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Ecologia da Mídia PDF

176 Pages·2013·1.7805 MB·other
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O livro Ecologia da Mídia parte de uma perspectiva da mídia como ecossistema, incluindo os novos formatos que têm como suporte as tecnologias digitais. São processos de circulação das informações caracterizados pela superação das dicotomias entre emissor/receptor, meio/mensagem, sujeito/mídia, presentes nos estudos sobre os meios de comunicação de massa, procurando compreendê-los sob a perspectiva de uma nova ambiência e do processo de midiatização da sociedade contemporânea, no qual as lógicas midiáticas parecem regular as interações sociais. Produto das atividades de pesquisa do Grupo Comunicação Institucional e Organizacional (CNPq), desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria, a obra conta também com a contribuição de importantes interlocutores internacionais na temática da Ecologia da Mídia. O livro pode ser dividido em duas partes. Na primeira, seis artigos buscam dar conta da discussão teórica em torno da nova ecologia midiática. Na segunda, três das principais profissões disciplinares e práticas sociais da grande área da Comunicação Social (Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda) são analisadas por sua inserção na atual Ecologia da Mídia. Janet Sternberg, presidente da Media Ecology Association e professora da New York University, conduz, no primeiro capítulo, uma instigante reflexão sobre as implicações culturais do mais antigo meio digital, o ábaco. A autora demonstra que este, aparentemente, simples aparato de cálculo que agrega valores epistemológicos de representação, constitui-se no precursor do sistema binário e comportando também APRESENTAÇÃO implicações emocionais, como, por exemplo, tornar a informação (no caso, os números) tangível. A aplicação da metáfora ecológica no estudo dos meios de comunicação já não é nova. Para Carlos Alberto Scolari, ocorre desde os anos 1960 e representa um marco teórico integrador de grande utilidade para as Ciências Sociais. Resgatando autores plurais e, sobretudo, Marshall McLuhan, Scolari enfatiza que, em um contexto no qual proliferam novas espécies midiáticas e onde o ecossistema da comunicação vive em um estado permanente de tensão, a Media Ecology em geral e as teorias de Marshall McLuhan em particular, estendidas e revistas, têm muito a dizer. Segundo o autor, a criação da Media Ecology Association em 2000 é a institucionalização da metáfora Ecologia dos Meios, salientando que é necessário o desenvolvimento de um vocabulário próprio que lhe permita consolidar-se como discurso teórico e, paralelamente, diferenciar-se de outras abordagens teóricas da Comunicação; propiciando o desenvolvimento de novas categorias analíticas para dar conta do estudo da mídia como um ecossistema, inclusive através do intercâmbio com outros campos do saber, como, por exemplo, as teorias das redes e da complexidade. Eduardo Vizer e Helenice Carvalho, que dão sequência à discussão, salientam que a Ecologia dos Meios é um sistema de produção, circulação e consumo no qual são os indivíduos, como consumidores e alimentadores do sistema, que conformam seu ‘entorno’. Demonstram que, em uma abordagem ecológica dos meios tradicionais - rádio, cinema e televisão -, cada ato de consumo é igualmente um ato de circulação e produção. Trata-se de um capítulo que analisa as múltiplas dimensões interligadas e interativas de poder, resistências, tempo e espaço, socialidades, linguagens e símbolos presentes nos atuais sistemas digitais. No recente ecossistema comunicacional, observa-se que a configuração sociotécnica digital demanda novas estratégias nos processos de legitimação das organizações midiáticas, a partir do paradigma da Media Ecology. Luciana Carvalho e Eugenia Mariano da Rocha Barichello resgatam uma revisão teórica sobre algumas das noções centrais para a perspectiva ecológica da mídia, correlacionando-a com uma abordagem institucional dos meios de comunicação e ao conceito de midiatização. A partir das peculiaridades do ecossistema midiático de matriz digital, permeado pela cultura da convergência, refletem sobre o que muda nos processos de legitimação das organizações midiáticas. Entender a dinâmica das redes sociais digitais no contexto sócio-cultural-tecnológico da sociedade contemporânea em uma perspectiva ecológica da mídia é a proposta de Taís Steffenello Ghisleni e de Eugenia Mariano da Rocha Barichello. As autoras resgatam a Teoria Tetrádica de McLuhan e desenvolvem um estudo de caso na plataforma Facebook, pontuando que sua flexibilidade e adequação à ambiência digital indicam a possibilidade de sua extensão a outros objetos empíricos. Fechando a primeira parte teórica, em uma segunda preciosa contribuição para esta obra, Janet Sternberg, presidente da Media Ecology Association e professora da New York University, aborda os comportamentos inadequados em situações e em ambientes comunicacionais tecnologicamente mediados. Com significativo aporte teórico em Erving Goffman, recomenda as três lições propiciadas pelas pesquisas do autor sobre comportamento em espaços públicos, tanto para a mídia, como para os pesquisadores em Comunicação. Na segunda parte do livro, o olhar se volta para uma perspectiva ecológica da mídia nos estudos disciplinares e práticas sociais do Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda; estas últimas permeadas por uma discussão também sobre o webmarketing. Anelise Rublescki repensa o Jornalismo a partir dos conceitos de poder disciplinar e campo social, e evidencia que, na nova ecologia midiática, caracterizada pela porosidade entre fontes-jornalistas interagentes como instâncias de enunciação, há um deslocamento das atitudes epistêmicas coletivas que asseguravam aos veículos jornalísticos a exclusividade da mediação diária como instrumento de coesão social. A autora salienta que no cenário digital da nova ecologia midiática observam-se mediações multiníveis, com sucessivos reenquadramentos das notícias jornalísticas que deslocam a ênfase das notícias para a circulação, desencadeando a crise de identidade do Jornalismo, até recentemente produtor exclusivo da mediação diária e da construção da atualidade em dado recorte temporário em termos massivos. apresentação 9 É também pelo viés sociocultural que Eugenia Barichello e membros do grupo de pesquisa sob sua orientação situam a mídia como uma matriz cultural e aprofundam a compreensão do processo de midiatização da sociedade e das transformações pelas quais passam os fluxos comunicacionais em ambiências digitais. A partir de considerações sobre as práticas de Relações Públicas sob a ótica da ecologia das mídias, os autores analisam a adaptação da comunicação organizacional ao ecossistema midiático digital e o uso estratégico da convergência midiática como prática de relações públicas, especialmente em portais institucionais. Por fim, Anelise Rublescki e Fernanda Rublescki discutem as potencialidades do webmarketing na nova ecologia midiática, analisando-o tanto teoricamente, quanto verticalizando o olhar para uma de suas ferramentas, a publicidade on-line. Sustentam as autoras que a sociedade atual demanda ações coordenadas de publicidade online e webmarketing que visem promover uma eficiente comunicação e relacionamento com o seu público-alvo, através da escolha correta de plataformas, conteúdo e de estratégias de segmentação. Aproveitamos a oportunidade para agradecer publicamente à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pelo apoio financeiro que viabilizou a edição deste livro, por meio do Programa Nacional de Pós-Doutorado da CAPES 2011.
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