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Do Belo Musical. Um Contributo para a Revisão da Estética da Arte dos Sons PDF

117 Pages·2011·0.651 MB·Portuguese
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(cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) DO BELO MUSICAL Um Contributo para a Revisão da Estética da Arte dos Sons Eduard Hanslick Tradutor: Artur Morão 1854 www.lusosofia.net (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) EduardHanslick (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) Covilhã,2011 FICHA TÉCNICA Título: DoBeloMusical. UmContributoparaaRevisãodaEstéticadaArte dosSons Autor: EduardHanslick Tradutor: ArturMorão Colecção: TextosClássicosdeFilosofia DirecçãodaColecção: JoséRosa&ArturMorão DesigndaCapa: AntónioRodriguesTomé Composição&Paginação: JoséM.SilvaRosa UniversidadedaBeiraInterior Covilhã,2011 (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) Nota do tradutor A versão portuguesa, agora ofertada aos cibernautas, é a revisão e a melhoria de duas edições anteriores de 1994 e 2001. Procedeu-se à correcçãodeumasquantasfalhasedeficiênciaseapurou-semaisoidi- oma. Trata-se, portanto, de uma terceira e mais fiável edição em por- tuguês, desta vez em suporte electrónico, do grande ensaio de estética musicalquefoipublicado,pelaprimeiravez,em1854. Eduard Hanslick, em várias das edições subsequentes, acrescentou novosprefáciosefezalgumaspequenasalteraçõesouadendasqueaqui se não tiveram em conta, porque o teor e a força da tese, desenvolvida comgrandebrilhoeeloquência,permaneceramidênticoseinalteráveis. Para quem conheça a língua alemã, o texto primitivo, com os res- tantesprefácioseosacrescentosoumodificaçõesdoAutor,encontra-se noseguinteelectro-sítio: EduardHanslick: VomMusikalischSchönen. O leitor curioso achará na rede electrónica mundial diversos ma- teriais sobre o famoso crítico musical austríaco. Recomendam-se em especial os artigos esclarecedores do pianista e musicólogo brasileiro Mário Videira, “’Formas sonoras em movimento’: a natureza do belo musical segundo Hanslick” e “Eduard Hanslick e a polémica contra sentimentos na música” nos electro-sítios seguintes: L. Mário Videira eEduardHanslickeaPolêmicacontraosSentimentosnaMúsica ArturMorão Loures,Maiode2011 (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) Do Belo Musical Um Contributo para a Revisão da Estética da Arte dos Sons Eduard Hanslick Conteúdo PREFÁCIO 6 CAPÍTULOI 7 a)Pontodevistanãocientíficodaestéticamusicalanterior . . . 7 b)Ossentimentosnãosãoofimdamúsica . . . . . . . . . . . . 9 CAPÍTULOII:Ossentimentosnãosãooconteúdodamúsica 19 CAPÍTULOIII:Obelomusical 40 CAPÍTULOIV:Análisedaimpressãosubjectivadamúsica 61 CAPÍTULOV:Apercepçãoestéticadamúsica... 79 CAPÍTULOVI:Asrelaçõesentreamúsicaeanatureza 93 CAPÍTULOVII:Osconceitosde"conteúdo"e"forma"na... 105 4 (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) DoBeloMusical 5 OutrasobrasdeEduardHanslickalémdeVomMusikalisch-Schönen, Leipzig1854: • GeschichtedesKonzertwesensinWien,2vols.,Viena1869-70 • DiemoderneOper,9vols.,Berlim1875-1900 • AusmeinemLeben,2vols. Berlim1894 • Suite. AufsätzeüberMusikundMusiker,Viena1884 www.lusosofia.net (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) 6 EduardHanslick PREFÁCIO O entendido dificilmente negará que a “estética da arte sonora” até agoraprevalecentecarecedeumarevisãogeral. Apresentar os princípios que semelhante revisão teria de estabele- cernasuaactividadecríticaeconstrutivaéatarefadesteescrito. De todo afastada de mim está a arrogância, quase epidémica nas monografias sobre estética musical, de que nestas escassas folhas dor- mitaumaestéticaintegraldaartedossons. Paraumaassim–mesmono sentidomaisrestritoemqueaconsideropossível–nãoeradeantemão suficientenemaintençãonemaforça. Bastaqueeuconsigatrazerparaocampodebatalhavitoriososaríe- tescontraaapodrecidaestéticadosentimentoeaprontaralgunsalicer- ces para a futura reconstrução. A propósito das lacunas, de que sou muito consciente, da minha exposição tenho de recorrer à esperança dealgumdiameserpermitidaumadiscussãomaispormenorizadados princípiosaquidesenvolvidos. Se este ensaio puder contribuir para, na arte sonora, acercar a frui- ção e o conhecimento do belo do único solo adequado (i.e., o esté- tico),teráassimplenamentecompensadováriosdesfavoresnelepaten- tesparaomeusentimento. Viena,11deSetembrodel854 Dr.EduardHanslick www.lusosofia.net (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) DoBeloMusical 7 CAPÍTULO I a) Ponto de vista não científico da estética musical anterior Passou o tempo dos sistemas estéticos que abordavam o belo apenas em relação com as "sensações"por ele suscitadas. O impulso para o conhecimentoobjectivodascoisas,tantoquantoàinquiriçãohumanaé concedido, devia abalar um método que partia da sensação subjectiva para,apósumpasseiopelaperiferiadofenómenoinvestigado,retornar mais uma vez à sensação. Nenhuma senda leva ao centro das coisas, mas cada uma deve para lá dirigir-se. A coragem e a capacidade de pressionar as coisas, de indagar aquilo que, separado das impressões muitíssimomutáveisporelasexercidassobreohomem,constituioseu elementopermanente,objectivoedotadodeimutávelvalidade–carac- terizamaciênciamodernanosseusmaisdiversosramos. Esta orientação objectiva não podia deixar de bem depressa se co- municar à pesquisa do belo. O tratamento filosófico da estética, que porumaviametafísicatentaaproximar-sedaessênciadobeloeregista osseuselementosúltimos,éumaaquisiçãodostemposmodernos. Ao fim e ao cabo, também no tratamento das questões estéticas, se deveriaagoraprepararumarevoluçãonaciênciaque,emvezdoprincí- piometafísico,proporcionasseumainfluênciapoderosaeumpredomí- nio, ao menos temporal, a uma intuição congénere do método indutivo dasciênciasnaturais–diantedenósestãoosúltimospíncarosdanossa ciênciaeafirmamparasempreoméritoimperecíveldeteraniquiladoo domíniodaacientíficaestéticadasensaçãoeexploradoobelonosseus elementosinerentesepuros. www.lusosofia.net (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105) 8 EduardHanslick Se os elementos do belo existissem uma vez na sua universalidade, cabia aos peritos indagar o modo específico como eles se realizam e especificamnasartessingulares. Foi necessário que se adquirissem os princípios da pintura, da ar- quitectura, da música e se desenvolvessem estéticas especiais. Sem dúvida, as últimas não podem fundamentar-se mediante uma simples adaptação do conceito geral de beleza, porque este aceita em cada arte uma série de novas distinções. Cada arte deve ser conhecida nas suas determinações técnicas, quer ser compreendida e julgada a partir de si própria. As estéticas especiais, bem como os seus ramos práticos, as críticas da arte, devem todavia, em toda a diversidade dos seus pontos de vista, unir-se na única e imperecível convicção de que, nas inves- tigações estéticas, se deve sobretudo inquirir o objecto belo, e não o sujeito senciente. Devem romper com o mais antigo modo de intuição queempreendiaapesquisatendoapenasemconsideraçãoeatençãoos sentimentos por ele suscitados, e trouxe à luz do dia a filosofia do belo comoumafilhadasensação(aisthesis). A intuição objectiva já não é hoje uma aquisição simplesmente ci- entífica, mas penetrou de uma maneira assaz geral na consciência ar- tística. Omodernopoetaoupintordificilmentesepersuadedequetem deprestarcontasacercadobelodasuaarte,aoindagarque"sentimen- tos"evocará no público esta paisagem, aquela comédia. Procura antes encontrar na estrutura peculiar da própria obra de arte os elementos que a rotulam como algo de belo, e justamente como esta espécie de- terminada do belo. O simples facto do prazer despertado não lhe pode bastar: elerastrearáaforçaimperativadarazãoporqueaobraagrada. Masaartesonoraaindanãosoubeapropriar-sedestepontodevista científicoe,nasuaestética,ficouparatrásdasrestantesartes. As"sen- sações"trazem nela à plena luz do dia o espectro antigo. Na vida e na literaturadaartedossons,obelomusicalé,semexcepção,tratadopela vertente da sua impressão subjectiva, e livros, críticas, conversas po- dem diariamente comprovar que, de modo consensual, se reconhecem os sentimentos como a base que sustém o ideal desta arte, concentra www.lusosofia.net (cid:105) (cid:105) (cid:105) (cid:105)

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