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Contra o Pensamento Liberal - Tempos de glória: O essencial PDF

390 Pages·2018·5.904 MB·Portuguese
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CPL Contra o Pensamento Liberal Tempos de glória: O essencial V 1.0 In memoriam Contents Sobre o capitalismo e o socialismo ............................................................................................... 4 10 mitos sobre o socialismo ...................................................................................................... 5 Capitalismo e Crise .................................................................................................................. 17 NÃO, O CAPITALISMO NÃO É APENAS TROCAS VOLUNTÁRIAS .............................................. 17 O que é o neoliberalismo ........................................................................................................ 28 A MITIFICAÇÃO E A MISTIFICAÇÃO DO CAPITALISMO ............................................................ 43 O liberalismo no pensamento do ocidente ............................................................................. 49 Trabalho como categoria fundante do ser social .................................................................... 57 ENTERRANDO MISES .......................................................................Error! Bookmark not defined. MISES: IGNORÂNCIA OU DESONESTIDADE INTELECTUAL? ..................................................... 62 As contradições e incoerências de Ludwig Von Mises ............................................................ 73 UMA CRÍTICA À PRAXEOLOGIA ............................................................................................... 82 Enterrando Bawerk ................................................................................................................... 121 Apresentação teórica da proposição do valor subjetivo - V.B .............................................. 121 Mais Valia: Bawerk x Marx .................................................................................................... 132 Complemento ........................................................................................................................ 150 Complemento pt. 2 ............................................................................................................... 156 RESPOSTA AO “DEVANEIOS LIBERAIS” .................................................................................. 160 Enterrando Hoppe ..................................................................................................................... 169 Uma crítica à ética argumentativa ........................................................................................ 169 Extra: debates nos comentários. ....................................................................................... 178 Uma crítica à definição de socialismo para Hoppe ............................................................... 183 Extra: debates nos comentários. ....................................................................................... 186 Resposta ................................................................................................................................ 201 Enterrando Rothbard ................................................................................................................ 206 DESTRUINDO O CRITICISMO ROTHBARDIANO ............................Error! Bookmark not defined. Crítica à Ayn Rand ..................................................................................................................... 230 LIBERALISMO AONDE? .............................................................................................................. 233 A CRISE DE 29 NÃO FOI CAUSADA POR INTERVENÇÃO DO ESTADO .................................... 234 DESTRUINDO MENTIRAS LIBERAIS ........................................................................................ 241 ORDOLIBERALISMO E A ALEMANHA OCIDENTAL ................................................................. 266 CHILE E O EXPERIMENTO NEOLIBERAL ................................................................................. 269 MAS... E A AUSTRÁLIA? ......................................................................................................... 293 COMO A SUÉCIA SE TORNOU O QUE É HOJE? ...................................................................... 298 RECADOS RÁPIDOS .................................................................................................................... 367 Explicando marxismo pra ILISP .............................................................................................. 368 Imposto e Roubo .........................................................................Error! Bookmark not defined. O que é imposto, afinal? .............................................................Error! Bookmark not defined. Saúde Pública e Privada ..............................................................Error! Bookmark not defined. PROPRIEDADE INTELECTUAL DEVIA EXISTIR? ....................................................................... 385 EM DEFESA DO SOCIALISMO REAL! .......................................................................................... 303 A VIDA EM 1940 NA URSS (Antes da fase revisionista de N. Kruschov) ................................ 304 DISSOLUÇÃO SOVIÉTICA: UMA CONTRA-REVOLUÇÃO A SERVIÇO DO CAPITALISMO .......... 311 HOLODOMOR ........................................................................................................................ 325 DESMENTINDO MITOS DE SUPOSTAS ATROCIDADES SOVIÉTICAS ....................................... 329 BERLIM ORIENTAL E A MITIFICAÇÃO DO MURO – A QUEDA DE UM SONHO ....................... 351 TRADUÇÃO: "Como engordei na URSS à procura de quem passasse fome" ........................ 356 Sobre o capitalismo e o socialismo 10 mitos sobre o socialismo Rian Lobato 29/1/2017 Visando destruir alguns mitos básicos acerca do socialismo, de forma mais ou menos rápida e suscinta, vamos quebrar aqui alguns mitos: 1 - Comunista não pode comprar X coisa, pois X coisa é capitalista; o comunista deve se abster de consumir tudo do capitalismo. R: Existem relações de produção capitalistas, tal como existe o modo de produção capitalista, mas nunca o Capitalismo como objeto. É impossível você pegar um iPhone e dizer que um modo de produção socialista não poderia fornecer ele. O Capitalismo trouxe muitos avanços sim, Marx não nega isso, pelo contrário, ressalta que o Capitalismo foi de vital importância, e que este iria desenvolver as forças produtivas para o próximo estágio (socialismo), que por sua vez iria desenvolver mais forças produtivas. Tanto é que os países socialistas tiveram um avanço tecnológico enorme, mais do que muitos capitalistas. Isso acontecia pq todo mundo tinha como estudar, e contribuir, assim como não haviam empecilhos: propriedade intelectual não existia, por exemplo. Muito do que temos hoje vem de outras sociedades com outros modos de produção, e nós usamos mesmo assim. Isso não significa nada. É a mesma lógica de eu dizer que não posso criticar o feudalismo pq uso óculos, e o feudalismo criou ele. É a mesma lógica de eu dizer que, na época escravista, eu não poderia criticar o escravismo, pq eu como a comida dada pelo sistema, e uso roupas feitas por ele também. Marx analisava essa constante evolução material dos modos de produção e na seara tecnológica através do 'materialismo histórico'. E por fim, se quem acusa for liberal, ele entra em contradição. A tal da tecnologia criada no Capitalismo, foi em grande parte, desenvolvida pelo Estado ou por corporativismo, não da iniciativa privada ou livre- concorrência. O IPhone usa muita tecnologia que até então era exclusiva do exército, por exemplo, tal como a própria iniciativa privada, por vezes, vai tentar estagnar o processo tecnológico ou os avanços para manter o lucro. Eu tenho certeza que se quisessem de verdade, já teriam achado a cura pra muita coisa, mas simplesmente não querem agora. É mais favorável que existam pessoas doentes para comprar remédios, que por sua vez, irão intoxicar mais as pessoas. A recente compra da Monsanto pela Bayer, é um grande exemplo disso. A critica de Marx não é pautada numa moralidade ou ética, para designar uma forma de comportamento como se o comunista tivesse que viver como um São Francisco de Assis ou um eremita da floresta; mesmo pelo motivo de que não é tarefa do socialista ter que se 'adequar' a vivência do capitalismo, como se fosse uma questão primordial de ética ou um dogma religioso. O papel é construir consciência de classe. Com certeza é reprovável, do ponto de vista da postura, uma pessoa excessivamente consumista; mas não é disso que o marxismo trata, não é esse o foco do estudo dele, isto é, o comportamento individual que você deve ter ou proceder. 2 - No Socialismo, todo mundo ganha o mesmo salário R: Acredito que qualquer um aqui já tenha se deparado com uma mensagem em alguma rede social acerca de um experimento socialista em sala de aula, aonde o professor dá a mesma nota para todos através de uma média tirada da sala toda, e os preguiçosos iriam encostar nos inteligentes e estudiosos, que iriam desanimar, e no fim, todo mundo zera. Bem, acontece que é um mito isso de que 'no socialismo todo mundo ganha a mesma nota (salário)'. Por exemplo, já fizemos um post sobre as diferenças de salário na URSS. Como Marx já dizia, não há uma igualdade plena e irreal no socialismo/Comunismo. O que há é uma comunidade onde todos ganham integralmente pelo fruto de seu trabalho, sem exploradores em cima; uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos. Lenin em "O Estado e a Revolução", diz o seguinte: "Os economistas vulgares, e entre eles os professores burgueses, inclusive o "nosso" Tugan, acusam continuamente os socialistas de não levarem em conta a desigualdade dos homens e "sonharem" com a supressão dessa desigualdade. Essas censuras, como o vemos, não fazem senão denunciar a extrema ignorância dos senhores ideólogos burgueses. Não só Marx leva em conta, muito precisamente, essa desigualdade inevitável, como ainda tem em conta o fato de que a socialização dos meios de produção - o "socialismo", no sentido tradicional da palavra - não suprime, por si só, os vícios de repartição e de desigualdade do "direito burguês", que continua a predominar enquanto os produtos forem repartidos "conforme o trabalho". Mas isto, continua Marx, são dificuldades inevitáveis na primeira fase da sociedade comunista, tal como saiu, depois de um longo e doloroso parto, da sociedade capitalista. O direito não pode nunca estar em nível mais elevado do que o estado econômico e do que o grau de divisão social correspondente." Stalin, numa entrevista em 1932, diz o seguinte quando confrontado com a questão do "igualitarismo" salarial: "O tipo de socialismo no qual todos receberiam o mesmo pagamento, a mesma quantidade de carne e a mesma quantidade de pão, vestiriam as mesmas roupas e receberiam os mesmos artigos nas mesmas quantidades – tal socialismo é desconhecido para o marxismo. Tudo que o marxismo diz é que até que as classes tenham sido finalmente abolidas e até que o trabalho tenha sido transformado de um meio de subsistência na necessidade básica do homem, no trabalho voluntário pela sociedade, as pessoas serão pagas por seu esforço de acordo com o trabalho executado. “De cada um de acordo com sua habilidade, para cada um de acordo com seu trabalho.” Esta é a fórmula marxista do socialismo, a fórmula para o primeiro estágio do comunismo, o primeiro estágio da sociedade comunista. Apenas no mais alto estágio do comunismo, apenas em sua fase mais desenvolvida, é que cada um, trabalhando de acordo com a sua habilidade, será recompensado por seu trabalho de acordo com suas necessidades. “De cada um de acordo com sua habilidade, para cada um de acordo com suas necessidades.”" Temos então que a ideia de igualdade salarial no socialismo não faz o menor sentido, é uma falácia 3- O Socialismo / Comunismo querem abolir a propriedade privada de tudo, e socializar sua casa, família e etc R: O que o socialismo ambiciona, é o fim da propriedade privada dos meios de produção: terras, fazendas, indústrias, fábricas e etc. No Estado-burguês, os mais ricos detém o monopólio desses meios, e os que não tem condições, devem vender sua mão de obra para esses detentores privados. A função do Estado-burguês, como mostrava Engels, é garantir (coercitivamente) a propriedade privada desses meios de produção, que são o pilar da sociedade capitalista; o Estado-burguês, como revelará Marx, é somente a secretaria dos interesses diversos dessa burguesia corporativista. A coletivização dos meios de produção é impossível senão pela derrubada violenta do status quo e do Estado, por meio de uma revolução socialista. Há uma distinção, para o marxismo, entre objetos pessoais e para a propriedade privada; é importante não confundi-los. Propriedade implica em ter um título. Quando marxistas falam em propriedade coletiva de terras ou meios de produção, estamos no campo das propriedades; quando falam em coisas como cueca, roupas, escova de dentes e etc estamos no campo dos objetos pessoais. O ideal marxista visa coletivizar o primeiro. Em outras palavras, o comunismo não está interessado em tomar e coletivizar sua casa e seu celular, ok? Para completar, vamos ver o próprio Marx dissertando sobre isso no Manifesto: "A Revolução Francesa, por exemplo, aboliu a propriedade feudal em proveito da propriedade burguesa. O que caracteriza o comunismo não é a abolição da propriedade geral, mas a abolição da propriedade burguesa. Ora, a propriedade privada atual, a propriedade burguesa, é a última e mais perfeita expressão do modo de produção e de apropriação baseado nos antagonismos de classes, na exploração de uns pelos outros. Neste sentido, os comunistas podem resumir sua teoria nesta fórmula única: a abolição da propriedade privada. Censuram-nos, a nós comunistas, o querer abolir a propriedade pessoalmente adquirida, fruto do trabalho do indivíduo, propriedade que se declara ser base de toda liberdade, de toda atividade, de toda independência individual. A propriedade pessoal, fruto do trabalho e do mérito! Pretende-se falar da propriedade do pequeno burguês, do pequeno camponês, forma de propriedade anterior à propriedade burguesa? Não precisamos aboli-la, porque o progresso da indústria já a aboliu e continua a aboli-la diariamente.[...]Horrorizai-vos porque queremos abolir a propriedade privada. Mas em vossa sociedade a propriedade privada está abolida para nove décimos de seus membros. E é precisamente porque não existe para estes nove décimos que ela existe para vós. Acusai- nos, portanto, de querer abolir uma forma de propriedade que só pode existir com a condição de privar a imensa maioria da sociedade de toda propriedade.Em resumo, acusai-nos de querer abolir vossa propriedade. De fato, é isso que queremos. Desde o momento em que o trabalho não mais pode ser convertido em capital, em dinheiro, em renda da terra, numa palavra, em poder social capaz de ser monopolizado, isto é, desde o momento em que a propriedade individual não possa mais converter-se em propriedade burguesa declarais que a individualidade está suprimida. Confessais, pois, que quando falais do indivíduo, quereis referir-vos unicamente ao burguês, ao proprietário burguês. E este indivíduo, sem dúvida, deve ser suprimido. O comunismo não retira a ninguém o poder de apropriar-se de sua parte dos produtos sociais, apenas suprime o poder de escravizar o trabalho de outrem por meio dessa apropriação." - Karl Marx, Part 02, 1848. 4- O Comunismo quer dividir as mulheres de todo mundo R: Mito antigo. Em nenhuma parte, nem Marx nem Engels propuseram socializar sexualmente a mulher. No Manifesto Comunista, Marx e Engels propõem uma sociedade socialista onde a produção seja planificada sob controle operário, onde as colunas que movem a economia estejam em poder da maioria proletária, onde a necessidade de todos seja satisfeita, onde se libere a mulher do papel de escrava a que o capitalismo a condena. Em uma sociedade assim, os casais estariam juntos por um vínculo real, livres de interesses materiais. Em lugar nenhum encontraremos na teoria marxista tal deformação como essa da “socialização da mulher”, que significa condená-la à escravidão sexual, conforme entendida pelos censores do marxismo. Marx fala sobre isso no Manifesto: "Mas vocês, comunistas, querem introduzir a comunidade das mulheres, grita em coro, aos nossos ouvidos, a burguesia inteira! O burguês enxerga em sua mulher um mero instrumento de produção. Ele ouve dizer que os instrumentos de produção devem ser explorados comunitariamente, e é natural que não consiga pensar outra coisa senão que o destino do sistema de comunidade irá atingir igualmente as mulheres. Ele não imagina que se trata precisamente de suprimir a posição das mulheres enquanto meros instrumentos de produção. De resto, nada mais ridículo do que o espanto altamente moralista dos nossos burgueses diante da comunidade oficial de mulheres pretensamente proposta pelos comunistas. Os comunistas não precisam introduzir a comunidade de mulheres, ela existiu quase sempre. Os nossos burgueses, não satisfeitos em ter à sua disposição as mulheres e as filhas dos seus proletários, para não falar da prostituição oficial, encontram supremo divertimento em seduzir mutuamente suas esposas. O casamento burguês é na realidade a comunidade das esposas. Poder-se-ia, no máximo, censurar aos comunistas que, em lugar de uma comunidade de mulheres hipocritamente ocultada, eles queiram introduzir uma oficial, franca. De resto, entende-se de imediato que, com a supressão das atuais relações de produção, também a comunidade de mulheres delas derivada, isto é, a prostituição oficial e não-oficial desaparece" 5- Lenin: o 'Decálogo de Lenin', o 'Idiota Útil' e o 'Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz' R: Na internet, tem-se pipocado por aí várias frases e coisas atribuídas ao revolucionário Lenin. Vamos analisar três delas: 5.1 - O Decálogo de Lenin DECÁLOGO DE LENIN 1.Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual; 2.Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa; 3.Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais; 4.Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo; 5.Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; 6.Coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação; 7.Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País; 8.Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam; 9.Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não- comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista; 10.Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa… O “Decálogo de Lênin”, amplamente repetido em sites nacionais, nada mais é do que uma versão abrasileirada de um documento apócrifo, supostamente soviético, difundido nos Estados Unidos há décadas, intitulado “Rules for Revolution” (Regras para a Revolução), transcrito a seguir: A. Corrupt the young. Get them away from religion. Get them interested in sex. Make them superficial, destroy their ruggedness. B. Get control of all means of publicity and thereby: 1. Get people’s minds off their government from religion [sic]. Get them interested in sex, books and plays and other trivialities. 2. Divide the people into hostile groups by constantly harping on controversial matters of no importance. 3. Destroy the people’s faith in their natural leaders by holding these latter up to ridicule, obloquy, and contempt. 4.Always preach true democracy, but seize power as fast and as ruthlessly as possible. 5. By encouraging government extravagance, destroy its credit, produce fear of inflation with rising prices and general discontent. 6. Foment unnecessary strikes in vital industries, encourage civil disorders and foster a lenient and soft attitude on the part of government toward such disorders. 7. By specious arguments cause the breakdown of the old moral virtues: honesty, sobriety, continence, faith in the pledged word, ruggedness. C. Cause the registration of all firearms on some pretext, with a view to confiscating them and leaving the population helpless. TRADUÇÃO LIVRE: A. Corrompa os jovens, afaste-os da religião. Faça com que se interessem por sexo. Torne-os superficiais, destrua sua robustez. B. Controle todos os meios de publicidade e assim: 1. Mantenha as mentes das pessoas desligadas do governo e da religião. Torne-os interessados em sexo, livros, peças e outras trivialidades. 2. Divida as pessoas em grupos hostis ao, constantemente, insistir em assuntos controversos sem importância. 3. Destrua a fé das pessoas nos seus líderes naturais ao ridicularizá-los de desprezá-los. 4. Sempre pregue uma democracia verdadeira, mas tome o poder o mais rápido e impiedosamente possível. 5. Ao encorajar a extravagância governamental, destrua sua reputação, produza pavor de inflação com aumento de preços e descontentamento geral. 6. Fomente greves desnecessárias em indústrias vitais, incentive a desordem civil e alimente uma atitude leve do governo contra essa desordem. 7. Através de argumentos capciosos, cause a ruptura das antigas virtudes morais: honestidade, sobriedade, continência, fé na palavra empenhada, robustez. C. Faça, sob algum pretexto, com que todas as armas sejam registradas, com o objetivo de confiscá-las e deixar a população indefesa. Facilmente, pode-se perceber que o “Decálogo de Lênin” constitui mera repetição adaptada das “Regras para a Revolução” (que jamais foram atribuídas ao revolucionário russo). Deste modo, surge uma pergunta óbvia: este último documento é verdadeiro? A resposta é negativa, segundo lecionam Paul F. Boller Jr. (falecido em 2014, era historiador, Ph.D. por Yale e Professor Emérito da Texas Christian University) e John George Jr. (Ph.D., professor aposentado de Ciências Políticas na Central State University), nas páginas 114-116 do livro “They never said it: a Book of Fake Quotes, Misquotes, and Misleading Attributions (“Eles nunca disseram: um livro de citações falsas, errôneas e enganosas”), publicado pela Universidade de Oxford (tradução livre): Uma virtual abundância de citações malucas para serem utilizadas pela direita irritadiça assim que necessário, as chamadas ‘Regras para a Revolução’ supostamente se originaram no ‘secreto quartel general soviético’ em Düsseldorf, Alemanha, logo após a segunda guerra mundial, e foram parar às mãos de dois oficiais da inteligência aliada, entre eles, o Capitão Thomas Baber, que disse ter infiltrado o local. Entretanto, por alguma razão, o documento não apareceu até 1946, quando foi apresentado na edição de fevereiro de uma publicação britânica chamada ‘New World News’. Por conseguinte, o ‘American Opinion’ da ‘John Birch Society’, deu importância ao documento, como também fizeram os porta-vozes da extrema direita, Dan Smoot, Frank Capell, e Billy James Hargis. Nos anos 1970, a NRA (Associação Nacional de Rifles) entrou em cena. No ‘The American Rifleman’, órgão da NRA, em janeiro de 1973, o editor Ashley Halsey relatou que o Capitão Barber, um dos agentes da inteligência que supostamente capturara o documento ‘Regras para a Revolução’ em Düsseldorf, deixou uma cópia manuscrita de próprio punho, antes da sua morte em 1962. Mas as ‘Regras’ são obviamente falsas; não aparentam ser nem um pouco de 1919. Conservadores respeitáveis como William F. Buckley,Jr., M. Stanton Evans, e James J. Kilpatrick, classificaram o documento como uma falsificação. Ele foi denominado como uma farsa pelo boletim anticomunista, o ‘Combat’. Uma cuidadosa pesquisa nos arquivos do FBI, CIA, Subcomitê de Segurança Interna do Senado, e nas Bibliotecas do Congresso, falhou em apresentar qualquer vestígio ‘das regras’. J. Edgar Hoover, falecido diretor do FBI, declarou que se pode ‘especular logicamente que o documento é espúrio’. Ainda assim, continuou a ser citado como autoridade nos anos 80. Alias, nem precisava chegar a tanto. Basta parar para ver que nenhuma das medidas do suposto Decálogo foram implementadas na Era Lenin. 5.2. "O Idiota Útil" R: De acordo com seus idealizadores (quem?), a expressão "idiota útil" se refere a uma pessoa que ingenuamente pensa ser aliada dos comunistas porém seria supostamente desprezada e cinicamente usada por estes comunistas. Em sentido estrito, refere-se a jornalistas ocidentais, viajantes e intelectuais que deram a sua bênção - muitas vezes com fervor - ao Comunismo assim convencer o público a apoiar. A autoria é atribuída a Lenin, e é constantemente reproduzida em sites direitistas e reacionários. Ela é representada assim: "Usaremos o “idiota útil” na linha de frente. Incitaremos o ódio de classes. Destruiremos sua base moral, a família e a espiritualidade. Comerão as migalhas que caírem de nossas mesas. O Estado será Deus“.

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