ebook img

Discurso das Mídias PDF

269 Pages·2006·7.202 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Discurso das Mídias

m Patrick Charaudeau, is c u r s o Patrick Charaudeau DISCURSO DAS MÍDIAS Angela M. S. Corrêa Tradução editoracontexto Patrick CHARAUDEAU Les médias et Pinformation l'impossible transparence du discours Copyright C) De lioeck & Larcier 5.2.2005 P édition Editions De lioeck IJniversité Rue des Mirtimes 30, li-1000 Hruxelles 'Iodos os direitos desta edição reservados â Editora Contexto (Editora Pinsky I-tela.) Montagem de capa e diagramação (lustavo S. Vilas Boas Revisão Celso de Campos Jr. Lilian Acjuino Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cir) (Câmara Brasileira do Livro, si», Brasil)_________________ Charaudeau, Patrick Discurso das mídias / Patrick Charaudeau; tradução Angela M. S. (Corrêa. 2. ed., 2a reimpressão. - São Paulo: Contexto, 2013. Título original: Les médias et 1’information: 1’impossible transparence du discours. Bibliografia. ISBN 978-85-7244-323-4 1. Análise do discurso 2. Comunicação de massa - Aspectos morais c éticos 3. Comunicação de massa — Aspectos sociais 4. Comunicação de massa c linguagem 5. Serviços de informação I. Título. 06-1605 CDD-302.23 índices para catálogo sistemático: 1. Informação c mídias : Sociologia 302.23 2. Mídias c informação : .Sociologia 302.23 Editora Contkxto Diretor editorial: Jaime Pinsky Rua Dr. José Elias, 520 — Alto da Lapa 05083-030 - São Paulo - si* pabx: (11) 3832 5838 contextoG^editoracontcxto.com.br www.editoracontcxto.com.br 2013 Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. / Aos meus Sumário Advertência.....................................................................................................................................11 Introdução......................................................................................................................................15 Sobre algumas idéias preconcebidas....................................................................17 As mídias sob o olhar das ciências humanas..................................................20 O QUE QUER DIZER INFORMAR Dos efeitos de poder sob a máscara do saber.........................................................31 Informação como ato de comunicação...................................................33 Um ponto de vista ingênuo..................................................................................34 Verdadeiros problemas............................................................................................36 InçormaçÃo como discurso................................................................................40 * Mecânica de construção do sentido: um duplo processo..........................41 Natureza do saber.....................................................................................................43 Efeitos de verdade....................................................................................................48 ÂS MÍDIAS DIANTE DO DISCURSO DA INFORMAÇÃO....................................57 Uma finalidade ambígua........................................................................................58 A informação na multiplicidade dos discursos..............................................60 O CONTRATO DE INFORMAÇÃO MIDIÁTICO.....................................................................65 DO CONTRATO DE COMUNICAÇÃO EM GERAL.................................................67 Dados externos.............................................................................................................68 * Dados internos..............................................................................................................70 Quem informa quem? A IDENTIDADE DAS INSTÂNCIAS DE INFORMAÇÃO.......................................72 Instância de produção................................................................................................73 Instância de recepção.................................................................................................78 Informar para quê? A finalidade do contrato..................................86 Visada de informação: desafio da credibilidade..............................................87 Visada de captação: desafio da dramatização...................................................91 Informar sobre o quê? O acontecimento como visão social do mundo.............................94 O acontecimento é sempre construído...............................................................95 Do acontecimento ao “processo evenemencial”..............................................98 Operadores da construção do acontecimento midiático........................ 101 Informar em que circunstâncias? Os DISPOSITIVOS DE ENCENAÇÃO..........................................................................104 Rádio, um dispositivo sonoro e “a magia da voz”.......................................106 Televisão, um dispositivo visual e o “choque das imagens”.....................109 Imprensa, um dispositivo de legibilidade e o “peso das palavras”.............................................................113 Conclusão: contrato midiático, máquina de construir espaço público e opinião pública............................114 Do espaço público...................................................................................................115 Da opinião à opinião pública.............................................................................1 20 AS ESTRATÉGIAS DE ENCENAÇÃO DA INFORMAÇÃO.................................................1 27 A CONSTRUÇÃO DA NOTÍCIA: UM MUNDO FILTRADO.............................1 3 1 Do acontecimento à notícia..................................................................................131 Estratégias de seleção dos fatos..........................................................................1 33 Estruturação midiática do espaço social...........................................................142 Identificação das fontes..........................................................................................147 Modos de organização do discurso de informação....................................1 50 Relatar o acontecimento...................................................................................152 Fato relatado (fr).....................................................................................................1 52 Dito relatado (dr)....................................................................................................161 Comentar o acontecimento...........................................................................175 O que é comentar o acontecimento nas mídias.........................................176 Problemas do comentário midiático...............................................................182 Provocar o acontecimento............................................................................188 * Dispositivo e encenação do debate.................................................................189 Problemas relativos ao acontecimento provocado......................................191 Os GÊNEROS DO DISCURSO DE INFORMAÇÃO...........................................................201 Gêneros e tipologias............................................................................................203 Gênero....................................................................................................................204 Uma tipologia dos textos de informação midiática..................................208 Sobre alguns gêneros e variantes de gêneros.............................212 Entrevista: palavra da interioridade................................................................213 Debate: uma espetacularização do conflito verbal.....................................218 Reportagem: garantia de autenticidade ou armadilha da falsa imparcialidade?...........................................................221 Gêneros da televisão: um desafio de espetacularização.............................222 Gêneros da imprensa escrita: entre visibilidade e legibilidade..............232 Balanço crítico Mídias e democracia...............................................................................................................239 Grandeza e miséria da palavra jornalística....................................241 Máquina de informar complexa e incontrolável........................................242 O 11 de setembro de 2001: um exemplo de pluralidade de efeitos de sentidos....................................243 As MÍDIAS SÃO MANIPULADORAS?......................................................................251 Instância midiática, um manipulador manipulado..................................252 Da deontologia: uma questão de responsabilidade...................................262 Referências bibliográficas..........................................................................................279 A TRADUTORA.............................................................................................................................285 Advertência Este livro seria a nova edição, revista e aumentada, do Discurso de informação midiática: a construção do espelho social. Graças a uma mudança de editor, tenho a oportunidade de apresentá-lo numa nova versão. A releitura com sete anos de intervalo fez com que este livro, apesar de continuar o mesmo em certos aspectos, se tornasse um outro. O mesmo porque os resultados de uma pesquisa e a reflexão teórica não mudam ao sabor da moda - a mudança que fosse efetuada sob o pretexto de seguir novas tendências seria preocupante. Os conceitos de base são os mesmos, o procedimento de análise é o mesmo, a interpretação, a mesma. Tanto mais que, de 1997 para cá, foram publicados e apresentados numerosos trabalhos, monografias e teses que vieram a confirmar e sustentar os pontos de vista expostos nos diferentes capítulos deste livro. Como o essencial se mantém, não há contradição. Mas este livro é um outro porque mudou sua razão demonstrativa. Com a passagem do tempo e a continuidade da reflexão, pode-se expor as coisas de outra maneira, com mais clareza, simplificando-as em alguns pontos, ou enriquecendo-as com novas explicações. Como tive a oportunidade de explicitar vários aspectos do livro em encontros e bate-papos, e como me foi possível detalhar, em diversos colóquios ou em artigos, algumas das questões 11 • Discurso das mídias tratadas nos diferentes capítulos, produziu-se um efeito de retorno que me estimulou a retrabalhar o livro. E por isso que este é um livro novo: recomposto em seu conjunto, alguns dos capítulos continuam os mesmos, mas numa ordem diferente de apresentação — o que evidencia uma nova coerência; profundamente modificado, algumas partes foram totalmente reescritas para que a demonstração se tornasse mais clara e eficaz, e algumas descrições metodológicas foram suprimidas, visto que atualmente são consideradas já conhecidas; além disso, foi enriquecido com exemplos novos e até mesmo com estudos recentes. Seu fio condutor é o seguinte: • o discurso de informação é uma atividade de linguagem que permite que se estabeleça nas sociedades o vínculo social sem o qual não haveria reconhecimento identitário; deve pois ser o objeto de um estudo para se compreender quais são suas características gerais (capítulos “A informação como ato de comunicação”, “A informação como discurso” e “As mídias diante do discurso da informação”); • as mídias são parte interessada nessa prática social, mas de maneira organizada, instituindo-se em empresa de fabricar informação através do que se pode chamar de “máquina midiática”; convém pois descrevê- la para pôr em evidência o contrato comunicacional que ela nos propõe (capítulos “Do contrato de comunicação em geral”, “Quem informa quem? A identidade das instâncias de informação”, “Informar para quê? A finalidade do contrato”, “Informar sobre o quê? O acontecimento como visão social do mundo” e “Informar em que circunstâncias? Os dispositivos de mise-en-scene ou encenação”); • mas tais empresas de fabricar informação acham-se em concorrência num mercado que as leva a procurar distinguir-se umas das outras, acionar certas estratégias quanto à maneira de reportar os acontecimentos, comentá-los, ou mesmo provocá-los, o que determina uma tipologia dos gêneros midiáticos (capítulos “A construção da notícia: um mundo filtrado”, “Relatar o acontecimento”, “Comentar o acontecimento” e “Provocar o acontecimento”); 12 Advertência • disso resulta que, por um efeito de retorno, as mídias são levadas a tomar posição sobre o que deve ser a informação, sobre a maneira de tratá-la; é aqui que aparece um problema deontológico que convém passar pelo crivo de um discurso crítico (capítulos “Gêneros e tipologias”, “Sobre alguns gêneros e variantes de gêneros”, “Grandeza e miséria da palavra jornalística” e “As mídias são manipuladoras?”). Desse modo, com o aprofundamento das questões, este livro tornou-se mais radical com relação ao que deveria ser a ética da informação midiática. Um trabalho científico não tem por vocação pôr em julgamento as instâncias responsáveis pelas organizações sociais. Entretanto, cabe destacar as contradições de certas práticas e as transgressões a regras que, se fossem acatadas, contribuiríam para um melhor convívio social.

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.