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Dissertação de mestrado-Ana Cláudia PDF

133 Pages·2017·1.94 MB·Portuguese
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UFRRJ INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DISSERTAÇÃO Caminhos, mudanças, alianças e resistências indígenas: identidade e territorialidade dos Índios da Aldeia de Itaguaí – Século XIX Ana Cláudia de Souza Ferreira 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA CAMINHOS, MUDANÇAS, ALIANÇAS E RESISTÊNCIAS INDÍGENAS: IDENTIDADE E TERRITORIALIDADE DOS ÍNDIOS DA ALDEIA DE ITAGUAÍ – SÉCULO XIX ANA CLÁUDIA DE SOUZA FERREIRA Sob a Orientação da Professora Vânia Maria Losada Moreira Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em História, ao Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Área de Concentração: Relações de Poder e Cultura. Seropédica, RJ Outubro de 2016 UFRRJ / Biblioteca Central / Divisão de Processamentos Técnicos 980.4153 F383c Ferreira, Ana Cláudia de Souza, 1987- T Caminhos, mudanças, alianças e resistências indígenas: identidade e territorialidade dos índios na Aldeia de Itaguaí século XIX / Ana Cláudia de – Souza Ferreira. 2016. – 132 f.: il. Orientador: Vânia Maria Losada Moreira. Dissertação (mestrado) Universidade – Federal Rural do Rio de Janeiro, Curso de Pós-Graduação em História, 2016. Bibliografia: f. 117-126. 1. Índios da América do Sul Posse da – terra - Itaguaí (RJ) Teses. 2. Índios – da América do Sul Itaguaí (RJ) – – Relações com o governo Séc. XIX – – Teses. 3. Aldeias indígenas Itaguaí – (RJ) Séc. XIX - Teses. 4. Índios da – América do Sul Itaguaí (RJ) – – Identidade étnica - Teses. 5. Registros eclesiásticos - Teses. I. Moreira, Vânia Maria Losada, 1963- II. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Curso de Pós-Graduação em História. III. Título. AGRADECIMENTOS Os agradecimentos são sinceros e merecidos aos que me acompanharam nesta jornada longa e peregrina da vida. A Deus por ser a essência de todo o meu viver e estar sempre presente em todos os momentos da minha vida me direcionando. Pelo amor, pelo cuidado e, apesar de ainda ter muito o que aprender, pela oportunidade de crescer como pessoa em todas os âmbitos da minha vida através de diversas experiências, estudos e indivíduos. A Jesus meu Mestre e Amigo, Senhor e Salvador que me ensinou que a humildade e o amor são as melhores virtudes que existem e que devem ser cultivadas. Ao Espírito Santo, por ser meu Consolador e Professor nos momentos bons e principalmente nos difíceis. À minha querida orientadora e professora Vânia Maria por acreditar em mim e em meu trabalho desde a graduação. Por seus conselhos e sua amizade, a qual guardarei dentro de mim por toda a vida. Eu não teria chegado aqui sem seus incentivos, suas indagações, seus “puxões de orelha”,seu abraço eseu olhar acolhedor. Muitíssimo obrigada! À minha amada Família, especialmente: minha mãe guerreira (Isabel), meus sogros queridos e meus segundos pais (Elizete e Nilson), Fábio e Angélica (irmão e cunhada), meus sobrinhos amados (Thalita e Gabriel), minha prima Andréia que sempre me incentiva, bem como aos demais familiares e amigos, pelo apoio e por compreender meus momentos de cansaço e ausência. “Vocês são Demais de Bom”! Incluo aqui a Laila, minha cadela, parte da família que apronta, mas me dá muita alegria! Aos amigos e irmãos de minha comunidade de fé que acreditaram em mim e me incentivaram e cobriram minha vida de alegrias, abraços e orações. Amo a todos! Agradeço em especial ao meu companheiro de todas as horas e esposo Felipe Carvalho, por todo o incentivo (inclusive financeiramente), por emprestar seu ouvido para minhas indagações e para a minha paixão pela pesquisa na área de história indígena e também por aturar os meus momentos super “tensos”. Como eu disse certa vez: “minha vitória é sua vitória, sua vitória é minha também”. Te amo! Aos meus amigos que conheci na graduação e que se tornam presentes em minha vida, em especial a Joyce e Elaine, pelas conversas incentivadoras. Às amigas de pesquisa Grazi, Talita e Silene que fizeram considerações importantes sobre o meu trabalho na disciplina do PPHR do primeiro semestre em Tutoria I. Ao secretário Paulo, pela boa disposição em ajudar e solucionar dúvidas. À Grazi e ao Renilson por me ajudarem com o resumo em inglês. Às meninas da Vânia, Grazi e Ayalla pelo apoio, pela amizade e pelas dicas acadêmicas muito válidas. Agradeço muito pela amizade e o carinho de todos. Saibam que é verdadeiramente recíproco! À Denise Senna pela revisão do meu texto. À FAPERJ pelo auxílio e incentivo com a concessão da bolsa de mestrado que possibilitou o desenvolvimento e a conclusão da pesquisa, que acredito estar apenas começando. Ao APERJ, especialmente na figura da funcionária Joyce que muito me ajudou e aos funcionários da ACMRJ que me socorreram na última hora. Aos professores da banca de qualificação e de defesa José R. Bessa Freire e Izabel M. de Mattos pela disponibilidade e contribuições feitas ao trabalho. Muito obrigada por ter me dado o privilégio de tê-los discutindo o meu trabalho, pois os admiro muito! Às professoras Margareth de Almeida Gonçalves (de quem serei “eternamente grata”, a primeira a me incentivar na graduação), Adriana Barreto de Souza e Fabiane Popinigis, pelas indicações de fontes, leituras e pelos incentivos dados desde a graduação. Ao professor Edmundo, pela amizade, atenção e pelo emprego temporário e pelos livros. E aos não menos importantes, ao contrário muito especiais: aos Índios do meu passado, meu presente e meu futuro. Aos que se foram, aos que se “metamorfosearam” e os que continuam a lutar de diferentes formas por justiça e paz! RESUMO FERREIRA, Ana Cláudia de Souza. Caminhos, mudanças, alianças e resistências indígenas: identidade e territorialidade dos Índios da Aldeia de Itaguaí – Século XIX. 2016, 132 p. Dissertação (Mestrado em História; Relações de Poder e Cultura). Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Seropédica, RJ, 2016. Este trabalho pretende contribuir para a compreensão da história do Aldeia de São Francisco de Itaguaí no século XIX. Propõe-se a discutir e problematizar o suposto processo de extinção da Aldeia de Itaguaí defendido pelo discurso de determinadas autoridades políticas e intelectuais, que argumentavam acerca da “mistura” e “degradação” dos grupos indígenas. Pretende também demonstrar que este discurso intensificava a expropriação das terras indígenas e desconstruía o direito deles às mesmas. Dessa forma, os índios passaram a ser tratados como se não existissem, intensificando um viés discursivo da “invisibilidade” e/ou do “desaparecimento”. Em Itaguaí, o aldeamento passou por sucessivas tentativas de extinção, ao mesmo tempo que os índios continuaram resistindo e construindo diferentes modos de permanecer com suas terras, mesmo depois da elevação de Itaguaí à Vila, em 1818, ou da declaração de extinção da Aldeia de Itaguaí, em 1834. Apesar do quadro político e social cada vez menos favorável aos índios, fontes como correspondências, requerimentos, ofícios, portarias, planta corográfica e mapa populacional da aldeia indicam que, embora o aldeamento tenha sido declarado extinto por autoridades locais, os índios reconheciam seu território como “Aldeia”, ao mesmo tempo em que eram reconhecidos por outros moradores como índios aldeados na região. Ainda na década de 1850 e 1860, como demonstramos neste estudo, os índios continuavam possuindo terras na região e construindo um espaço sociocultural e político, onde interagiam com a sociedade local e faziam escolhas, negociações e resistiam aos processos de expropriação territorial. Com este estudo, procuramos desconstruir a ideia de que os índios desapareceram, a partir da suposta extinção do aldeamento de 1834, tornando-os “visíveis” por meio da pesquisa em fontes históricas ainda pouco visitadas pela história dos índios no que se refere ao Rio de Janeiro, como os registros de batismo, de óbito e inventários. Também pesquisamos os registros paroquiais de terras. Palavras-chave: Aldeia de Itaguaí, século XIX, invisibilidade, visíveis, registros paroquiais. ABSTRACT FERREIRA, Ana Cláudia de Souza. Paths, changes, alliances and indigenous resistance: identity and territoriality of Indians of Village Itaguaí – XIX Century. 2016, 132 p. Dissertation (Master Degree in History, Power and Cultural). Social and Humanities Institute, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Seropédica, RJ, 2016. This work aims to contribute to understanding the history of the Village of São Francisco of Itaguaí in the nineteenth century. Firstly, it is proposed to discuss and consider supposed process of extinction of Itaguaí village which has been defended by the discourse of certain political and intellectual authorities, who argued about the "mixing" and "degradation" of indigenous groups. Also intends to show that this speech intensified the expropriation of indigenous lands and the speech been deconstructing their right to land. Thus, in accordance of that discourse the Indians were treated as if there they did not exist, producing a type discursive of "invisibility" and / or "disappearance". In Itaguaí, the settlement went through successive attempts to extinction, while the Indigenous continued resisting and building different ways of staying with their lands, even after Itaguaí change to the village in 1818, or of the declaration of extintion of Itaguaí Village in 1834. Despite the political and social environment less and less favorable to the Indians, sources such as correspondence, requirements, offices, ordinances, floor plan chorography and population map of the village indicate that, although the village has been declared extinct by local authorities, the Indians recognized their territory as "Village", at the same time they were recognized by other (local) residents as "Indigenous of settlement" in the region. Still in 1860, as were demonstrated in this study, the Indigenous continuous having land in the region and building a sociocultural and political space, which interacted with the local society and made choices, negotiations and resisted the territorial expropriation proceedings. (Lastly), with this study, we seek to deconstruct the idea that the Indians disappeared from the (so-called village’s extinction in the year of 1834) supposed extinction of the village 1834, making them "visible" through research in historical sources still little visited by the history of the Indians, as the baptism records as well as and death inventories. We also searched the parish registers of land. Keywords: Itaguai Village, nineteenth century, invisibility, visible, parish registers. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Mapa das aldeias coloniais do Rio de Janeiro ........................................................ 33 Figura 2. Desenho de Maria Graham da Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí ...............42 Figura 3. Território da Vila de Itaguaí, 1827 ....................................................................... 104 Figura 4. Retratação do índio Guarani civilizado/ manso: “Índia Guarani civilizada em trajes domingueiros”.......................................................................................................................111 Figura 5. Retratação do índio Guarani civilizado/ manso: “Índios Guaranis civilizados, ricos cultivadores” .........................................................................................................................112 LISTA DE TABELAS TABELA 1. População da Freguesia de São Francisco Xavier orago Aldeia de Itaguaí (1759) ..................................................................................................................................................34 TABELA 2. Mapa populacional da Aldeia de Itaguaí –1839...............................................47 TABELA 3. Relação dos índios que realizaram diligências na Fazenda de Santa Cruz para capturar escravos fugidos e ladrões (1821-1822) ..................................................................................................................................................48 TABELA 4. Número de Índios no território da Vila de Itaguaí registrado no mapa populacional de 1851 ..............................................................................................................68 TABELA 5. Terra dos índios no Livro de Registros Paroquiais de Terras (1856) ...............76 TABELA 6. Distribuição de cor dos batizandos no livro de livres, período 1848 a 1866 .....87 TABELA 7. Crianças Batizadas na Matriz de São Francisco Xavier de Itaguaí (1851-1858) ..................................................................................................................................................87 TABELA 8. Crianças batizadas como filhos de João Jozé de Sant’ Anna (1848-1856).......92 TABELA 9. Classificação no livro A de óbitos de Bananal de Itaguaí (1855-1878)............98 TABELA 10. Exemplo de óbitos de Índios –Bananal de Itaguaí (1867) ............................100 TABELA 11. Assentos de Óbitos de Indígenas (1855-1876)..............................................100 LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS ACMRJ–Arquivo da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro ANRJ–Arquivo Nacional do Rio de Janeiro APERJ –Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro BNRJ –Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro IHGB – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro MJRJ–Museu da Justiça do Rio de Janeiro PET-História –Programa de Educação Tutorial em História da UFRRJ PP–Presidência da Província RPP–Relatório do Presidente da Província RPT –Registros Paroquiais de Terras UFF– Universidade Federal Fluminense UFRRJ–Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Description:
cujo nome era João d' Almeida Pereira atraía índios da “raça puri” para sua aldeamentos, para reunir índios Puri que vagavam pelas matas de de Itaguaí exibia as estátuas de Kiwa e Laiá, lendário casal indígena que teria
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