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Dicionário de Tupi Moderno (Dialeto Tembé-ténêtéhar do Alto do Rio Gurupi) - Volume I PDF

346 Pages·1978·87.714 MB·Portuguese
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• DICIONÁRIO DE TUPI MODERNO • (Dialeto tembé-ténêtéhar do alto do rio Gurupi) · · d MAX H. BOUDIN Biblioteca Digital Curt Nimuendajú - Coleção Nicolai www.etnolinguistica.org VOLUME 1 CONSELHO ESTADUAL DE ARTES COLEÇÃO Cl~NCIAS HUMANAS E Cl~NCIAS HUMANAS Max H. Boudin DICIONÁRIO DE TUPI MODERNO , (Dialeto tembé-ténêtéhar ~ . .J::...: '1 /-... '.c!'l 1: f do alto do rio Gurupi) ·. ., 2: VOLUMEI l- t- W-ro '.-o'(""" ! i 1 ~ 8 d.R_ CjÇJÇ. ;f CONSELHO ESTADUAL DE ARTES E CIENCIAS HUMANAS SÃO PAUL O Biblioteca Digital Curt Nimuendajú - Coleção Nicolai www.etnolinguistica.org CIP - Braall. Catalogaçlo-na-Fonte Clmara Brasileira do Uvro, SP Boudin, Max Henri, 1914- 8775d Dicionário de tupi moderno: dialeto tembé- v.1-2 -ténêtéhar do alto Rio Gurupi / Max H. Boudin. - São Paulo: Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1978. (Coleção ciências humanas; n. 4-5) Conteúdo: v.1 Tembé-ténêtéhar-Português. 2. ed. 1978. - v.2 Português-Tembé-ténêtéhar. 1978. 1. Português - Dicionários - Tupi 2. Tupi Dicionários - Português 1. Tftulo. li. Série: Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas (São Paulo). Coleção ciências humanas; n. 4-5. CDD-469. 398 78-0302 -498.369 lndic• para catjlogo alstem6tlco: 1 . Português: Dicionários: Tu pi 469. 398 2. Português-Tupi: Dicionários 469 . 398 3. Tupi: Dicionários: Português 498 . 369 4. Tu pi-Português: Dicionários 498 . 369 VOLUMES JA EDITADOS NESTA COLEÇÃO 1 - Pe. Lambert Bovy O PESCADOR DO LITORAL: UM DESCONHECIDO? 2 - Nu to Sant' Anna. SÃO PAULO NO srouLO XVIII 3 - Laima Mesgravis A SANTA CASA -DE MISERICôRDIA DE SÃO PAULO <1 599? - 1884) 3 PRIMEIRA PARTE TEMBÉ - Tf:N:E:TÉHAR PORTUGU:E:S Ao Dr. Herbert Serpa, antigo chefe e idealizador da Secção de Estudos do Serviço de Proteção aos lndios. "O léxico da língua é que mais nitidamente reflete o ambiente físico e social dos falantes. O léxico completo de uma língua pode se considerar, na verdade, como o complexo inventário de todas as idéias, interesses e ocupa ções .que açambarcam a atenção da comunidade: e, por isso, se houvesse à nossa disposição um tesouro assim cabal da língua de uma dada tribo, poderíamos daí inferir, em grande parte, o caráter do ambiente físico e as características,culturais do povo considerado. Não é difícil encontrar exem plos de línguas cujo léxico traz assim o sinete do ambiente físico em que se acham situados os seus falantes. o que particularmente se verifica nas É línguas dos povos primitivos, pois entre eles ainda não atingiu a cultura um grau de complexidade capaz de incluir interesses praticamente universais". Edward Sapir Lingüística como Ciência, p. 45 trad. J. Mattoso Câmara Jr. ( 7 • INTRODUÇÃO dicionário faz parte de um plano de trabalho realizado no decurso de ~ste dois anos de convívio entre os índios do alto e médio rio Gurupi. Tinha êle por finalidade, o levantamento exaustivo das línguas indígenas faladas na re ferida área, ou seja, os dialetos tupi dos Urubus e T.embé-Ténêtéhar, e a língua dos remanescentes Timbira (grupo gê), atualmente localizados nas imediações do Pôsto Indígena «Pedro Dantas». Os índios Tembé-Ténêtéhar vivem nas n1argens do alto e médio rio Gu rupi, desde o lugar denominado Cururu até o Marajupema, logo abaixo do Pôs to Indígena «Pedro Dantas», mantido pelo Serviço de l..>roteção aos índios, à fronteira dos Estados do Pará e do Maranhão. Outros grupos da mesma tribo acha1n-se localizados no rio Pindaré (Maranhão), e alguns re1nanescen tes no rio Mearim e na região de Ourém (Pará). Há ten1po, o material linguístico· Kre-yé (Timbira) foi publicado en1 re vista universitária do Rio de Janeiro. Entretanto a parte tupi ficou esperando melhor oportunidade para poder ilustrar e comparar «a-posteriori» o capital lexicológ·ico tembé co1n o tupi antigo e, esporàdicamente, co111 o guarani do Paraguai. f::ste dicionário tende para uma dimensão histórica, citando as etimolo gias de autôres setecentistas ou clássicos, como 11ontoya, Batista Caetano, !{estivo e outros, deixando assim à mostra a possível evolução ou involução dos dialetos do ramo tupínico. As variações modernas, en1 têrmos de dimensão geográfica, são aponta das por . palavras correspondentes em guarani contemporâneo, permitindo comparar o idioma falado no Paraguay em contraposição com um dialeto usa do por elementos indígenas do norte do Brasil. Apesar do exotismo aparencial do estudo ein foco, êle se justifica por <luas razões principais, entre outras: a) razões históricas, que, culturalmente, nos obrigam a deixar para as gerações futuras, un1 precioso material de estudo, cujo levantan1ento tornar se-á in1possível daqui a poucos anos, devido ao desaparecin1cnto progressivo do elemento indígena no Brasil ou a sua aculturação. b) razões antropológicas, que nos levan1 a citar un1 dos maiores non1es <la antropo-linguística, E. Sapir, .que justifica dêste modo tal tipo de estudo. «A língua está se tornando um guia cada vez n1ais valioso no estudo científi co de un1a cultura. Em certo sentido, a trama de padrões culturais de uma rivilização está indicada na língua em que essa civilização se expressa. É ilu::;ão pensar que possamos entender os lineamentos significati·vos de u1na un1a cultura pela pura observação e sem auxílio do simbolismo linguístico, -9-

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