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[recurso eletrônico]: mulheres negras e feminismo / bell hooks; tradução Bhuvi Libanio. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019. recurso digital Tradução de: Ain’t i a woman? Formato: epub Requisitos do sistema: adobe digital editions Modo de acesso: world wide web ISBN 978-85-01-11844-8 (recurso eletrônico) 1. Feminismo – Estados Unidos. 2. Feministas negras – Estados Unidos. 3. Negras – Identidade racial – Estados Unidos. 4. Livros eletrônicos. I. Libanio, Bhuvi. II. Título. 19-60790 CDD: 305.420973 CDU: 316.347-055.2(73) Vanessa Mafra Xavier Salgado – Bibliotecária – CRB-CRB-7/6644 Todos os direitos reservados. É proibido reproduzir, armazenar ou transmitir partes deste livro, através de quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito. Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Direitos desta tradução adquiridos pela EDITORA ROSA DOS TEMPOS Um selo da EDITORA RECORD LTDA. Rua Argentina, 171 – Rio de Janeiro, RJ – 20921-380 – Tel.: (21) 2585-2000. Seja um leitor preferencial Record. Cadastre-se no site www.record.com.br e receba informações sobre nossos lançamentos e nossas promoções. Atendimento e venda direta ao leitor: [email protected] Produzido no Brasil 2019 Para Rosa Bell, minha mãe – que me contou, quando eu era criança, ter escrito poemas – que herdei dela meu amor pela leitura e meu anseio por escrever. SUMÁRIO Prefácio à edição de 2015 Agradecimentos Introdução 1 Sexismo e a experiência da mulher negra escravizada 2 A desvalorização contínua da mulheridade negra 3 O imperialismo do patriarcado 4 Racismo e feminismo: A questão da responsabilidade 5 Mulheres negras e o feminismo Bibliografia selecionada Índice remissivo PREFÁCIO À EDIÇÃO DE 20151 Cresci sabendo que queria ser escritora. Desde os tempos de menina, livros têm me oferecido visões de novos mundos diferentes daquele com o qual eu tinha mais familiaridade. Como terras exóticas e estranhas, livros me proporcionaram aventura, novas formas de pensar e de ser. Sobretudo, apresentaram uma diferente perspectiva, que quase sempre me forçava a sair da zona de conforto. Eu ficava admirada por livros poderem oferecer pontos de vista diferentes, por palavras em uma página poderem me transformar e me mudar, alterar minha mente. Durante meus anos de graduação, o movimento feminista contemporâneo estava desafiando os papéis que eram definidos a partir de pensamentos sexistas, pedindo o fim do patriarcado. Naqueles dias arrebatadores, libertação da mulher foi o nome dado a essa incrível maneira nova de pensar os gêneros. Como eu jamais havia sentido que tinha um lugar na tradicional noção sexista do que uma mulher deveria ser e fazer, eu estava ansiosa para participar do movimento de libertação da mulher, desejando criar um espaço de liberdade para mim mesma, para as mulheres que eu amava, para todas as mulheres. Meu envolvimento intenso com a criação de uma consciência feminista me levou a confrontar a realidade das diferenças de raça, classe e gênero. Assim como me rebelei contra as noções sexistas do lugar da mulher, desafiei as noções de lugar e identidade da mulher dentro dos círculos do movimento de libertação da mulher; não consegui encontrar meu lugar dentro do movimento. Minha experiência como jovem negra não era reconhecida. Minha voz, assim como a de mulheres como eu, não era ouvida. Sobretudo, o movimento mostrou como eu me conhecia pouco e também como conhecia pouco meu espaço na sociedade. Enquanto não consegui fazer minha voz ser ouvida, não consegui pertencer verdadeiramente ao movimento. Antes de exigir que os outros me ouvissem, precisei ouvir a mim mesma, para descobrir minha identidade. Fazer cursos em Estudos de Mulheres2 me mostrou as expectativas da sociedade em relação às mulheres. Aprendi vários fatores sobre diferenças de gênero, sobre sexismo e patriarcalismo e como esses sistemas moldaram os papéis e a identidade feminina, mas aprendi pouco sobre o papel designado às mulheres negras em nossa cultura. Para me entender como negra, para compreender o lugar definido para as mulheres negras nesta sociedade, precisei explorar mais do que a sala de aula, mais do que os tratados e os livros que minhas companheiras e colegas brancas estavam criando para explicar o movimento de libertação da mulher, para oferecer formas radicais, novas e alternativas de pensar sobre gênero e o lugar da mulher. A fim de criar um espaço para mulheres negras nesse movimento revolucionário por justiça de gênero, tive que aprofundar meus conhecimentos sobre nosso lugar na sociedade. Ainda que eu estivesse aprendendo muito sobre sexismo e sobre as formas que o pensamento sexista deu à