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de volta ao lar PDF

199 Pages·2012·2.14 MB·English
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DE V OL T A AO L AR D o F e m i n i s m o à R e a l i d a d e M A R Y P R I D E Ex-feminista americana conta como a mulher cristã de hoje pode ser livre do feminismo e experimentar a plena feminilidade bíblica. DE VOLTA AO LAR Do Feminismo à Realidade MARY PRIDE Tradução, adaptação e atualização: Julio Severo 1 As citações bíblicas neste livro são da Bíblia Sagrada — Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional no Brasil. Utilizado com a devida permissão. Traduzido e adaptado do original em inglês: The Way Home. Copyright em inglês: ©1985 by Mary Pride. Publicado nos Estados Unidos por Crossway Books. Copyright em português: ©2004 by Home Life, Inc. Editado no Brasil por Julio Severo, com a devida permissão. Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual, publicado pela Editora Betânia. Ele pode ser contatado neste e- mail: [email protected] Sites da autora: www.thewayhome.org www.home-school.com Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida, por meios mecânicos, eletrônicos ou quaisquer outros, sem a permissão da autora. 2 Agradecimentos Devo agradecer Franky Schaeffer (filho do famoso escritor evangélico Dr. Francis Schaeffer) por seu entusiasmo e por sua disposição de ser o agente do meu livro. O suor e as lágrimas são meus, e talvez também o sangue, quando este livro for lido em certos quarteirões! E agradeço a você, minha leitora, para quem escrevi em primeiro lugar. Mary Pride Depois de ler The Way Home, o original em inglês deste livro, escrevi ao sociólogo Dr. Paul Marx nos Estados Unidos e disse a ele que The Way Home deveria ser publicado para as mulheres evangélicas do Brasil. O que ele fez eu jamais poderia antecipar nem sonhar: ele passou minha carta à própria autora do livro! Algum tempo depois tive a imensa surpresa e alegria de receber um convite dela para traduzir seu livro para a língua portuguesa, e hoje você, leitora brasileira, tem nas mãos o resultado final de todos esses esforços. Agradeço a Mary Pride por sua paciência todos esses anos e por não parar de acreditar no projeto deste livro. E agradeço também ao Dr. Humberto L. Vieira por seu incentivo e sacrifícios em favor deste projeto. Sua fé neste livro é tão grande que ele me deu seu próprio computador para finalizá-lo. Julio Severo 3 INTRODUÇÃO Este livro é uma exposição da “misteriosa passagem” da Bíblia, Tito 2.3-5: Semelhantemente, ensine as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua maneira de viver, a não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vinho, mas a serem capazes de ensinar o que é bom. Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa [literalmente, trabalhadoras no lar], e a serem bondosas e sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada. O mistério não é o que essa passagem diz — sua mensagem é bem óbvia. O mistério envolve o motivo por que os escritores cristãos modernos que escrevem sobre o papel das mulheres estão tão sem vontade de aceitar essa mensagem. Tito 2.3-5 é o texto mais importante da Bíblia sobre os papéis das mulheres casadas. Essa passagem resume os papéis conjugais, sexuais, biológicos e econômicos das jovens esposas, inclusive suas responsabilidades na área de ministério e autoridade. No entanto, os livros que são escritos sobre as mulheres rotineiramente não dão atenção, mutilam ou até mesmo fazem pouco caso dessa passagem. Parece que muitos evangélicos têm um grande desejo de adaptar o Cristianismo à sociedade moderna e uma disposição de ignorar os ensinos da Bíblia. Para eles, esses ensinos pertencem ao passado, a uma época em que a humanidade era dominada por líderes do sexo masculino. O que acontece quando as mulheres jogam fora o que a Palavra de Deus diz sobre a esfera da mulher, sob a alegação de que nessa questão a Bíblia simplesmente reflete a cultura do passado, na qual a liderança pertencia aos pais de família e as mulheres tinham de ser submissas? O que acontece quando as mulheres então se lançam num estilo de vida que reflete a cultura moderna? Este livro irá responder a essas perguntas. As feministas exigem o direito ao planejamento familiar e a uma carreira profissional fora do lar. Embora acabassem aceitando essas reivindicações “moderadas”, os cristãos rejeitaram, porém, o lado “radical” do feminismo — isto é, lesbianismo e aborto. Mas o que a maioria não vê é que uma reivindicação leva à outra. O feminismo é um sistema totalmente fiel aos seus próprios princípios. Esse sistema tem como meta a rejeição do papel de Deus para a mulher. As mulheres que adotam qualquer parte do estilo de vida feminista não conseguem deixar de assimilar sua filosofia. E as que assimilam sua filosofia estão comprando para si mesmas uma passagem só de ida para a anarquia social. Estou exagerando o caso? Bem, hoje um grande número de mães deixa suas criancinhas de menos de três anos na creche, algo que as mães do passado jamais pensariam em fazer! A razão por que isso está acontecendo, num país onde o papel da mulher como mãe costumava ser 4 sagrado, é que os cristãos acompanharam as pessoas do mundo e aceitaram a perspectiva básica do feminismo. As feministas são totalmente fiéis à sua ideologia. No entanto, na época em que o feminismo começou a influenciar a sociedade, as igrejas evangélicas não eram fiéis aos ensinos da Bíblia com relação ao papel da mulher. As feministas ofereciam um novo plano de vida para as mulheres, porém as igrejas não sabiam o que oferecer. Embora a Bíblia ensine de modo bem claro qual deve ser o papel da esposa, as igrejas foram pouco a pouco deixando de ensiná-lo. O resultado foi que, por falta de ensino nas igrejas, as mulheres evangélicas foram deixando de conhecer a importância do seu chamado. Elas ficaram então inquietas. Além disso, as novas condições sociais prepararam tudo para as mulheres abraçarem as idéias feministas. Graças ao planejamento familiar, agora as esposas tinham poucos filhos e, graças às escolinhas para crianças, os poucos que elas tinham logo estavam a maior parte do tempo fora de casa. Assim, elas não mais precisavam passar a vida inteira no lar dedicadas ao papel de mãe. Com uma casa sem ninguém, cheia de utensílios e aparelhos eletrodomésticos que a poupavam do trabalho doméstico e uma família que parecia não mais precisar dela, era de compreender que a mulher se sentisse confinada em casa. A sociedade dizia que a dona de casa não produz nada. Sua própria inatividade era um símbolo de status para o seu marido, provando que ele podia se dar ao luxo de sustentá-la enquanto ela ficava em casa sem fazer nada. Ela se sentia entediada e inútil, enquanto todos os trabalhos mais importantes da vida pareciam estar lá fora no mundo dos homens. Então apareceu o feminismo, afirmando ser a resposta para esse dilema da dona de casa, e as mulheres não conseguiram resistir aos encantos das suas promessas de liberdade. Os argumentos sentimentais em defesa da importância do papel das mães falharam completamente em face da verdade óbvia de que, por causa das escolas, os filhos já não estavam em casa a maior parte do dia. As tentativas desastradas de se opor ao movimento feminista só lançaram gasolina no fogo das feministas. As mulheres estavam cansadas de ser empregadas e objetos sexuais. Elas queriam mais campo para os seus talentos. A verdade triste é que quando as feministas começaram a atacar o papel “tradicional” feminino, as mulheres evangélicas permaneciam em casa mais por hábito, não por obediência aos princípios bíblicos.1 Embora estivessem em casa e em seu papel, elas foram prejudicadas. E quem as prejudicou foram as próprias igrejas. 1 Assim declara o escritor católico Stephen Clark: “Alguns críticos dizem que a moderna dona de casa é isolada por culpa do padrão tradicional dos papéis masculinos e femininos. Para eles, esse padrão limita inflexivelmente a mulher às tarefas domésticas e à família… Contudo, o papel doméstico das mulheres na moderna sociedade tecnológica, onde o lar perdeu muito de sua força e importância, significa algo bem diferente do papel doméstico das mulheres na sociedade tradicional, onde o lar é fundamental para a vida de todos na sociedade. É importante entender que o padrão tradicional dos papéis masculinos e femininos morreu com o colapso do sistema social tradicional”. Extraido do livro Man and Woman in Christ: An Examination of the Roles of Men and Women in the Light of Scripture and the Social Sciences (Ann Arbor, MI: Servant Books, 1980), p. 499. O Sr. Clark diz que o sistema social tradicional (isto é, bíblico) morreu. Na minha opinião, esse sistema está vivo, mas sufocado. 5 O fato é que quando passaram a apoiar o planejamento familiar e o aborto “em casos excepcionais”, as denominações cristãs sem perceberem ajudaram a preparar o caminho para o sucesso do feminismo. Ainda que estivessem elogiando o papel da mulher como mãe em suas pregações, ao mesmo tempo os pastores começaram a defender o que o Cristianismo jamais ensinou: o controle da natalidade e o aborto “terapêutico”. Além disso, as igrejas estavam programando cultos para todas as noites da semana, mostrando claramente que passar tempo com a família não era importante. Na igreja as responsabilidades das mães cristãs no lar estavam sendo tão pouco valorizadas que as próprias esposas dos missionários eram fortemente aconselhadas a deixar seus filhos em escolas internas, e todo o mundo achava isso natural. O centro da vida espiritual passou a ser o templo, não o lar. Até mesmo durante os cultos de adoração começaram a tirar rapidamente as crianças de vista e colocá-las no berçário e em seu próprio programa de escola dominical. Para todos os lados que olhassem, as mulheres cristãs viam que os seus papéis biológicos, econômicos e sociais eram considerados sem valor. Só os empreendimentos dos homens eram valorizados. Hoje estamos vendo as conseqüências, pois a maioria das mulheres cristãs está aceitando as idéias feministas. Até mesmo os evangélicos mais conservadores estão em perigo de, num futuro próximo, acreditar realmente que as mulheres podem, “em plena igualdade”, desempenhar todas as funções dos homens. Se as mulheres não puderem ser valorizadas por seu papel feminino, então elas invadirão todas as esferas masculinas e viverão como os homens! Tudo porque duas ou mais gerações de mulheres cresceram e se casaram sem nunca ouvir que a Bíblia ensina um papel bem definido para elas que é diferente do papel do homem, mas que tem a mesma importância. O trabalho do lar é o estilo de vida bíblico para as esposas cristãs. Mas o trabalho do lar não é só ficar em casa. Deus não nos chamou para ficar em casa, mas para trabalhar em casa! O trabalho do lar é o oposto exato da tendência moderna de se colocar as instituições e o governo como a solução para as nossas necessidades. Embora tenhamos entregue para frias instituições as áreas da educação, saúde, agricultura, assistência social, negócio, moradia, moralidade e evangelismo, nossa inteira dedicação ao lar nos abrirá as portas para assumirmos de volta o controle dessas áreas. O mais importante de tudo é que o trabalho do lar é o caminho certo para obedecer a Deus. O trabalho do lar é baseado no que a Bíblia diz. Em nenhuma parte deste livro você encontrará declarações como “A Bíblia parece dizer isso, mas não se aplica à sociedade de hoje” ou “A Bíblia diz isso, mas…” O trabalho do lar, tal como o feminismo, é um estilo de vida que requer total dedicação e sacrifício. A diferença é que o trabalho do lar produz lares que são fortes, igrejas que crescem e filhos que serão líderes cristãos. 6 Cada parte deste livro é dedicada a um dos papéis femininos especificados em Tito 2.3-5: amar o marido, amar os filhos, ser trabalhadora no lar, ser bondosa e ser submissa ao marido, e o que acontece se fizermos (ou não fizermos) tudo isso. Todos os incêndios de grandes proporções começam com uma pequena fagulha. Minha esperança e oração é que este livro seja a fagulha que leve as mulheres cristãs a amar suas famílias novamente e a resolverem ser esposas trabalhadoras — no lar! 7 Parte 1: DE VOLTA AO PAPEL DE ESPOSA “…orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos…” (Tito 2.4) 8 1 A Grande Mentira Em sua luta para se tornarem “iguais ao homem”, as mulheres de hoje estão sendo vítimas da segunda maior mentira da História. (A primeira foi quando a serpente persuadiu Eva de que ela precisava elevar seu estilo de vida e “se tornar igual a Deus”.) Graças à “liberação” feminista, agora os tribunais estão arrancando nossa proteção legal por meio de leis liberais de divórcio que dão direito de custódia em comum, mesmo quando o marido não tem juízo algum e leva uma vida depravada. As revistas femininas seguem o exemplo das revistas pornográficas, rebaixando-nos ao nível de prostitutas quando apresentam o sexo sem casamento como se fosse algo belo e fascinante. Os empregadores estão perdendo seu compromisso de dar aos nossos maridos um salário digno, pois eles acham que nós esposas também devemos trabalhar fora para ajudar no orçamento doméstico.2 Os fabricantes de cigarros e bebidas alcoólicas estão com a maior alegria tirando muito dinheiro do mercado feminino, enquanto os índices de câncer e alcoolismo entre nós estão subindo assustadoramente. E sem mencionar as muitas donas de casa que têm de pedir dinheiro emprestado e trabalhar fora para sobreviver, porque foram largadas pelo marido… Tudo em nome da “liberação”. O que torna essa opressão contra as mulheres tão estranha é que foram elas mesmas que causaram isso para si. As mulheres é que têm lutado para que sejam aprovadas leis de divórcio liberais que dão aos maridos o direito de cobrar pensão da esposa e aos adúlteros e pervertidos o direito de ficar com a custódia dos filhos. São as mulheres que estão realizando intensas campanhas para tirar os filhos dos cuidados de seus pais e colocá-los em instituições do governo (mais tarde vamos ver como elas estão tentando fazer isso). Nos Estados Unidos, as mulheres estão fazendo tudo o que podem para abolir a família tradicional e legalizar o assassinato de recém-nascidos, o homossexualismo e o adultério. Elas já conseguiram legalizar o aborto; agora estão lutando para ter o direito de matar o próprio filho na hora do nascimento — ou melhor, pelo direito de deixar o governo decidir quais as crianças que devem ou não viver. Essa rejeição total do papel biológico especial das mulheres é também chamada de “liberação”.Mas não é somente nos EUA que as feministas estão promovendo suas campanhas. Entre as muitas organizações feministas do Brasil a favor da legalização do aborto, do homossexualismo, etc., está o Centro Feminista 2 “A Indústria Deve se ‘Automatizar, Emigrar ou Desaparecer’”, uma entrevista com James Baker, vice-presidente executivo da General Eletric, U.S. News and World Report, 16 de janeiro de 1984, pág. 44. O Sr. Baker declara: Sem dúvida, muitos operários e empregados de escritório vão ganhar menos. Mas quando o homem ganha menos, muitas vezes sua esposa vai trabalhar fora para preservar seu padrão de vida. Acho que veremos virtualmente toda família com duas pessoas trabalhando fora para comprar um carro ou uma casa. 9 de Estudos e Assessoria de Brasília, que luta no Congresso Nacional em nome de todas as mulheres brasileiras.3 Além disso, em seus esforços para promover a causa feminista as mulheres estão reivindicando que o governo controle a nossa propriedade pessoal e a nossa maneira de viver. No Capítulo 13 vamos examinar as tentativas de o governo controlar totalmente a vida de cada pessoa a fim de impor a igualdade sexual a toda a sociedade. Muitas mulheres cristãs estão indo na onda do estilo de vida do chamado movimento de mulheres, sem ver o que as está esperando logo a frente. Jean Shaw mencionou esse fenômeno num artigo no Jornal Presbiteriano de 1980: As mulheres evangélicas… podem não estar entrando no mercado de trabalho em tal grande número como as mulheres do mundo, mas seu estilo de vida não tem demonstrado ser radicalmente diferente do estilo de vida de suas vizinhas descrentes… Até mesmo as mães evangélicas de crianças bem pequenas não querem ficar muito tempo longe de seu trabalho fora de casa.4 A declaração da Sra. Shaw está correta. As revistas evangélicas se atropelam em sua ansiedade de mostrar que apoiam as esposas, até mesmo as mães de criancinhas, que seguem uma carreira profissional fora do lar. Parece que muitos evangélicos acham que a mulher não tem nenhum papel especial dado por Deus e que um emprego fora do lar não faz mal para as esposas. Será que realmente não faz mal as esposas evangélicas entrarem no mercado de trabalho lá fora? Outra maneira de fazer essa pergunta é perguntando: “O feminismo não faz mal?” Afinal de contas, foram as feministas, não as mulheres cristãs que crêem na Bíblia, que criaram a tendência social de a mulher trabalhar fora. É verdade que o feminismo significa muito mais do que só empregos fora do lar para as mulheres, mas o fato de que as esposas descrentes podem hoje trabalhar fora tem tudo a ver com o feminismo. E o fato de que as esposas evangélicas estão imitando-as é sintoma de que as idéias feministas estão começando a infectar nossas igrejas. O que você diria se eu provasse que as esposas evangélicas de hoje estão sendo enganadas e levadas a se tornar adeptas de uma falsa religião — o feminismo? E se o inocente envolvimento delas em carreiras profissionais fora do lar ajudar a levar ao colapso moral, social e econômico de nosso país? O que você diria se a chamada “liberação feminista” nos tornar escravas de um governo que manda totalmente na vida das pessoas? E quanto à teologia? Você sabia que os teólogos que acham que agora existe um papel “moderno” para as mulheres não acreditam que a Palavra de Deus é infalível? Você sabia que na realidade todos os defensores da “liberação da mulher” dentro das igrejas evangélicas não crêem mais que a Bíblia é infalível? 3 O texto em itálico pertence ao tradutor. 4 “Why Not Deaconesses?” Presbyterian Journal. 16 de abril de 1980. 10

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Dr. Francis Schaeffer) por seu entusiasmo e por sua disposição de ser o agente do meu . Extraido do livro Man and Woman in Christ: An Examination of the Roles of Men and Women in the Light of Scripture and Friedrich Engels (autores do Manifesto Comunista) criam que a fim de se construir
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