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Comunicação dos Trabalhadores e Hegemonia PDF

210 Pages·2014·1.526 MB·Portuguese
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ti Vito insiste, lucidamente, na ne- t na longa luta pela democratiza- “Comunicação dos trabalhadores e Hegemonia é um livro o cessidade de fortalecer a comu- n ção da comunicação no Brasil, com o mesmo espírito militante do autor que dedicou toda n nicação contra-hegemônica, des- a Vito Giannotti destaca-se como a sua vida a pensar e fazer a comunicação dos trabalhadores, Gi de os veículos tradicionais até os incansável lutador, com o dom sempre preocupado com a necessidade de atingir milhões. o Vito Giannotti canais digitais e os recursos mul- t da organização e da mobilização titivmnirimandpbdiísduaipcllihsaaeisaçno õdnsdeáoaavsrr e e psilan o tàpcec ouorndmlmaeeroutfee. n ss iPfaceer a erçrcdcaãoiamsomsa emudnrneootiiass-- dpiaredirag aeGbe acrona oortmdnergsass t acearinu ,pc icizoreh anmsaçusmãuaaond ah ieonce rdaageçosesã mlamuo t oacaatnorsexi mnadis.çao tEãsa suo sct m álhpa iaf sscusrtoaneóm sdro itac purmoaossbnoe, ae neclnsthrapitaaededt oicfovui aoernalm mdds ao negmsonr an teeneons dvLtfoaeoelrsns ç ion A Vi dcsaseiooasqnt eeutcmrneiidtbnaeaut ndedíddsae oin msp ioaercb.o nordtmEeoul e tçd eãrmaetoa fl ammdesxeí bdõ désieeaemsc n ci tsocitidvomeoonmoss- tárias, em oposição às razões do recursos tecnológicos, que não dispensam o jornal, mas ampliam NI e contrassentidos. o traço conver- mercado e do capital incutidas O gente em sua trajetória é o empe- M grandemente as potencialidades da comunicação. pela mídia conservadora. Para E nho de energias para transformar G Faz uma crítica da comunicação das classes dominantes recheada E isso, torna-se inadiável definir e H a realidade numa direção mais executar ações criativas em todos de exemplos esclarecedores, deixa claro que a construção de uma S E igualitária, inclusiva e pluralista. E os meios, espaços e alternativas nova hegemonia pelos trabalhadores exige a construção de sua R O possíveis de difusão, enfrentando própria comunicação e aponta os limites da luta D neste livro, Vito analisa critica- A sem hesitação as dificuldades que pela democratização da comunicação existente, apresentando LH mente a centralidade dos meios A costumam se interpor. valiosos elementos de estratégia e tática para a comunicação B de comunicação nos embates po- A R líticos, ideológicos e culturais. ao na luta pela construção da hegemonia dos trabalhadores. T Resulta do trabalho de Vito Gian- S situar os pressupostos para as dis- a leitura do livro de Vito Giannotti seguramente trará grandes O notti uma obra que jornalistas, D putas pela hegemonia cultural e contribuições para os que militam na construção das organizações O assessores sindicais, estudantes à política, ele baseia-se nas análises de comunicação, entidades e mo- de trabalhadores, nos movimentos sociais e nas organizações AÇ complementares de dois grandes C vimentos sociais não devem per- políticas que se dedicam à luta pela construção da hegemonia NI teóricos marxistas, Vladimir i. Lenin der. nestas páginas, encontrarão dos trabalhadores em busca de uma sociedade igualitária.” MU e antonio Gramsci. a inspiração plena correspondência a seus an- O em Gramsci permite-nos compre- C seios pela multiplicação de vozes ender que é na acirrada busca de Luiz Momesso, jornalista e professor da UFPE. nos processos comunicacionais, consenso em torno de visões de bem como elementos valiosos mundo, valores e mentalidades de argumentação para se contra- COMUNICAÇÃO que se estabelecem as condições por ao que Gramsci bem definiu para o domínio consentido numa como “emboscadas das classes dada sociedade, ultrapassando a dominantes” para silenciar rea- DOS TRABALHADORES mera coerção política e militar. ções e respostas a seus discursos falaciosos. nos embates pela hegemonia que E HEGEMONIA atravessam o campo midiático, os Dênis de Moraes grupos monopólicos e as elites jo- Jornalista, professor do gam todas as suas fichas no con- departamento de Estudos Culturais trole da informação e da opinião, e Mídia da Universidade Federal com o intuito de influenciar a for- Fluminense (UFF) e pós-doutor mação dos juízos sociais, neutra- em Comunicação pelo Consejo lizar questionamentos e impedir Latinoamericano de Ciencias regulações que protejam a diver- Sociales. sidade em condições equitativas. Vito Giannotti COMUNICAÇÃO DOS TRABALHADORES E HEGEMONIA São Paulo, 2014 “Este novo livro de Vito Giannotti é fundamental para a compreensão das grandes batalhas da atualidade, principalmente sobre a importância da comunicação social para a luta dos trabalhadores e para todos aqueles que sonham por um Brasil realmente justo, democrático, igualitário, livre e soberano.” Hamilton Octavio de Souza, jornalista e professor da PUC-SP. “Das pirâmides egípcías, passando por colunas greco-romanas e templos medievais, Vito Giannotti chega aos nossos dias mostrando a força da comunicação como agente político imprescindível para qualquer processo de transformação social. Partindo de importantes referências históricas, este livro torna-se, antes e acima de tudo, um instrumento fundamental para a construção de meios de comunicação modernos, comprometidos com os anseios de libertação presentes nas camadas subalternas de nossas sociedades.” Laurindo Leal, jornalista, sociólogo e professor da ECA-USP. “As universidades estão abarrotadas de teses que estudam minuciosamente as formas de dominação da mídia. Vito Giannotti sabe – e demonstra, neste livro – que nossa luta por uma comunicação libertadora é a condição para respirarmos ar fresco e vivermos uma vida pulsante. Enfrentar de maneira contra-hegemônica o domínio da mídia do capital é fundamental para o conjunto de lutas capazes de nos tornarmos, de fato, seres humanos plenos.” Virgínia Fontes, historiadora e professora da UFF. Fundação Perseu abramo Instituída pelo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores em maio de 1996. diretoria Presidente: Marcio Pochmann Vice-presidenta: Iole Ilíada diretoras: Fátima Cleide e Luciana Mandelli diretores: Kjeld Jakobsen e Joaquim Soriano editora Fundação Perseu abramo Coordenação editorial: Rogério Chaves assistente editorial: Raquel Maria da Costa Capa, projeto gráfico e diagramação: Caco Bisol Produção Gráfica Ltda. ISBN 978-85-7643-242-5 Este livro obedece às regras do Novo Acordo da Língua Portuguesa. Todos os direitos reservados à Fundação Perseu Abramo Rua Francisco Cruz, 234 – 04117-091 São Paulo – SP Telefone: (11) 5571-4299 – Fax: (11) 5573-3338 Correio eletrônico: [email protected] Visite a página eletrônica da Fundação Perseu Abramo: www.fpabramo.org.br Visite a loja virtual da Editora Fundação Perseu Abramo: www.efpa.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) G434c Giannotti, Vito. Comunicação para disputa de hegemonia / Vito Giannotti. – São Paulo : Editora Fundação Perseu Abramo, 2014. 208 p. ; 23 cm. Inclui bibliografia. ISBN 978-85-7643-242-5 1. Comunicação de massa. 2. Mídia. 3. Trabalhadores - Brasil - Comunicação. 4. Sindicatos - Comunicação. 5. Linguagem. I. Título. CDU 659.3:331-051(81) CDD 302.23 (Bibliotecária responsável: Sabrina Leal Araujo – CRB 10/1507) S umário 05 Apresentação Claudia Santiago 09 Comunicação para a disputa de hegemonia 29 O mito da neutralidade da mídia 53 Mídia: o verdadeiro partido da burguesia 75 História da comunicação dos trabalhadores no Brasil 97 Mídia e hegemonia no Brasil: ontem e hoje 119 Comunicação dos trabalhadores: um mosaico de mil pedras 135 Comunicação sindical e popular, uma arte especializada 155 As muralhas da linguagem 171 Linguagem: palavras conhecidas e frases curtas 185 Muito além da Home Page Mini-manual do Guerrilheiro Digital Gustavo Barreto 199 Referências bibliográficas 202 Sobre o autor nia o m ge he orese d ha ostrabal d o niCaçã u m o C 6 Apresentação Vito Giannotti, o mago da comunicação dos trabalhadores. O operá- rio da comunicação. O intelectual que acredita no poder das palavras, desde que estas sejam compreensíveis pelos operários, os garçons, os porteiros, as empregadas domésticas e por todos aqueles que passaram poucos anos nos bancos escolares. O comunicador fanático pela programação visual e que sabe que mesmo um belo texto é lido apenas por poucos se não for bem diagrama- do, bem ilustrado. O metalúrgico que defende intransigentemente o lugar da fotografia nos jornais populares. Uma vida dedicada a combater a exploração a que homens e mulheres são submetidos no sistema capitalista, através das greves, dos piquetes, das manifestações, sabendo da importância da comunicação para o sucesso de toda a movimentação política. Giannotti acredita que as ideias dominantes na sociedade são as ideias da classe dominante. E que estas são transmitidas para toda a sociedade pelos “meios de comunicação dos patrões”, como enfatiza em seus inúmeros artigos e palestras. Crítico feroz dos programas de televisão que, na sua visão, são feitos com o objetivo de emburrecer o povo trabalhador. Não acredita que sindicatos e movimentos sociais devam implorar ou pagar por pequenos es- paços nos jornais da burguesia, que, na visão de Vito, defendem os interesses da classe patronal. Defende que este devem ter seus próprios instrumentos de comunicação – jornais, rádios, TVs, redes sociais. Defensor ferrenho de uma comunicação dos trabalhadores feita com a participação de jornalistas, fotógrafos e programadores visuais profissionais, da vanguarda nos sindicatos e movimentos sociais e da base, dos leitores. Para 7 Vito, o leitor de um jornal popular não é apenas alguém que recebe informa- nia o m ge he orese çNõãeos ,é m umasa u cmom inudniivcíadçuãoo fqeuitea dpeovre u tmer g vrouzp oa tdivea i lnuoms inruamdooss p daar ac uomm ugnruicpaoç ãdoe. d ostrabalha paqeusseoleass qpuases sivea qs,u ée ru amtian gcior.m u nicação feita por militantes políticos junto com d Neste livro Comunicação dos trabalhadores e hegemonia Vito discorre so- o niCaçã bre o tema que ele mesmo difundiu nos últimos 20 anos em centenas de cur- mu sos e palestras em todo o país. Vito cruzou o Brasil de Norte a Sul, de avião, o C de carro, de barco para atender quem quer que o chame para uma prosa sobre a comunicação dos trabalhadores. Não importam as longas viagens, a agenda apertada. Um dia pode ser ouvido em Imperatriz, no Maranhão, no outro com a mesma disposição e garra fala em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A convicção de suas ideias e a paixão pela revolução, feita, principal- mente, através da superação dos valores do capitalismo pelos ideais do socia- lismo colocou a comunicação como o tema central de sua ação política. E as- 8 sim, por onde anda, encanta e convence jovens e velhos, peões da construção civil e professores-doutores, trabalhadores sem terra e jornalistas, bancários e operários a investirem na comunicação dos trabalhadores. Seu pensamento é fortemente influenciado pelo comunista italiano Antonio Gramsci, fundador do jornal L’Ordine Nuovo, e depois L’Unitá, órgão do Partido Comunista Italia- no, fundado em 1921. Este livro é a síntese de 20 anos de militância política no Núcleo Pirati- ninga de Comunicação. Ele reúne informações compartilhadas nos cursos de comunicação, história, oratória, redação e mídias sociais, todos impregnados pela sua antiga e histórica militância política na Oposição Metalúrgica de São Paulo, o MONSP. Como um navegador experiente com conhecimento dos mares da Europa, da Palestina e do Brasil, Vito passeia pela história da comunicação, os objetivos dos que comunicam e as diversas formas de se comunicar, o mito da neutralida- de, a defesa da verdade factual, o nascimento dos jornais e o seu uso pela burgue- sia e pelos trabalhadores. Trata do jornal como instrumento para a legitimação da escravidão e da naturalização das guerras. E conta, orgulhoso, que “logo que foi permitido existir sindicato, nasce em Manchester a União dos Tecelões de Algo- dão. Nasce um sindicato, e logo em seguida, o jornal sindical A Voz do Povo que, já em 1830, alcançava a tiragem de 30 mil exemplares. Na industrializada Alema- nha, na passagem do século XIX para o século XX, em cada cidade com mais de cem mil habitantes existia um jornal local do Partido Social Democrata Alemão (SPD), o maior partido socialista do mundo. Só para se ter uma ideia, este SPD, em 1914, possuía 203 jornais com um total de 1,5 milhão de assinaturas”. Vito relata ainda que, já em 1919, mesmo com uma classe operária pequena, menos de 200 mil trabalhadores, existiram dois jornais operários diários no Brasil: A Plebe, em São Paulo, e A Hora Social, em Recife. Em dez capítulos, Vito vai falar das muralhas da linguagem e das manei- ras de derrubá-las, do mosaico que compõe a comunicação dos trabalhadores, da história, da disputa de hegemonia e com a ajuda dos jornalistas Gustavo Barreto e Arthur William, aos 71, como um menino, enfrenta o desafio de se embrenhar pelos caminhos da redes sociais. Vito g ia n n o tti Claudia Santiago Jornalista, professora de História e coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação 9

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