A SAGA D E UM IMPÉRIO MILENAR. | o dl Edo ÁS - = ii ri BERTRAND BRASIL PY = [7 Es dd 0 0 Fim amas Ter! LE E , a E E E Fascrnante narrativa de uma aventura PDD TA DJS: uze Tototo eba ONDA EttaL o UA o leitor pelos desertos da Arábia até as PRA DT ART RN L7R ARRR CARARA(Id SITU pelas o) torescas cidades da Itália renascentista até os momentos PETER AUS cidade milenar... Bizâncio: sucessor da Grécia e da Roma Rotator eae magnífico império de mil anos foi a ponte entre os mundos antigo DE BÍZÁIICIO e moderno. Sem Bizâncio, as obras de PARA Homero e Heródoto, Platão e Aristóteles, O MUNDO Sófocles e Esquilo não teriam sobrevivido. A história de Bizâncio é uma autêntica aventura de grandes ideias e dramas, de personagens e façanhas extraordinárias. De Bizâncio para o Mundo conta a história dos missionários, dos místicos, dos filósofos e dos artistas que, contra todas as chances, e muitas vezes com o risco da própria vida, levaram o pensamento grego aos italianos, aos árabes e aos eslavos. Seus heroicos esforços inspiraram a Renascença italiana, a idade de ouro islâmica e o cristianismo ortodoxo russo — com seu novo alfabeto, sua arquitetura e uma das maiores tradições artísticas do mundo. OQ ho condutor da narrativa é a controvérsia hesicasta, uma divergência arcana que opunha os eruditos humanistas, liderados pelo brilhante e ferino Barlaam da Calábria. aos poderosos monges de Monte Athos, Colin Wells DE BIZÁIICIO PARA O MUNDO A SAGA DE UM IMPÉRIO MILENAR 32 edição Tradução Pedro Jorgensen BERTRAND BRASIL Rio de Janeiro | 2019 Copyright O 2006 by Colin Wells, mapas de David Lindroth Título original: Sailing from Byzantium: how a lost empire shaped the world Capa: Sérgio Campante Foto de capa: Bertrman/Corbis (DC)/Latinstock Editoração: DFL Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Lingua Portuguesa Para vovô e vovó Petey E para meus pais 2019 Com amor e gratidão Impresso no Brasil Printed in Brazil Cip-Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ W511b Wells, Colin, 1960- 3 ed. De Bizâncio para o mundo: a saga de um império milenar/Colin Wells; [tradução Pedro Jorgensen]. — 3º ed. — Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2019. 322p.: 23 cm Tradução de: Sailing from Byzantium ISBN 978-85-286-1519-7 1, Civilização eslava — Influências bizantinas. 2. Civilização islâmica — Influências bizantinas. 3. Europa, Oeste — Civilização — Influências bizantinas. 1. Título. CDD - 940 11-4229 CDU — 94(4) Todos os direitos reservados pela: EDITORA BERTRAND BRASIL ITDA. Rua Argentina, 171 — 2º andar — São Cristóvão 20921-380 — Rio de Janeiro — RJ Tel.: (0xx21) 2585-2070 — Fax: (0xx21) 2585-2087 Não é permitida a reprodução total ou parcial desta obra, por quaisquer meios, sem a prévia autorização por escrito da Editora. Atendimento e venda direta ao leitor: mdiretoQrecord.com.br ou (21) 2585-2002 CONSTAanTÍimNOPLA | A Capital do Império Bizantino (330-1453) o Milhas [/2 Le | o Metros See Portão Charisos Ngantos ESA Portão Xylochercus Monastér io de Stoudios +” = |] Tom mA É j E L E d , r F E 1 ' = = F Pco urrt aEã do o F Ais& EmÀ e ] E:= r+i i fhi)A aE rR/ , T : j "- uye trh )1 ! +a z r ro= iEe :c ao E as f a =F dns |, ;P p1 1 , | fads E+ u, e Ea ebFa a4En j ee g rE ro! il;s " E, R A d* e Ea ao rpaai= Ê !)aA =F t =q 5 Í HaÉ ) asAE FPa JaE a À | E =. :h| =a oepaa FFpa— eE ! 4 ? ahaE a "e r aa= ,j tE m,O i oÊ Z-, E aF e EFa iee e! = r CrO LÊg é ntiai ái R = j ] xOE ala 1 ad 1a= aa Ti e r Aà taÀ- m 5 di : a Ê ddj -E , éá FoE ] ax É E À E E E a F D A 2HF FoR r mr E OE FexdE m e a; gor' a Eerr : REaspt o ka, - a a Ea E a ' E a isds J c.P a' neE ye a ')P g : À esE s 1 ra om F E je A j.: t F a E um h É E iro h E E E j E = A = E pal E= | àk ' F leg =" = p=:m à F1 n x r eE ga dEr fd rrE RR R 7 E su E di fd i a Er a iam fiETF moj ] Enbsrsri ! E a vº cl À ! ratr erp RaC c +T aça a e j Epa E -d E a ; a PrEa ak rr na t, ra + Ee; E nd É o o neto A Ê , , A 4 o L SumÁRIO Principais Personagens 11 Cronologia 17 Mapas 19 Introdução 27 Prólogo 31 PARTE 1 BizÁrciO E O OCIDENTE Capítulo 1 Rumo à separação 37 Capítulo 2 Entre Atenas e Jerusalém 60 Capítulo 3 Petrarca e Boccaccio são reprovados em grego 10 Capítulo 4 Crisoloras em Florença 86 Capítulo 5 Os emigrados bizantinos no Quattrocento 105 PARTE II Bizâncio E O MvnDO IsLÂmico Capítulo 6 Uma nova Bizâncio 129 Capítulo 7 A Casa do Conhecimento 147 Capítulo 8 O Iluminismo árabe 164 10 DE BIZÁTMCIO PARA O MUNDO PARTE II Bizâncio E O NMVINDO EsLAVO Capítulo 9 Uma ameaça vinda do norte 181 Capítulo 10 A missão de Cirilo e Metódio 191 Principais PERSONAGEIS Capítulo 11 Guerras de rivalidade 201 Capítulo 12 Sérvios e outros 209 Capítulo 13 À ascensão de Kiev 217 Capítulo 14 À idade de ouro da Rus de Kiev 229 Capítulo 15 À ascensão de Moscou 245 BizÁTICIiO Capítulo 16 À Terceira Roma 262 Humanistas Epílogo O último bizantino 271 Teodoro Metochites (1270-1332). Estadista, erudito, patrono das artes. Fundou a Última Renascença bizantina e reconstruiu a Igreja de Chora. Nota do Autor 281 Agradecimentos 283 Barlaam da Calábria (c. 1290-1348). Primeiro adversário do hesicasmo; Notas 287 deu aulas de grego a Petrarca. Bibliografia 291 Demétrio Cydones (c. 1324-c. 1398). Estadista bizantino; traduziu Índice 315 Santo Tomás de Aquino para O grego. Manuel Crisoloras (c. 1350-1415). Diplomata e educador; primeiro professor bem-sucedido de grego antigo no Ocidente. Georgios Gemistos Pletho (c. 1360-1452). Filósofo e erudito; estimulou o interesse por Platão entre os humanistas italianos. João Bessarion (c. 1399-1472). Erudito expatriado, tradutor, patrono de humanistas italianos e bizantinos na Itália; ajudou a redigir o decreto de união das igrejas Católica e Ortodoxa (1439) e depois se tomou cardeal católico. 12 DE BiIZÂNCIO PARA O MUNDO PRINCIPAIS PERSONAGENS 13 João Argyropoulos (1415-1487). Professor e filósofo; completou a João VI Cantacuzeno (c. 1295-1383; reinou entre 1347 e 1354). mudança de interesse por Platão iniciada por Pletho entre os italianos. Estadista, regente, imperador, teólogo, historiador e, finalmente, monge; patrono de humanistas, mas também hesicasta com prometido; formulou Monges a política de unidade para a igreja na Rússia. Gregório Palamas (c. 1296-1359). Teólogo místico e santo; principal Manuel II Paleólogo (1350-1425; reinou a partir de 1391). Neto de proponente do movimento hesicasta no monasticismo ortodoxo. João VI Cantacuzeno; amigo e patrono de muitos humanistas bizanti- nos durante a Última Renascença bizantina. Cirilo (c. 826-869) e Metódio (c. 815-885). Irmãos missionários orto- doxos e apóstolos dos eslavos; inventores e promotores do antigo Patriarcas de Constantinopla eslavo eclestástico, idioma litúrgico dos ortodoxos eslavos de inspiração bizantina. Fócio (c. 810-c. 895; patriarca em 858-867 e 877-886). Erudito huma- nista que concretizou a Primeira Renascença bizantina; promotor da Imperadores missão de Cirilo e Metódio aos eslavos. Justiniano (c. 482-565; reinou a partir de 527). Realizou a Reconquista Nicolau I, o Místico (852-925; patriarca em 901-907 e 912-925). da Itália; construiu a basílica de Santa Sofia. Regente do jovem Constantino VII Porfirogênito durante as guerras de Simeão da Bulgária contra Bizâncio. Heráclio (c. 575-641; reinou a partir de 610). Salvou Bizâncio dos persas, Eiloteu Kokkinos (c. 1300-c. 1378; patriarca em 1353-54 e 1364-76). depois perdeu as províncias mais ricas para os muçulmanos árabes no Monge hesicasta que ajudou a realizar a política de unidade da igreja na início da Idade Média bizantina. Rússia. Constantino VII Porfirogênito (905-959; reinou a partir de 945). O OCIDEIITE Imperador da dinastia macedônica e autor de Sobre como governar o Império, importante fonte histórica do período. Teodorico (c. 454-526). Rei dos godos (a partir de 471); educado em Constantinopla e colocado pelos bizantinos para reinar na Itália. Basílio II (958-1025; reinou a partir de 976). Imperador da dinastia macedônica; levou Bizâncio ao ápice de seu poder ressurrecto na Boécio (c. 480-c. 524). Filósofo e erudito romano tardio; tentou traduzir Primeira Renascença bizantina. Aristóteles para o latim. Aleixo I Comneno (c. 1057-1118; reinou a partir de 1081). Fundador Cassiodoro (c. 487-c. 580). Erudito e administrador romano tardio, da dinastia comnena, que, depois do colapso da segunda metade do mais tarde monge. século XI, promoveu a recuperação temporária de Bizâncio na época das Cruzadas. 14 DE Bizâncio PARA O MUNDO PRINCIPAIS PERSOMAGETIS 15 Liudprand de Cremona (c. 920-c. 972). Nobre e diplomata lombardo que visitou Constantinopla duas vezes a serviço de monarcas ocidentais Marsílio Ficino (1433-1499). Amigo e parceiro de Cosimo e Lourenço de Médici; fundou a Academia Platônica em Florença depois de apren- Enrico Dandolo (c. 1107-1205). Doge veneziano (a partir de 1192) que der grego. orquestrou O saque e a ocupação de Constantinopla por soldados oci- O MunDo ÍIsLÂÁMICO dentais da Quarta Cruzada (1204-1261). Maomé (c. 570-632). Profeta e fundador do islã. Petrarca (1304-1374). Poeta italiano que fundou o humanismo renas- centista na Itália e tentou aprender grego. Muawiya (c. 602-680). Quinto califa (a partir de 661) e fundador da dinastia omíada, baseada na antiga província bizantina da Síria. Coluccio Salutati (1331-1406). Humanista, chanceler de Florença que providenciou para que Manuel Crisoloras lá ensinasse grego. Abd al-Malik (646-705). Califa omíada (a partir de 685); restaurou o poder omíada; construiu o Domo da Rocha. Leonardo Bruni (1370-1444). Retórico e historiador: aluno de Crnisoloras e principal proponente do humanismo cívico. Al-Mansur (c. 710-775). Califa abássida (a partir de 754) e fundador de Bagdá; iniciou o movimento de tradução greco-árabe. Poggio Bracciolini (1380-1449). Renomado latinista que se juntou ao círculo florentino de Crisoloras quando jovem. Al-Mamun (786-833). Califa abássida (a partir de 813); levou adiante o movimento de tradução greco-árabe; associado em fontes posteriores à Niccolô Niccoli (1364-1437). Classicista fugidio que estudou com “Casa do Conhecimento”. Crisoloras em Florença; escreveu pouco, mas exerceu forte influência sobre artistas e outros humanistas. Hunain ibn Ishag (808-873). Tradutor cristão nestoriano de textos gregos médicos e científicos para o árabe; viajou ao antigo território bizantino Guarino de Verona (1374-1460). Pioneiro educador italiano que foi o em busca de textos. mais intimo seguidor de Crisoloras. O MurDO ESLAVO Tommaso Parentucelli (1397-1455). Humanista italiano que se tornou papa, como Nicolau V (a partir de 1446); fundou a Biblioteca do Bóris I (2-907). Cã da Bulgária (852-889); convertido ao cristianismo em Vaticano e providenciou para que Bessarion supervisionasse a tradução 865: adotou a liturgia eslavônica de Cirilo e Metódio. de manuscritos gregos. Simeão, o Grande (c. 865-927). Filho de Bóris e primeiro tsar da Lorenzo Valla (1407-1457). Talentoso classicista e filólogo italiano, Bulgária (a partir de 893); ortodoxo fervoroso; travou duas grandes guerras contra Bizâncio num esforço de capturar Constantinopla. tegi= do do humanisat a bi= zantino expatriE ado cardeal Bessarion. Pro: 16 DE BiIZÂTICIO PARA O MVUTIDO CRONOLOGIA Estêvão Nemanija (2-c. 1200). Soberano da Sérvia medieval que a trouxe para a comunidade bizantina; fundou a dinastia governante da Sérvia e ATIO BIZÂ: NCIO OCIDENTE IMSLUÂNMDIOCO MESUTNAVDOOS numerosos monastérios ortodoxos; tornou-se monge e santo ortodoxo. 330 Fundação de Constantinopla Sava (1175-1235). Filho mais moço de Estêvão Nemanja; tornou-se Godos na I tália; tolas Boécio e monge em Monte Athos; fundou a Igreja ortodoxa sérvia independente; Cassiodoro ativos santo ortodoxo. 500s Justiniano Reconquista da Guerra entre Eslavos nos Bálcãs imperador (d. 565) | Itália Bizâncio e a Pérsia ESA Heráclio Lombardos na Maomé (d. 632) Abares se aliam aos Olga (2-c. 969). Princesa e soberana (a partir de 945) russa de Kiev; viajou eum imperador (d. 641) | Itália funda o islã eslavos a Constantinopla, onde se converteu ao cristianismo ortodoxo. Começa o Alto Ascensão do s Dinastia omiiada Búlgaros chegam 6. 650-750 Medievo francos aos Bálcãs Svyatoslav (c. 945-972). Príncipe russo de Kiev e filho de Olga; guerreiro Era do O papado se alia Dinastia abássida; | Ascensão da e. 750-850 iconoclasmo aos francos fundação de Bagdá | Bulgária pagão morto pelos pechenegues quando cruzava o Dnieper. Primeira Cisma fociano Floresce o Os russos atacam c. 860s Renascença movimento de Constantinopla; bizantina; Fócio tradução greco- Cinlo e Mezódio Vladimir, o Grande (c. 956-1015). Príncipe russo de Kiev e filho de ativo romana; Hunain ativos Svyatoslav; diz-se que converteu seu povo ao cristianismo ortodoxo; ibn Ishag ativo santo ortodoxo. Constantino VII Oto, o Gran de Começa o declínio | Simeão da Bulgária c. 9005 Porfirogênito abássida (d. 927); ascensão de Kiev Yaroslav, o Sábio (978-1054). Príncipe russo de Kiev e filho de Vladimir; 1000 Basilio II Turcos entra m na | Turcos seljúcidas Vladimir, o reconstruiu Kiev como capital ortodoxa e a levou ao ápice de seu poder. R ? (d. 1025);declinio | Ásia Menor Grande; conversão bizantino (após c. 1075) do Rus de Kiev (após c. 1075) Cipriano (c. 1330-1406). Monge búlgaro que, trabalhando com o patri- e 11005 Imperadores Começam a s Começa o declínio | Principados rivais | comnenos Cruzadas do Iluminismo ma Riesrs arca Filoteu, foi o maior expoente do hesicasmo bizantino na Rússia. árabe e. 1200s Quarta Cruzada Mongóis saqueiam | Horda Dourada na Sérgio de Radonezh (1314-1392). Monge e santo ortodoxo russo; fun- (1204-1261) Bagdá Rússia dador do monasticismo russo e promotor do hesicasmo russo. c. 1320 Última Renascença | Giotto ativo : Fundação do Metropolita Pedro bizantina; Teodoro | começo da Estado turco- vai para Moscou Eutímio de Turnovo (c. 1317-c. 1402). Monge hesicasta búlgaro e Metochutes ativo Renascença italiana | otomano (1326) patriarca de Turnovo; fundador do movimento “segunda influência sul- c. 1330-1355 Controvérsia Barlaam na Itália; | Ascensão do poder Filoteu promove a hesicasta Petrarca estuda otomano na Ásia | unidade do metro- eslava”, a revitalização hesicasta do legado do antigo eslavo eclesiástico. grego Menor politanato russo Otomanos Cydones e Filoteu Ascensão de Máximo, o Grego (c. 1470-1556). Nascido Miguel Trivolis e educado em c. 1350-c. 1400 Salutati ativo: conquistam boa Moscou; batalha ativos Crisoloras em parte dos Bálcãs de Kulikovo círculos humanistas de Florença antes de se converter ao cristianismo; Florença (1380); Cipriano como monge, Máximo passou uma década em Monte Athos antes de ir (1397-1400) ativo para a Rússia, onde ficou conhecido como “Máximo, o Grego”. Queda de Otomanos Desintegração do e. 1400-c. 1480 Bessanon e outros continuam a con- poder mongol; Constantinopla; ativos na Itália; quista dos Bálcãs expansão de fim do Império Concílio de Moscou Bizantino (1453) Florença (1439