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Dissertação Raquel Raposo PDF

270 Pages·2017·15.27 MB·Portuguese
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Castelo de Alenquer: ensaio sobre a Colecção Hipólito Cabaço Raquel Dang Caçote Raposo Dissertação de Mestrado em Arqueologia Tese corrigida e melhorada após a sua defesa pública Junho, 2017 Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Arqueologia, realizada sob a orientação científica do Senhor Professor Doutor André Pinto Teixeira Nota: O texto desta dissertação não segue as regras do Acordo Ortográfico de 1990. Às minhas filhas, Beatriz e Helena AGRADECIMENTOS Mostra-se tarefa difícil reconhecer em tão breve referência todos quantos, ao longo do nosso percurso, nos têm mostrado a sua estima e apoio nestas guerras de perscrutar os tempos de antanho. Assim, e de uma forma geral, queremos agradecer empenhadamente a todos aqueles que, de um ou outro modo, contribuíram para a realização desta dissertação. Ao nosso Orientador, Professor Doutor André Pinto Teixeira, um agradecimento especial pelo estímulo, pragmatismo e diálogo com o qual permitiu consolidar e enriquecer a nossa reflexão com as suas pistas e sugestões. À Câmara Municipal de Alenquer, nas pessoas dos Srs. Dr.es Rui Costa e Filipe Rogeiro, pelo acesso a documentação e a material arqueológico em posse, respectivamente, dos Arquivo Histórico e Museu Municipal de Alenquer, sem os quais este trabalho não teria sido possível. Aos familiares do Senhor Hipólito Cabaço, por toda a disponibilidade e informações prestadas. Uma alusão especial aos seus filhos, Sr. Domingos† e Srª. D. Idalina Cabaço, e aos seus netos, Srs. Maria Carolina e António Cabaço, pela constante tarefa que continuam a desempenhar na salvaguarda do legado do seu progenitor. Ao Dr. José Luís de Matos e ao M.e José Leitão Lourenço, pelo seu imenso préstimo, através da estimulante troca de informação, e por terem colocado à nossa disposição o seu conhecimento e os dados de que dispunham. Uma palavra de apreço às Dr.as Fernanda Torquato, da Direcção-Geral do Património Cultural; Ana Melo, do Museu Nacional de Arqueologia; Françoise Le Cunff, da Direcção dos Serviços de Documentação e de Arquivo da Secretaria-Geral do Ministério da Educação e Ciência; e Sónia Tavares, da Associação dos Arqueólogos Portugueses, pela sua receptividade, presteza e todo o auxílio dispensado no processo de pesquisa documental levada a cabo nesta investigação. Um penhorado agradecimento ao Doutor Guilherme Cardoso, que volvidos dezanove anos desde o primeiro contacto no curso de Licenciatura continua a ser um exemplo de prontidão. Por todo o contributo que nos dispensou, nomeadamente através da cedência de bibliografia e na ajuda em algumas datações difíceis, como sejam as das I contas; mas acima de tudo pela crença que nos confere de que devemos sempre fazer aquilo que nos dê prazer e nos valorize pessoal e profissionalmente, mesmo no presente, quando se mostra árdua a tarefa de produzir ciência e assegurar a preservação do nosso património. Ao Doutor Guilherme Cardoso, a nossa mais elevada gratidão. Ao M.e Tiago Gil, pelo precioso contributo que nos deu na leitura e reconhecimento das moedas. Os últimos agradecimentos vão para a nossa família, nossos pontos cardeais, por tudo quanto nos tem proporcionado. Aos meus pais, sempre presentes, pela sua disponibilidade, incentivo e apoio incondicional nesta fase do nosso percurso académico. Aos meus avós, pelo ânimo, amor e sabedoria. O vosso exemplo de conduta e perseverança, que fizeram de nós o que somos hoje, serão o guia que procuraremos seguir toda a vida. Ao meu marido, por tudo. E às minhas filhas, pelo tempo que não lhes pude dedicar durante a realização desta dissertação. Todas as palavras serão poucas para vos gratular. E porque nem só de laços de sangue se faz a família, uma palavra especial cabe à Amiga Maria José Reis, pelo encorajamento e valiosa ajuda que nos deu nesta etapa, cedendo bibliografia, relendo aturadamente o nosso texto, dando-nos sugestões e, mais ainda, por todas as suas palavras e actos que não cabem aqui elencar. A sua bondade, justeza e postura séria serão sempre um modelo que procuraremos praticar. A todos os amigos que nos acompanharam nesta jornada. A todos quantos, involuntariamente, não se nomeou, o nosso muito obrigado. II CASTELO DE ALENQUER: ENSAIO SOBRE A COLECÇÃO HIPÓLITO CABAÇO Raquel Dang Caçote Raposo RESUMO Erguido estrategicamente no topo de um monte com um claro fito militar, nomeadamente para defesa e vigilância do território, o castelo de Alenquer cumpriu certamente, à semelhança dos seus congéneres, funções de carácter civil, políticas e administrativas. Os trabalhos arqueológicos ali levados a cabo por Hipólito Cabaço, no decurso das décadas de 20 e 30 do século XX, permitiram recolher um interessante conjunto artefactual deixado na sua maioria inédito até aos nossos dias. Nele, o presente estudo permitiu reconhecer uma larga diacronia cronológica balizada entre o 1º/2º quartel do III milénio a.C. e a época contemporânea, identificando importantes testemunhos das vivências quotidianas das populações pretéritas que ocuparam, de forma contínua ou ininterrupta, aquele Sítio. O castelo de Alenquer e as suas muralhas exercem, per si, o simbolismo da superioridade socioeconómica e autoridade dos seus senhores sobre os habitantes do interior da cerca ou das zonas envolventes. São memória de cerco e de ataque, de atacantes e sitiados, de choques ou comunhão entre culturas coexistentes; de rotinas específicas nas esferas feminina e masculina, de práticas comuns como comer ou orar nos diversos estamentos sociais, sejam eles prestigiados ou desfavorecidos. Conquanto se conheça pouco acerca da evolução da fortificação e dos seus quotidianos, a presente dissertação procura, a partir do estudo sistemático do espólio exumado no local, e de uma tentativa de reconstituição das intervenções arqueológicas que ali decorreram, mormente por iniciativa de Hipólito Cabaço, interpretar o Sítio como uma unidade dinâmica, acrescentando conhecimento sobre a Alenquer de outros tempos. PALAVRAS-CHAVE: Arqueologia, Castelo, Alenquer, Medieval, Moderno. III ALENQUER CASTLE: ESSAY REDGARDING THE HIPÓLITO CABAÇO COLLECTION Raquel Dang Caçote Raposo ABSTRACT Strategically built atop of a mount with an evident military purposes, especially for territorial defense and surveillance, Alenquer Castle has certainly fulfilled, in the same manner and resemblance as with its counterparts, a civil, political and administrative component. The archaeological works carried out on-site by Hipólito Cabaço, during the 20’s and the 30’s of the twentieth century, allowed to recover an interesting set of artefacts, in its majority unprecedented until the present day. This way, the present study allowed to recognize a wide chronological diachronic beacon between the 1st/2nd quarter of the 3rd millennium B.C. and the contemporary era, identifying important testimonies of the everyday experiences of past populations who inhabit, in a continuous or unstoppable way, that place. Alenquer Castle and its walls singlehandedly exert the symbolism of social economic superiority and its lords superiority over the inside walls inhabitants and ones from the surrounding areas. They are a memory of siege and attack, of attackers and the besieged, of clashes or alliances between coexisting cultures; of specific daily routines in male and female domains, of common practices such as eating or praying in different social stratum, whether prestigious or disadvantaged. Although we know little about the fortification evolution and its everyday routines, this dissertation seeks, from the systematic study of the estate exhumed in the place, and of an attempt of reconstitution of the archaeological interventions that there passed, chiefly for initiative of Hipólito Cabaço, to interpret the Site as a dynamic unit, adding knowledge regarding the Alenquer of the past. KEYWORDS: Archaeology, Castle, Alenquer, Medieval, Modern. IV ÍNDICE AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... I RESUMO ........................................................................................................................ III LISTA DE ABREVIATURAS ..................................................................................... VI INTRODUÇÃO................................................................................................................ 1 1. HIPÓLITO CABAÇO – VIDA E OBRA ................................................................... 8 1.1. Hipólito Cabaço – Proprietário, Arqueólogo e outras coisas mais .......................... 8 1.2. Descobertas e recolhas. Casualidade, método ou o poder do pêndulo? ................ 11 1.3. A proximidade do Instituto de Antropologia da Universidade do Porto ............... 18 1.4. De uma arqueologia fecunda no campo e acanhada em público ........................... 21 1.5. Um Museu particular e os seus materiais franqueados .......................................... 25 2. O SÍTIO E OS TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS ............................................... 29 2.1. O espaço................................................................................................................... 29 2.2. Enquadramento historiográfico ............................................................................... 34 2.3. Síntese histórica ....................................................................................................... 37 2.4. Os trabalhos arqueológicos ..................................................................................... 41 2.4.1. As intervenções de Hipólito Cabaço nas décadas de 20 e 30 do século XX ...... 41 2.4.2. Outros trabalhos ................................................................................................... 43 3. OS MATERIAIS ARQUEOLÓGICOS .................................................................... 48 3.1. A Colecção .............................................................................................................. 48 3.1.1. Proto-História ....................................................................................................... 50 3.1.2. Pré-Romano/Romano ........................................................................................... 51 3.1.3. Alta Idade Média .................................................................................................. 53 3.1.4. Séculos X-XIII ..................................................................................................... 53 3.1.5. Tardo-Medieval/Moderno .................................................................................... 55 3.1.6. Época Contemporânea ......................................................................................... 78 3.1.7. Cronologia Indeterminada .................................................................................... 81 3.2. Ensaio sobre a colecção .......................................................................................... 82 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 87 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 91 ANEXOS ......................................................................................................................125 CATÁLOGO DE MATERIAIS ARQUEOLÓGICOS .............................................162 V LISTA DE ABREVIATURAS AAP – Associação dos Arqueólogos Portugueses AHMA – Arquivo Histórico Municipal de Alenquer CACMA – Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Alenquer CIGEOE – Centro de Informação Geoespacial do Exército CMA – Câmara Municipal de Alenquer CMP – Carta Militar de Portugal CNS – Código Nacional de Sítio DG – Diário do Governo DGEMN – Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais DR – Diário da República IPPAR – Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico JNE – Junta Nacional da Educação MMHC – Museu Municipal Hipólito Cabaço MNA – Museu Nacional de Arqueologia Nº. INV. – Número de Inventário Øc. – Diâmetro cabeça C. – Comprimento d. – Dente E. – Espessura L. – Largura L.M. – Largura máxima F. – Face f. – Fuzilhão VI

Description:
conquistando territórios no designado al-Ândalus, que governaram por metais, placas inteiras 1, partidas 1, machados inteiros 1, partidos 5.
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