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Diego Amaral Penha PDF

182 Pages·2016·1.52 MB·English
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Diego Amaral Penha Psicanálise e cinema: efeitos e riscos em intervenções psicanalíticas com dispositivos cinematográficos. Mestrado em Psicologia Social São Paulo 2016 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Diego Amaral Penha Psicanálise e cinema: efeitos e riscos em intervenções psicanalíticas com dispositivos cinematográficos. Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE em Psicologia Social, sob a orientação da Profa. Dra. Miriam Debieux Rosa. São Paulo 2016 BANCA EXAMINADORA _________________________________ _________________________________ _________________________________ AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Miriam Debieux Rosa, pela transmissão, sempre implicada e nunca perdendo a doçura. Agradeço pela confiança, parceria, orientação e afeto. Sua companhia nesta trajetória foi imprescindível, em todos os aspectos, dificilmente limitando-se apenas à uma orientação. A Paula Regina Peron pelos anos de orientação e parceria. Minha trajetória acadêmica iniciou-se em sua sala de aula. Agradeço pelo rigor, incentivo, atenção e acima de tudo, por sua aposta inicial, sem a qual esta pesquisa não existiria. A Marcelo Amorim Checchia pelos últimos anos de parceria, trabalho e amizade, sem os quais este trabalho não seria possível. Encontro em sua trajetória e em seu reconhecimento, inspiração e confiança para investir no que acredito e seguir meu próprio caminho. A Ivan Ramos Estevão e Maria Cristina Gonçalves Vicentin pelo acompanhamento de minha trajetória e pelas parecerias sempre produtivas. A Raonna Caroline, minha amiga e contemporânea. Com você aprendi o lugar da militância na academia. Sinto como se parte deste trabalho fosse de sua autoria. Obrigado por tudo que vivemos nestes últimos anos. A Aline Martins pela amizade e firmeza de seu acolhimento no alvorecer desta pesquisa. Obrigado por sempre arriscar nossa amizade em suas broncas, elas são sempre um porto-seguro em momentos de indecisão. A Jaquelina Imbrizi pelas constantes trocas e aprendizagem. Não há tempo ruim ao seu lado. Obrigado pelas leituras e comentários. Sua presença faz com que qualquer situação problemática, transforme-se em um entardecer suave. A Paulo, Hugo, Pedro, Rafael, Paulo Sérgio e Dulce pela lacuna que me possibilita respirar. Com vocês há sempre um gesto, um olhar, uma piada, um conselho, um abraço e uma discussão que coloca tudo em risco. Sem ele nada valeria a pena. Vocês são a bomba-relógio escondida no trem em alta velocidade. A Aline Travaglia, Ana Gebrim, Ana Musatti, Carol Bertol, Chris Rocha, Deborah Sereno, Emília Broide, Gabriel Bartolomeu, Ilana Mountian, Bel Tatit, Joana Primo, Mariana Belluzzi, Marta Okamoto, Marta Cerrutti, Patrícia Ferreira, Priscilla Santos, Pedro Seincman, Rafael Daud, Rodrigo Alencar, Sandra Alencar, Sérgio Prudente e Vivi Sousa. Obrigado pelo trabalho implicado e rigoroso, mas sempre com espaço para o afeto e humor. Esta pesquisa passou por muitas mãos antes que ficasse pronta. Reconheço nas palavras a seguir, uma autoria conjunta com vocês. A Chris Haritçalde, José Palumbo, Luiz Eduardo Moreira, Rodrigo Gonsalves pelo revigorante grupo de estudos de história da psicanálise política. É um prazer trabalhar com vocês. Obrigado por constantemente me lembrarem o que é “escovar a história a contrapelo”. A Gabi Villas e Renata Siqueira pelo grupo de estudos de psicanálise e cinema. Nossas discussões foram essenciais para minhas reflexões sobre as relações entre cinema, ideologia e psicanalise. Obrigado pela disposição e apoio. Agradeço ao pessoal do eixo-exú-arte, Lívia Lascane, Marina Mars, Alice Vignoli, Marina Cohen e Ricardo Correa, pela militância, cinema e risadas. Agradeço a família e amigos em Ribeirão Preto: Melissa Penha, Rodrigo Pancracio, Bruno Castanhari, Angelo Comar, Wagner Nakano, Santa Ananias, Andréa Amaral, Simone Penha, Flávio Rodrigues, Nathalia Penha, Giovanna Penha, Any Amaral, Diva Penha, Dary Amaral, Teo Meireles, Roberto Glarner, Paz Glarner, Carla Benedini, Lucas Abreu, Beto Pires, Ana Paula Pires, Vera Lúcia e Sônia Regina. Agradeço a família e amigos em São Paulo: Gabriel Carelli, Gabrielle Figueiredo, Nicolas Henriques, Nina Belloni, Carol Colombo, Clarice Paulon, Gabi Berna, Jota Paiva, João Domiciniano, Letícia Reis, Lu Goulart, Natalie Mas, Vivi Venosa, Jonas Boni, Renata Castanhari, Ariel Schvartzman, Rinaldo Bueno, Cris Bueno, Caio Bueno, Maria Luiza Pereira, Yoko Nakano, Daniel Lopes, Marilia Toledo, Bruno Zago, Alexandre Callari, Thiago Chaves, Lauro Larsen, Jana Larsen, Isabel Garcia, Livea Mello e João Pedro Perosa. A Pedro Gabriel G. Coelho, in memoriam. As pequenas Mia e Lina. A Karina Bueno pelo amor, paciência, leitura, filmes, companheirismo, suporte, incentivo, reconhecimento e principalmente inspiração. Aos meus pais Dania Amaral e Jeferson Penha pela aposta, suporte, direção, amor, companhia, amizade e incentivo. Sem vocês nada disso seria possível. Ao CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – pelo apoio financeiro que garantiu o desenvolvimento deste trabalho. RESUMO Penha, D. A. (2016). Psicanálise e cinema: efeitos e riscos em intervenções psicanalíticas com dispositivos cinematográficos. Dissertação de mestrado, Programa de Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. Na presente pesquisa apresentamos considerações sobre os efeitos e os riscos de uma intervenção psicanalítica com dispositivos cinematográficos. Partindo de uma metodologia clínico-política de investigação, realizamos o tensionamento entre teoria psicanalítica e teoria cinematográfica. O conceito de dispositivo cinematográfico presente nos trabalhos de Jean Louis-Baudry guiaram as reflexões acerca da questão da ideologia no cinema. A experiência cinematográfica é sustentada por condições técnicas e ideológicas próprias de seu aparelho de base e do dispositivo cinematográfico. A “impressão de realidade” é efeito ilusório produzido pelo dispositivo, que tem por efeito a produção de uma subjetividade. Através da noção da dinâmica do estádio do espelho de Jacques Lacan investigamos os processos de identificação presentes nas primeiras relações do eu com sua imagem. Tal noção articula os processos de formação do eu, narcisismo primário, identificação, dentre outros. A problemática da fantasia na infância e no cinema foi trabalhada em sua relação com o jogo lúdico. Concluímos que os efeitos ideológicos do dispositivo cinematográfico, quando pensados em conjunto com a noção de identificação, podem figurar–se em um espaço de jogo e exercício político – desde que leve-se em consideração os mecanismos de poder em ação da prática clínico- política. Palavras-chave: psicanálise; cinema; ideologia; identificação; dispositivo. ABSTRACT Penha, D. A. (2016). Psychoanalysis and cinema: effects and risks in psychoanalytic interventions with cinema apparatus. Master dissertation, Programa de Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. This study, we present considerations about the effects and the risks of a psychoanalytic intervention with cinema apparatus. With a clinial-politic researching methodology, we conducted the tension between psychoanalytic theory and cinema theory. The concept of cinema apparatus, present in Jean-Louis Baudry’s Works, guided ours reflections on the issue of cinema ideology. The cinema experience is supported by a technical and ideological conditions, provided by it’s own basic apparatus of the cinema apparatus. The "impression of reality" is a illusory effect, produced by the apparatus, which has the effect of producing subjectivity. Through the notion of Jacques Lacan's mirror stage, we investigated the identification processes, presents in the first relationships of the “Ich” with its own image. This notion articulates the formation processes of the “Ich”, primary narcissism, identification, among others. The childhood’ fantasys and film’s fantasys was articulated with the notion of “Spiel”. We conclude that the ideological effects of the cinema apparatus, when thinked in conjunction with the notion of identification, may include somekind of “Spiel-Raum” and political exercise – tanking account of the power’s mechanisms at work of clinical-politics.pratice. Keywords: psychoanalysis; cinema; ideology; identification; apparatus. Sumário 1. Introdução. ...................................................................................................................................1 1.1. A farmacia de Woddy Allen. ............................................................................. 1 1.2. Entre exú e arte: Vingadores vs Favela.............................................................. 9 2. Cinema e Ideologia. ....................................................................................................................21 2.1. Uma breve contextualização. ........................................................................... 22 2.2. O aparelho de base. .......................................................................................... 25 2.2.1. Realidade objetiva (luz). .............................................................................. 28 2.2.2. Decupagem/Roteiro. ..................................................................................... 30 2.2.3. Película/Câmera (registro sonoro). ............................................................... 33 2.2.4. Montagem..................................................................................................... 37 2.2.5. Projetor/Filme............................................................................................... 40 2.2.6. Espectador. ................................................................................................... 43 2.3. O dispositivo (Tela/Projeção/Reflexão). .......................................................... 46 2.3.1. Ideologia e Poder. ......................................................................................... 49 2.3.2. Dispositivo cinematográfico. ....................................................................... 56 3. Psicanálise e Identificação. ........................................................................................................71 3.1. Identificações ....................................................................................................... 78 3.1.2. Freud e as três identificações ............................................................................ 79 3.2. Lacan e os três tempos lógicos do estádio do espelho ......................................... 83 3.2.1. Primeiro tempo: ficção ...................................................................................... 86 3.2.2. Segundo tempo: o duplo como rival ................................................................. 97 3.2.3. Terceiro tempo: o olhar do Outro ................................................................... 106 4. Discussão. .................................................................................................................................128 4.1. Nazismo, fascismo, Hollywood e Beterrabas. ................................................ 128 4.2. O jogo [Spiel] entre Freud e Benjamin. ......................................................... 148 5. Referências. ..............................................................................................................................157 5.1. Bibliográficas. ................................................................................................ 157 5.2. Filmográficas ................................................................................................. 169 5.3. Imagens .......................................................................................................... 173 1 1. Introdução. 1.1. A farmacia de Woddy Allen. O filme Paris-Manhattan (2012) é uma comédia romântica, da diretora Sophie Lellouche, que narra a história da personagem Alice — a qual, desde sua adolescência, vive uma relação de fascinação e inveja com a irmã Hélène. Enquanto a primeira é mais tímida e introvertida, passando a maior parte do tempo ouvindo discos de jazz e assistindo filmes, a segunda é mais extrovertida e confiante. Em uma festa durante sua juventude, Alice conhece o rapaz de seus sonhos. Após passarem a noite inteira conversando sobre os filmes de Woody Allen, no momento em que Alice e o rapaz iriam beijar-se pela primeira vez, o casal é interrompido por Hélène — que também estava na festa. Resultado é que, anos depois, vemos que Hélène e o rapaz se casaram, enquanto Alice tornou-se uma solteirona, à procura do marido ideal. Em uma trama paralela no mesmo filme, acompanhamos o relacionamento que Alice estabeleceu com o diretor Woddy Allen. Ela nunca chegou a conhecê-lo, porém, após anos assistindo e reassistindo seus filmes, Alice consegue imaginar a voz de Woddy. Quando está no seu quarto, ela conversa com um pôster gigante do diretor, que sempre lhe responde com o mesmo humor direto de Woddy Allen. A diretora Sophie Lellouche monta essas cenas de maneira que realmente pareçam sessões de psicanálise: Alice deita em uma namoradeira que tem no seu quarto, enquanto a imagem de Woody Allen — fazendo “cara de dedo” — lhe escuta as reclamações, dúvidas e desabafos. Essas “sessões” que Alice realiza com seu Woody Allen imaginário são uma representação cômica de algo que a personagem, repetidas vezes, sustenta ao longo do filme. Trata-se da ideia de que os filmes de Woody Allen “mudaram sua vida”. Ao herdar a farmácia de seu pai, Alice faz o que pode para manter as delicadas relações de décadas que ele havia estabelecido com seus clientes. Ela descobre que a clientela da farmácia é constante e sempre procurava por seu pai em momento de aflição, buscando remédios ou conselhos. Ao descobrir que Victor, seu amigo, nunca havia visto nenhum filme do diretor, Alice decide levar todos os seus DVD’s para a farmácia. Assim sendo, quando algum cliente da farmácia lhe contava uma situação

Description:
BAUDRY, Jean-Louis. L'effet Cinéma. Paris: Albatros, 1978. Intérpretes: James Stewart, Grace Kelly, Wendell Corey. Roteiro: John Michael Hayes,
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