Seigner Ameni, Hugo Albuquerque, Manuela Beloni Conselho Editorial: Carlos Sávio Gomes Teixeira (UFF), Edemilson Paraná (UFC/ UnB), Esther Dweck (UFRJ), Jean Tible (USP), Leda Paulani (USP), Luiz Gonzaga Belluzzo (Unicamp/Facamp),Michel Löwy (CNRS, França), Pedro Rossi (Unicamp) Capa e diagramação: sobinfluencia/Rodrigo Corrêa Autonomia Literária Rua Conselheiro Ramalho, 945, CEP: 01325-001 – São Paulo - SP autonomialiteraria.com.br 2 33 44 Introdução 8 PARTE I: Política fi scal, crescimento e desigualdade 1. Política fi scal, desigualdades e direitos humanos 23 Pedro Rossi,Grazielle David e Sergio Chaparro 2. Mitos fi scais, dívida pública e tamanho do Estado 39 Laura Carvalho,Pedro Rossi 3. Expansão do gasto público, tributação e crescimento 50 Carlos Pinkusfeld Bastos,Gabriel Aidar 4. A dívida pública e o complexo de Cinderela 60 Julia Braga, Franklin Serrano 5. Sobre o diagnóstico falacioso da situação fi scal brasileira 67 Esther Dweck, Pedro RossieGuilherme Mello PARTE II:Os impactos sociais da política fi scal no Brasil 6. Por que é imprescindível revogar o Teto de Gastos? 83 Esther Dweck 7. Estado, desigualdade e crescimento: as falácias sobre gasto, tributação e dívida pública 98 Fernando Gaiger Silveira,Salvador Teixeira Werneck Vianna e Caroline Teixeira Jorge 8. Desmascarando fake news sobre o emprego público no Brasil 115 Félix LopezeJosé Celso Cardoso Jr. 5 9. Impactos do Teto de Gastos nos municípios 128 Vanessa Petrelli Corrêa e Esther Dweck 10. Racismo na economia e na austeridade fiscal 142 Silvio Almeida, Waleska Miguel Batista e Pedro Rossi 11. Austeridade, pandemia e gênero 153 Ana Luíza Matos de Oliveira, Luana Passos, Ana Paula Guidolin, Arthur Welle e Luiza Nassif Pires 12. O Teto de Gastos faz mal à saúde 172 Bruno Moretti, Francisco R. Funcia e Carlos Octávio Ocké-Reis 13. Educação na pandemia: oferta e financiamento remotos 183 Andressa Pellanda e Daniel Cara 14. O desmonte das políticas de reforma agrária 190 Gustavo Souto de Noronha 15. O Teto de Gastos e os Dhesca: impactos e alternativas 198 Coalizão Direitos Valem Mais PARTE III: Por outra agenda de política econômica 16. Redefinindo responsabilidade fiscal 245 Pedro Rossi, Grazielle David e Esther Dweck 17. Nova economia global e o futuro da tributação 262 Rodrigo Orair 18. O Estado de Bem-Estar Social para o século XXI 272 Eduardo Fagnani 19. A hora e a vez do verde 288 Camila Gramkow 20. Uma agenda econômica para todos 304 Pedro Rossi, Marco Antonio Rocha, Esther Dweck, Ana Luíza Matos de Oliveira e Guilherme Mello 6 7 IInnttrroodduuççããoo 88 A pandemia atingiu o Brasil em meio à aplicação de uma agenda de reformas centrada na austeridade e na redução do papel do Estado na economia. A realidade concreta impôs uma alteração temporária do rumo da política eco- nômica e transformou o debate fiscal no Brasil. Em poucas semanas, o gasto público passou de suposto grande problema do Brasil para a principal solução para o enfrentamento da pandemia. Na retórica de alguns, o Estado que estava quebrado se reconfigurou e o dinhei- ro, que tinha acabado, reapareceu. Mitos sobre a ques- tão fiscal caíram por terra e dogmas foram deixados de lado diante de uma realidade impositiva. Assim, a crise postergou o debate sobre as reformas e criou um “quase consenso” entre os economistas de que era preciso gastar com saúde, assistência social e apoio aos trabalhadores, às empresas e aos entes subnacionais. No entanto, rapidamente a austeridade fiscal se recom- pôs como discurso e a agenda econômica dominante si- naliza novamente para a redução do gasto público e do papel do Estado, via reformas e privatizações. Diariamen- te, analistas econômicos subscrevem ameaças que buscam criar um clima de medo e coação em prol desta agenda: afirmam que o país está à beira da insolvência mesmo com as taxas de juros mais baixas da história; que a hipe- rinflação volta se aumentarmos o gasto público apesar do desemprego e da falta de demanda; e que o fim do Teto 9

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