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Dissertacao Kelly DEFINITIVA PDF

245 Pages·2009·1.57 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGÜÍSTICA Ana Kelly Borba da Silva Brustolin Itinerário do uso e variação de nós e a gente em textos escritos e orais de alunos do Ensino Fundamental da Rede Pública de Florianópolis Florianópolis (SC) 2009 Ana Kelly Borba da Silva Brustolin Itinerário do uso e variação de nós e a gente em textos escritos e orais de alunos do Ensino Fundamental da Rede Pública de Florianópolis Dissertação apresentada ao Programa da Pós- Graduação em Lingüística da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em Lingüística. Orientadora: Profª Drª Izete Lehmkuhl Coelho Florianópolis (SC) 2009 Autora: Ana Kelly Borba da Silva Brustolin Título: Itinerário do uso e variação de nós e a gente em textos escritos e orais de alunos do Ensino Fundamental da Rede Pública de Florianópolis Dissertação apresentada ao Programa da Pós- Graduação em Lingüística da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em Lingüística. Florianópolis (SC), 5 de maio de 2009. ___________________________________________ Professora Orientadora Drª Izete Lehmkuhl Coelho ___________________________________________ Professora Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Lingüística Drª Rosângela Hammes Rodrigues Autor: Ana Kelly Borba da Silva Brustolin Título: Itinerário do uso e variação de nós e a gente em textos escritos e orais de alunos do Ensino Fundamental da Rede Pública de Florianópolis Dissertação apresentada ao Programa da Pós- Graduação em Lingüística da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em Lingüística. Florianópolis (SC), 5 de maio de 2009. ___________________________________________ Professora Orientadora Drª Izete Lehmkuhl Coelho – UFSC ___________________________________________ Professora Drª Célia Regina dos Santos Lopes – UFRJ ___________________________________________ Professora Drª Edair Maria Görski – UFSC ___________________________________________ Professora Drª Mary Elizabeth Cerutti-Rizzatti – UFSC (suplente) AGRADECIMENTOS À professora Izete Lehmkuhl Coelho, minha orientadora, por ter-me “aceitado” como sua orientanda e por ter feito de nossa convivência diária uma verdadeira arte de momentos cercados de repleta confiança, paciência, tempo e atenção. Pelas contribuições durante as aulas ministradas na Pós e por oportunizar o meu estágio de docência na graduação em administração (UFSC). Acredito que uma das maiores oportunidades que tive em minha carreira foi poder cursar o mestrado. Na minha opinião, essa vitória tão importante deriva do “sim” à pergunta que te fiz no ano de 2006, na tua sala, quando buscava uma resposta positiva e acolhedora para as minhas angústias de professora-educadora. Te agradeço pelo carinho, delicadeza, exigência e disponibilidade nas orientações, e também pela amizade, paciência e bom-humor em todos os momentos. Tudo isso me inspirou a trilhar esse árduo caminho – embora ele também seja gratificante e encantador – de uma carreira acadêmica. Sem o teu apoio, este estudo não teria sido possível! À professora Edair Görski pela sua capacidade de tornar nossas aulas de sociolingüística tão encantadoras, descontraídas e, ao mesmo tempo, informativas. Te agradeço também, Edair, pela inspiração diária de “querer ser um pouquinho do que és”. Isto me ajudou muito nos momentos de estudo intensivo... Às professoras Edair Görski e Célia Lopes, por terem sido leitoras atentas e críticas dos textos por mim escritos e pelas contribuições, sugestões e direcionamento para o desenvolvimento desta pesquisa, dadas durante o evento Bondeandando 2008/1, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Lingüística da UFSC. Às professoras Mary Elizabeth Cerutti-Rizzatti e Rosângela Hammes Rodrigues pelo incentivo e amizade dispensados no decorrer desse trajeto. Ao Carlos Eduardo de Oliveira Lara pelas reflexões ao longo do ano de 2008 e pela realização do abstract. Ao Guilherme May, Patrícia Floriani Sachet e Christiane Maria de Souza Nunes pela revisão textual do (longo) texto. Obrigada! Aos amigos Patrícia Graciela da Rocha, Ani Carla Marchesan, Mariana Resenes dos Santos, Carlos Eduardo de Oliveira Lara, Diana Liz Reis, Lívia Mara de Assis, Rodrigo Acosta Pereira, Carla Cristofolini, Carine Haupt, Cláudia Andrea Rost, Leandra Cristina de Oliveira, Isabel de Oliveira e Silva Monguilhott, Ana Paula Seiffert e Gisele Iandra Pessini Anater, amigos incansáveis, sempre solícitos, dispostos e com uma palavra confortável e incentivadora. Acompanharam todo este processo tornando esta etapa, com certeza, muito mais leve e positiva. Obrigada pelo apoio, incentivo e confiança. À minha amada família, meu pai Adão, minha mãe Inês e minha irmã Kátia, que sempre soube compreender as minhas diversas ausências e crises de stress, mas nunca deixou de me apoiar e tentar me alegrar e pôr para cima, apesar de esta escolha pessoal significar, de certa forma, um distanciamento. Ao Amor da Minha Vida, Edinando Luiz Brustolin, que foi o primeiro a me motivar para esta escolha. Um homem íntegro, honesto, bem humorado, inteligente e acima de tudo amoroso e amigo que sempre me apoiou, ficou ao meu lado, me dando força quando tudo parecia estar perdido. Um homem que soube respeitar minhas ausências, minhas crises e desesperos e que soube entender quando, após a lua-de-mel, segui rumo a um congresso... A ele, que tanto se fez presente nas festas, leituras e formatação de meus textos, elaboração de gráficos, discussões de (sócio)lingüística, respostas de testes de atitude e outros dedico todo o meu esforço e coragem para chegar até aqui, pois pensando também no que ele pensaria/sentiria consegui alcançar nosso objetivo. Eu te amo, pra sempre! Aos integrantes do Projeto Variação lingüística e ensino de gramática nas escolas do Ensino Fundamental: um estudo do paradigma pronominal, Chris, Bruno, Patrícia, Lívia e Paula. Em especial, agradeço à Christiane Maria Nunes de Souza e à Patrícia Floriani Sachet pela companhia nas escolas e na vida pessoal. Obrigada pelos bons momentos em que pudemos estar juntas. Ao VARSUL/UFSC, por ter me acolhido tão carinhosamente dentre os seus e por ter me possibilitado o contato mais direto com o estudo e com a pesquisa. Lembro-me dos nossos grupos de estudo e me emociono... À CAPES, pelo suporte financeiro durante parte do curso, à coordenação do curso de pós-graduação, aos professores do PGL e aos demais colegas de curso pelos momentos de crescimento e descontração. Às quatro escolas que participaram prontamente dessa pesquisa e aos alunos- informantes que trouxeram vida às minhas idéias. Agradeço, por fim, a Deus que colocou todas essas pessoas em meu caminho e que me permitiu, a todo o momento, a fé, a firmeza e o bom humor. Creio que onde há prazer, o conhecimento está próximo. Maria. Gabriela Llansol, Finita RESUMO O objetivo deste trabalho é descrever e analisar a variação de nós e a gente (e suas possíveis realizações na desinência verbal -mos e zero/ø e zer/ø e –mos) na fala e escrita de alunos do ensino fundamental (5ª, 6ª, 7ª e 8ª série) em quatro escolas da rede pública de ensino de Florianópolis – região leste de Santa Catarina. A análise está apoiada na Teoria da Variação e Mudança Lingüística delineada por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 2001, 2003) e leva em conta a influência de fatores lingüísticos e extralingüísticas no condicionamento das formas em variação. Esta pesquisa consistiu na observação do uso “real” desses pronomes e se efetivou partindo de uma proposta de narração solicitada aos alunos, que deveriam relatar a respeito de um momento marcante da vida deles, em conjunto, com outras pessoas – para se resgatar, preferencialmente, a primeira pessoa do plural. As amostras da pesquisa foram constituídas por produções textuais e entrevistas orais, no período de maio a outubro de 2008. Os resultados gerais já apontam para um uso efetivo da forma a gente na fala e na escrita dos alunos, como podemos constatar por meio dos resultados obtidos durante as rodadas que foram realizadas com a ajuda do pacote estatístico VARBRUL. Verificamos os seguintes contextos lingüísticos e extralingüísticos favorecedores para o uso de a gente na escrita e na fala, respectivamente: (i) marca morfêmica do verbo que o acompanha (zero e – mos), (ii) sujeito preenchido e nulo, (iii) modalidade: fala e escrita, (iv) saliência fônica, (v) paralelismo formal, (vi) sexo dos informantes e (vii) série (5ª, 6ª, 7ª e 8ª). Esse quadro aponta para o ensino de língua em que um dos primeiros objetivos e uma das primeiras atitudes do educador deve ser o reconhecimento da realidade sociolingüística presente na sala de aula e na comunidade em que está atuando. É fundamental realizar esse reconhecimento na realidade da sala de aula, sublinhando alguns pontos, como o da heterogeneidade lingüística, o dos possíveis usos da língua (escrita e falada) em diversas situações de interação no cotidiano, e outros; confrontando, deste modo, as diversas variedades presentes naquela determinada localidade e combatendo preconceitos entre os vários professores com seus alunos e entre os próprios alunos. Palavras-chave: variação/mudança lingüística e ensino, pronome, fala e escrita ABSTRACT The aim of this work is to describe and analyze the variation of nós and a gente (and their respective realizations in the verbal ending –mos and ø/null) in the spoken and written language of the students in the middle school (ensino fundamental) (5th , 6th , 7th and 8th grades) through four schools in the public system of education in Florianópolis – east region of Santa Catarina state. The analysis is supported by the theory of Linguistic Variation and Change, delineated by Weinreich, Herzog and Labov (1968) and Labov (1972, 2001, 2003) and it considers the influence of linguistic, and extralinguistic factors at the conditioning of forms in variation. This survey has consisted by the observation of “real” use of these pronouns and it was effected from a proposal of a narrative, solicited to the students, to report an impressing moment of their lives with other people, to get, preferentially, the first person of plural. The samples of the survey were constituted by textual productions and oral interviews, at the period from May to October 2008. The general results attest an effective use of the form a gente in the spoken and written language of the students, as we can verify through the results obtained by the rounds of the VARBRUL statistical packet. We have verified the following linguistic and extralinguistic favorer contexts for the use of a gente in the oral and written modalities, respectively: (i) morphemic mark of the verb, (ii) null or full subject, (iii) spoken and written languages, (iv) phonic salience, (v) formal parallelism, (vi) sex of the informants and (vii) school grades (5th, 6th, 7th e 8th). This scenery indicates a teaching of languages, which has as first aims and first educator’s attitudes the recognizability of the sociolinguistic reality present in the classroom and the community. It’s essential to effect this recognizability of the reality in the classroom, underlining some points, as the linguistic heterogeneity, the possible uses of language (oral and written modalities) in several situations in the quotidian, and others; confronting, this way, the diverse varieties present in a locality, fighting prejudices among the teachers and their students and among the students. Key-works: linguistic variation/change and teaching; pronouns; oral and written modalities LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Distribuição do uso de nós e a gente em nossa amostra.......................................165 Gráfico 2: Distribuição do uso total de nós e a gente na fala e na escrita..............................167 Gráfico 3: Distribuição do uso de nós e a gente na escrita da escola 3..................................200 Gráfico 4: Distribuição do uso de nós e a gente na fala da escola 3......................................204 Gráfico 5: Resultado geral do emprego de a gente................................................................209 Gráfico 6: Que forma você falaria em uma situação formal?.................................................214 Gráfico 7: Que forma você falaria em uma situação informal (com amigos, família)?.........215 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Níveis da saliência fônica......................................................................................153 Quadro 2: Graus de saliência fônica utilizados no estudo......................................................185 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Paradigma dos pronomes pessoais...........................................................................24 Tabela 2: Nós ou a gente e a faixa etária..................................................................................28 Tabela 3: Nós ou a gente em EFs (AULAS)............................................................................29 Tabela 4: Efeito do cruzamento escolaridade vs. faixa etária na escolha das formas pronominais “nós” e “a gente”.................................................................................................32 Tabela 5: Pronomes aprendidos na escola e aprendidos no diálogo entre aluno e professor(a), segundo Freitas (1997).............................................................................................................33 Tabela 6: Pronomes pessoais sujeito, segundo Freitas (1997).................................................34 Tabela 7: Pronomes pessoais sujeito segundo Freitas (1997)..................................................35 Tabela 8: Freqüência e probabilidades de nós em relação ao sexo..........................................37 Tabela 9: Ambientes favoráveis ao uso de a gente..................................................................39

Description:
Florianópolis (SC), 5 de maio de 2009. Oliveira, Isabel de Oliveira e Silva Monguilhott, Ana Paula Seiffert e Gisele Iandra Pessini. Anater, amigos
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