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Cynthia Agra de Brito Neves PDF

201 Pages·2008·1.03 MB·Portuguese
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO CYNTHIA AGRA DE BRITO NEVES POESIA NA SALA DE AULA: UM EXERCÍCIO ÉTICO E ESTÉTICO CAMPINAS 2008 CYNTHIA AGRA DE BRITO NEVES POESIA NA SALA DE AULA: UM EXERCÍCIO ÉTICO E ESTÉTICO Dissertação apresentada como exame parcial para obtenção do Título de Mestre em Educação, junto ao Programa de Pós-Graduação na área de Educação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, sob orientação da Profª Drª Maria Eugênia Lima e Montes Castanho. PUC-CAMPINAS 2008 Ficha Catalográfica Elaborada pelo Sistema de Bibliotecas e Informação - SBI - PUC-Campinas t807 Neves, Cynthia Agra de Brito. N518p Poesia na sala de aula: um exercício ético e estético / Cynthia Agra de Brito Neves. - Campinas: PUC-Campinas, 2008. 190p. Orientadora: Maria Eugênia de Lima e Montes Castanho. Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Pós-Graduação em Educação. Inclui anexo e bibliografia. 1. Literatura - Estudo e ensino. 2. Poesia. 3. Leitura - Estudo e ensino. 4. Leituras para estudantes. 5. Educadores. 6. Recitações. I. Castanho, Maria Eugênia. II. Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Pós-Graduação em Educação. III. Título. 22.ed.CDD - t807 Dedico este trabalho ao meu pai amado, poeta da ciência da terra, exemplo de vida, profissão, seriedade e ética. E à minha mãe amiga, conselheira, poetisa das palavras e expressões redundantes, recorrente nos exemplos sábios. AGRADECIMENTOS A Benjamim Bley (pai), Berenice (mãe), Eduardo e Marília (irmãos), Patrícia, Felipe e Andressa, porque são, eternamente, minha família. À Profª Drª Maria Eugênia Castanho, minha orientadora atenciosa, que dividiu comigo sua experiência e sabedoria, acompanhou e apoiou todas as etapas do percurso desta pesquisa. Ao Prof. Dr. Alexandre Filordi de Carvalho, pelas contribuições foucaultianas e demais sugestões, sempre bem-vindas, durante a travessia deste trabalho. Ao Prof. Dr. Alexandre Soares Carneiro, pelas correções conceituais e de rodapé, além das sugestões bibliográficas, que somadas a sua paciência e atenção, contribuíram e muito na realização desta dissertação. Ao Prof. Dr. Joaquim Brasil Fontes, pelo direcionamento intelectual, imprescindível para construção desta pesquisa. À Profª Drª Patrícia Trópia, pelo apoio, solicitude e incentivo a este trabalho. À Profª Drª Kátia Caiado, pois foi por seu intermédio que tomei conhecimento, pela primeira vez, do que seria e de como se construiria uma pesquisa através de relatos de história oral. Ao Prof. Dr. Francisco Foot Hardman, responsável pelos meus primeiros passos, ainda na graduação em Letras (no IEL – Unicamp), no universo da pesquisa acadêmica. Ao Prof. Dr. Haquira Ozakabe (in memoriam), inesquecível mestre, por ter me apresentado a poesia de Fernando Pessoa, mudando, desse modo – e muito poeticamente – a minha vida. À Patrícia Carioca, que acompanhou algumas entrevistas, sempre atenta aos discursos, ao suporte técnico, auxiliando-me nas gravações e responsável pela transcrição de todos os relatos docentes. Á Daniele Crepaldi Carvalho, pelo empréstimo da sua carteirinha da biblioteca do IEL – Unicamp, sem a qual não seria possível o meu acesso aos livros consultados nesta instituição. À Loide Rosa e Denise Moretti, mantenedora e diretora, respectivamente, do Colégio Objetivo Indaiatuba, que me concederam, gentilmente, afastamento da coordenação quando em fase final desta pesquisa, além de colaborarem com suas assinaturas junto ao Comitê de Ética da Puc-Campinas. A Marcelo Canela e Benedito Donisete, diretor e coordenador pedagógico, respectivamente, do Colégio Anglo/Campinas – unidade Americana, que me ofereceram o espaço físico da sala dos professores para contato e realização das entrevistas com professores da unidade. A todos os educadores que participaram desta pesquisa, por terem me concedido de forma tão gentil seus relatos orais: Plácido Adani Júnior, Juliana de Souza Topan, Rita de Cássia Peluzzo Ferreira, Fernando Lima e Morato, Silivia Helena Ribeiro Gabriel, Tatiana Fadel, Neide Aparecida Araújo Baroni e Marcelo da Rocha Pinto e Moura. Consideração do Poema “[...] Uma pedra no meio do caminho Ou apenas um rastro, não importa. Estes poetas são meus. De todo o orgulho, de toda a precisão se incorporaram ao fatal meu lado esquerdo. Furto a Vinícius sua mais límpida elegia. Bebo em Murilo. Que Neruda me dê sua gravata chamejante. Me perco em Apollinaire. Adeus, Maiakovski. São todos meus irmãos,não são jornais nem deslizar de lancha entre camélias: é toda a minha vida que joguei. [...] Os temas passam, eu sei que passarão, mas tu resistes, e cresces como fogo, como casa, como orvalho entre dedos, na grama, que repousam. Já agora te sigo a toda parte, e te desejo e te perco, estou completo, me destino, me faço tão sublime, tão natural e cheio de segredos, tão firme, tão fiel... Tal uma lâmina, o povo, meu poema, te atravessa.” (Carlos Drummond de Andrade) RESUMO NEVES, Cynthia Agra de. Poesia na sala de aula: um exercício ético e estético. Dissertação de Mestrado em Educação. PUC-Campinas. Campinas, 2008, 190f. Orientadora Profª Drª Maria Eugênia de Lima e Montes Castanho. Esta dissertação, inserida na linha de pesquisa Práticas Pedagógicas e Formação do Educador, mostra como a poesia tem sido trabalhada nas aulas de literatura do Ensino Médio de escolas da rede pública e privada de ensino do estado de São Paulo e como os alunos-leitores contemporâneos têm recepcionado o texto poético. O interesse por esta pesquisa nasceu da experiência da professora-pesquisadora, que é amante da poesia e, portanto, compartilha leituras poéticas com os alunos, atentando para o estranhamento e para o encantamento que o texto poético é capaz de proporcionar nas dinâmicas em sala de aula. Buscaram-se, inicialmente, referenciais teóricos que justificassem a importância ética e estética de se ensinar arte, poesia e literatura erudita na escola; em seguida, uma reflexão histórica acerca das raízes da poesia na cultura ocidental greco-latina, bem como pesquisou-se o berço da relação poesia-educação na Antigüidade até o ingresso dessa tradição pedagógica em solo nacional. Ainda dentro de uma perspectiva histórica, foram assinalados momentos de ruptura que mudaram significativamente a história da leitura, do livro, da literatura e da concepção de poesia na educação, da Antigüidade à Idade Moderna. A partir de então, chegou-se à pesquisa empírica, cuja metodologia consistiu em entrevistas orais gravadas com docentes de língua portuguesa de ambas as redes de ensino do estado, a fim de investigar o que entendem como poético e como se constrói o ensino- aprendizagem da literatura através da poesia nas escolas onde lecionam, deparando-se, neste processo, com críticas e sugestões dos educadores. Analisou-se a voz dos professores em diálogo com autores da teoria literária e da educação para se concluir que a poesia, linguagem de reflexão, insubmissão e prazer, merece espaço privilegiado dentre os discursos escolares. Palavras-chave: literatura – docência – poesia na educação. ABSTRACT NEVES, Cynthia Agra de. Poetry in the Classroom: an ethical and esthetic exercise. Dissertation for Masters Degree in Education. PUC-Campinas. Campinas, 2008, 190f. Director: Professor Maria Eugênia de Lima e Montes Castanho, PhD. This study is part of the line of research of Pedagogical Practices and the Formation of the Educator. It shows how poetry has been worked into high school literature classes in public and private schools in the State of São Paulo and how contemporary student readers have accepted poetry texts. Interest in this research came from the teacher-researcher who, as a lover of poetry, shares poetic readings with her students and observes the surprise and enchantment that the poetic text can offer to dynamics in the classroom. Initially, theoretical references were sought that could justify the importance of ethics and esthetics for teaching art, poetry and erudite literature in the schools; this was followed by an historical reflection about the roots of poetry in the Greco-Latin tradition, as well as studying the nascent relation between poetry and education in ancient times until the arrival of this pedagogical tradition in national soil. Also, according to an historical perspective, certain moments were pointed out concerning significant changes in the history of reading, books, literature and the concept of poetry in education from ancient times to the modern era. Afterwards, empirical research was done using the methodology of taped oral interviews with teachers of Portuguese in both types of schools in the State. The purpose was to investigate what they understand as poetic and how to create teaching-learning of literature through poetry in the schools where they teach, which led to running into criticism and suggestions from the educators. The voice of the teachers was analyzed in dialogues with authors of educational theory and education. The conclusion was that poetry, reflection on language, non-submission and pleasure deserve privileged space in school discourse. Key words: literature, teaching, poetry in education. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………….. 01 CAPÍTULO 1: DA IMPORTÂNCIA DA POESIA 1.1 A poesia como atitude anárquica.......................................................................11 1.2 A poesia como exercício ético e estético...........................................................15 1.3 A leitura na escola em crise: sucesso da literatura de massa...........................19 1.4 Por que ler os clássicos.....................................................................................23 1.5 A estética da recepção privilegia o leitor............................................................27 1.6 Alegria escolar através da cultura......................................................................29 1.7 A literatura como direito humano........................................................................38 CAPÍTULO 2: POESIA NA ESCOLA: DA FORMAÇÃO À MARGINALIDADE 2.1 A origem da cultura ocidental é poética............................................................ 42 2.2 Minha pátria é minha língua: a trajetória do latim............................................. 44 2.3 Língua e literatura de mãos dadas.....................................................................46 2.4 Uma breve contextualização histórica: continuidades e rupturas......................46 2.5 Um pouco da história da educação na Grécia Clássica.....................................48 2.5.1 O surgimento das escolas e a antiga relação da educação com a poesia na Grécia e Roma...................................................................49 2.5.2 A instrução primária: o ensino das letras, a alfabetização, o ensino da leitura e da escrita.........................................................................52 2.5.3 A escola secundária: o ensino da literatura clássica e o estudo do texto poético..................................................................................56 2.5.4 A opção canônica pelos clássicos........................................................57 2.5.5 O estudo do texto poético.....................................................................58 2.6 As artes liberais e o surgimento das escolas no Brasil......................................62 2.7 Algumas rupturas que modificaram significativamente a história da leitura e da própria concepção de poesia na educação...........................................68 2.7.1 A passagem da oralidade para a escrita...............................................71 2.7.2 A grande ruptura provocada pelo Romantismo....................................74 2.7.3 Da praça pública à mansarda: eis o lugar da poesia hoje....................81 CAPÍTULO 3: A VOZ DOS PROFESSORES DE LITERATURA 3.1 Metodologia............................................................................................................87 3.1.1 O Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Puc-Campinas...............................................................................................87 3.1.2 A escolha dos entrevistados......................................................................89 3.1.3 Os contatos................................................................................................90 3.1.4 O local das entrevistas...............................................................................91 3.1.5 O material utilizado....................................................................................92 3.1.6 O tempo das entrevistas............................................................................92 3.1.7 A assistente e responsável pela transcrição..............................................93 3.1.8 A revisão e correção textual das entrevistas..............................................94 3.2 Das Entrevistas........................................................................................................95 3.2.1 Primeira entrevista: Professor Plácido Adani Júnior..................................95 3.2.2 Segunda entrevista: Professora Juliana de Souza Topan........................100 3.2.3 Terceira entrevista: Professora Rita de Cássia Peluzzo Ferreira.............110 3.2.4 Quarta entrevista: Professor Fernando Lima e Morato.............................116 3.2.5 Quinta entrevista: Professora Silvia Helena Ribeiro Gabriel.....................122 3.2.6 Sexta entrevista: Professora Tatiana Fadel..............................................126 3.2.7 Sétima entrevista: Professora Neide Aparecida Araújo Baroni................133 3.2.8 Oitava entrevista: Professor Marcelo da Rocha Pinto e Moura................139 CAPÍTULO 4: DAS CATEGORIAS EMERGENTES: O QUE É O POÉTICO E O ENSINO-APRENDIZAGEM DA POESIA 4.1 As primeiras impressões........................................................................................144 4.2 Definição do poético..............................................................................................146 4.2.1 Uma revolução na história da leitura: do livro ao virtual...........................149 4.2.2 A função social da literatura e da poesia..................................................152 4.2.3 Literatura e poesia como linguagem.........................................................143 4.2.4 A cumplicidade da poesia com a música..................................................156 4.3 O ensino da literatura e poesia e a recepção dos alunos do Ensino Médio hoje........................................................................................................162 4.3.1 De volta à leitura de poesia em voz alta...................................................165 4.3.2 A utilização de multimídia.........................................................................169 4.3.3 Outras dinâmicas prazerosas de leitura poética......................................170 4.3.4 A produção poética dos alunos................................................................174 4.4 Críticas e Sugestões: escola pública vs. escola particular....................................176

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possível que vai desde Chico Buarque até Mano Brown, aliás, tenho trazido mais Mano. Brown do que Chico Buarque para sala de aula, até porque
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