CCOONNGGRREEGGAA UURRCCAAMMPP 22000088 UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE CCOOMMUUNNIITTÁÁRRIIAA:: FFOORRMMAANNDDOO RREEDDEESS DDEE RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEE SSÓÓCCIIOO--AAMMBBIIEENNTTAALL 66ªª.. JJOORRNNAADDAA DDEE PPÓÓSS--GGRRAADDUUAAÇÇÃÃOO EE PPEESSQQUUIISSAA ESTUDO QUANTITATIVO DO PERFIL EMPREENDEDOR EM ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR: APLICAÇÃO DO TESTE DA DURKAM UNIVERSITY BUSINESS SCHOOL Carlos Alberto Pouey Gedres, Dr. Universidade da Regiâo de Campanha – URCAMP, ca r l o sg e dr e s @ ca r l o sg e dr e s . c o m .b r James Luiz Venturi, Dr Pesquisador da Universidad Nacional de Pilar - Ñeembucu, f aleco m@j a me sve nt ur i. co m.b r RESUMO: O artigo aborda o estudo do empreendedorismo no terceiro setor, neste sentido o principal objetivo de pesquisa é identificar o perfil empreendedor dos gestores que administram as Ong´s da cidade de Quarai/RS. Parte-se de um levantamento bibliográfico a cerca de alguns aspectos que envolvem o tema empreendedorismo e o terceiro setor, destacando as características do empreendedor como sendo as necessidades, conhecimentos, habilidades e valores; e alguns dos principais determinantes do perfil empreendedor como a necessidade de sucesso, autonomia e independência, tendência criativa, riscos calculados e o impulso e determinação, baseado no modelo de perfil empreendedor do teste de Tendência Empreendedora Geral - teste TEG da Durham University Business Scholl. Assim, tem-se uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, com um universo de entrevistados de vinte e duas ONG´S, independente do porte ou ramo de atuação, utilizando como fonte as que estão devidamente cadastradas no registro da prefeitura municipal da cidade. Para o tratamento dos dados, utilizou-se o software SPSS. Os resultados obtidos foram os seguintes: os empreendedores devem desenvolver bem mais suas características da tendência criativa tendo em vista a média muito baixa alcançada no teste, o que já não aconteceu com a tendência da necessidade de sucesso, cujo resultado ficou perto da media. PALAVRAS-CHAVE: Empreendedorismo; Perfil empreendedor; Terceiro setor. ABSTRACT: The article focus is the study of the entrepreneurship in the third sector; in this direction the main objective of research is to identify the entrepreneur profile of the managers the third sector organizations of the Quarai/RS. It has been broken of a bibliographical survey about some aspects that involve the subject entrepreneurship and the third sector, detaching the characteristics of the entrepreneur as being the necessities, knowledge, abilities and values; some of main the determinative ones of the entrepreneur profile as the necessity of success, autonomy and independence, creative trend, calculated risks and the impulse and determination, based on the model of entrepreneur profile of the test of General Entrepreneur Trend - test TEG of the Durham University Business School. A descriptive research with quantitative, with a universe of interviewed of twenty and two organizations, independent of the transport or branch of performance, using as source the ones that duly are registered in the city. For the treatment of the data, software SPSS was used. The gotten results had been the following ones: the entrepreneurs must develop well plus its characteristics of the average creative trend in view of very the low one reached in the test, what already he did not happen with the trend of the success necessity, whose resulted was close to measured. KEY WORDS: Entrepreneurship; Entrepreneur Profile; Third Sector Organizations. 1 Introdução Até recentemente, a ordem sócio-político compreendia apenas dois setores, o público e o privado, tradicionalmente bem distintos um do outro, tanto no que se refere às suas características, como da sua personalidade jurídica. De um lado ficava o Estado, a administração Pública, com seus fins sociais e recursos públicos e do outro, o mercado, a iniciativa privada, com seus objetivos particulares e recursos próprios. O terceiro setor começou a ser configurado no momento em que alguns indivíduos perceberam que da associação com os demais poderiam organizar e operacionalizar formas eficazes de promover a assistência social, assim, teve início a organização não governamental, ou seja, a organização sem fins lucrativos. Estudar a administração no Terceiro Setor é, por tanto, pensar antes de qualquer aspiração de lucro, político-partidária ou crenças, em questionar a importância de uma identidade híbrida, através de uma forma de organização e gestão como possibilidade de interações políticas entre espaços públicos locais e outros trans-regionais e transnacionais, e que o gerenciamento das organizações seja eficaz através de seus empreendedores. No entanto a relevância de estudar o sistema de gestão no Terceiro Setor esta centrado no momento em que ele não representa um meio de aproximação dos excluídos da sociedade e do mercado de trabalho. A fonte clássica da gestão social esta baseada na posição de alguns especialistas como Merege (apud CARRION, 2000) e Fernandes (1997), os quais acreditam ser o terceiro setor a novidade mais significativa desde a descoberta da impotência do Estado na resolução das demandas sociais. A literatura que destaca e relaciona o comportamento empreendedor com a gestão social, evidencia como pioneiro e mais importante, o comportamentalista David Mc Clelland, ele analisou os fatores que explicam o apogeu e o declínio das civilizações, baseado nas atitudes de empreendedores americanos, face aos soviéticos nos anos 50 (FILION, 2001). Dornelas (2001) destaca ainda a necessidade de se desenvolver nos profissionais do terceiro setor, um conjunto de habilidades, que lhes permitam alcançar as competências necessárias à formação de um perfil determinado, pois a crença de que o empreendedor é um ser inato acabou. Atualmente acredita-se que o processo empreendedor pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e que o sucesso é decorrente de uma gama de fatores internos e externos ao negócio, do perfil dos gestores e de como ele administra as adversidades. 2 Objetivos Tendo em vista a necessidade de profissionalização de pessoas para atuar na gestão de organizações do terceiro setor e, considerando que este campo de atuação necessita estabelecer um direcionamento específico e próprio nos seus processos gerenciais, este estudo estabelece o seguinte problema de pesquisa: Qual o perfil empreendedor dos gestores das ONG´S da cidade de Quaraí? Drucker (1997) afirma que as organizações sem fins lucrativos existem para provocar mudanças nos indivíduos e na sociedade. Sendo assim, o objetivo geral deste artigo é: Identificar o perfil empreendedor dos gestores que administram as ONG´S da cidade de Quaraí. Como objetivos específicos têm-se: 1) Identificar as ONG´S da cidade de Quarai, 2) Identificar as ações gerenciais dos gestores, 3) Identificar as percepções dos gestores de ONG’s, 4) Identificar aspectos da gestão das ONG´S. 3 Marco Teórico Qualquer organização é a expressão dos propósitos de seus empreendedores, que determinam também a forma como são aglutinadas as contribuições individuais de cada um dos participantes do sistema (KRAUSZ, 1981: 74-85). Portanto, a compreensão do com- portamento organizacional é uma das condições essenciais para o entendimento do processamento humano das decisões no contexto do empreendedorismo. Ademais, a sobrevivência de uma organização é determinada pela capacidade de interação do sistema organizacional com o meio ambiente em que está inserida. Segundo Gauthier e Lapolli (2000: 91-115) McClelland mostrou que o ser humano é um produto social e tende a reproduzir seus próprios modelos. Assim, quanto mais empreendedores uma sociedade tiver, e quanto maior for o valor dado a eles, maior será a quantidade de jovens que tenderão a imitá-los, incutindo na cultura da sociedade o espírito e as características peculiares do empreendedor. Outro pesquisador que estudou a questão das necessidades humanas foi Murray (1973), ele descreveu as necessidades como questões que se situam dentro do contexto do comportamento, relacionando-se com estados internos do organismo e a presença de estímulos externos que induzem à ação. Todo o comportamento é influenciado pelas necessidades uma vez que possibilita a satisfação das mesmas (MURRAY, 1973: 26-74). É a necessidade que o empreendedor tem de atingir o sucesso pessoal, que nada mais é do que a conseqüência do sucesso do seu empreendimento, que gerará lucro financeiro ou lucro social, e ainda o "status". (URIARTE, 1999:22-36) Tenório (1998:74-76) diferencia o terceiro setor do primeiro e segundo na medida em que aquele desenvolve atividades públicas por meio de associações profissionais, associações voluntárias, entidades de classe, fundações privadas, instituições filantrópicas, movimentos sociais organizados, organizações não-governamentais e demais organizações assistenciais ou caritativas da sociedade civil. Ao estudar os processos de gestão das organizações do terceiro setor Serva (1997:23- 35) faz uma importante observação e relevante ao se observar que as teorias administrativas, até hoje desenvolvidas, focaram prioritariamente as entidades com fins lucrativos ou de gestão estatal. Ao tentar transladar para o terceiro setor os conceitos desenvolvidos por essas teorias administrativas deve-se tomar o cuidado para também não trazer uma lógica de mercado baseada na “razão instrumental”, que difere da lógica das ações sociais. Alguns autores (CABRERA, 2000; COSTA, 1992 e TENÓRIO, 2001) propõem que a gestão deve ser considerada tema estratégico e fundamental tanto para o terceiro setor como para os demais setores. Embora haja diferenças e particularidades em cada setor, profissionalismo, clareza e honestidade são características que devem estar presentes em qualquer organização, seja qual for sua inserção na sociedade. Para Jordan (1999:45-48) "à medida que as organizações do terceiro setor vão crescendo, surge a necessidade de uma pessoa para organizar as suas atividades a fim de que não se perca o controle e que o crescimento não cesse", sendo que cada vez com mais freqüência o trabalho gerencial do voluntário tem sido substituído pelo de profissionais. Tavares (1996:74-76) acrescenta que só é possível realizar o trabalho da melhor forma por meio da gerência profissional, mais especificamente pela gerencia empreendedora, a qual possibilita a transformação da organização filantrópica em "empresa social", visando sua auto-sustentação e a aplicação eficiente dos recursos. 4 Método A descrição e limitação espacial ocorrem quanto à região geográfica de atuação das organizações do terceiro setor, sendo ela a totalidade da cidade de Quaraí estado do Rio Grande do Sul, e as 22 ONG´S estão localizadas nos seus diversos bairros, inclusive a zona central da cidade, considerando que todas participaram da pesquisa. Utilizou-se uma metodologia quantitativa, que requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas como: porcentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, etc. Este trabalho também se caracteriza como sendo de caráter descritivo. Como instrumento de coleta de dados, optou-se pelo questionário, composto de 54 questões, que visam avaliar as características empreendedoras, onde o respondente assinala V (verdadeiro) e F (falso). A escolha deste instrumento de coleta de dados teve como base o teste de Tendência Empreendedora Geral - teste TEG de Durham University Business School, com uma pequena alteração que pudesse facilitar seu preenchimento, por se tratar de um instrumento já devidamente validado (LUNA et al, 1998:74-88), cujas tendências empreendedoras: necessidade de sucesso, necessidade de autonomia, tendência criativa, assumir riscos, impulso e determinação se configuram como variáveis intrínsecas. Os procedimentos estatísticos utilizados foram às medidas descritivas, as tabelas de freqüência e a análise de distribuição. O conteúdo investigado e os dados abstraídos, são analisados e processados os dados pelo programa SPSS. A análise de correspondência foi empregada para investigar a existência de associação entre as variáveis categóricas, necessidade de sucesso, autonomia/independência, tendência criativa, riscos calculados/ moderados e impulso e determinação, com o tempo de vida das organizações e o numero de pessoas que administram a organização. Para a avaliação das respostas, foram agrupadas numa grade as perguntas orientadas para as cinco características avaliadas, de modo que em quatro delas: necessidade de sucesso, criatividade, capacidade de assumir riscos e impulso e determinação, a soma máxima de pontos obtidos é 12; e o valor máximo da característica autonomia e independência é seis. Para um maior entendimento descreve-se como é realizado o cálculo de pontuações para a transposição dos dados em formas numéricas. Começando pela margem superior direita da folha de resultados e trabalhando ao longo da folha em direção à esquerda, anotou-se o ponto por cada F que foi circulado nos quadros sombreados nesta linha. De igual modo, anotou-se um ponto para cada V assinalado nos quadros não sombreados nessa linha. Em seguida, foi somada a pontuação total para a linha superior e escrita na margem. O mesmo foi feito para as oito filas restantes. Foram somados os totais das filas 1 e 6. Isto deu a pontuação para a seção 1 necessidade de Sucesso. A fila 3 deu a pontuação para a seção 2 necessidade de autonomia / independência. As filas 5 e 8 deram a pontuação para a seção 3 tendência Criativa. As filas 2 e 9 deram a pontuação para a seção 4 assume riscos calculados / moderados, e finalmente as filas 4 e 7 deram as pontuações para a seção 5 Impulso e determinação. 5 Resultados Com o objetivo de obter uma visão global dos dados obtidos através das respostas às afirmativas apresentadas, foram realizadas as descrições de freqüência, obtidas médias, desvio padrão, valores máximos e mínimos e distribuição de freqüência. Os resultados alcançados pelo total das médias de cada tendência empreendedoras obtiveram valores de escore médios, sendo que a necessidade de sucesso chegou ao valor de 6,64, já a Autonomia/Independência 5,95, a Tendência criativa 3,10, os riscos calculados/moderados 5,95 e o Impulso e determinação 6,14. O teste atribui as seguintes pontuações médias para cada categoria: Necessidade de sucesso 6 pontos; Autonomia / independência 6 pontos; Tendência criativa 6 pontos; Riscos calculados / moderados 6 pontos e Impulso e determinação 6 pontos. A pontuação máxima atribuída pelo teste a todas as categorias é de 12 pontos. Com relação a categoria necessidade de sucesso, que obteve o índice acima da média do teste, que é de 6 pontos, isto quer dizer que dentre as qualidades pertencentes a esta categoria, que são: olha para frente, auto-suficiência, mais otimista que pessimista, orientação para tarefas, orientação para os resultados, incansável e energético, confiança em si mesmo, persistência e determinação e determinação para terminar uma tarefa; os empreendedores apresentam, um número acima da metade em 0,64, ou seja, os empreendedores das ONG´S em estudo possuem um forte desenvolvimento da necessidade de sucesso em seus trabalhos, o que Uriarte (1999:22-35), já estava afirmando quando descreve que a necessidade de sucesso está intimamente relacionada com a realização pessoal. No que diz respeito a categoria autonomia / independência o índice obtido foi de 5,95 ficando bem próximo da média que é de 6,0, isto significa que dentre as qualidades desta categoria, que são: fazer coisas pouco convencionais, preferir trabalhar sozinho, necessitar fazer suas coisas, necessitar expressar o que pensa, não gostar de receber ordens, tomar suas próprias decisões, não se render a pressão do grupo e ser tenaz e determinado; os empreendedores podem estar bem próximos de apresentar muitas destas características, o que para Cielo (2000:45-76) é de suma importância que o empreendedor imponha o seu ponto de vista no trabalho e obtenha flexibilidade, tanto em âmbito profissional quanto familiar, tendo condições de controlar seu próprio tempo, pois os empreendedores necessitam também ser livres para confrontar-se com problemas e oportunidades de analisar e fazer crescer um novo empreendimento, crendo que o momento é o da sua vida. No entanto, quando da concretização do empreendimento grande parte dos desejos de liberdade são cerceados, em decorrência da excessiva carga de trabalho. O índice encontrado na categoria de tendência criativa foi de 3,1 pontos, estando muito abaixo da média que é de 6 pontos, ficando quase que na metade da média ideal. Isso quer dizer que os empreendedores apresentam poucas das qualidades inerentes a esta categoria, que são: é imaginativo e inovador, tem tendência a sonhar acordado, são versáteis e curiosos, tem muitas idéias, são intuitivos e adivinham bem, gostam de novos desafios e gostam de mudanças e coisas novas, o que deverá ser urgentemente revisto pelas organizações que obtiveram a média baixa, pois segundo Dolabela (1999:23), a criatividade é também a geradora de idéias, a responsável pela criação de soluções para eventuais problemas, abertura de mercados e outros. É também a responsável pela percepção de situações e problemas inerentes ao negócio do empreendedor. Ainda permite a aprendizagem através do erro/acerto, o que possibilita ao empreendedor aprender com seus erros e corrigi-los com alternativas criativas, sem que haja dificuldade na tomada de decisão. Na categoria de riscos calculados e moderados os empreendedores também apresentam quase que o valor ideal referente às qualidades inerentes a esta categoria, que são: atuam com informação incompleta, avaliam os benefícios prováveis frente ao fracasso provável, valorizam com precisão suas próprias capacidades, não são muito nem pouco ambicioso, julgam quando são suficientes poucos dados e fixam objetivos que são desafios que podem ser cumpridos, isso porque a média obtida foi de 5,95 pontos, ficando logo abaixo da média, que é de 6 pontos, e espelham desta forma a teoria já descrita, na qual assumir riscos calculados é a disposição de enfrentar desafios, de abandonar a vida relativamente segura de assalariado para experimentar os limites de sua capacidade em um negócio próprio, ou ainda abandonar a dedicação exclusiva com o seus problemas empresariais e passar a empreender nos segmentos com objetivos sociais. O indivíduo busca situações onde obtenha desafios ou corra riscos calculados, estando suas recompensas associadas a esses riscos. As qualidades inerentes a categoria impulso de determinação são: aproveitam as oportunidades, não acreditam no destino, fazem sua própria sorte, tem confiança em si mesmo, acreditam que controlam em si mesmo, acreditam que controlam seu próprio destino, igualam resultados com esforço e mostram uma determinação considerável. Os empreendedores apresentaram uma pontuação, de 6,14 pontos, estando acima da média que é de 6. Portanto, apresentam muitas das qualidades acima descritas, no entanto pode-se observar as colocações de Tenório (2001:35), o qual destaca a importância desta qualidade empreendedora, também no momento do processo decisório, onde são tomadas as decisões estratégicas, táticas e operacionais, tudo isto para converter essas decisões em ação. Análise descritiva das afirmativas Itens Dimensão Amostra Média Mediana Menor Maior Quartil Quartil Desvio Escore Escore Inferior Superior Padrão Obtido Obtido 12 S 22 6,64 7 3 9 5 8 1,8 12 AI 22 5,95 6 1 10 5 7 1,89 12 TC 22 3,1 3 1 6 2 4 1,2 12 RC 22 5,95 6 3 10 5 7 1,89 12 ID 22 6,14 6 4 8 5 7 1,14 Tabela 1: Análise descritiva das afirmativas utilizadas para Mensurar as cinco Tendências Empreendedoras Analisando a tabela 1 observa-se o comportamento dos empreendedores frente às cinco tendências empreendedoras. Desta forma, a fim de enriquecer a análise dos dados, é demonstrado individualmente cada uma das 5 tendências empreendedoras em uma escala que permita avaliar a real condição em que se encontram as tendências frente aos 22 questionados, no que se refere à presença de um maior ou menor número de qualidades, objetivando um melhor entendimento dos objetos em estudo. Necessidade de sucesso. Análise das afirmativas utilizadas para Mensurar a Tendências Empreendedora necessidade de sucesso, dados descritivos e provas de normalidade, demontra que a tendência empreendedora necessidade de sucesso está acima da média do teste. Da média para baixo, os empreendedores possuem poucas das qualidades que medem a tendência, e da média para cima os empreendedores possuem muitas das qualidades que medem a tendência. Observa-se ainda a maior (9 pontos) e a menor ( 3 pontos) nota, dentre as notas obtidas, bem como o desvio padrão (1,834 pontos) que representa a variabilidade dos escores em torno da média, isto com uma confiabilidade de 95% dos resultados. Portanto quanto menor for a variabilidade das notas em torno da média, melhor está mensurado o princípio. No caso da tendência necessidade de sucesso conforme demonstrado existe uma homogeneidade de qualidades em torno da média devido ao baixo valor do desvio padrão, o qual estão confirmados pelos dados de Kolmogorov-Smirnov(a), e ainda, no demonstrativo geral das medias das 5 tendências, observa-se que esta tendência é a que possui o maior escore alcançado de todas as outras 4 tendências, portanto pode-se afirmar que a tendência necessidade de sucesso é predominante nas ONG´S de Quaraí. Necessidade de autonomia / independência Análise das afirmativas utilizadas para Mensurar a Tendências Empreendedora necessidade de autonomia / independência, dados descritivos e provas de normalidade, afirmam que esta tendência está bem próximo da média do teste. Sendo que da média para baixo, os empreendedores possuem poucas das qualidades que medem a tendência, e da média para cima os empreendedores possuem muitas das qualidades que medem a tendência. Observa-se ainda a maior (10 pontos) e a menor nota (1 ponto), dentre as notas obtidas, bem como o desvio padrão (1,939 pontos) que representa a variabilidade dos escores em torno da média. Portanto quanto menor for a variabilidade das notas em torno da média, melhor está mensurado o princípio. No caso da tendência necessidade de autonomia/independência, existe uma homogeneidade menor de qualidades em torno da média, isto ocorre devido ao valor pouco alto do desvio padrão. Tendência criativa Análise das afirmativas utilizadas para Mensurar a Tendências Empreendedora tendência criativa, dados descritivos e provas de normalidade, descrevem que esta tendência esta consideravelmente abaixo da média do teste, ainda observa-se ainda a maior (6 pontos) e a menor nota (1 ponto), dentre as notas obtidas, bem como o desvio padrão (1,230 pontos) que representa a variabilidade dos escores em torno da média. Portanto quanto menor for a variabilidade das notas em torno da média, melhor está mensurado o princípio. No caso da tendência criativa, existe uma homogeneidade de qualidades em torno da média devido ao valor do desvio padrão, o qual estão confirmados pelos dados da prova de Kolmogorov- Smirnov(a), porém o valor alcançado na média geral de 3,0556 coloca esta tendência em alerta por parte dos gestores das ONG´S, e ao mesmo tempo constata-se que a tendência criativa possui a menor média de todas as 5 tendências empreendedoras, demonstrando que é o perfil menos predominante nas ONG´S de Quarai. CCOONNGGRREEGGAA UURRCCAAMMPP 22000088 UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE CCOOMMUUNNIITTÁÁRRIIAA:: FFOORRMMAANNDDOO RREEDDEESS DDEE RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEE SSÓÓCCIIOO--AAMMBBIIEENNTTAALL 66ªª.. JJOORRNNAADDAA DDEE PPÓÓSS--GGRRAADDUUAAÇÇÃÃOO EE PPEESSQQUUIISSAA ESTUDO DA GESTAO AMBIENTAL EM SANT´ANA DO LIVRAMENTO: APLICAÇÃO DO TESTE DE NORTH E WINTER Carlos Alberto Pouey Gedres, Dr. Universidade da Regiâo de Campanha – URCAMP, car l osg e d re s @ c a r l osg e d re s . c o m .br José Luis da Silva Saffons, Adm. Universidade da Regiâo de Campanha – URCAMP, carl osgedres @ca rl osgedres.com .br RESUMO: O ramo de uma atividade a primeira vista pode ser considerado o mais importante indicador da ameaça que a organização pode causar ao meio ambiente e dos custos que se fazem necessários para atender às exigências da regulamentação ambiental, no entanto no ramo de combustíveis ecológicos, essa preocupação se da de forma inversa. Dados da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e desenvolvimento, colocam entre os setores industriais mais poluentes: as indústrias químicas, de papel e celulose, de ferro e aço, de metais não ferrosos (por ex.: alumínio), de geração de eletricidade, de automóveis e de produtos derivados do petróleo como os postos de gasolina. Conhecer apenas o ramo, porém, não é suficiente, visto que os níveis de tecnologia e de produção podem variar muito de uma região para outra e mesmo de uma empresa para outra, evidenciada esta necessidade surgiu a grande curiosidade de investigar o nível em que se encontra a gestão ambiental na cidade de Santana do Livramento no segmento de bio-combustíveis, visto que através da metodologia de NORTH E WINTER foi determinada à posição de empresas frente ao desenvolvimento correto da gestão ambiental, alcançando assim os resultados mínimos para o oferecimento dos produtos e serviços ecologicamente corretos, e a validação da auditoria ambiental empresarial. Palavras chaves; gestão ambiental, lucro, responsabilidade ambiental ABSTRACT: The branch of an activity at first sight may be considered the most important indicator of the threat that the organization can cause to the environment and costs that are necessary to meet the requirements of environmental regulations, however the branch of ecological fuels, such concern it's the opposite. Data from the World Commission on Environment and Development, put between the most polluting industrial sectors: chemicals, paper and pulp, iron and steel, non-ferrous metals (eg.: Aluminum), to generate electricity, the cars and products derived from oil. Knowing only the branch, however, is not sufficient because the levels of technology and production can vary greatly from one region to another and even from one company to another, highlighted the need arose a great curiosity to investigate the level where is the environmental management in the city of Santana do Livramento in the segment of bio-fuels, since through the methodology of NORTH AND WINTER was given the position of front companies to develop proper environmental
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