UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROBIOLOGIA CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE CRAVINA DE JARDIM COM DIFERENTES SUBSTRATOS DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Marília Milani Santa Maria, RS, Brasil. 2012 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE CRAVINA DE JARDIM COM DIFERENTES SUBSTRATOS Marília Milani Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Agrobiologia, Área de Concentração em Agrobiologia, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Agrobiologia Orientador: Prof. Sidinei José Lopes Santa Maria, RS, Brasil. 2012 AGRADECIMENTOS A Deus pelo dom da vida concedido e pela constante presença na minha vida, me iluminando e orientando. À Universidade Federal de Santa Maria e ao Programa de Pós-Graduação em Agrobiologia pela oportunidade de realização do Curso de Mestrado. À CAPES pela concessão da bolsa de estudo. Aos meus pais, Erni e Suzara Milani e meu irmão Matheus, pelo verdadeiro amor, amizade, carinho, dedicação e apoio constantes em minha vida. Amo vocês! Ao meu namorado Juliano Dalcin Martins, que foi essencial no desenvolvimento deste trabalho, pelas inúmeras ajudas, pelo companheirismo, amor, paciência e carinho de sempre. Ao meu orientador Sidinei José Lopes, por sua capacitação profissional, amizade, confiança e liberdade concedida para realização deste trabalho, possibilitando com isso, o meu crescimento profissional e pessoal. Aos professores Alessandro Dal’Col Lúcio e Jana Koefender pela participação na comissão examinadora e pelas contribuições. Ao professor Rogério Bellé pela ideia inicial deste trabalho e pelas constantes ajudas ao longo da execução do experimento. À professora Fernanda Backes pela atenção, ajuda e carinho. Ao professor Marcelo Rodrigues pela doação do solo e turfa utilizados neste trabalho. À professora Zaida Antoniolli pela doação do húmus de minhoca utilizado neste trabalho. À professora Marlene Lovatto por todo carinho, atenção e amizade. Ao professor Nereu Streck pelo empréstimo dos termômetros, além de seus orientados, em especial o Bruno Kraulich e o André Trevisan pela parceria na coleta dos dados de temperatura e umidade da casa de vegetação. À professora Juçara Paranhos pelo incentivo, apoio e atenção. Ao funcionário do Departamento de Fitotecnia, João Colpo pelos auxílios para realização deste trabalho. A todas as pessoas que mesmo aqui não sendo mencionadas, mas que colaboraram de alguma forma para realização deste trabalho: MUITO OBRIGADA! "Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende." (Leonardo da Vinci) RESUMO Dissertação de Mestrado Programa de Pós-Graduação em Agrobiologia Universidade Federal de Santa Maria CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE CRAVINA DE JARDIM COM DIFERENTES SUBSTRATOS AUTORA: MARÍLIA MILANI ORIENTADOR: SIDINEI JOSÉ LOPES Data e Local da Defesa: Santa Maria, 29 de fevereiro de 2012. A cravina é uma planta excelente para compor jardins por possuir florescimento precoce, floração abundante e ótimo desempenho na primavera e outono, período com menos opções de plantas floríferas destinadas a este fim. O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento e desenvolvimento de mudas de cravina de jardim com diferentes substratos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria, RS. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com sete substratos: 1 – 50% solo + 50% cinzas de casca de arroz; 2 – 80% solo + 20% húmus; 3 – 80% cinzas de casca de arroz + 20% húmus; 4 – 40% solo + 40% cinzas de casca de arroz + 20% húmus; 5 – 100% turfa; 6 – 100% substrato comercial Mecplant®; 7 – 50% turfa + 50% cinzas de casca de arroz. Cada um, com 56 plantas, totalizando 392 plantas avaliadas. Utilizaram-se plântulas de Dianthus chinensis L. ‘Dianthus F1 Diamond’, com 28 dias. Foram avaliadas as características físicas e químicas dos substratos e nas plantas foram avaliados os números de folhas e de nós, a altura, o ciclo até a diferenciação, até o aparecimento do primeiro botão floral e a cobertura do substrato. A avaliação final do experimento foi realizada quando o botão floral da haste principal estava aberto, e foram determinadas 20 variáveis de produção, o tamanho ótimo de amostra e o teor e conteúdo de macro e micronutrientes da parte aérea. Curvas de crescimento foram ajustadas pelo modelo logístico para altura e número de folhas, nos diferentes substratos, em função da soma térmica acumulada. O substrato 6 foi superior em relação aos demais, nas seguintes variáveis: cobertura do substrato, número de ramificações e botões florais, área foliar das ramificações e total da parte aérea, diâmetro da haste principal a 5 e 10cm da base do substrato, fitomassa fresca e seca das ramificações, fitomassa fresca da haste principal e fitomassa fresca e seca total da parte aérea. O substrato 1 apresentou o maior ciclo de produção e até o aparecimento do primeiro botão floral, 74 e 57 dias, respectivamente, e maior plastocrono, 94,09ºC dia nó-1. Houve variação no tamanho de amostra conforme o substrato utilizado e a variável observada. O tamanho de amostra da variável reprodutiva, número de botões, foi maior do que para as variáveis vegetativas. Para uma diferença mínima significativa entre duas médias (D%) de 20%, o substrato 1 foi o que apresentou maior tamanho de amostra em 15 variáveis, sendo que para número de ramificações, fitomassa verde e seca das ramificações apresentou o maior tamanho de amostra, 298 plantas. De forma geral, as curvas de crescimento mostraram boa qualidade de ajuste ao modelo logístico. A produção de mudas de cravina de jardim é influenciada pelo tipo de substrato. O substrato Mecplant® é indicado para produzir mudas de cravina de jardim, pois proporcionou qualidade das mudas produzidas. Palavras-chave: Dianthus chinensis L. Floricultura. Cultivo sem solo. ABSTRACT Master’s Dissertation Graduate Program in Agrobiology Federal University of Santa Maria GROWTH AND DEVELOPMENT OF SEEDLINGS OF CRAVINA OF GARDEN WITH DIFFERENT SUBSTRATES AUTHOR: MARÍLIA MILANI ADVISOR: SIDINEI JOSÉ LOPES Santa Maria, February 29th, 2012. The cravina is an excellent plant to build up gardens due to its early flowering, abundant flowering and great performance in spring and autumn, periods with fewer options of flowering plants with such end. The present work aimed to evaluate the growth and development of seedlings of cravina in gardens with different substrates. The study was carried out in greenhouse at the Federal University of Santa Maria, RS. The experimental design was entirely randomized, with seven substrates: 1 – 50% soil + 50% rice husk ash; 2 – 80% soil + 20% earthworm castings; 3 – 80% rice husk ash + 20% earthworm castings; 4 – 40% soil + 40% rice husk ash + 20% earthworm castings; 5 – 100% peat; 6 – 100% commercial substrate Mecplant®; 7 – 50% peat + 50% rice husk ash. Each, with 56 plants, totalizing 392 plants evaluated. 28-day-old seedlings of Dianthus chinensis L. ‘Dianthus F1 Diamond’, developed by Sakata® were used. The physical and chemical characteristics were evaluated and in the plants the number of leafs and of nodes, height, the cycle up to the differentiation were evaluated until first bud appear and the coverage of the substrate. The final assessment of the experiment was carried out when the bud of main stem was opened, and 20 variables of production, the optimum sample size and the concentration and content of nutrients of shoot were determined. Growth curves were adjusted by the logistic model for height of plant and number of leaves, in different substrates, in function of accumulated thermal time. The substrate 6 was superior to the others, in the following variables: coverage of the substrate, number of branches and buds, leaf area of branches and total of shoot, diameter of main stem of 5 and 10cm from the base of the substrate, fresh and dry phytomass of branches, fresh phytomass of main stem and fresh and dry phytomass total of shoot. The substrate 1 presented the longer production cycle up to the first bud to appear, 74 and 57 days, respectively and bigger plastochron, 94,09ºC day node-1. There was a variation in the sample size regarding the substrate and the observed variable. The sample size of the reproductive variable, number of buds, was bigger than the vegetative variables. For a minimum significant difference between two means (D%) of 20%, the substrate 1 was the one which presented the biggest sample size in 15 variables, once for the number of branches, fresh and dry phytomass of branches it presented the biggest sample size, 298 plants. In a general way, the growing curves showed good quality adjust to the logistic model. The substrate Mecplant® is indicated to produce seedling of cravina for gardens, because it offerd quality in the produced seedlings. Keywords: Dianthus chinensis L. Floriculture. Soilless cultivation. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Cravina de jardim (Dianthus chinensis L. ‘Dianthus F1 Diamond’). Santa Maria, RS, 2011. .................................................................................................................................. 16 Figura 2 - Escala de notas, de 2 a 5, a partir da esquerda, para a cobertura do substrato pelas plantas. Santa Maria, RS, 2011. ............................................................................................... 30 Figura 3 - Determinação do diâmetro da haste principal (A) e da flor (B); determinação da área foliar (C) e do comprimento máximo de raiz (D). Santa Maria, RS, 2011. ...................... 32 Figura 4 - Temperaturas máximas e mínimas do ar e umidade relativa do ar no interior da casa de vegetação, durante o período de maio a julho de 2011. Santa Maria, RS, 2011. ................ 35 Figura 5 – Curvas de crescimento ajustadas pelo modelo logístico para altura de planta (cm) de cravina de jardim, nos diferentes substratos, em função da soma térmica acumulada (Sta, ºC dia) em Santa Maria, RS, 2011. ........................................................................................... 57 Figura 6 – Curvas de crescimento ajustadas pelo modelo logístico para número de folhas de cravina de jardim, nos diferentes substratos, em função da soma térmica acumulada (Sta, ºC dia) em Santa Maria, RS, 2011. ................................................................................................ 58 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Densidade seca (Ds), porosidade total (PT), água disponível (AD) e espaço de aeração (EA) dos substratos utilizados no experimento. Santa Maria, RS, 2011. .................... 37 Tabela 2 - Características químicas dos substratos utilizados no experimento. Santa Maria, RS, 2011. .................................................................................................................................. 39 Tabela 3 – Valores médios do teor de macronutrientes (g Kg-1) e micronutrientes (mg Kg-1), na parte aérea de plantas de cravina de jardim. Santa Maria, RS, 2011. .................................. 41 Tabela 4 - Valores médios do conteúdo de macronutrientes (g) e micronutrientes (mg) na parte aérea de plantas de cravina de jardim, em função da fitomassa seca total (g) da parte aérea (MS), produzida nos diferentes substratos. Santa Maria, RS, 2011. ............................... 44 Tabela 5 - Valores médios da cobertura do substrato (CS), número de ramificações (NR), número de botões florais (NB), área foliar das ramificações (AFR), da haste principal (AFHP) e total da parte aérea (AFT), de plantas de cravina de jardim, em diferentes substratos. Santa Maria, RS, 2011. ....................................................................................................................... 46 Tabela 6 - Valores médios do ciclo de produção (C), ciclo até diferenciação (D) e ciclo até o aparecimento do primeiro botão floral (B), de plantas de cravina de jardim, em diferentes substratos. Santa Maria, RS, 2011. ........................................................................................... 48 Tabela 7 - Valores médios do diâmetro da flor (ΦF), diâmetro da haste principal a 5cm (ΦHP5) e a 10cm (ΦHP10) da base do substrato, de plantas de cravina de jardim, em diferentes substratos. Santa Maria, RS, 2011. .......................................................................... 50 Tabela 8 - Valores médios da fitomassa fresca (MFR) e seca (MSR) das ramificações, fitomassa fresca (MFHP) e seca (MSHP) da haste principal e fitomassa fresca (MFT) e seca (MST) total da parte aérea de plantas de cravina de jardim, em diferentes substratos. Santa Maria, RS, 2011. ....................................................................................................................... 52 Tabela 9 - Média do comprimento máximo (Comp.) e fitomassa seca (MS) de raiz, de plantas de cravina de jardim, em diferentes substratos. Santa Maria, RS, 2011. ................................. 53 Tabela 10 - Valores médios do plastocrono (PLAST), de plantas de cravina de jardim, em diferentes substratos. Santa Maria, RS, 2011. .......................................................................... 55 Tabela 11 - Estimativa e limite inferior (Li) e superior (Ls) do intervalo de confiança dos parâmetros α, β e γ, ponto de inflexão – P.I (ºC dia), coeficiente de determinação – R2 e desvio médio absoluto dos resíduos – DMA, do modelo logístico ajustado para altura de plantas de cravina de jardim, em diferentes substratos. Santa Maria, RS, 2011. ..................... 59 Tabela 12 - Estimativa e limite inferior (Li) e superior (Ls) do intervalo de confiança dos parâmetros α, β e γ, ponto de inflexão – P.I (ºC dia), coeficiente de determinação – R2 e
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