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Critérios para Pré-Seleção de Fundos Imobiliários PDF

23 Pages·0.607 MB·Portuguese
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DADOS DE ODINRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo. Sobre nós: O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. Como posso contribuir? 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Isto, por si só, já faz da pessoa uma investidora arrojada no Brasil, em comparação com a maioria dos brasileiros economicamente ativos, que no máximo fazem aplicações de renda fixa. Porém, dentro do universo da renda variável, quem investe predominantemente em fundos imobiliários pode ser considerado alguém de perfil conservador e defensivo. A fórmula para filtragem inicial de FIIs que vamos propor a seguir reforça estas características. A rentabilidade ofertada pelos fundos imobiliários mais sólidos e duradouros permite a formação crescente de renda passiva, mediante o reinvestimento dos dividendos somados ao dinheiro poupado no mês, por meio de aportes regulares que, no longo prazo, resultarão em maior liberdade financeira para o investidor, quando não a sua plena independência neste sentido. Quem deseja expressiva rentabilidade e retornos logo no começo da sua jornada de investimentos, deve tolerar maior exposição aos riscos, negociando ações das empresas de capital aberto com potencial de crescimento, por exemplo. Aqui, porém, jogaremos na retranca. Entraremos em campo para não perder o jogo, e o placar de 1 a 0 será uma goleada para nós. Em suma, apreciamos o que é líquido e certo. Este é justamente o primeiro ponto da nossa fórmula simplificada de filtragem inicial de fundos imobiliários. Para auxiliar nesta tarefa, recomendamos três plataformas de pesquisa na Internet : Lupa de FIIs: https://fiis.com.br/lupa-de-fiis/ Busca avançada do Status Invest: https://statusinvest.com.br/fundos- imobiliarios/busca-avancada Ranking do Funds Explorer: https://www.fundsexplorer.com.br/ranking Liquidez: participação no IFIX Se você é um investidor experiente, com enormes reservas de capital bem distribuídas em diversos tipos de ativos, pode se dar ao luxo de abrir mão da liquidez em alguns deles. Quem compra um quadro do Picasso, por exemplo, sabe que haverá um universo de compradores em potencial muito restrito, se comparado aos possíveis compradores de ações consideradas como Blue Chips . Mas se você está apenas começando sua jornada, presumivelmente com poucos recursos, a possibilidade de precisar deles para sanar uma emergência, ou um imprevisto, é muito grande. Em suma, seu dinheiro não pode ficar trancado. Obviamente, um investidor de longo prazo não compra cotas de fundos imobiliários pensando em vendê-las na sequência, mas isto pode ser necessário por motivos de força maior. Ademais, o FII em questão pode perder fundamentos no futuro ou não render o mínimo esperado. Então, vender suas cotas com rapidez será importante. É uma questão de segurança. Um fator decisivo que comprova a liquidez de um fundo imobiliário é a sua participação no IFIX – Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Trata-se de uma carteira teórica com os FIIs mais negociados nos mercados de Bolsa e de Balcão monitorados pela B3, com a função de indicar o desempenho médio deste tipo de ativo. Portanto, se um fundo imobiliário não estiver presente no IFIX, não prossiga com a análise dele. Ao menos dez mil negociações por mês Outro modo para aferir a liquidez de um fundo imobiliário é observando o número médio de negócios por mês. Para este critério recomendamos que o FII faça, em média, ao menos dez mil negociações por mês. Vale destacar que os fundos imobiliários que atendem a este requisito quase sempre fazem parte do IFIX. Para investir em FIIs com segurança e de modo defensivo, vale a verificação dupla da liquidez: participar do IFIX e realizar pelo menos dez mil negociações por mês – o que, ainda assim, é um número relativamente baixo. A depender da plataforma que você utilizar para pesquisar FIIs, é possível estabelecer um volume mínimo diário de negociações, como R$ 1 milhão, por exemplo. O rendimento ou Dividend Yield anual de um FII Antes de apresentar nossos critérios referentes aos rendimentos de um fundo imobiliário, seria importante esclarecer o seu conceito para aqueles que estão nos primeiros passos de suas jornadas de investidores. Suponha que a cota de um FII esteja sendo negociada por R$ 100. Ao comprá-la, o investidor passa a ter direito de receber os rendimentos mensais que, no caso, respeitam a média de R$ 0,70 (setenta centavos). Ao final de um ano, esta cota renderá para o investidor R$ 8,40 (oito reais e quarenta centavos), ou seja, 8,4% do valor investido na cota. Este será o rendimento ou Dividend Yield anual do FII, com um detalhe importante: ao fim deste período o investidor continua dono da cota, cujo valor também pode variar para cima ou para baixo, mas continuará rendendo mês após mês, indefinidamente. Rendimento anual mínimo: inflação mais 3% Todo investidor consciente procura a proteção de seu capital frente aos efeitos da inflação. Logo, os rendimentos mensais de um fundo imobiliário devem satisfazer a preservação desta premissa e oferecer um prêmio adicional. Há vários índices que medem a inflação no Brasil para diversos setores da economia e mesmo regiões do país. Em nossa fórmula adotamos o IPCA do IBGE, vigente desde janeiro de 1980. O IPCA do IBGE é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. É, portanto, um índice válido para investidores do Rio Grande do Sul ao Amapá. O IPCA também é usado como referência em vários títulos de renda fixa negociados via Tesouro Direto, como o “Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040” e o “IPCA+ 2026”, por exemplo. Posto que os rendimentos dos fundos imobiliários sejam isentos de impostos (até o momento da publicação deste e- book ), ao adotarmos o IPCA mais 3% como meta mínima de rendimento anual do FII em questão, estamos buscando equivalência mínima com os ativos de renda fixa, com a vantagem da preservação do patrimônio. Com isto, estaremos batendo a Caderneta de Poupança com facilidade, assim como os rendimentos dos aluguéis de imóveis tradicionais. Então, se o IPCA acumulado nos últimos 12 meses for de 4%, buscaremos fundos imobiliários com histórico de rendimento ou Dividend Yield (DY) anual de pelo menos 7%, sabendo que resultados do passado não representam garantias de resultados futuros, embora sejam ótimos indicadores disso. Então, se o IPCA subir para 5%, vamos buscar FIIs com Dividend Yield de 8%, sempre em termos anuais, e assim por diante. Caso a sua plataforma predileta de pesquisa de FIIs não trabalhe com DYs anuais, basta dividir o valor anual por 12 para chegar ao DY mensal mínimo necessário. Por exemplo, um DY anual de 8% corresponde a um DY mensal de aproximadamente 0,67%. Rendimento anual máximo: inflação mais 6% Estabelecer um teto para rendimentos anuais de fundos imobiliários pode ser um contrassenso, afinal de contas quanto mais rendimentos, melhor, certo? Nem sempre. A importância de estabelecer um teto para o Dividend Yield anual de um fundo imobiliário é afastar o risco da carteira do investidor. Ao invés disso, nosso foco é a previsibilidade e a constância do rendimento do FII, uma vez que grandes rendimentos ocasionais são bem vindos em empresas de capital aberto, mas no caso dos fundos imobiliários, isso pode representar indícios de sua inviabilidade futura. Hipoteticamente, se um fundo imobiliário possui várias agências bancárias espalhadas em cidades do interior, por exemplo, com locações garantidas por contratos de longa duração, a rentabilidade mensal estará igualmente garantida neste período. Suponha que um banco declare que pretende fechar agências presentes no portfólio deste FII, devido à informatização dos serviços prestados de modo cada vez mais remoto. Logo, os cotistas mais antenados deste fundo passarão a vender suas cotas com mais intensidade: elas tendem a ficar mais baratas e consequentemente o rendimento mensal para os cotistas remanescentes aumentará. Trata-se de um canto do cisne, pois o rendimento do fundo cairá abruptamente sempre que um contrato de locação vencer e uma agência fechar. Alguns fundos imobiliários também operam no regime de renda mínima garantida durante certo período, até que seus empreendimentos, teoricamente, passem a dar retorno efetivo. Esta renda mínima garantida pode ser alta e atrativa, mas ao fim do seu termo, a depender do tipo do empreendimento, o retorno mensal poderá cair radicalmente.

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