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Da transcriação: poética e semiótica da operação tradutora PDF

167 Pages·2011·1.845 MB·Portuguese
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Da transcriação poética e semiótica da operação tradutora Haroldo de Campos Haroldo de Campos Da transcriação poética e semiótica da operação tradutora FALE/UFMG Belo Horizonte 2011 Diretor da Faculdade de Letras Luiz Francisco Dias Vice-Diretora Sandra Maria Gualberto Braga Bianchet Comissão editorial Eliana Lourenço de Lima Reis Elisa Amorim Vieira Fábio Bonfim Duarte Lucia Castello Branco Maria Cândida Trindade Costa de Seabra Maria Inês de Almeida Sônia Queiroz Capa e projeto gráfico Glória Campos Mangá – Ilustração e Design Gráfico Pesquisa e organização dos textos Sônia Queiroz Preparação de originais e diagramação Tatiana Chanoca Tiago Garcias Primeira revisão de provas Bruna Fortes Paulo Henrique Alves Segunda revisão de provas Marcos Fabio de Faria Priscila Justina Endereço para correspondência FALE/UFMG – Laboratório de Edição Av. Antônio Carlos, 6627 – sala 4081 31270-901 – Belo Horizonte/MG Telefax: (31) 3409-6072 e-mail: [email protected] Sumário 5 Por uma poética da tradução 9 Da transcriação: poética e semiótica da operação tradutora 31 Da tradução como criação e como crítica 47 Tradução e reconfiguração do imaginário: o tradutor como transfingidor 63 Para além do princípio da saudade: a teoria benjaminiana da tradução 75 Paul Valéry e a poética da tradução: as formulações radicais do célebre poeta francês a respeito do ato de traduzir 91 O que é mais importante: a escrita ou o escrito? 107 A língua pura na teoria da tradução de Walter Benjamin 123 Tradição, tradução, transculturação: o ponto de vista do ex-cêntrico 133 Haroldo de Campos, José Paulo Paes e Paulo Vizioli falam sobre tradução 151 Referências Por uma poética da tradução Em 1987, cerca de 25 anos após a publicação do seu primeiro texto sobre a tradução poética em que aparece o termo transcriação, Haroldo de Campos – poeta, ensaísta e tradutor – anuncia em observação pós-escrita ao ensaio que dá título a esta coletânea, o lançamento de um livro “a ser publicado pela Brasiliense de São Paulo no primeiro semestre do ano próximo”. O livro, que teria o mesmo título daquele ensaio apresentado inicialmente como conferência no II Congresso Brasileiro de Semiótica, realizado na PUC-SP no ano anterior, não saiu em 1988, e mais de vinte anos depois continuamos a esperar por ele... Em 2009, segundo ano da ênfase em Edição no Bacharelado em Letras da UFMG, a turma de alunos da disciplina Preparação de Originais assumiu a tarefa de reunir os principais ensaios sobre o tema da transcriação, que até o momento só eram encontrados em publicações esparsas – em livros e periódicos editados em diferentes locais e datas, o que exigiu dos estudantes um exercício rigoroso de atualização e nor- malização de texto. O ensaio “Da tradução como criação e como crítica” foi pela primeira vez apresentado ao público em 1962, no III Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária, realizado na Universidade Federal da Paraíba. Um ano depois, o texto foi publicado no Rio de Janeiro, na revista Tempo Brasileiro. Este parece ser o primeiro texto escrito pelo ensaísta em que aparece o neologismo transcriação. O ensaio foi posteriormente recolhido pela Editora Cultrix na coletânea de textos de Haroldo de Campos Metalinguagem, que chegou à terceira edição em 1976. Em 1992, saiu, pela Editora Perspectiva, nova edição, ampliada e reintitulada Metalinguagem & outras metas. Em 1991 Haroldo de Campos publica o ensaio “Tradução e reconfiguração do imaginário: o tradutor como transfingidor”, na coletâ- nea de diversos autores Tradução: teoria e prática, organizada por Malcolm e Carmen Rosa Caldas Coulthard, e que saiu pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina. Em 1989 este mesmo texto havia sido publicado na revista 34 Letras, com o título “Da tradução à transficcionalidade”, e um pouco antes, em 1987, com o título “Reflexões sobre a poética da tradução”, no volume 1 dos Anais dos 1º e 2º Simpósios de Literatura Comparada, organizados por Eneida Maria de Souza e Júlio Pinto e publicados em Belo Horizonte, pela UFMG. Optamos, nesta edição, pelo título mais recente. Pela Folha de S. Paulo Haroldo teve publicados, nos números 412 e 419 do caderno Folhetim, de 1984 e 1985, respectivamente, os ensaios “Para além do princípio da saudade: a teoria benjaminiana da tradução” e “Paul Valéry e a poética da tradução: as formulações radicais do célebre poeta francês a respeito do ato de traduzir”. Ainda às voltas com as teorias benjaminianas o autor publicou, pela Revista USP, o ensaio “O que é mais importante: a escrita ou o escrito (teoria da linguagem em W. Benjamin)”, lançado no número 15 da revista, no ano de 1992. “A língua pura na teoria da tradução de Walter Benjamin” foi publicado em 1997 no número 33 da mesma revista e expõe a teoria da tradução poética desenvolvida pelo ensaísta alemão no conhe- cido texto “A tarefa do tradutor”, que constitui uma das principais fontes do conceito de transcriação. Este volume traz também o texto “Tradição, tradução, transcultu- ração: o ponto de vista ex-cêntrico”, apresentado por Haroldo de Campos em simpósio realizado pela Universidade de Yale como homenagem aos setenta anos do autor. O texto é de 1999 e foi traduzido do inglês pela estudante Aline Sobreira. Encerramos com um diálogo aberto – publicado em 1988, em Campinas, no número 11 dos Trabalhos de Linguística Aplicada – no qual “Haroldo de Campos, José Paulo Paes e Paulo Vizioli falam sobre tradução”. 6 Da transcriação: poética e semiótica da operação tradutora Desde que dá início, nos anos 1960, à publicação de suas reflexões nascidas da intensa prática de tradução de poesia iniciada nos anos 1950, até a morte do autor, em 2003, foram pelo menos quatro décadas de vivência e militância por uma poética e semiótica da tradução – transcriação. Sônia Queiroz Por uma poética da tradução 7

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