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Composição florística e estrutura de dossel em trecho de floresta ombrófila densa atlântica sobre morrote mamelonar na Reserva Biológica de Poço das Antas, Silva Jardim, Rio de Janeiro, Brasil PDF

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Composição florísticae estruturadedossel emtrecho DE FLORESTAOMBRÓFILADENSAATLÂNTICASOBRE MORROTE MAMELONAR NA RESERVA BlOLÓGICA DE POÇO DAS ANTAS, SilvaJardim, Rio deJaneiro, Brasil1 Rejan R. Guedes-Bruní1 Sebastião José da Silva Neto'', , Marli P. Morim2 & Waldir MantovanR Resumo (FlorísticaeestruturadedosselemflorestasobremorrotemamelonarnoRiodeJaneiro,Brasil) Osremanescentes de Floresta Ombrófila Densa submontana Atlântica, ocorrentes nos mamelões da baixada do Rio de Janeiro, carecemdeestudosflorísticoseestruturais.Inventariou-se 1 ha,empregandoparcelas,adotandocomocritériode inclusãoDAPà5cme,atravésderelaçõesalométricas,estabeleceu-secomoárvoresdedosselaquelascomlimites deDAPsealturassuperioresa 10cme 10m,respectivamente.Foramamostrados580indivíduos,de 174espécies e45 famílias. O índicedediversidadedeShannon(FT) foide4,57 nats/indeaeqüabilidade(J)de0,88,valores próximosaosencontrados paraaFlorestaOmbrófilaDensasubmontanaAtlânticanoestado. Dentreas famílias commaioresriquezas,reunindoca.74%dasespéciesdestacam-se:Euphorbiaceae,Fabaceae,Moraceae,Lauraceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Monimiaceae, Clethraceae, Flacourtiaccae, Annonaceae, Rubiaceae, Meliaceae, Sapindaceaee Myristicaceae. Destacam-secomoespéciescommaiores Vis: Senefelderaverticillata, Siparuna reginae, Mabeapiriri. Casearia sylvestris, Clethra scabra, Tibouchina scrobiculata, Pseudopiptadenia inaequalis, Guapira opposita, Apuleia leiocarpa e Brosimum guianense. Caracterizam-se como espécies indicadorasdemorrote:Apuleialeiocarpa.Eugeniamacahensis,SimaroubaamaraePseudopiptadeniacontorta. Palavras-chave: MataAtlântica,florística,estruturadecomunidade,dossel,florestadebaixada,mamelões. Abstract (Floristicsandstruetureoftheforestcanopyonhillocksinthelowlands,RiodeJaneiro,Brazil) Theremnant areasofAtlanticcoastal Foreston hillocks intheCoastal lowlandsofRiodeJaneiroState, Brazil,havebeen poorly studied intermsofboththeirstruetureandfloristics. Sampleplots,totalingonehectare,wereinventoried usingaDBH25cminclusioncriterion.AllomctricrclationshipswereusedtodefineacanopytreeashavingaDBH 2: 1Ocmandheight£ 10m.Atotalof580individuaisweresamplcd,comprising174speciesbelongingto45families. The Shannon diversity índex (H') was 4.57 nats/ind, and the equitability (J) was 0.88. These were considcred representativevaluesforanareaofAtlanticCoastal ForestinthatState.Amongthefamilieswiththehighest speciesrichness(74%ofthetotal numberofspecies)were: Euphorbiaceae,Fabaceae,Moraceae,Lauraceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Monimiaceae, Clethraceae, Flacourtiaceae, Annonaceae, Rubiaceae, Meliaceae, Sapindaceae,andMyristicaceae.AmongthespecieswiththehighestVIwere:Senefelderaverticillata,Siparuna reginae. Mabea piriri. Casearia sylvestris, Clethra scabra. Tibouchina scrobiculata. Pseudopiptadenia inaequalis, Guapiraopposita, Apuleia leiocarpa, and Brosimumguianense. The indicatorspecies forhillock forests were: Apuleia leiocarpa, Eugenia macahensis, Simarouba amara, and Pseudopiptadenia contorta. Keywords:AtlanticCoastal Forest, floristics,communitystrueture.canopy,lowlandforest,hillocks. Introdução estado, limita-seapequenasáreasparticulares A análise do estado de conservação da ouaunidadesdeconservação.Apenas29,8%, Floresta Ombrófila Densa Atlântica, do total dc remanescentes no Rio de Janeiro, especialmentenoRiodeJaneiro,reduzidahoje encontram-se circunscritos a Unidades de a aproximadamente 16,73% do território do Conservação (Fundação SOS MataAtlântica/ Artigorecebidoem09/2005. Aceitoparapublicaçãocm 10/2006. 'Partedatesededoutoradodaprimeiraautora,apresentadaao Deplo. Ecologia-USP. 3Programa MataAtlântica,Jardim BotânicodoRiodeJaneiro. Tundaçâo Botânica Margarct Mee/ Programa MataAtlântica,Jardim Botânicodo RiodeJaneiro. 'Depto.Ecologia,InstitutodcBiociências,UniversidadedeSâoPaulo-USP/bolsistaCNPq.Apoiofinanceiro:Pctrobras/ Jardim Botânicodo RiodeJaneiro/MMA. Autorparacorrespondência: Rejan R.Guedcs-Bruni.Jardim BotânicodoRiodeJaneiro. ProgramaMataAtlântica. Rua PachecoLeâo915,22460-020, RiodeJaneiro,[email protected] SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 430 Guedes-Bruni, R. R. etal. INPE 2002). A relevância de estudos nestes Objetiva-se neste estudo caracterizar remanescentes, sob mesmo domínio florísticaeestruturalmenteodosseldeumdos fitogeográfico,porémmuitodistintosentresi- últimos remanescentesde floresta ombrófila resultantes do processo, de décadas, de densa submontana sobre morrotes no Rio de fragmentação florestal, a partir de usos Janeiro, em avançado estado de conservação, diferenciados do solo —já foi destacada por salvaguardado em Unidade de Conservação Guedes-Brunietal.(2006),aotratardetrecho (UC) - o que possibilitará, a partir de de mataaluvial naReservaBiológicadePoço monitoramento, reavaliaro estado da floresta das AnUtmas. fúturamente,àluzdoreconhecimentoorafeito dos componentes mais típicos da eavaliar,commaiorpropriedade,osprocessos paisagem da Baixada Fluminense, observado sucessionais que venham a ocorrer. de formapatenteapartirdoaltodasserranias, são os chamados morros mamelonares ou Materiale Métodos mamelões, que não ultrapassam 300 m de Caracterização da área de estudo altitude, sustentados porrochas do cristalino, A despeito dos processos de erosão afogados nos depósitos flúvio marinhos antrópica, as condições úmidas dominantes litorâneos e designadospor“marde morros”. aparecem como responsáveis pelo As florestas aluviais que os circundam - devido à ocorrência sobre terrenos planos, modelamentodeformascolinosas.Apresença ainda que brejosos, facilitaram o da formação Barreiras no litoral centro-norte do estado do Rio de Janeiro, cujos tabuleiros estabelecimento de residências e atividades agrícolas — foram impactadas em períodos restringem-se à área de contato entre a baixada flúvio-marinhaeaencosta,acabapor anteriores, desde a implantação da agro- originarabaixadadosGoitacazesou Baixada manufatura do açúcar, a partir do séc. XVI, até mais recentementeno séc. XX, a partirda Fluminense,constituídapormatériaargilosae d(MéLocaoamsdemagadoyee31r094c109o,8m01;a9eA4xz6peaevnes1dã9oo4d81as9;9á6Gr)oelafesarrcuiurjaai&ss acArsoemnoc-acaomrnagcidrlaeossçaõ,edseprfaoerfrgruiulngadiannmoeesgnarstaeneaedtasuufrpiefsraafsdíacssiãeo.e matas que revestem estes morrotes, são, em (inIdBiGcEativas dos avanços e recuos do mar 1977). sua maioria, remanescentes alterados da vpergoectesasçoãso ndaetiavnatrdoapirzeagçiâãoo,daansteárrieoarsadoes — queOsaotrlaobnaglohosdedesuLaaombergaoc(o1n9s4e0gueiu19u4n6i)r baixada do estado do Rio de Janeiro. Nestes espaço, tempo e homem para compreensão mamelões, ora totalmente desnudos, ora sinérgicadoambiente—mostramasformações cobertos por florestas - designadas físicas das baixadas costeiras em direção ao pdiofpeurleanrtemsendtiemecnosmõoesmaeteasmddeivbearisxoasdeast-ácdiooms idnetefrioorrmdaoçãtoerrsiótcóriiooe,cboenmômciocamoeoasspbraorcreesisroass smuaciessseivoindaeinst,eée,aepmecdueácroirarêancaiçaãdoelaan,torófpoigcoa enatburreajioss)(g—rancdoemseoxtceonnsõceusrsdoeadraeiar,espiâsnttêanncoisa o precursor da sua alteração e um dos cinodmígoena àocupaçãodo solopeloseuropeus— determinantes principais no estabelecimento fatores determinantes no arranjo das espécies. paisagístico da região e na organização efsPléomocçruoerlseIotgdnaiaspúõsamessseAusrnbpatomdrasooósn,x,etisappmtnooauassddtsoee,àsrmiaRomlesragseeiuresnsresvanraodceseocBseniaentonntrloveaósosgdlio8vscs0ioadbeddormosee cfmgfíeioosonrmigoumorgcaraiçdáffoãoiíosace,aa,s,tdpanrdaoeãorvooedéblsomraóaRedinseodãstetodusaedtiesáJoróaseenaoensigruddeoaeen.hdiAeeinxticaetranrráodelseoismdseae,eà Guedes-Bruni et al. (2006). sensibilidade, como, sua surpreendente contemporaneidade. Rodriguésia 57 (3): 429-442. 2006 SciELO/JBRJ cm _2 13 14 15 16 17 .. — FloristicaeestruturadedosselemflorestasobremorrotemamelonarnoRiodeJaneiro 431 Aáreaqueconstitui aReservaBiológica ocasiões, em seqüência que gera estranhamento de Poço das Antas (Rebio) foi, no passado, ao leitor, visto que não é seqüencial. Explica- como em grande parte a baixada litorânea do se:omaterialfazpartedacoleçãodoPrograma RiodeJaneiro,exploradacomoáreadelavoura MataAtlântica(PMA), onde muitas pesquisas e pastagem, e as manchas de floresta que sãoconduzidassimultâncamente. Objetivando sobreviveramàexpansãoagrícolaaonortedo aacuráciadainformaçãotaxonômica,todosos Rio de Janeiro são resultantes de processos pesquisadores, adotam a identificação sucessionais de diferentes épocas e distintos padronizada pelo PMA, de modo que até manejos de solos. A caracterização da mesmo as morfo-espécies, sigam a mesma Reserva, no que tange às características de nomenclatura,razãopelaqual sãoencontradas área, solo, clima e vegetação encontra-se em morfoespécies com números não seqüenciais Lima etal. (2006) (p.ex.: Guatteria sp.4), visto que em outras PMA Sobre os morros mamelonares, sem a pesquisas do foram identificadas as influênciadascheias,estabelece-seaFloresta antecedentes (as quais não foram amostradas Ombrófda Densa submontanaAtlântica, com no presente estudo), que por sua vez se estrutura heterogênea devido ao desenvol- distinguemdoexemplarcoligidonestetrabalho. vimento dos solos e ao grau de conservação Na definição de dossel foram dasáreas florestadas.Ao longodotexto serão estabelecidas relações alométricas entre tratadas,resumidamente,pormatademorrote diâmetro e altura (fig.l) , transformad&os pelo ou floresta sobre morrote. respectivologaritmodecimal(Sneath Sokal 1973), paratodos os indivíduos coletados nas Coleta de dados diferentesáreas, identificandoodosselapartir Foi selecionado um pequeno fragmento da linha indentada evidenciada no diagrama florestal na Rebio, com aproximadamente 4 de correlação. Com isto, foram fixados como ha de área, aí incluída uma lage exposta com elementos de dossel todos os indivíduos que ca. 25 m\ Foram alocadas, sistematicamente, apresentassemdiâmetros iguaisousuperiores alternadamenteao longodoeixodeaclive,40 a 10cme alturas iguais ou superiores a 10 m, unidades amostrais de 10 x 25 m, dispostas a partir da verificação da primeira em faixas com quatro unidades cada uma, dcscontinuidade entre os pontos. totalizando ha de área, num mesmo fragmento, so1 bre morrote mamelonar, a 1.8 1 1 1 1 I sudeste dos limites da área da Rebio, com 1.6 amilemtpniltouasdnet2da0eçmã2eo5t0rdooms.spdmaos.ntteoridliihnsaitscaionaculialddaaagsespe,amrpcaperelalao,a ~¥ 11.24 11 - iu«n!•*é>a-"Taamyrmtoünw•wiiun°al«“j o %jp t 0 -1 buscando-seevitar,comisto,oefeitodeborda. "jí 1.0 « •« Aamostragemincluiutodososindivíduos â i », 0.8 arbóreos e arborescentes (palmeiras e fetos mm 0 : arborescentes) com diâmetro do caule a 1,3 m MMM» »* m lL5i” — dosolo(DAP)igualousuperiora5cm.Quando m> m<*»«* i 0.4 _ é « m — os indivíduos apresentavam caule ramificado, * a i eram tomadas as medidas de todas as ramifi- 0.2 — cações para posterior cálculo da área basal c i 0.0 1 DAP equivalente para aplicar o critério de 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 inclusão. O material testemunho encontra-se log [dap(cm)] depositado no herbário do Jardim Botânicodo Figura t - Rclaçflo alométrica enlre diâmetro e altura, Rio de Janeiro (RB). Nas listas de espécies as dos indivíduos com DAP i 5, amostrados na floresta morfo-espécies são relacionadas e, em várias sobremorrote, paradefiniçãodos limitesdodossel. Rodriguésia 57 (3): 429-442. 2006 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 432 Guedes-Bruni, R. R. etal. O sistema fitogeográfico adotado na Resultados e Discussão (c1la9s9s1i)f.icOaçãsoisdtaemvaegdeetacçlãasosfiofiicoaçdãeoVtealxoosnoôemtiacla. foramNacoalmiogisdtorsag5e8m0dionddoisvsíedluo(sD,AtPot>al1i0zacnmd)o adotado segue Cronquist (1988), excetuando- 26,85 m2/ha de área basal e 571,36 m3 de seFabaceae,que foiconsideradacomo família volume/ha. única, deacordo com Polhill etal. (1981). Identificaram-se 174 espécies (tab. 1), de 45 famílias;oíndicedediversidadedeShannon Processamento e análise dos dados O (FT) foi de 4,57 nats/ind., enquanto a eqüabili- processamento dos dados da dade (J) foi de 0,88, valores comumente amostragem foi executado pelo programa encontrados em estudos na Floresta Ombrófila FITOPAC(Shepherd 1995)paraoqual foram DensasubmontanaemontananoRiodeJaneiro, calculados parâmetros tais como: densidade conforme estudo de Guedes-Bruni (1998). As relativa (Dr), freqüência relativa (Fr), alterações ocorridas nas paisagens da Rebio, à dominância relativa (Dor) a partir da área primeiravista,induzemumapercepçãodebaixa basal, o volume cilíndrico obtido pela riqueza e diversidade em suas florestas, no multiplicaçãodaáreabasal pelaalturatotal,e entanto,osprocessossucessionaisdiferenciados o valor de importância (VI). Para análise da que ocorrem simultaneamente, em escalas diversidade florística adotou-se o índice de temporais, como respostas à interferência nos DiversidadedeShannon(FF)edeeqüabilidade remanescentes, além da heterogeneidade de (J’) de acordo com Magurran (1988) e Pielou ambientes, principalmente no substrato, (1984) respectivamente, com a base relacionadoàformaçãomamelonar,acabampor logarítmicanatural. gerarelevadasriquezaediversidadedeespécies. Tabela 1 -RelaçãodasespéciesregistradasnaamostragemdaFlorestaOmbrófilaDensasubmontana sobre morrote na Reserva Biológica de Poço das Antas. Família/Espécie Família/Espécie ANACARDIACEAE BIGNON1ACEAE Astronium graveolens Jacq. Bignoniaceae sp.l Bignoniaceae sp.2 ANNONACEAE Bignoniaceaesp.6 Annonaceae sp.l Bignoniaceae sp.7 Annonaceae sp.2 Bignoniaceae sp.8 AAnnnnoonnaacceeaaee sspp..34 STpaabreabtutioascpaesrsmianolieduecsa(nLtahmu.m)(DVCel.l.)K. Schum. GuatteriaferrugineaA.St.-Hil. Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo GuatteriaxylopioidesR.E.Fr. Guatteria sp.4 BOMBACACEAE Rollinia laurífolia Schltdl. Eriothecamacrophylla(K. Schum.) A. XylopiasericeaA.St.-Hil. Robyns APOCYNACEAE Eriothecapentaphylla (Vell.)A. Robyns Pseudobombaxgrandijlorum (Cav.)A. Robyns Tabernaemontanaaustralis (Müll. Arg.) Miers. BORAGINACEAE ARECACEAE Cordia trichoclada DC. Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret Euterpe edulis Mart. BURSERACEAE ASTERACEAE Protiumspmceanum(Benth.) Engl. Protium blanchetii Engl. Vernonia discolor (Spreng.) Less. Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Rodriguésia 57 (3): 429-442. 2006 SciELO/JBRJ cm L2 13 14 15 16 17 .. FloristicaeestruturadedosselemflorestasobremorrotemamelonarnoRiodeJaneiro 433 Família/Espécie Família/Espécie MIMOSOIDEAE CECROPIACEAE Cecropia glaziovi Snethlage Albiziapolycephala(Benth.) Killipex Record Cecropiapachyslachya Trécul Baliziapedicellaris(DC.) Bameby&J. W. Grimes CHRYSOBALANACEAE IngaafftnisDC. Licaniaoctandra(Hoffmanns. exRoem. & Inga capitata Desv. Schult.)Kuntze Inga thibaudiana DC. Pithecellobiumpedicellare (DC.) Benth. CLETHRACEAE Plathymeniafoliolosa Benth. & Clethra scabra Pers. Pseudopiptadeniacontorta(DC.)G. P.Lewis M.P.Lima CLUSIACEAE Pseudopiptadenia inaequalis (Benth.) Rauschert Clusiaceaesp.l Calophyllum brasiliense Cambess. PAPILIONOIDEAE Dalbergiafrutescens(Vell.)Britton ELAEOCARPACEAE Machaerium incorruptibile Allemão Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. Ormosiaarbórea(Vell.)Harms SloaneamonospermaVell. OrmosiafastigiataTul. Sloanea sp. Peltogyne sp.l Phyllocarpus riedelii Tul. ERYTHROXYLACEAE Platycyanus regnellii Benth. Erythroxylum sp. Pterocarpus rohrii Vahl Swartzia aff. apetala Raddi EUPHORBIACEAE Swartziaflaemingii Raddi var.flaemingii Actinostemon concolor(Spreng.) MUll. Arg. Swartziasimplex(Sw.) Spreng. Actinostemon verlicillalus (Klotzsch) Baill. FLACOURTIACEAE Alchornea glandulosa subsp. iricurana (Casar)Secco Banaraserrata(Vell.)Warb. Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. Caseariaarbórea(Rich.)Urb. Aparisthmiumcordatum(Juss.)Baill. Caseariasylvestris Sw. Euphorbiaceae sp.3 Flacourtiaceae sp. Hyeronima alchorneoides Allemao Lacistemapubescens Mart. Mabeafistulifera Mart. HIPPOCRATEACEAE Pera sp.1 Senefelderaverticillata(Vell.)Croizat Cheilocliniumcognatum (Miers)A. C. Sm. Tetraplandra riedelii Mtlll. Arg. LAURACEAE Tetrorchidium rubrivenium Poepp. Anibafirmula(Nees&C. Mart.) Mez FABACEAE Aniba intermedia (Meisn.) Mez Beilschmiedia taubertiana(Schwacke & Mez) Fabaceae sp.l Kosterm. Fabaceae sp.2 Cryptocaria micrantha Meisn. CAESALPINIOIDEAE Cryptocaria moschata Mart. Apuleialeiocarpa(Vogei)J. F. Macbr. Cryptocarya sp.l Apuleiamolaris Spruce ex Benth. Lauraceae sp. Batihiniaforficata Link Lauraceacsp.7 Chamaecristaensiformis(Vell.)H.S. Irwin& Licariaarmenica(Nees) Kosterm. Nectandramembranacea(Sw.)Griseb. Bameby Martiodendron meditenaneum (Mart. ex Nectandra oppositifolia Nees Benth.) R. Koeppen Ocotea aff. lindbergii Mez Melanoxylon brauna Schott Ocotea divaricata (Nees) Mez Ocotea laxa(Nees) Mez Rodriguésia 57 (3): 429-442. 2006 SciELO/JBRJ 12 13 14 15 16 17 434 Guedes-Bruni, R. R. etal. Família/Espécie Família/Espécie Ocoleamartiana Mez Eugenia supraaxillaris Spring Ocoteaspectabilis (Meisn.) Mez Myrciacf. hirtifloraDC. Urbanodendronbahiense(Meisn.)J.G Rohwer Myrciafallax(Rich.)DC. LECYTHIDACEAE Myrciaracemosa(O.Berg)Kiaersk. Myrciarostrata DC. Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze Myrtaceae sp. Cariniam legalis (Mart.) Kuntze Lecythidaceae sp.1 NYCTAGINACEAE Lecythis lanceolata Poir. Guapiranitida(Mart.exJ.A.Schmidt)Lundell MELASTOMATACEAE Guapiraopposita(Vell.)Reitz Miconiacinnamomifolia(DC.)Naudin Guapira sp.1 MiconialepidolaSchrank& Mart. ex DC. QUIINACEAE Tibouchina estrellensis (Raddi) Cogn. Quiinaglazovii Engl. Tibouchina scrobiculata Cogn. ROSACEAE MELIACEAE Cabraleacanjerana(Vell.) Mart. subsp. Prunusbrasiliensis(Cham.&Schltdl.)Dietrich canjerana RUBIACEAE Guareaguidonia(L.)Sleumer Amaioua intermedia Mart. Meliaceae sp. Bathysa mendoncaei K.Schum. TrichiliacasarettiC. DC. Bathysastipulata(Vell.)C.Presl. Trichilia lepidota subsp. schumanniana FarameamultijloraA. Rich.exDC. (Harms)T.D.Penn. Psychotridi sp.l Trichiliapallida Sw. Randiaarmata(Sw.)DC. MONIMIACEAE Simiraviridijlora(Allemâo& Saldanha) Steyerm. Mollinedia cf. salicifolia Perkins Monimiaceaesp.2 RUTACEAE Siparuna guianensis Aubl. Hortiaarbórea Engl. Siparunareginae(Tul.)A.DC. SAPINDACEAE MORACEAE HFBMeiorlcroiuascsocisgemtoauymelmeilssglput.eiloiamrnaeennKtsuoensta(hA(uP&bole.Cp).pH.Du.&bBeoErnudclh.é) Rusby CCCCuuuuppppaaaannnniiiiaaaafrosuapbrc.lfleounmrgoaiscfaeoal(iVReaaldlM.la)kr.Rta.dlk. NPasueculdeoolpmseidsiaobclfo.nlgaiefvoilsi(aR(uKiuzh&lmP.a)v.C)arJ.aFu.ta SAMMPaaOttaaTyyAbbCaaEgsAupE.ilanensis Aubl. Macbr. Pseudolmedia hirtula Kuhlm. Chrysophyllumflexuosum Mart. Sorocea guilleminiana Gaudich. Ecclinusa ramiflora Mart. Micropholis crassipedicellata (Mart. & Eichler MYRIST1CACEAE exMiq.)Pierre Virolagardneri(A. DC.) Warb. Pouteriacf.reticulata(Engl.)Eyma Pouteria guianensis Aubl. Virolaoleifera(Schott)A. C. Sm. Pradosia kuhlmannii Toledo MYRSINACEAE SIMAROUBACEAE ArdisiaafT. martiana Miq. Simarouba amara Aubl. MYRTACEAE STERCULIACEAE Eugenia sp. SterculiachichaA.St.-Hil. erTurpin Rodriguésia 57 (3): 429-442. 2006 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 .. " Flori.sticaeestruturadedosselemflorestasobremorrotemamelonarnoRiodeJaneiro 435 Família/Espécie Família/Espécie SYMPLOCACEAE VIOLACEAE Symplocos variabilis Mart. Rinorea guianensis Aubl. VERBENACEAE VOCHYSIACEAE Cytharexylum myrianthum Cham. Vochysia sp.l A literatura sobre florestas de baixada, dcJuturnaíbae, possivelmente,maissujeitos sejam elas aluviais ou sobre morrotes, é à interferência na composição e insuficienteparaoconhecimentode suaflora caracterização dos solos, visto que, a porção e estrutura, e as UCs representam norte de toda a Rebio é margeada por solos importantes fontes de estudo para a turfosos. O tamanho do fragmento, para compreensãodestasflorestas,tantonoâmbito efeitodecomparação,poderiaserigualmente das comunidades como no de populações, considerado, porém, os dados disponíveis, sobretudo para espécies de distribuição impossibilitamumaadequadainferênciasobre restrita,tantoemamplitudegeográficacomo a influência da forma e tamanho entre os em especificidade ambiental. fragmentos estudados por Pessoa (2003) e Pessoa (2003), objetivando investigar o este estudo. efeito da fragmentação e do isolamento de Analisando o estrato arbóreo de uma habitats sobre a estrutura e diversidade dos toposseqüência alterada, de Floresta elementos arbóreos, inventariou três Ombrófila Densa submontana, próxima à fragmentos de diferentes formas e dimensões Rebio,comcritériodeinclusãodeDAP£3,18, na Rebio, dos oito ocorrentes sobre pequenos Borém & Oliveira-Filho (2002) encontraram morrotes,tendocomocritériodeinclusãoDAP 129espécieseovalordoíndicedediversidade ^5 cm. Foramreferenciados 1.771 indivíduos (H’) igual a 4,137 nats/ind. Os resultados de 207 espécies, onde Senefeldera obtidos pelos autores, ao inventariarem cotas verticillata corresponde à espécie com maior altitudinaisquedenominaramterços: inferior, VI nostrês fragmentosanalisados,decorrente médio e superior, expressam que o critério de dos elevados valores de densidade da espécie inclusão influi fortemente na caracterização nas diferentes áreas amostrais. Os índices de da vegetação, quando comparados aos diversidade(H’)obtidoscorrespondema3,02 resultados neste estudo obtidos, pois como nats/ind. (fragmento com 1,35 ha), 3,90 nats/ afirmam: “Em todos os ambientes estudados ind. (fragmento com 6,65 ha) e 3,65 nats/ind. observa-se que dentre as espécies mais (fragmento com 9,34 ha) enquanto os valores importantes (maior VI) muitas apresentam deequabilidade(J)correspondema0,73,0,83 como estratégia de ocupação do ambiente e0,73,respectivamente. Interessantedestacar muitos indivíduos de porte relativamente queosvaloresencontradospelaautorapodem reduzido, enquanto a minoria apresenta ser explicados, inicialmente, pelo critério poucos indivíduos que podem alcançar distintodeinclusão,que,porsuavez,aumenta grandes dimensões. Ou seja, as espécies acoletadeindivíduosrecrutantes,oqueacaba amostradas são, em sua maioria, espécies por elevar os valores de densidade de pioneiras ou secundárias iniciais, cujos determinadas espécies, sem contudo, diâmetros, nas diferentes toposseqüências aumentara riqueza de táxons nas amostras (o analisadas, distribuem-se semelhantemente c que pode ser corroborado pelos valores concentram a maior densidade de seus encontrados para equabilidade). Outro fator indivíduos entre as classes 7,5 e 12,5 cm, de influência, a ser ponderado, refere-se à especialmentc no terço superior, onde as localizaçãodossítiostratados: maisanoroeste árvores de pequeno diâmetro são mais da Rebio, mais próximos à área da Represa freqüentcs. Conseqüentementc, diferem dos Rodrlguésia 57 (3): 429-442. 2006 SciELO/JBRJ L2 13 14 15 16 17 436 Guedes-Bruni, R. R. etal. resultados obtidos quando avaliadas as Senefeldera verticillata, Lacistema espécies de dossel, uma vez que os autores pubescens, Siparuna reginae. coletaram com maior freqüência elementos Guapira opposita, Alchornea mais típicos à sub-mata do que propriamente triplinervia e Euterpe edulis, presentes no recrutantes de espécies de dossel. dosselcomdensidadesentre2e 1 indivíduospor As famílias que reúnem 73,9% dos hectare, são freqüentemente registradas em indivíduospresentesnodossel(fig.2)dotrecho inventáriosnoRiodeJaneiro,sobretudoemáreas analisado são: Euphorbiaceae (12,4%), de baixada e sopé de serra, conforme Siqueira Fabaceae(6,7%),Moraceae(6,2%),Lauraceae (1994), quando as destaca entre as 10 espécies (5,7%), Melastomataceae (5,7%), Myrtaceae presentes em cerca de 50% dos levantamentos (5,7%), Monimiaceae (5,3%), Clethraceae realizados em áreas de Floresta Ombrófila (4,6%), Flacourtiaceae (4,5%), Annonaceae DensaAtlânticaemtodooterritóriobrasileiro. (4,5%),Rubiaceae(3,4%),Meliaceae(3,1%), Ao trabalhar em área de Floresta Sapindaceae (3,1%) e Myristicaceae (3,0%). Ombrófila DensaAtlântica em Ubatuba, São Estesresultadosrefletemmaisumaconjunção Paulo, em cotas altitudinais que variaram entre a riqueza de táxons para cada família e entre20e 190ms.m,eadotandocomocritério smeeunster,eeslpeecvtaidvaossdeinnsdiivdíaddueossp,odpuolqaucei,onpariospprairaa- de inclusãoárvorescom DAPs> 10cm. Silva (1980)relaciona, igualmente,Euphorbiaceae, determinadostáxons,comopodemexemplificar Arecaceae, Lauraceae e Fabaceae entre as Euphorbiaceae (32 inds:12 spp.), Fabaceae famíliasmaisricas,comRubiaceaeformando (m6a2i:o2r5e)sedLeanusriadcaedaees(3n3a:1á9)r.eaAssãeos:péSciipeasrcuonma ogrupomaisnumerosoeMyrtaceaeamenos rveergtiincaiel,latCa,letMharbaeascpaibrriar,i, STeinbeofueclhdienraa nOusmerreosuslat,addoesntdreeaUsbsaetiusbfaamsíãloi,asamianidsarhiocjaes,. dos estudos realizados no estado de São estrellensis e Casearia arbórea, algumas Paulo, os que mais se aproximam dos caracteristicamente espécies pioneiras em FloresAtoassOemrberómficloamspaDreansdaossAotslânvtailcoarse.s de rneosuRlitEoamddoesJeannceoinrto.radosparaáreasdebaixada densidadededosselaosdesub-mata,verifica- seu estudo realizado em área de se que grande número de indivíduos, Floresta Ombrófila submontana Atlântica na constituem elementos de dossel em Juréia,SãoPaulo,Mantovani(1993)destacou recrutamento como: Clethra scabra. entre as famílias com maiores números de indivíduosnodossel,oucomponentedominante (DAPs > 9,55cm): Myrtaceae, Arecaceae, Sapotaceae, Bombacaceae, Lauraceae e (%) Euphorbiaceae. Contudo, ao serem somadas as três subfamílias de Fabaceae, tratadaspelo autor como três famílias independentes, este táxon passa a apresentar grande relevância neste parâmetro. Embora as famílias relacionadas sejam assemelhadas às encontradas na Rebio, contudo diferem em agunsaspectos. Inicialmentecaberessaltarque aáreadeestudodaJuréiaémelhorconservada do que a da Rebio, o que por si sójá agrega elementos tais como as densidades elevadas de espécies das famílias Myrtaceae, Figura 2 - Distribuição percentual de abundância por Arecaceae (esta, em grande parte, pela famílias,naáreadeflorestasobremorrote. presença deEuterpeedulis, espécie mais rara Rodriguèsia 57 (3): 429-442. 2006 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 18 .. , FloristicaeestruturadedosselemflorestasobremorrotemamelonarnoRiodeJaneiro 437 nas amostragens da Rebio) e Sapotaceac (V.) mais próximas à condição de secundárias tardias. Na Rebio, as três famílias, a título de exemplificação, com maior número de indivíduos: Euphorbiaceae Senefeldera ( verticillata e Mabea piriri ), Fabaceae {Pseudopiptadenia inaequalis, Apuleia leiocarpa entre outras) e Moraceae Brosimum guianense, Sorocea ( guilleminiana entre outras) são mais expressivas pelas densidades das espécies a elas subordinadas, como também, mais características a condições de vegetação Figura3-Distribuiçãopercentualdariquezadeespécies porfamílias,naáreadefloresta sobremorrote. alterada, as quais se expressam no ambiente como pioneiras ou secundárias iniciais. Quando considerada a estrutura de Quanto à riqueza (fig. 3), 14 famílias abundância da vegetação, tanto para a concentram 75% das espécies ocorrentes densidade como para a área basal, foram no dossel, entre elas: Fabaceae (14,4%), obtidos valores pouco superiores aos de Lauraceae (11,0%), Euphorbiaceae (7,0%), trechos inventariados sobre pequenas Moraceae (6,0%), Myrtaceae (5,2%), elevações, típicas das baixadas do Rio de Annonaceae (5,2%), Bignoniaceae (4,6%), Janeiro,comoemGuedes-Bruni(1998),onde Sapotaceae (3,4%), Meliaceae (3,4%), foi adotada a mesma metodologia, Rubiaceae (3,4%), Flacourtiaceae (2,8%), destacadamente, o mesmo critério de Melastomataceae (2,3%), Monimiaceae inclusão. Nesta área de estudo, a densidade (2,3%), Lecythidaceae (2,3%) c foi de 580 ind./ha com área basal de 26,85 Nyctaginaceae (1,7%). Este parâmetro nr/ha. enquantoparaáreade florestaaluvial, pouco difere dos demais relacionados por nesta mesma Rebio, Gucdcs-Bruni et al. diferentes autores para áreas de baixada (2006), referenciam 486 ind./ha e área basal como Guedes (1998), Borém & Oliveira- de 23,77 mVha. As diferenças aqui Filho(2002), Pessoa(2003)cGucdcs-Bruni observadas podem refletir, primeiramente, a (2006). O que ocorre são pequenas variaçãodesolos,quesedádesdeas porções diferenças relativas à ocorrência de mais baixas até às maiselevadasdo morrote. espécies, mais competitivas para Além disto, também há penetração de luz no estabelecimento, sobumaou outracondição, interior das florestas nas áreas declivosas, característica a cada uma das áreas de que permitiria o maior desenvolvimento na estudo eque acabampor interferir, na maior sub-mata c o conscqüente acréscimo de ou menor riqueza dos grupos taxonômicos. biomassa, além do alagamento, permanente Assim, ao considerarmos os valores de ou temporário, de porções dos terrenos importânciadostáxonsocorrentes na floresta aluviais, decorrentes das cheias dos rios. de morrote (tab.2), são destacáveis: Em estudo realizado em uma Senefeldera verticillata Siparuna reginae toposscqüência,Borém&Oliveira-Filho(2002) , Mabea piriri Casearia sylvestris Cletbra destacam nos terço inferior, médio e superior , , scabra, Tibouchina scrobiculata, densidades e áreas basais de 147 ind./ha e Pseudopiptadenia inaequalis, Guapira 15,13 mVha, 177 ind./ha c 20,81 m2/ha c 255 opposita, Apuleia leiocarpa e Brosimum ind./ha e 33,34 mVha, respectivamente. Estes guianense, várias delas características de mesmos autores indicam ainda um aumento etapas iniciais da sucessão florestal. nos números de espécies c nos subscqücntcs Rodriguèsia 57 (3): 429-442. 2006 SciELO/JBRJ 12 13 14 15 16 17 438 Guedes-Bruni. R. R. etal. valores de H’ das toposseqüências, da inferior eporestarazãonãosóanaturezadosoloimpõe para a superior, que acabam por retratar um dificuldadede seu uso, comotambém, propicia gradiente de perturbação nas mesmas. No às populações vegetais manterem seu curso trecho analisado na Rebio, observa-se a natural de crescimento e estabelecimento na ocorrênciadeumnúmerosuperiordeindivíduos área. A ocorrência, por sua vez, de espécies de maior porte nas porções basais e medianas (maisencontradiçasnoslimitesentreasflorestas do morrote, enquanto que na cumeeira, talvez submontanas e montanas) reconhecidas em decorrênciadosmorrotesseremtênuemente culturalmente como apropriadas à construção, aplainados, observa-se um maior número de aousomedicinaledemaisbenefícios,naspartes indivíduos, mais característicamente arvoretas superiores dos morrotes, propicia a exploração do que árvores. Muitas destas arvoretas são seletiva,porpartedascomunidadesrurais,oque espécies secundárias tardias que sombreiam a justifica a abertura de clareiras. Dentre elas sub-mata densamente ocupada por elementos podem sercitadas: Apuleia leiocarpa (garapa), de AsAtrsoecmaerlyhuamnçaacduloeoabtsiesrsviamduom.porBorém& oVlieriofleargaar(dbniecruiíiba()b,icBuríboasi-mvuemrdagdueiiarna)e,nsVe Oliveira Filho (2002), no que concerne à (muirapinimaoumuirapinima-preta),Sorocea distribuiçãodiamétrica,aolongodogradientedas guilleminiana (espinheira-santa) e toposseqüências, possivelmente, o histórico Sparattosperma leacanthum (cinco-folhas ou recentedaregiãodabaciadorioSãoJoão,possa cinco-chagas). Nesteprocessode exploração, explicar,parcialmenteestecenáriodedados. Se com abertura de pequenas a médias clareiras, avegetaçãodosarredores,quecircundamestes nas cotas superiores dos morrotes, decorre a morrotes, são áreas de solo seco, muito ocupação dos espaços abertos por espécies provavelmente,foiutilizada:primeiramentepara heliófilas, característicamente pioneiras ou extraçãodemadeiranobre,há30anos,conforme secundárias iniciais, em forma de arvoretas e rneulamtosdeogsunmdooramdoomreesntloocapiasr(aCehxrtirsatçoãeotdale2l0e0n6h)a,’ cvuejzoeseleesvtaidoolandúoms,ercoodmeipnedqiuvíednuooss,dmiuâimteatsrodsa,s destinadaaoabastecimentode fomosdeolarias podemjustificarosresultadosencontradosem e panificadoras (Guedes 1988) e numa última ambos os estudos. etapa de uso, para implantação de pequenas Na estrutura de tamanho, 74% dos lavouras ou pastagem. Se, contudo, as áreas indivíduos encontram-se distribuídos com ddciairsscpueensrdpsaéancmtieeasstaéqouasesmoocrocrtooarstreemsmesdãnioaasinnaáursnedadásovesailsmu,ovirmaruioistteassse ddeixiâeâmmmepetltraroroesmséecdnoitomremeaq1ui0iovreaels3e1tnatxecamsad2(e1f,icg4r.ecs4mc),i,moecnnodtmeo Rodriguésia 57 (3): 429-442. 2006 SciELO/JBRJ 12 13 14 15 16 17

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