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Direito Internacional Público e Privado PDF

235 Pages·2010·6.45 MB·Portuguese
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Direito Internacional Público e Privado Renata Campettí Amaral Editora Verbo Jurídico Porto Alegre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) A485d Amaral, Renata Campetti, O direito internacional: público e privado / Renata Campetti Amaral. 6a edição — Porto Alegre : Verbo Jurídico, 2010. 248 p. ISBN: 978-85-7699-244-8 1. Direito Internacional Público. 2. Direito Internacional Privado. 3. Tratados Internacionais. 4. Conflitos Internacionais I Titulo. CDU: 341.124 Bibliotecária Responsável Ginamara Lima Jacques Pinto CRB 10/1204 Editora Verbo Jurídico Ltda> Matriz: Rua Prof, Cristiano Fischer, 2012 Porto Alegre, RS CEP 91410-000 Fone: (51)3076-8686 Filial: Rua Benjamin Constant, 77/107 São Paulo, SP Fone: (11)3106-5287 verbojuridico@verbojurtdico. com.br www.verbojuridico.com.br Direito Internacional Colaboração de Rodrigo TeUectaea Silva Direito Internacional ÍNDICE CAPÍTULO I - DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 1 .Introdução à Disciplina...................................................................................11 1.1.Origens e Evolução Histórica...................................................................11 1.2. Conceito....................................................................................................14 2. Objeto..............................................................................................................15 3.Fonte s..........................................................................................................16 3.1.Tratado s....................................................................................................18 3.2. Costume......................................................................................20 3.3.Princfpios Gerais do Direito......................................................................22 3.4.Jurisprudência e Doutrina..........................................................................22 CAPÍTULO II - PERSONALIDADE INTERNACIONAL 1 .Conceito..........................................................................................................25 2.Capacidade de Ação.....................................................................................25 3.Pessoas Internacionais............................................................................27 3.1.Estado s ..........................................................................................................,........ ..............27 3.2.0rganismos Internacionais.......................................................................35 3.2.1. Organização das Nações Unidas - ONU...................................37 3.2.2. Organização dos Estados Americanos - OEA...................................42 3.3.Indivíduos e Empresas ............................................................................44 4. Santa-Sé..........................................................................................45 5.Organizações Não-Governamentais - ONGs............................................45 CAPÍTULO III - TRATADOS INTERNACIONAIS 1 .Teoria Geral dos Tratados...........................................................................47 1.1. Princípios e Classificação dos Tratados................................................49 1.2. Interpretação............................................................................................51 1.3. Validade, Vigência, Execução e Aplicação............................................51 1.4. Relações e Conflitos com o Direito interno ..........................................54 1.5. O Sistema Brasileiro de Incorporação de Tratados..............................55 2. Tratados em Espécie...................................................................................58 2.1. Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos..................58 2.2. Estatuto de Roma e Tribunal Penal internacional................................62 7 2.3. Proteção Internacional do Meio Ambiente.......................................;... 65 2.4. Outras Convenções Internacionais.......................................................70 2.4.1. Convenção para repressão ao Genocídio........................................70 2.4.2. Convenção contra o crime organizado transnacionai.....................71 2.4.3. Convenção contra o tráfico ilícito de entorpecentes.......................75 2.4.4 Convenção contra o tráfico de armas................................................77 2.4.5. Convenção sobre o combate à corrupção de funcionários públicos estrangeiros em transações comerciais internacionais..............78 CAPÍTULO IV - REPRESENTAÇÃO DIPLOMÁTICA 1. Missões Diplomáticas................................................................................81 1.1 Convenções de Viena de 1961 .............................................................82 1.2. Privilégios e Imunidades........................................................................83 2. Convenção sobre Relações Consulares de 1963..................................86 CAPÍTULO V - RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DOS ESTADOS 1. Direitos Fundamentais dos Estados........................................................89 2. Deveres dos Estados................................................................................91 2.1. Dever de Não-lntervenção.....................................................................91 2.2. Responsabilidade por Danos Internacionais.................................... 92 2.2.1. Proteção Diplomática..........................................................................95 CAPÍTULO VI - MEIOS DE COMPOSIÇÃO DE CONFLITOS INTERNACIONAIS 1. Solução Pacífica de Conflitos..................................................................99 1.1. Arbitragem Internacional.....................................................................100 1.2. Corte Internacional de Justiça ..............................................................101 2. Sanções e Soluções Coercitivas de Controvérsias...............................102 2.1. Rompimento de Relações Diplomáticas..............................................103 2.2. Retorsão..................................................................................................104 2.3. Represálias.............................................................................................104 2.3.1. Embargo..............................................................................................104 2.3.2. Bloqueio Pacífico................................................................................105 2.3.3. Boicotagem.........................................................................................105 CAPÍTULO VII - DIREITO INTERNACIONAL ECONÔMICO 1. Princípios do Comércio Internacional - GATT e OMC..........................107 Direito Internacional 2. Processo de Integração Econômica Internacional...............................112 3. Blocos Regionais.......................................................................................113 3.1. MERCOSUL..............................................................................................113 3.2. União Européia..........................................................................................121 3.3. NAFTA eALCA..........................................................................................126 4. Nomenclatura Utilizada no Comércio Internacional .............................128 CAPÍTULO VIÜ - DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL MARÍTIMO - Conceitos Fundamentais 1. Mar, Águas Interiores, Mar Territoriai, Zona Contígua e Zona Econômica............................................... .................... ..............................131 2. Plataforma Continental.............................................................................136 3. Alto-Mar,...................................................................................................137 4. Rios Internacionais...................................................................................137 CAPÍTULO IX - DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL AÉREO 1. Espaço Aéreo............................................................................................139 2. Princípios Elementares............................................................................139 3. Normas Convencionais................................................................................140 4. Nacionalidade das Aeronaves....................................................................143 5. Espaço extra-atmosférico...........................................................................143 6. Código Brasileiro de Aeronáutica - Lei n° 7.565/86................................143 CAPÍTULO X - DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO 1. Conceito e Objeto.......................................................................................145 2. Relação Típica e Relação Atípica...............................................................146 3. Fontes............................................................................................................146 4. Origens e Evolução Histórica......................................................................146 5. Conflitos de Leis no Espaço e Reenvio.....................................................149 6. Elemento de Estraneidade e Fato Jusprivatista Internacional ...............150 7. Elementos de Conexão do Direito Brasileiro............................................151 7.1. Família e Direitos Pessoais....................................................................153 7.2. Adoção Internacional.............................................................................154 7.3. Bens...........................................................................................................155 7.4. Obrigações e Contratos Internacionais..................................................156 9 7.5. Pessoa Jurídica........................................................................................157 7.6, Sucessão.................................................................................................158 8. Teoria das Qualificações.........................................................................159 CAPÍTULO XI - NACIONALIDADE 1. População e Comunidade Nacional...........................................................161 2. Aquisição, Mudança e Perda da Nacionalidade - Opção e Prazos.............162 3. Naturalização................................................................................................167 4. Posição da Justiça Federai - Jurisprudência............................................169 CAPÍTULO XII - REGIME JURÍDICO DO ESTRANGEIRO 1. Estatuto dos Estrangeiros e Vistos............................................................175 2. Extradição, Expulsão e Deportação..........................................................178 3. Asilo Político.................................................................................................183 4. Refugio........................................................................................................184 5. Pessoas Jurídicas Estrangeiras.................................................................185 CAPÍTULO XIII - PROCESSO CIVIL INTERNACIONAL 1. Aplicação da Lei Estrangeira .....................................................................187 2. Competência Internacional no Brasil..................................................... 188 2.1. Competência Concorrente....................................................................188 2.2. Competência Absoluta........................................................................... 189 3. Sentença Estrangeira e Cooperação Internacional..................................191 3.1. Cartas Rogatórias.................................................................................191 3.2. Homologação de Sentenças Estrangeiras e Exequatur......................193 3.3. Precedentes Jurisprudenciais envolvendo Homologação de Sentenças Estrangeiras pelo STJ..................................................................195 CAPÍTULO XIV - PRESTAÇÃO DE ALIMENTOS E CONVENÇÃO DE NOVA IORQUE 1. Noções Gerais segundo o Decreto Legislativo n 10/58 e o Decreto n 56.826/65. Hipóteses de Procedimento.......................................201 2. Competência da Justiça Federal..............................................................203 Resolução STJ n. 9/2005............................................................................205 Questões.........................................................................................................209 10 Direito Internacional Capítulo I DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO 1 introdução à disciplina 1.1 Origens e evolução histórica A origem do Direito Internacional Público (DIP) é contem­ porânea ao nascimento do próprio Estado. O Direito das Gentes, como era chamado o DIP, nasceu no século XV com a formação dos Estados Nacionais, de cunho absolutista. Todavia, foi a partir do século XVI, com o lançamento dos ensaios do holandês Hugo Grotius (De Jure Belli ac Pacis e De Jure Praedae) que a disciplina conquistou espaço no universo jurídico5. A doutrina especializada distingue 2 (dois) diferentes períodos na evolução do Direito Internacional Público: o sistema clássico (1648-1918) e o moderno (após o término da Primeira Guerra Mundial)2. “O sistema clássico foi baseado no reconhecimento do Estado soberano como o único sujeito do DIP”3 e distingue-se pelos seguintes aspectos: 1 SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de Direito Internacional Público. São Paulo, Editora Atlas, 2002, pg 28. 2 JO, Hee Moon. introdução ao Direito Internacional. São Paulo: LTr, 2000, pp. 52 e 65. 3 JO, op. cit., p. 52. 11 (I) característica européia, em face do período de colo­ nização; (II) aplicação dos princípios da pacta sant servada nas obrigações internacionais, da soberania territorial, da imunidade estatal e das regras de proteção diplomática; (III) aceitação do uso ilimitado de força e de guerra como direito inerente ao Estado, facilitando a aceitação da idéia de anexação de território estrangeiro conquistado e da colonização dos novos continentes4. Já o sistema moderno é marcado pelas seguintes carac­ terísticas: (I) desvinculação das características européias, ou seja, uni­ versalização do DIP, apesar de muitas normas do DIP clássico terem sido mantidas; (II) manutenção da paz e segurança internacionais por meio da organização sistemática da sociedade internacional; (III) surgimento de novas áreas do DIP, como direito inter­ nacional econômico, direitos humanos, direito internacional ambiental, etc. Em verdade, foi com o final da Primeira Guerra Mundial (1918), a partir da instituição da Liga das Nações e da criação da Orga­ nização Internacional do Trabalho, que o Direito Internacional Público ganhou notoriedade no contexto internacional. É a partir desse momento histórico que o DIP começa a ser visto como um sistema normativo com o objetivo de instituir o dever jurídico de cooperação entre entidades autônomas (Estados). Houve uma transformação fundamental no sistema legal vigente àquela época, objetivando reorganizar a comunidade interna­ cional de modo a impedir o uso de força como meio de coação e criação de direitos. Sob o ponto de vista histórico-político, esses períodos podem ser divididos da seguinte forma: (I) da Revolução Russa até a criação da ONU; (II) do estabelecimento da ONU até o período de descolonização 4 É importante lembrar que, atualmente, essa regra foi proibida pela Carta da ONU, que não permite o uso da força para intervenção em assuntos internos dos Estados. 12 Direito Internacional da Ásia e da África (1945-1960); (III) da expansão da comunidade internacional até o fim da Guerra Fria, marcada pela dissolução da União Soviética (1960-89); e (IV) da dissolução até hoje. Um dos principais efeitos práticos da nova concepção de Direito Internacional Público, inclinado para a regulamentação da paz e fundamentado no princípio da não-intervenção e na democratização de direitos, foi a criação de uma diplomacia multilateral institucionalizada, com atuação marcante em diversos fóruns de debate, dentre os quais se destacam: a ONU (Organização das Nações Unidas), a OMC (Organização Mundial do Comércio) e a OMS (Organização das Mundial da Saúde). Além disso, é importante sublinhar a sua influência na extemalização de disciplinas jurídicas antes restritas ao direito interno de cada país, como por exemplo, o Direito Penal Internacional e o Direito Processual Internacional,5 Na atualidade, a grande característica do Direito Inter­ nacional Público é a sua enorme expansão, tanto relativamente à extensão de assuntos sob sua égide, quanto ao vigor em direção à maior eficácia de suas normas. Ainda nesse particular, é interessante destacar que a socie­ dade internacional, ao contrário das comunidades internas de cada nação, é organizada de forma descentralizada. Disso resulta que, teoricamente, no plano internacional, não há autoridade superior, nem sujeitos dominantes. Os Estados soberanos organizam-se num plano horizontal de autonomia, prontifícando-se a proceder de acordo com determinadas normas jurídicas, na medida de seu consentimento. A criação das normas de Direito Internacional Público é, assim, obra direta de seus desti­ natários. Dessa forma, entende-se que as normas vigentes entre os Estados pressupõem a existência de uma ordem de coordenação, e não de subordinação, como ocorre no direito interno6. Essa análise, no entanto, não está isenta de críticas, tendo em vista que a teorização da igualdade soberana entre todos os Estados é um postulado jurídico que enfrenta notória dificuldade em sua aplicação prática. Note-se, por exemplo, a árdua tarefa na aplicação de sanções a 5 SOARES, op. clt., pp. 32 e 33. 6 REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público. 10a ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 01. 13

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