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direitos humanos, prevenção à violência contra crianças e adolescentes e mediação de conflitos PDF

250 Pages·2013·6.41 MB·Portuguese
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DIREITOS HUMANOS, PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS Manual de capacitação para educadores Projeto Escola que Protege – Centro de Estudos Psicológicos Instituto de Psicologia – Universidade Federal do Rio Grande do Sul © Autores, 2013 Capa: Clo Sbardelotto (utilizando obra de Fabiano Millani Cassarotti) Projeto gráfico e editoração: Clo Sbardelotto Impressão: IDEOGRAF – Gráfica e Editora Gaúcha Ficha Catalográfica Direitos humanos, prevenção à violência contra crianças e adolescentes e mediação de conflitos: manual de capacitação para educadores. Michele Poletto, Ana Paula Lazzaretti de Souza e Silvia H. Koller (organizadoras). 1ª Edição. Porto Alegre, Editora IDEOGRAF, 2013 248 p. ISBN: 978-85-61975-06-7 Todos os direitos desta edição reservados ao Ministério da Educação Impresso no Brasil Printed in Brazil SUMÁRIO Apresentação ......................................................................................................................... 7 Ana Paula Lazzaretti de Souza, Michele Poletto & Sílvia H. Koller Capítulo I – Perspectivas teóricas 1.1 Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano .............................................. 11 Ana Paula Lazzaretti de Souza & Michele Poletto abordagembioecológicadodesenvolvimentohumano.ppt .............................................. 17 Sílvia H. Koller 1.2 Psicologia Positiva ......................................................................................................... 26 Michele Poletto & Bruna Larissa Seibel psicologiapositiva.ppt .................................................................................................... 33 Michele Poletto & Bruna Larissa Seibel 1.3 Resiliência: novas possibilidades ................................................................................... 37 Michele Poletto resiliência.ppt ................................................................................................................ 45 Michele Poletto Capítulo II – Garantindo Direitos 2.1 Direitos Humanos: não são apenas direitos de minorias .............................................. 54 Ana Paula Lazzaretti de Souza direitoshumanos.ppt ....................................................................................................... 67 Ana Paula Lazzaretti de Souza & Kelly Caroline Costa Portolan 2.2 Bem-estar no trabalho e direitos dos trabalhadores em educação .................................. 81 Mayte Raya Amazarray & Luciana Dutra Thomé direitosdostrabalhadoresemeducação.ppt ...................................................................... 91 Mayte Raya Amazarray & Luciana Dutra Thomé 2.3 Direito da mulher ......................................................................................................... 100 Ana Paula Lazzaretti de Souza direitosdasmulheres.ppt ................................................................................................. 114 Michele Poletto & Ana Paula Lazzaretti de Souza 2.4 Direitos da criança e do adolescente ............................................................................ 125 Ana Paula Lazzaretti de Souza & Sílvia H. Koller direitosdascriançaseadolescentes.ppt ............................................................................ 136 Ana Paula Lazzaretti de Souza Capítulo III - Prevenindo a violência 3.1 Violências em diferentes contextos .............................................................................. 150 Clarissa De Antoni Violenciaemdiferentescontextos.ppt ............................................................................ 158 Clarissa De Antoni 3.2 Relações de amizade & bullying ................................................................................ 173 Michele Poletto relaçõesdeamizadebullying.ppt .................................................................................... 182 Michele Poletto 3.3 Violência sexual contra crianças e adolescentes: defi nições, mitos e indicadores ...... 190 Luísa F. Habigzang, Roberta Salvador Silva & Sílvia H. Koller violênciasexual.ppt ...................................................................................................... 201 Luísa F. Habigzang 3.4 Exploração sexual de crianças e adolescentes: uma forma cruel de trabalho infanto-juvenil ........................................................................................... 205 Diogo Araújo DeSousa exploraçãosexual.ppt .................................................................................................... 211 Luciana Dutra Thomé & Diogo Araújo DeSousa 3.5 Rede de apoio e proteção: encaminhamentos necessários frente à identifi cação de violência contra crianças e adolescentes ......................................... 218 Luísa F. Habigzang, Roberta Hatzenberger & Sílvia H. Koller rededeapoio.ppt ............................................................................................................ 224 Luísa F. Habigzang Capítulo IV – Mediação de Conflitos 4.1 Mediação de confl itos no contexto escolar .................................................................. 230 Karen Poletto & Michele Poletto mediação.ppt ................................................................................................................ 237 Mirela Sanfelice & Everson Rach Vargas APRESENTAÇÃO Ana Paula Lazzaretti de Souza, Michele Poletto & Sílvia H. Koller A violência crescente na sociedade está relacionada, dentre outros fatores, com a desigualdade social e a violação de direitos dos cidadãos. Apesar da ampla mobilização social e governamental na busca pela garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, muitas violações ainda ocorrem tanto em nível nacional quanto internacional. Em nível estadual, a situação não difere. O Rio Grande do Sul foi o segundo estado com mais pontos vulneráveis (217) à exploração sexual de crianças e adolescentes (Organização Internacional do Trabalho, 2008). Entretanto, possui poucas iniciativas de prevenção a esse tipo de violência (Matriz Intersetorial de Enfrentamento à Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, 2005). Ademais, entre os anos de 2002 a 2006, o estado foi o terceiro com o maior crescimento na população de adolescentes internados em instituições em função do cometimento de atos infracionais (Secretaria Especial de Direitos, 2006). Além disso, os municípios-alvo escolhidos para esta intervenção apresentam índices de moderados a altos em termos de violência letal entre jovens de 15 a 29 anos. Como a violência é um fenômeno caracterizado por múltiplos fatores inter-relacionados (aspectos psicológicos, biológicos, sociais e ambientais), as abordagens para solucioná-la precisam incluir intervenções voltadas aos jovens e a seus relacionamentos, bem como às comunidades e aos vários setores da sociedade (Câmara, Sarriera, & Carlotto, 2007). Diversas são as iniciativas do governo e da sociedade civil para combater a violência, seja essa familiar, escolar, urbana, social. Uma das vias para o enfrentamento desse fenômeno é a educação (Pino, 2007). Como as ações violentas estão relacionadas à violação de direitos, considera-se que investimentos na criação de uma cultura de respeito aos Diretos da Criança e do Adolescente são fundamentais para torná- los valores verdadeiramente presentes na sociedade brasileira, possibilitando que os jovens sejam realmente considerados cidadãos (Sacco, Souza, & Koller, 2012) e buscando combater a violência. A educação em direitos formal e não formal é apontada como instrumento fundamental para a formação de pessoas que se comprometam com a promoção dos direitos infanto-juvenis (Brasil, 2003; Sacco & Koller, 2005). De acordo com Wrigth e Priestly (2005), a aprendizagem sobre os seus próprios direitos faz com que as crianças sintam-se ‘empoderadas’ e tornem-se conscientes e apoiadoras dos direitos dos demais. Assim como os âmbitos familiar e comunitário, o escolar não é poupado de ações violentas. A escola é local visto como responsável pela educação, exercício da cidadania e difusão de valores. Um estudo realizado pelo UNICEF (2002) com adolescentes brasileiros, o qual investigou, dentre outros assuntos, a visão dos participantes sobre os seus próprios direitos, constatou que 28% dos entrevistados foram informados sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) na escola. Entretanto, esse contexto também é cenário da violência entre pares e contra professores. O bullying é um fenômeno corriqueiro e preocupante, presente nos contextos escolares do Brasil e do mundo (Lopes Neto, 2005; Sposito, 2001). 8 Uma intervenção voltada para profi ssionais da educação e da rede de proteção de crianças e adolescentes se justifi ca, pois a escola é um dos espaços primordiais para o público infanto-juvenil. Assim, muitas vezes, este é o primeiro local onde os confl itos e problemas se tornam visíveis, podendo ser encaminhados e resolvidos. Apesar do artigo 13 do ECA prever a obrigatoriedade da notifi cação de casos de violência por profi ssionais que trabalham com o público infanto-juvenil, por desconhecimento ou medo, eles costumam não denunciar. Ademais, muitas vezes, não sabem como lidar comesse tipo de situação. Por ser a escola um contexto em que a violência é visível e pelo fato da educação ser uma estratégia importante para enfrentá-la, é necessário investir em iniciativas, no ambiente escolar, que previnam esse fenômeno. A capacitação dos profi ssionais que trabalham com crianças e adolescentes é importante para proporcionar a refl exão dessa população sobre os seus direitos e auxiliar no processo de mudança de cultura relativa aos direitos infanto-juvenis. Além disso, instrumentalizar os professores nas temáticas propostas por esse projeto para o trabalho com seus alunos pode ser medida preventiva de violência, uma vez que fomentará o respeito pelos direitos dos demais e pelos próprios deveres. Este material foi confeccionado para uso no Programa Escola que Protege realizado no Centro de Estudos Psicológicos (CEP-RUA/UFRGS) e fi nanciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)-Ministério da Educação (MEC). Os objetivos deste Programa foram: 1. Fornecer conhecimentos sobre direitos de crianças, adolescentes, mulheres e minorias étnicas e sociais: Histórico dos direitos humanos, Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração dos Direitos da Criança, Convenção sobre os Direitos da Criança, Estatuto da Criança e do Adolescente e Doutrina da Proteção Integral, Direitos também implicam Deveres, Lei Maria da Penha, outros marcos legais acerca dos direitos humanos; 2. Ministrar conteúdos sobre violência: conceito, formas de violências, aspectos sócio- culturais e psicológicos envolvidos em situação de violência, bullying, abuso e a exploração sexual; leis que tratam da exploração sexual de crianças e adolescentes, ferramentas de modos de denúncia e notifi cação, organização da rede de proteção, tolerância étnica, religiosa e social. 3. Fornecer conhecimentos sobre os preceitos e técnicas da mediação de confl ito no intuito de possibilitar alternativas na resolução de situações de confl ito, a fi m de prevenir ações violentas. Foram ministrados conteúdos sobre os princípios que regem a mediação de confl itos e suas abordagens práticas. 4. Desenvolver estratégias e empoderar profi ssionais da área de educação e da rede com relação a medidas e ações para mediação e resolução de confl itos. Este projeto capacitou e instrumentalizou profi ssionais da área de educação e da rede de proteção de crianças e adolescentes sobre os direitos da criança e do adolescente, as violações 9 desses direitos (principalmente aquelas relacionadas às situações de violência) e a mediação de confl itos. Esta capacitação forneceu conhecimentos e dispositivos para tornar os profi ssionais agentes ativos no enfrentamento de situações de violação de direitos da população infanto-juvenil. No total, foram capacitados 303 profi ssionais, sendo 225 professores e profi ssionais da comuni- dade escolar, 59 da Rede de Proteção e 19 estudantes universitários. O curso ocorreu de julho de 2009 a dezembro de 2010 e foi dividido em 13 edições, com carga horária de 80h/aula, sendo 16h voltadas para elaboração de um projeto de intervenção. Os participantes eram de Porto Alegre e Região Metropolitana. Diante da necessidade de iniciativas, no ambiente escolar, que previnam a violência, a educação pode funcionar como uma ferramenta de enfrentamento à violência. Foi possível observar que os profi ssionais tinham concepções equivocadas sobre conceitos, encaminhamentos e resoluções de confl itos. Foram utilizadas aulas expositivas, discussões de casos e fi lmes, exercícios práticos e dinâmicas de grupo. As discussões sobre as temáticas abordadas colaboraram para os profi ssionais repensarem suas práticas no cotidiano de trabalho. A partir das atividades solicitadas, os participantes mobilizaram-se, ainda, para efetivar intervenções nos seus locais de trabalho. Constatou-se a importância do desenvolvimento de atividades como esta para fortalecimento da comunidade escolar, diante das demandas de crianças e adolescentes atendidos pelas escolas e dos profi ssionais que nelas trabalham. Portanto, este material tem como objetivo geral instrumentalizar profi ssionais da área da educação e da rede de proteção de crianças e adolescentes para o enfrentamento de situações de violação de direitos de crianças e adolescentes e para o desenvolvimento de estratégias para mediação/resolução de confl itos. Ele foi organizado a partir de quatro seções: (1) perspectivas teóricas, (2) garantindo direitos, (3) prevenindo a violência e (4) mediação de confl itos. As Perspectivas Teóricas englobam as temáticas: Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano, Psicologia Positiva e Resiliência. A seção Garantindo Direitos sistematiza aspectos fun- damentais sobre este tema, tais como direitos da criança e do adolescente, direitos das mulheres e direitos humanos. A seção Prevenindo a Violência apresenta as mais variadas formas de violência e suas caracterizações. Mediação de Confl itos apresenta os princípios e as possibilidades oferecidas pela mediação para trabalhar confl itos. Cada capítulo teórico está acompanhado de um conjunto de aulas, preparadas para uso em programas de capacitação sobre as diversas temáticas, a fi m de propiciar a instrumentalização sobre os temas. Referências Brasil (2003). Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano nacional de educação em direitos humanos. Brasília: SEDH/MEC. Cadernos Adenauer II: a Violência do cotidiano (pp. 75-92). São Paulo, Brasil: Konrad Adenauer. Câmara, S. G., Sarriera, J. C., & Carlotto, M. S. (2007). Fatores associados a condutas de enfrentamento violento entre adolescentes escolares. Estudos de Psicologia (Natal), 12(3), 213-219. Lopes Neto, A. A. (2005). Bullying — comportamento agressivo entre estudantes. Jornal de Pediatria, 81(5), 164-172. 10 Organização Internacional do Trabalho (2008). Guia para Localização dos pontos vulneráveis a exploração sexual infanto-juvenil ao longo das rodovias federais brasileiras. Brasília, Brasil: Publicações da Secretaria Internacional do Trabalho. Pino, A. (2007). Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. Educação & Sociedade, 28(100), 763-785. Sacco, A. M. & Koller, S. H. (2005). A educação e os direitos humanos por uma cultura de paz e não-violência. Novas abordagens em direitos humanos, 1, 5-11. Sacco, A. M., Souza, A. P. L. de, & Koller, S. H. (2012). Child and adolescent rights in Brazil. International Journal of Children’s Rights. Secretaria Especial de Direitos Humanos (2006). Levantamento nacional do atendimento socioeducativo ao adolescente em confl ito com a lei. Brasília, Brasil: Secretaria Especial de Diretos Humanos/CONANDA. Sposito, M. P. (2001). Um breve balanço da pesquisa sobre violência escolar no Brasil. Educação e Pesquisa, 27(1), 87-103. Wrigth, A. & Priestly, A. (2005, dezembro). Children’s rights – A positive tool for early years educators. Paper presented at the Learning in the round – Education for Citizenship in the Early Years, Scotland. Disponível em http://www.ltscotland.org.uk/citizenship/images/SavetheChildren%20Handout_tcm4-24513.doc em 14 fev 2008.

Description:
Cambridge: Cambridge University Press. Bronfenbrenner, U. (1995). pensamentos maus por bons e ampliando o horizonte de possibilidades frente a cada situação. As emoções positivas “Violência em diferentes contextos”), o assédio moral (ver capítulo “Bem-estar no trabalho e direitos dos
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