DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos que pacientemente compreenderam- me e contribuíram para a conclusão do mesmo. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por dar-me a vida e, por proporcionar-me perseverança, entusiasmo diante dos obstáculos que surgiram no decorrer desse estudo. Agradeço ainda aos meus familiares e amigos por me incentivarem com este trabalho. EPÍGRAFE “(...) uma coisa devemos ter sempre em mente: jamais são os adultos que executam a correção mais eficaz dos brinquedos, sejam eles pedagogos, fabricantes ou literatos, mas as próprias crianças, durante as brincadeiras.” (Walter Benjamin) RESUMO O LÚDICO NA PRÉ-ESCOLA ACADÊMICA: MOREIRA, Simone Garcia MOREIRA, Maria de Lourdes Este trabalho foi realizado na Escola Municipal de Educação Infantil Emma Dellaparte Vittorazzi, no município de Lambari d‟Oeste – MT, com os alunos da pré- escola. A mesma surge com o objetivo de analisar a importância do lúdico, diante da aprendizagem dos alunos. Para a realização deste trabalho, apoiei-me nos estudos bibliográficos com vários teóricos: SMOLE (2000), ALMEIDA (2001), DANTE (1996), trabalho de campo, sendo ainda uma pesquisa qualitativa, cujo principal interesse foi o de verificar quais os subsídios que a escola oferece ao profissional da educação, para trabalhar com o ensino do lúdico com os alunos da série citada acima. Contatou-se que o ensino do lúdico deve ser trabalhado de uma forma clara e acessível, despertando curiosidade nas crianças, levando-as a interagir com os demais. Conclui-se assim, sobre esta perspectiva de socializar o conhecimento, deve ser tarefa da escola e, também de atuar na transformação dos saberes para com os educandos e, é essa soma de esforços que promove o pleno desenvolvimento do indivíduo como cidadão. INTRODUÇÃO Na perspectiva de proporcionar condições para a aquisição de novos conhecimentos através do ensino do lúdico, este trabalho foi desenvolvido sobre os processos educativos, a partir do desenvolvimento com brincadeiras na Pré Escola, na Escola Municipal Emma Delaparte Vittorazzi, no município de Lambari d‟Oeste – MT, visando investigar quais os subsídios que a escola oferece ao profissional da educação para trabalhar o ensino do lúdico com os alunos da série citada acima. Para realização deste trabalho, apoiei-me em consultas bibliográficas sobre o tema o tema abordado - O lúdico na pré-escola, com vários teóricos: SMOLE (2000), ALMEIDA (2001), DANTE (1996), didática curso de qualificação profissional (1988), pesquisa de campo com os alunos da pré-escola. Ao analisar a construção da história do conhecimento através do lúdico, percebe- se que o mesmo tem sido elaborado a partir da tentativa do homem de compreender e ativar em seu mundo. Objetivamos analisar a importância do lúdico, sendo que a escola deve ser alicerçada no diálogo, sendo todos nós aprendizes. O professor, numa visão vygostkiana, é que possibilita o ambiente, que leva a criança a estabelecer relações, a pensar, indo além do que vê, pois as atividades desenvolvidas com o lúdico, o educando é capaz de aprender muito mais. Assim descobrirá o conhecimento, construindo-o de forma ativa. Muitos de nós professores do Ensino da pré-escola somos frutos do ensino tradicional, centrado no quadro-giz e, ainda possuímos certas dificuldades e medos em compreender e dar significados, nossa convivência como profissionais da Educação. Sendo uma realidade vivenciada pelos professores é que se justifica a necessidade de trabalhar este tema, entre formas antigas e novas de ensinar através de lúdico, muitas das vezes fica confuso, pois o mundo vem sofrendo grandes mudanças e, a educação não pode ficar centrada no tradicional. Pode-se considerar sobre esta perspectiva, que esta pesquisa possa ter contribuído para que se perceba que o ensino do lúdico é fundamental no processo de aprendizagem e a escola precisa de uma forma clara e acessível, despertar a curiosidade dos alunos, levando-os a desafios e dar significados para oportunizarem e produzirem saberes em diferentes níveis de aprendizagem. A IMPORTANCIA DO LÚDICO A importância do ensino através do lúdico hoje, é bem maior que antigamente. O desenvolvimento da ciência e da técnica exige maior conhecimento no mundo atual. O ensino do lúdico, atualmente, tem uma estrutura determinada, pois permite a criança, uma participação ativa, procurando atender as diferenças individuais, dando realce ao trabalho concreto e unificado. É importante que haja uma preocupação no que diz respeito à flexibilidade no conteúdo e nível das crianças. No ensino com o lúdico, a aplicação social e os aspectos criativos devem estar presentes no desenvolvimento das atividades práticas. Falar em formação básica para a cidadania significa refletir sobre condições humanas de sobrevivência, sobre a inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais. Assim, é importante refletir à respeito da colaboração que o lúdico tem a oferecer com vistas à formação desta cidadania. Ao ensinar com o processo lúdico o professor, para alcançar os objetivos, deve usar todos os recursos possíveis para manter presentes o interesse e a compreensão do aluno, pois são fatores indispensáveis à eficiência da aprendizagem. Além disso, o professor, como orientador do aluno, deve oferecer-lhe oportunidades para formar o hábito de pensar mesmo nas brincadeiras, desenvolvendo o raciocínio, adquirindo mais segurança e chegando à redescoberta. É através das redescobertas que a criança chega a generalizações e conclusões. Pelo que se observa, sentimos que o ensino de lúdico é de suma importância na vida do individuo, a ponto de ajudar na formação de sua personalidade. A matemática é uma disciplina pedagógica que está presente em todos os momentos da vida do individuo, seja ela sob aspecto numérico ou não. A aprendizagem deve ser desenvolvida de maneira significativa, para que a criança sinta a necessidade dela na solução dos problemas de sua própria vida. A instrução matemática da criança no processo lúdico nos dias de hoje deve ser maior e mais completa que a do passado e para isso é necessário que seus objetivos também acompanhem o progresso; os objetivos do presente incluem não só a formação de conhecimentos, como o desenvolvimento de habilidades e formação de hábitos e atitudes favoráveis à ciência matemática. Outro ponto fundamental é pensar a matemática tanto de forma contextualizada, como uma linguagem com símbolos próprios e regras de funcionamento especificas, que tem sua realidade independente do sentido a ela atribuído. Segundo MORENO (2006: p. 49) Na interação desenvolvida pelos alunos em situações eles utilizam seus conhecimentos anteriores, submetendo-os à revisão, modificando-os, rejeita-os ou completa, redefine-os, descobre novos contextos de utilização e, dessa maneira, constrói novas concepções. (In: Mabel Pamizza e Cols. Ensinar Matemática na Educação Infantil e nas séries iniciais. Porto Alegre: Artmed) Segundo MORENO relata, hoje damos ênfase à compreensão, onde devemos proporcionar inúmeras experiências matemáticas à criança para que ela desenvolva habilidades de computar e dominar conceitos. Os objetivos devem ser alcançados e integrados, através de um programa que consista numa sequência de experiências planejadas pelo professor de acordo com as necessidades. ESTRETÉGIAS LÚDICAS O lúdico em sido muito enfatizado como recurso para enfrentamento da aversão/receio que grande parte dos estudantes desenvolvem, em função de um ensino sem significado. A abordagem lúdica envolve o uso de jogos, brincadeiras e, sobretudo, de desafios que estimulem o aluno a procurar conhecer. O trabalho educativo deve visar ao desenvolvimento global do aluno, auxiliá-lo e posicionar-se criticamente no mundo, porém de uma forma prazerosa. ALMEIDA (2001) propõe a Educação Lúdica como um caminho para a transformação e a libertação do ser humano, pois “ educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial”. Educar ludicamente tem uma significação muito profunda e está presente em todos os segmentos da nossa vida. Por exemplo: uma criança que joga bolinha ou brinca de boneca com seus companheiros não está simplesmente brincando e se divertindo; está desenvolvendo e operando inúmeras funções. Da mesma forma, uma mãe que acaricia e se entretém com a criança, um professor que se relaciona bem com seus alunos ou mesmo um cientista que prepara prazerosamente sua tese ou teoria. Educa-se ludicamente, pois, combina e integra a mobilização das relações funcionais ao prazer de interiorizar o conhecimento e a expressão de felicidade, manifestada pela sua interação com seus semelhantes. Nos jogos e brincadeiras, o aluno utiliza suas diversas potencialidades: a lógico- matemática, a lingüística, a musical, a sinestésica, a ecológica, a espiritual, a intra e a interpessoal, a espacial. Desenvolve valores: a responsabilidade, a resistência a frustrações, a criatividade, a cooperação, a alegria, o prazer da descoberta, etc. Por tanto, os jogos e as brincadeiras não são uma perda de tempo, como pensam muitos professores; ao contrário, possibilitam um enriquecimento do processo, conferindo-lhe mais qualidade. A interação entre os alunos é uma estratégia que, alem de desenvolver o senso de cooperação e de coletividade, é muito importante na construção do conhecimento. JOGOS NA APRENDIZAGEM O jogo tornou-se objeto de interesse de psicólogos, educadores e pesquisadores como decorrência da sua importância para a criança e da idéia de que é uma pratica que auxilia seu desenvolvimento de construção e de potencialização, o que favorece a idéia de que a aprendizagem de conteúdos se dá prioritariamente por meio de atividades. Os jogos e as brincadeiras são muito importantes no desenvolvimento das atividades, por diversas razões. Uma delas é o fato de propiciarem um ambiente alegre e descontraído, essencial a uma proposta de aprendizagem significativa. Outras vantagens igualmente importantes são os estímulos à interação, o desenvolvimento de atitudes éticas, de respeito ao outro, de raciocínio lógico, de habilidades de comunicação, de orientação espaço-temporal, de preservação ambiental, de autoconhecimento, de colaboração. É importante propor brincadeiras de modo atraente e desafiador, adequadas aos alunos e estimular que estes proponham também as suas próprias brincadeiras. A adoção de registros sobre a brincadeiras que sugerimos podem ser na forma oral, através de desenho ou texto, pois segundo SMOLE (et. al., 2000: p. 17), “enquanto brincam, muitas vezes, as crianças não tem consciência do que estão aprendendo, do que foi exigido delas para realizar os desafios envolvidos na atividade”. Percebe-se que pedir que alguma forma de registro seja feita após a brincadeira, faz com que os alunos reflitam sobre suas ações e permite ao professor perceber se eles observaram, aprenderam e se apropriaram dos aspectos mais relevantes que foram estabelecidos como metas ao se planejas a brincadeira escolhida. Os alunos comunicam sua percepção quando a eles são dadas diferentes oportunidades para fazer representações, para discutir se as representações refletem o que pensaram, o que compreenderam, como agiram ou que dúvida tiveram. O uso de brincadeiras possibilita o desenvolvimento de conceitos para o desenvolvimento de diferentes habilidades, ao trabalhar com jogos, o professor deve, de inicio, explicar apenas os procedimentos e deixar que o aluno descubra as possíveis alternativas de solução., Em grande parte, as atividades com jogos são mais motivadoras que as práticas normais de sala de aula, pois, naquelas, o aluna passa a ser um agente vivo no seu processo de aprendizagem, vivenciando a construção do seu saber e deixando de ser um ouvinte passivo das explicações do professor. Além dos fatores já mencionados, as atividades com jogos são importantes na fase de aprendizado porque os alunos são levados a experiências que envolvem erros, incertezas, construções de hipóteses, entre outras, o que contribui para o desenvolvimento e o aprimoramento do raciocínio lógico. BRINCAR Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, voltadas às brincadeiras por meio do lúdico. A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vinculo essencial com aquilo que é o “não brincar, é uma ação que ocorre na imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica, havendo consciência da diferença existente entre brincadeira e realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar, isso ocorre por meio de articulação entre imaginação e a imitação da realidade, transformando no plano das emoções e das idéias, de uma realidade anteriormente realizada. Nas brincadeiras a criança transforma seus conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brincar provém de uma imitação de alguém ou de algo conhecido, vivenciada na família ou em outros ambientes. A brincadeira apresenta por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos implicados. Na construção da linguagem oral ou gestual oferece vários níveis de organização a serem utilizados para brincar os conteúdos sociais, como papéis, valores e atitudes que se referem a forma como o universo social se constrói e finalmente, os limites definidos pelas regras constituindo-se em um recurso fundamental para brincar. Nessas brincadeiras de faz-de- conta, jogos de tabuleiro, os jogos de construção, jogo tradicionais, didáticos, corporais e etc. proporcionam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio de atividade lúdica. De acordo com o referencial curricular nacional Rua Educação Infantil (Vol. 3, p.207): “Educar ludicamente tem uma significação muito profunda e está presente em todos os segmentos da nossa vida. Por exemplo: uma criança que joga bolinha ou brinca de bonecas com seus companheiros não está simplesmente brincando e se divertindo; está desenvolvendo e operando inúmeras funções.” INTERAÇÃO É uma das estratégias mais importantes do professor para a promoção de aprendizagens pelas crianças. Cabe ao professor proporcionar situações de conversa, brincadeiras ou de aprendizagem orientadas garantindo a troca entre as crianças de forma que possa se expressar e se demonstrando seus modos de agir, pensar e de sentir em um ambiente acolhedor proporcionando confiança e auto-estima. As capacidades de interação, porem, são também desenvolvidas quando as crianças podem ficar sozinhas, quando elaboram suas descobertas e sentimentos, construindo um sentimento de propriedade para as ações e pensamentos já compartilhados com outras crianças e com os adultos o que vai potencializar novas interações. O fator efetivo tem sua relevância na interação professor-aluno, o que é enfatizado por Aquino (1996, p. 50): Os laços efetivos que constituem a interação Professor-Aluno são necessários á aprendizagem e independem da definição social do papel escolar, ou mesmo em maior abrigo das teorias pedagógicas, tendo como base o coração da interação Professor-Aluno, insto é, os vínculos cotidianos. Com isto, estamos dizendo que a interação Professor-Aluno perpassa as aquisições cognitivas. O diálogo é de suma importância para a interação professor-aluno no fator psicológico, sendo vinculo entre o cognitivo e as ações concretas. A essa afirmação, encontra-se justificativa na literatura de Piaget sobre o estágio das operações concretas (1997, p. 166). O professor deve refletir e discutir pares sobre os critérios utilizados na organização dos agrupamentos e das situações de interação e sempre que possível auxiliar esses trocos entre as crianças e, ao mesmo tempo, garantir-lhe o espaço da individualidade e de proximidade de crianças com níveis e interesses semelhantes. É importante que as crianças se desenvolvam em situações de interação social, nas quais conflitos e negociação de sentimentos, idéias e soluções de elementos indispensáveis nesse processo, uma rede de reflexão e construção de conhecimento na qual tanto os parceiros mais experientes quanto aos menos experientes tem seu papel na interpretação e ensaio de soluções, permitindo que se crie uma situação de ajuda na qual as crianças avancem no seu processo de aprendizagem. MÚSICA E MOVIMENTO A música constitui uma das formas mais elaboradas de comunicação do homem, pois promove a integração entre vários aspectos afetivos, estéticos, motores e cognitivos. Encontram-se presente em todas as culturas, sob diferentes manifestações, rituais religiosos, eventos políticos, desportivos etc. O trabalho com a música desenvolvido na Educação Infantil e nas series iniciais do Ensino Fundamental tem como um de seus objetivos é possibilitar às crianças a vivencia e a reflexão sobre as questões musicais, num exercício sensível de expressão, propiciando condições para o desenvolvimento de habilidades, formulação de hipóteses e elaboração de conceitos. “A música é adorável porque nos faz bem, ajuda-nos, oferecendo-nos algo especial que todos necessitamos: O bebê para de chorar e sorri quando se lhe canta; as crianças, os jovens e os adultos recorrem à musica para dormirem, para estudar, para acordar, para trabalhar, para se entreter, relaxar...”, Violeta H. de Gainza (20001:8) Nada se realiza eficazmente, na sociedade atual dos media, sem um complemento ou uma introdução de um elemento musical. Basta olharmos à nossa volta e vermos um todo musical que nos invade diariamente. Será que a Escola não terá essa responsabilidade de exercitar e desenvolver esta paixão no individuo desde a mais tenra idade? Não podemos ver, nem devemos assimilar a idéia de que a música e o seu mundo é pertença de uma elite ou de uma seleção natural do foro do talento ou do virtuosismo. Nas escolas, muitas atividades desenvolvidas por meio da musica tem se desviado dos objetivos específicos desse componente curricular, por se tratarem de atividades mecânicas repetitivas (para lanchar, para decorar os números etc.) ou deturparem o valor sonoro das notas musicais, a exemplo das bandinhas que usam instrumentos improvisados sem o cuidado de preservar as notas musicais. Tais atividades não cumprem a finalidade que tem a musica de possibilitar a reflexão, a produção e a apreciação. Veja bem, a música pode e deve ser utilizada como um recurso auxiliar integrado a atividades dispersas. O que não deve ocorrer é resumir o trabalho musical a estas atividades. Na educação da criança a musica tem sido trabalhado por meio de jogos e brincadeiras como: acalantos, parlendas, cantigas de roda, advinhas, trava-línguas etc. A música envolve sentimentos, criatividade, movimentos e ritmo e transporta a criança para culturas e mundos diferentes.
Description: