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Documentos da Conferência Nacional do Departamento de Informação e Propaganda da FRELIMO. Macomia 26 a 30 novembro 1975 PDF

110 Pages·1975·2.521 MB·Portuguese
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M388 MACOMIA 26A30 NOVEMBRO 1975 9 JURNALDAPRVAE Vare Am . b y DOCUMENTOS DA CONFERENCIA NACIONAL DO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E PROPAGANDA JQ FRELIMO 3671 A69P85 C6 1975 N O I T I N I F N A T S , DOCUMENTOS DA CONFERENCIA // NACIONAL DO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E PROPAGANDA DA FRELIMO Macomia,1975,, E B l CONFERENCIANACIONALDODIP u &888 Um aspecto da Conferência MENSAGEM DO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E PROPAGANDA DA PROVINCIA DE CABO DELGADO A CONFERENCIA NACIONAL DO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E PROPAGANDA DA FRELIMO CAMARADA SECRETÁRIO DO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E PROPAGANDA E MINISTRO DA INFOR MAÇÃO, CAMARADA SECRETÁRIO E GOVERNADOR DA PRO VINCIA DE CABO DELGADO, CAMARADAS RESPONSÁVEIS DO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E PROPAGANDA, CAMARADAS COMBATENTES, CAMARADAS DELEGADOS, CAROS CAMARADAS, Queremos em primeiro lugar, em nome da população desta Província, desejar a todos os participantes nesta Conferência as nossas boas-vindas e os votos de uma contribuição proficua para este trabalho queora iremos realizar dentro do espírito que duran te os 11 anos de luta pelo Poder Popular sempre nos orientou, na base da crítica e autocrítica. Desejamos ver em cada um de vós todo o empenho e deter minação nesta tarefa que constitui mais um golpe fatal para as for. ças reaccionárias que trabalham a soldo do imperialismo internacio nal que, dia a dia, momento a momento, têm vindo a ser derrotadas pelagrande força que é o Poder Popular 3 Todos nós, participantes nesta reunião, estamos empenha dos numa dura tarefa que se reveste da maior importância, princi palmente neste momento em que as contradições se agudizam ca da vez mais,tarefa esta que por si só tem a missão de mobilizar, organizar, educar e informar as largas massas laboriosas, para consolidação do Poder Popular em Moçambique. É ainda de particular importância o facto desta Conferên cia se realizar na Província de Cabo Delgado, Província que du rante dez longos anos viveu a agressão armada do colonial-fascis mo, e que, durante esse longo período, resistiu a todos os massacres perpetrados pelos colonialistas portugueses, que pensavam deste modo fazer vacilar a determinação de um Povo unido num só ideal -a eliminação total e completa da exploração do Homem pelo Homem. À custa de muito sangue as zonas libertadas foram -se tor nando um facto perante a agressão colonialista, estabelecendo-se um novo tipo de relações entreos homens e servindo de laboratório experimental para a sociedade que pretendemos construir. A todo o nível de estruturas, as zonas libertadas tornaram -se baluartes não só contra o colonialismo, mas contra as forças imperialistas internacionais que militar, política e materialmente apoiavam as forças colonialistas portuguesas e outras forças colo niais ou neocoloniais, no massacre constante do nosso Povo. É assim que hoje, nestas zonas, poderemos colher todas as experiências necessárias, forjadas através de muito sacrifício, para pôr em prática, no dia a dia, nos nossos trabalhos. Esperamos que esta Conferência, a primeira que reune ca maradas vindos de todas as Províncias do nosso País, para discutir problemas referentes à Informação, que é o veículo mais eficaz para o Povo conhecer os objectivos da FRELIMO e da Repú. blica Popular de Moçambique, traga decisões e orientações,de for ma a aniquilar completamente a grande arma do colonialismo, a ignorância e o obscurantismo. Gostaríamos ainda de informar a todos os participantes, que no processo dos nossos trabalhos e da nossa estada neste Distrito, encontraremos deficiências de ordem vária, que são alheias à nos sa vontade, são fruto dos dez anos de guerra colonial em que es. teve envolvida esta Provincia. Estamos certos de que os resultados desta Conferência ser virão de plataforma para a concretização de uma unificação da in formação ao serviço de todo o Povo Moçambicano do Rovuma ao Maputo. Em último lugar, rendemos homenagem a todos quantos de. ram a sua vida na Luta de Libertação Nacional, os quais tornaram possível este encontro em Moçambique Independente, este encon tro que constitui mais uma barreira contra as forças da reacção. VIVA A FRELIMO! VIVA A REPÚBLICA POPULAR DE MOÇAMBIQUE! VIVA O POVO MOÇAMBICANO UNIDO DO ROVUMA AO MAPUTOI VIVA O PRESIDENTE SAMORA MACHEL! VIVA A MEMÓRIA INESQUECÍVEL DO PRIMEIRO PRESIDENTE DA FRELIMO, CAMARADA EDUARDO CHI VAMBO MONDLANE! VIVA A CONFERENCIA NACIONAL DO D.I.P.! A LUTA CONTINUA! INDEPENDENCIA OU MORTE, VENCEREMOS! 5 DISCURSO DO CAMARADA JORGE REBELO, SECRETÁRIO NACIONAL DO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E PROPAGANDA DA FRELIMO, NA SESSÃO DE ABERTURA DA CONFERENCIA NACIONAL DO D.I.P. CAMARADAS, Vamos iniciar hoje os trabalhos da Conferência Nacional do Departamento de Informação e Propaganda da FRELIMO. Realizamos esta Conferência numa Província que nos pode oferecer muito em termos de experiência de luta. Foi aqui de fac to, e neste mesmo Distrito, a poucos quilómetros de Macomia, em Chai, que se travou em 25 de Setembro de 1964 o primeiro comba te da luta de libertação nacional, o combate que ateou a fogueira que marcou o começo do fim do colonialismo no nosso país. É talvez útil, para termos uma ideia do desenvolvimento da luta nesta região, contarmos algumas das acções militares levadas a cabo pelos nossos combatentes. Assim, por exemplo, o comunica do de guerra número 9 emitido pelo Departamento de Informa ção e Propaganda em Janeiro de 1965, há portanto quase 11 anos, relatava o seguinte: - No dia 31 de Dezembro de 1964, os nossos guerrilheiros atacaram o inimigo na área do régulo CHIWIYA, em Macomia. Neste ataque foram mortos 8 soldados portu gueses. Em 3 de Janeiro de 1965, os combatentes da FRELIMO montaram uma emboscada a 15 quilómetros do posto administrativo de Chai, em Macomia. Como resultado 1 morreram 5 soldados portugueses e foram capturadas as suas armas. Dois dias mais tarde, em 5 de Janeiro, o chefe do posto de Chai enviou dois soldados moçambicanos para pro curarem os guerrilheiros da FRELIMO. Depois de rece berem a ordem , os soldados partiram do posto, mas com uma intenção diferente: emvez de denunciarem a pre sença das forças da FRELIMO, eles entregaram -se às po pulações. Foram recebidos pelo Secretárioda FRELIÑO dessa localidade, que os levou até à nossa base. Esses dois soldados juntaram -se às fileiras da FRELIMO, com as suas armas e munições. Quando viu que eles não regres savam , o chefe do posto enviou mais dois soldados.Um destes fugiu quando se confrontou com as nossas forças, é o outro foi morto. Em 7 de Janeiro de 1965, os nossos militares atacaram o posto administrativo do Chai, matando o chefe do posto e 2 agentes, e capturaram vário material de guerra. Também a título de exemplo, um comunicado de tipo di ferente, sobre atrocidades dos portugueses: No dia 20 de Fevereiro de 1965, o administrador de Ma comia, no Distrito de Cabo Delgado, enviou emissários avisando as populações de que deviam voltar para as suas povoações, porque todos os pretos encontrados no mato seriam mortos. Pelo contrário, os que voltassem não seriam perseguidos. Alguns elementos das populações deixaram -se enganar pe. los portugueses e regressaram às suas povoações. - No dia 22 de Fevereiro, grupos de soldados portugueses foram enviados a todas aspovoações onde prenderam to dos os habitantes, levando-os depois de camião para uma das povoações principais. Meteram os presos numa das palhotas e pegaram -lhe fogo, ao mesmo tempo que lan çavam rajadas de metralhadora contra a palhota. Os únicos sobreviventes foram uma mulher e o seu fi lho de 4 meses, gravemente queimados.

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