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Da poética movente: uma prática quinhentista em diálogo com Herberto Helder PDF

235 Pages·2008·1.14 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA PORTUGUESA TATIANA APARECIDA PICOSQUE Da poética movente: uma prática quinhentista em diálogo com Herberto Helder São Paulo 2008 2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA PORTUGUESA Da poética movente: uma prática quinhentista em diálogo com Herberto Helder Tatiana Aparecida Picosque Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Mestre em Letras. Orientadora: Profª. Drª. Marcia Maria de Arruda Franco São Paulo 2008 3 À minha filha Amanda Letícia Aos meus pais, Roseli e Estácio Aos meus irmãos, Tiago e Mateus Aos que são sempre grandes aprendizes 4 BANCA EXAMINADORA ______________________________ Profª. Drª. Marcia Arruda Franco (orientadora) ______________________________ Membro titular ______________________________ Membro titular São Paulo, ____ de _________________ de 2008. 5 AGRADECIMENTOS À professora orientadora, Marcia Arruda Franco, pela oportunidade preciosa que tive de realizar uma investigação intelectual profunda e enriquecedora, por meio de meu ingresso ao Mestrado. Aos professores, que comporão a minha banca examinadora, pela paciência e pelo interesse em ler e avaliar a minha dissertação. Aos professores Maurício Salles Vasconcelos e Roberto Zular que, por sua vez, estiveram presentes em meu exame de qualificação, contribuindo de modo fundamental para as reflexões sobre Herberto Helder. À professora Lilian Jacoto, pelo primeiro contato que tive com Herberto Helder em seu curso ministrado na Graduação; poeta, desde então, indispensável à minha formação acadêmica. A todos os professores da USP que, por meio de seus cursos, contribuíram à minha formação intelectual. Aos meus pais, sem os quais teria sido impossível a confecção desta dissertação. Pela disposição em cuidar de minha filha, nos momentos em que precisei estudar ou redigir a dissertação, pelo apoio financeiro no último ano do Mestrado, pelo diálogo solidário. Aos meus irmãos, pelo diálogo solidário, pelo apoio técnico. 6 The most beautiful thing we can experience is the mysterious. It is the source of all true art and all science. Albert Einstein. A transmutação é o fundamento geral e universal do mundo. A poesia propõe a história do mundo. Temos então o filme, o tempo. Herberto Helder. 7 PICOSQUE, Tatiana Aparecida. Da poética movente: uma prática quinhentista em diálogo com Herberto Helder. 2008. 235f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. RESUMO Nosso objetivo, nesta dissertação, é analisar a poética de um século, a do XVI, e a poética de um autor, a de Herberto Helder. Trata-se de produções artísticas que se assemelham, pois, por motivos distintos, privilegiam o processo de criação poética, a obra inacabada, em detrimento ao produto final, a obra acabada. Ao mesmo tempo, demonstraremos que as categorias vigentes no imaginário do senso comum são insuficientes para explicitar poéticas, como estas, moventes. Enquanto obra em processo, constataremos que a produção quinhentista, sendo meio de comunicação social, caracteriza-se pela profusão de variantes, ao passo que a poética herbertiana caracteriza-se pela adoção de um princípio cosmológico: o devir. Pela adesão a este princípio, os poemas herbertianos são concebidos enquanto corpos, passíveis de transmutação e, concomitantemente, desencadeadores de transmutação. A poética herbertiana, ao eleger o devir como fundamento universal do existente, aparece em consonância com as filosofias da imanência e da materialidade da comunicação que, por sua vez, desempenham um papel significativo na cena do pensamento contemporâneo. Palavras-chave: poética movente, processo, poética quinhentista portuguesa, Herberto Helder, corpo. 8 PICOSQUE, Tatiana Aparecida. From the poetic moving: a practice of the sixteenth century in dialogue with Herberto Helder. 2008. 235f. Dissertation (Masters). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. ABSTRACT Our objective, at this dissertation, is to analyze the poetry of a century, the sixteenth, and the poetry of an author, of Herberto Helder. These are artistic productions similar because, for different reasons, favour the process of creating poetry, the unfinished work, in detriment to the final product, the finished work. At the same time, we´ll demonstrate that the existing categories in the imaginary of the common sense are insufficient to explain poetics, as these, moving. As work in process, we´ll evidence that the production of the sixteenth century, and means of social communication, characterizes by the proliferation of variants, while the poetry of Herberto Helder is characterized for the election adoption of a cosmological principle: the becoming. By the adhesion to this principle, the poems of Herberto Helder are considered as bodies, susceptible to the transmutation and, concomitantly, agents of transmutation. The poetic of Herberto Helder, to elect the becoming as existing universal basis, appears in accord with the philosophies of immanence and the materiality of communication which, in turn, play a important role in the scene of contemporary thought. Key words: poetic moving, process, Portuguese poetry of the sixteenth century, Herberto Helder, body. 9 SUMÁRIO RESUMO......................................................................................................................07 ABSTRACT.................................................................................................................08 INTRODUÇÃO...........................................................................................................11 CAPÍTULO I – PRESSUPOSTOS GERAIS À COMPREENSÃO DE POÉTICAS MOVENTES 1.1. Devir: o irrompimento de um conceito filosófico.................................................14 1.1.1. Heráclito e o conceito de devir............................................................................17 1.1.2. Um breve itinerário do conceito..........................................................................22 1.2. Tópicos concernentes a uma poética movente .....................................................30 1.2.1. Sobre o conceito de autor....................................................................................30 1.2.2. Sobre o conceito de obra.....................................................................................40 1.2.3. Sobre o conceito de leitor....................................................................................52 CAPÍTULO II – A MOBILIDADE DOS TEXTOS QUINHENTISTAS 2.1. Questões filológicas: texto único ou texto múltiplo?...........................................61 2.1.1. O termo “mouvance”...........................................................................................68 2.1.2. O termo “variance”..............................................................................................75 2.2.. O caráter movente da poética quinhentista portuguesa......................................77 2.2.1. Considerações sobre as variantes na poética quinhentista portuguesa................80 2.2.1.1. Variantes de circulação.....................................................................................81 10 2.2.1.2. Variantes de leitura criativa .............................................................................84 2.2.1.3. Variantes de autor ............................................................................................91 2.2.1.3.1. Sá de Miranda................................................................................................93 2.2.1.3.1.1. O dilema mirandino....................................................................................97 2.3. O sistema de versões como metodologia pertinente...........................................110 Capítulo III – A INSTABILIDADE INERENTE À POÉTICA HERBERTIANA 3.1. Herberto Helder: uma biografia ausente ..........................................................116 3.2. A poética cinética de Herberto Helder................................................................121 3.2.1. A mobilidade textual.........................................................................................124 3.2.2. A corporeidade do poema..................................................................................127 3.2.3. De uma concepção poética não – especular .....................................................141 3.2.4. Metapoemas.......................................................................................................150 3.2.5. A poética como performance.............................................................................164 3.2.6. Um poema emblemático, uma poética inacabada............................................197 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................211 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................221 ANEXOS

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FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS Derrida [] Evitando a 'obra', a escrita de Blanchot é articulada como um techniciens est à la fois dialogique (il offre une interaction constante du incessante principiante ou aprendiz, quer dizer, o poeta como aquele que
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