HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 O L U T P Í A C 23 DA REGÊNCIA AO SEGUNDO REINADO R3-VDHC-SP-Aula-P02-U01-C23-M17.indd 1 6/29/17 12:14 PM HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 Período regencial Em 7 de abril de 1831: Dom Pedro I abdicou, deixando como sucessor o filho n Pedro de Alcântara, de apenas 5 anos. Uma junta de governo assumiu o poder transitoriamente, dando início ao período regencial. Os grupos políticos que antes se uniram em oposição a Dom Pedro I, depois n de sua abdicação, passaram a divergir e a defender interesses distintos: Grupo Posição política Posição social Liberais moderados Monarquistas liberais. Aristocracia agrária, (“chimangos”) principalmente do Centro-Sul do país. Liberais exaltados Defensores da descentralização Pequenos proprietários (“farroupilhas”) política e/ou da república. e profissionais liberais, concentrados nas províncias do Nordeste e do Sul. Restauradores Defensores da restauração da Comerciantes e burocratas (“caramurus”) monarquia com Dom Pedro I no portugueses. trono. R3-VDHC-SP-Aula-P02-U01-C23-M17.indd 2 6/29/17 12:14 PM HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 Regência Trina Em abril de 1831, a Assembleia Geral elegeu a Regência Trina Provisória n para governar o Brasil, de acordo com a Constituição de 1824. Em julho do mesmo ano, foi realizada eleição para a Regência Trina n Permanente, composta de Francisco de Lima e Silva, João Bráulio Muniz e José da Costa Carvalho. Liberais moderados dominaram a política e promoveram ações n descentralizadoras: • criação da Guarda Nacional, tendo cidadãos com função policial; • aprovação do Código de Processo Criminal, que fixou normas para aplicação da justiça e deu poder aos juízes de paz das províncias; • mudanças na Constituição de 1824 por meio do Ato Adicional. R3-VDHC-SP-Aula-P02-U01-C23-M17.indd 3 6/29/17 12:14 PM HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 Ato Adicional O Ato Adicional de 1834, entre outras ações, transformou Conselhos n Provinciais em Assembleias Legislativas Provinciais, dando poder aos políticos locais. Além disso, provocou uma separação política entre os liberais moderados, n que se dividiram em: • progressistas: apoiavam as medidas descentralizadoras; • regressistas: passaram a combater a autonomia concedida às províncias e queriam a revogação do Ato. Instituiu, ainda, a Regência Una. n R3-VDHC-SP-Aula-P02-U01-C23-M17.indd 4 6/29/17 12:14 PM HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 Regência Una O padre Diogo Antônio Feijó foi eleito regente em 1835, defendendo a n descentralização. Diante da forte oposição dos regressistas, Feijó renunciou em 1837. n Um novo governo se formou em torno do regressista Pedro de Araújo Lima, n defensor da centralização política. Em 1840, foi publicada a Lei de Interpretação do Ato Adicional, que n revogou a maioria das medidas descentralizadoras de 1834. R3-VDHC-SP-Aula-P02-U01-C23-M17.indd 5 6/29/17 12:14 PM HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 Revoltas regenciais Contrastes sociais marcantes em algumas regiões 1 Frágil unidade política do Estado brasileiro Revoltas regenciais 1 Tensa relação entre o governo central e algumas províncias Rusgas Cuiabanas Cabanagem Revolta dos Guerra dos Farrapos (Mato Grosso, 1834) (Grão-Pará, Malês (Rio Grande do Sul, Membros da elite de 1835-1840) (Bahia, 1835) 1835-1845) Cuiabá, muitos deles Movimento de caráter Movimento Inicialmente insatisfeitos provenientes do grupo popular, exigia a expulsão conduzido com os altos impostos Sociedade dos Zelosos de portugueses da região por africanos e a pouca autonomia da da Independência, e melhores condições escravizados província, estancieiros eram contrários ao de vida. Proclamaram e libertos, em locais entraram em poder político de a independência e a sua maioria conflito com o governo portugueses na região república do Grão-Pará, muçulmanos da central e proclamaram a e reivindicavam maior mas foram derrotados etnia nagô-iorubá. República Rio- espaço na política local. por forças do governo Os revoltosos -Grandense. Depois de Foram derrotados, e central. A maioria dos foram derrotados dez anos de lutas, foram os principais líderes, rebeldes foi presa ou e duramente derrotados pelas forças presos. executada. castigados. imperiais. R3-VDHC-SP-Aula-P02-U01-C23-M17.indd 6 6/29/17 12:14 PM HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 Golpe da Maioridade Crise política e conflitos nas províncias 1 Mobilização dos liberais pela antecipação da maioridade do príncipe 1 Campanha da imprensa contra a centralização regencial Golpe da Maioridade O príncipe, de 14 anos, foi declarado maior de idade e assumiu o controle do país com o título de Dom Pedro II em 1840. R3-VDHC-SP-Aula-P02-U01-C23-M17.indd 7 6/29/17 12:14 PM HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 Política no Segundo Reinado Partidos no Segundo Reinado Partido Liberal Partido Conservador Progressistas 1 liberais exaltados 1 Regressistas 1 restauradores. descontentes com a centralização do poder. Defendia mais Venceu as Defendia um De volta ao poder autonomia para primeiras eleições poder central em 1841, tomou as províncias. parlamentares: forte. medidas para “eleições do reduzir o poder cacete”. das províncias. Apesar das diferenças políticas, ambos os partidos eram provenientes da elite e estavam unidos na defesa dos interesses desse grupo social. R3-VDHC-SP-Aula-P02-U01-C23-M17.indd 8 6/29/17 12:14 PM HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 Fortalecimento do poder central De volta ao poder em 1841, o Partido Conservador adotou políticas n centralizadoras: • restaurou o Conselho do Estado e Poder Moderador; • promoveu a reforma do Código do Processo Criminal – atribuição judiciária do governo central; • escolheu os oficiais da Guarda Nacional centralizada. Liberais paulistas, mineiros e pernambucanos lutaram por autonomia n regional. Rebelião Praieira (Pernambuco, 1848) Membros da elite local insatisfeitos com o controle do comércio por portugueses entraram em disputa pelo poder político na província. Também defenderam a república, o fim do Poder Moderador, a liberdade de imprensa e o sufrágio universal masculino. Ficaram pouco tempo no poder e logo foram vencidos pelas forças governistas. R3-VDHC-SP-Aula-P02-U01-C23-M17.indd 9 6/29/17 12:14 PM HISTÓRIA: DAS CAVERNAS PARTE 2 Da Regência ao Segundo Reinado AO TERCEIRO MILÊNIO CAPÍTULO 23 Parlamentarismo à moda brasileira Em 1847, por decreto, Pedro II criou o cargo de presidente do Conselho de n Ministros (equivalente à figura do primeiro-ministro no modelo britânico). Mas, com o Poder Moderador, o imperador podia nomear ou demitir o n ministro e dissolver o Parlamento: parlamentarismo às avessas. Ministério da Conciliação: formado em 1853 no ministério do marquês n de Paraná, reuniu os setores mais moderados dos partidos Liberal e Conservador. 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