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Dicionário kimbundu-português, linguístico, botânico, histórico e corográfico. Seguido de um índice alfabético dos nomes próprios PDF

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5crr A.aeASSIS JUNIOB DMONMO Miiiiniís i^í\^^ TA'EDiFICAP.AM>3g o BÁH.nymm IO ^\ tti«<«l. TAHTO-SUÊLIMARAM '^S^S^ÍIÊ Linquísfico, Botânico, histórico e Copoqpdtico — — $<guIòo de um ínòlce alfabético òos nomes próprios I A E Q o 33 T - DE - For u»e in .A.rgente, Santos «Sc C«, H-.da the Library ONLY iin^JiimaC P LSri if'" A. deASSIS JUMOR TA«EDIFICARAM«2 O %W TANTO-SUÔLIMARAM J>^Í.W LinquísficCj Botânico, rlistórico i*o e Coroqpático É $epiío ôe um ínòicé alíabético òo$ rome$ próprios PL : RAZÃO DE SER r» O darmos á esíampa o presente "Dicionário Kim- bundu-Português,,, nenhum outro intuito nos guiou além de preencher uma lacuna, de ha muito existente, que bastante se tem feito sentir dentro e fora do nosso paiz; como também procurar habilitar, com os nossos minguados recursos, os que se teem dedicado ao estudo—da língua. — Àpoz o trabalho inicial o primeiro no género levado a efeito, aíravez de dificuldades de ordem vária e escassez de elementos de então, pelo angolano J. D, Cordeiro da Maíta, nada mais, ha decorrido meio século, se realizou. Este silêncio deu lugar, como não podia deixar de acontecer, á fantasia de muitos que, pouco sabendo, apenas conseguiram confundir, com o? seus erros e inexactidões, o que simplesmente care- cia um pouco de prudência e bom senso. • Não queremos encarecer a prosápia, que nunca possuímos, de lançar ao público um trabalho com- pleto—não obstante termos, no longo espaço de doze anos que tanto duraram as investigações e fontes que tivemos de consultar, procurado satisfazer os mais exigentes; mas apenas um passo mais no extenso caminho das investigações até aqui levadas a efeito, no sentido de se arquivar o que durante muitos anos se julgou não existir: a equivalência de termos da língua kimbundu em português. Língua imensamente vasta e variada nas suas expressões e em que se fundem os diversos dialectos conhecidos, oferece várias escalas como as épocas que, na sua mudez, tem atravessado, reflectindo nas suas modalidades as influências que porventura tenham modificado a sua estrutura atravez dos tempos. E', pois, nosso pensar ser vantajoso o seu estudo e compreensão por nacionais e estrangeiros, não só para lhe evifar a introdução do "creoulo„ reve- lador do desconhecimento das duas línguas que aqui se revelam (estou com fome, vai vir, etc), mas também porque a língua deve ser interpretada consoante a sua índole e peso das suas palavras. Posto isto, que aqui fica á guisa de preâmbulo, passemos ao valor Das letras O alfabeto kimbundu compõe-se de vinte e duas letras, sendo cinco vogais a, e, i, o, II, - - 4 e dezassete consoantes b, d, f, g, h, j, k, 1, m, n, p, r, s, t, v, x, z, tendo, como em português, o mesmo e um só valor. Ha excepções : O g é sempre gutural e nasal, mesmo seguido de e ou i. Ex.: ngônge (em portuguez gongue); ngínga (em portuguez guinga) etc. O h é sempre aspirado, nunca mudo: hima (macaco); hete, (ha- bilidoso); home (soco); hâmua (mosquito) etc. O k substitue o c e o q portugueses, vista a dualidade de um quando enfrentado de a, o, u ou de e, i, e o «medo» do outro, quási sempre acompanhado de u; e assim escrevemos kibuku, mu- kezu, kakinda em vez de quihuco, etc. O m e o n não nasalisam a vogal antecedente, mas a consoante imediata. Ex. pembele (pe-mbe-le); mukanda (mu-ka-nda); kimbombo (ki-mbo-mbo). E anteposto á inicial, serve de sinal nazalante: ngun- ga (ngu-nga); ndende (nde-nde), etc. Apesar, porém, de opiniões em contrário (i), continuamos a adoptar, como nasalantes, o m antes das labiais b, p, v, e o n da dental d, para evitar confusões na gra- fia das palavras que entram na oração, ou empregadas isoladamen- te, como secos ou nasalados. Escreveremos, pois, o sub. mbua (cão) de forma diferente do adv. de lugar bua (em); mbómbo (3.° gémeo) e bobo (ahi); mbulu (cão silvestre) e btUu (em cima, no ceu); njinji, (raposa) e jiji (estes); 7izála (fome) e zala (do v. kiizala) etc. Essas opiniões vingarão possivelmente, um dia, quando o tipógrafo tiver na caixa consoantes tilados. Mas por ora. não. . . O r, ou ri (sempre acompanhado de i), tendo um só valor no principio como no meio das palavras, é sempre brando soando apro- ximadamente como di, conforme parece ser frequente nas terras do interior. Todavia, não falta quem julgue oportuna a substituição por di e sua consequente eliminação do alfabeto. Pensamos que boas razões não abonam a controvérsia. Se o valor atribuido ás letras do alfa- beto «kimbundu» é invariável, a adopção deste princípio, que regei- tamos, acarretaria a evitável duplicidade do d que, como tal, entra em muitas palavras com o seu valor intrinseco, real. Sucede assim com o vocábulo kurifundila, (do v. kufunda) em que o ri, brando com a aproximação a di, se não atribue outra função, nem pode ser con- fundida ou sofrer dano a integridade do di, como tal ali represen- tado. Continuamos pensando que as regras linguisticas nasceram sem- pre de uma convenção. Se não ha grafia que satisfaça eficazmente o que se convencionou representar pelo ih inglez, pelo / hespanhol, pelo c italiano e u francez, a ninguém deve admirar a adopção do ri brando, como o pronunciam os naturaes, com os quaes, na fala, se completará o que a grafia não pode suprir. — (1) Augusto Bastos iTraçoa gerais de ethnographia do Districto do Benguela», pg. — — 5 O s, mesmo entre vogaes, é sempre forte e soa como ç; e assim escrevemos sôsa como sossa ou roça em português O X e o z também não mudam nunca de valor em xéxe, máxi- ma, kuzuza como em xarope, xisto, zangão, etc. Tudo o mais, como em português. Da Acentuação Julgamos também conveniente o emprego do acento nas pala- vras que dele necessitarem, para melhor diferenciação das que tive- rem grafia semelhante e pronúncia diferente. Assim, além das axyto- nas ou agudas {ngulá, mbasá, kuná, murimá, etc), outras existem que, sem isso, nos dificultari—am a sua identifi—cação. São as parony- micas [kufundila e kufundika do v. kufúnda ; kuharika e kúkari- ka, etc), e as homógrafas, como ngómbo (divindade), ngômho (um- bigo) e ngomho (foragido); mbánji (costela) e mhanfi (espada) ngá- ; nji ^atrevimento), ngânji (fulano) e nganji (juiz) etc. Pelo que fica exposto, empregamos os dois acentos mais em uso: o agudo (/") para sons breves (ngdndu, ngôngó), e o circun- flexo (A) para os fechados ou longos [ngônga, ngându), e ainda o trema (••) para os casos em que, em egualdade de circunstâncias de grafia, uma vogal, sem ser aguda, é predominante kuiba, (levar : consigo) e kuiba (ser feio) etc Das classes Incluimos também, neste breve esboço, o quadro das classes dos nomes substantivos e adjectivos em kimbundu, em número de dez, como abaixo se segue: Quadro das classes dos nomes substantivos e adjectivos, segundo gramática kimbundu, de Héli Chatelain. Ciasses

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