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Como Jesus Se Tornou Deus PDF

423 Pages·2.143 MB·Portuguese
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DADOS DE ODINRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo. Sobre nós: O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. Como posso contribuir? 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Jesus Cristo 2. Religião 3. Jesus Cristo – Personalidade e missão  4. Cristologia 5. Bíblia I. Título II. Britto, Lúcia  14-0677 CDD 232    Índices para catálogo sistemático:  1. Jesus Cristo      *Ao longo de todo este livro cito a Bíblia com certa frequência. As citações são traduções de minha própria autoria ou foram retiradas da Nova Versão Padrão Revisada da Bíblia.              2014  Texto Editores Ltda.  Uma editora do Grupo LeYa  Rua Desembargador Paulo Passaláqua, 86  01248-010 – Pacaembu – São Paulo SP  www.leya.com Para Sarah ■ AGRADECIMENTOS  Gostaria de agradecer aos estudiosos que me auxiliaram fazendo a leitura de um rascunho prévio deste livro e comentários detalhados e proveitosos. Se todos tivessem amigos e colegas tão perspicazes e generosos, o mundo seria um lugar muito mais feliz. Meus leitores foram Maria Doerfler, uma notável estudiosa que acaba de começar a lecionar História da Igreja como professora-assistente na Duke Divinity School; Joel Marcus, professor de Novo Testamento na Duke Divinity School, que há quase trinta anos lê meu trabalho e, constantemente, despeja montes de tinta vermelha por tudo; Dale Martin, professor de Novo Testamento em Yale, meu amigo e colega mais antigo nesse ramo, cujos insights críticos ao longo de muitos anos ajudaram a me moldar como estudioso; e Michael Peppard, professor-assistente de Novo Testamento na Universidade Fordham, a quem conheci há pouco tempo e que escreveu um livro, citado no decorrer de meu estudo, que teve efeito significativo sobre meu pensamento.  Também agradeço a toda a turma da HarperOne, em especial Mark Tauber, editor; Claudia Boutote, editora- assistente; Julie Baker, minha talentosa e vibrante relações públicas; e, acima de tudo, a Roger Freet, meu editor sagaz e prestativo, que ajudou a fazer deste um livro melhor. Dedico o livro à minha brilhante esposa, Sarah Beckwith. Anos atrás dediquei outro livro a ela, mas, visto que rededico minha vida a ela continuamente, acho que está na hora de rededicar-lhe um livro. Ela é a pessoa mais incrível que conheço. ■ INTRODUÇÃO  Jesus era um pregador judeu da classe baixa dos cafundós da Galileia rural que foi condenado por atividades ilegais e crucificado por crimes contra o Estado. Todavia, não muito depois de sua morte, seus seguidores proclamavam que ele era um ser divino. Por fim, foram ainda mais longe, declarando que ele não era outro senão Deus, Senhor do céu e da terra. E daí a pergunta: como um camponês crucificado passou a ser visto como o Senhor que criou todas as coisas? Como Jesus se tornou Deus?  A plena ironia dessa pergunta só me ocorreu recentemente, durante uma longa caminhada com uma de minhas amigas mais próximas. Enquanto conversávamos, repassamos uma série de assuntos: livros que tínhamos lido, filmes a que tínhamos assistido, visões filosóficas em que estávamos pensando. Por fim, começamos a falar de religião. Diferente de mim, minha amiga continua identificando-se como cristã. A certa altura, perguntei o que ela considerava o cerne de suas crenças. A resposta dela me fez parar para pensar. Ela disse que o coração da religião era, para ela, a ideia de que, em Jesus, Deus havia se tornado homem.  Um dos motivos pelos quais fiquei pasmo com a resposta foi que aquela também havia sido uma de minhas crenças — muito embora não fosse mais há anos. Nos tempos do Ensino Médio, eu havia ponderado árdua e longamente sobre o “mistério da fé”, conforme encontrado, por exemplo, em João 1:1–2, 14: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. (...) E a Palavra se fez carne e habitou entre nós, e contemplamos sua glória, glória como o Filho único do Pai”. Antes disso ainda, eu havia franca e sinceramente confessado as declarações cristológicas do Credo Niceno, de que Cristo era  o Filho único de Deus,  eternamente gerado do Pai,  Deus de Deus, Luz da Luz,  Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,  gerado, não criado,  consubstancial ao Pai.  Por meio dele todas as coisas foram feitas.  Para nós e para nossa salvação  ele desceu dos céus;  pelo poder do Espírito Santo  encarnou da Virgem Maria  e foi feito homem.  Mas eu mudei com o passar dos anos, e hoje, na meia- idade, não sou mais um crente. Em vez disso, sou um historiador do cristianismo primitivo que por quase três décadas estudou o Novo Testamento e o surgimento da religião cristã a partir de uma perspectiva histórica. E agora, de certo modo, minha pergunta é o exato oposto da pergunta de minha amiga. Como historiador, não estou mais obcecado com a questão teológica de como Deus se tornou homem, mas com a questão histórica de como um homem se tornou Deus.  A resposta tradicional para essa pergunta, claro, é a que Jesus de fato era Deus, e por isso é claro que disse ser Deus e sempre acreditaram que ele fosse Deus. Contudo, uma longa corrente de historiadores sustenta desde o final do século XVIII que esse não é o entendimento correto do Jesus histórico, e mobilizou muitos argumentos convincentes em apoio a sua posição. Se esses historiadores estiverem certos, resta-nos um enigma: como isso aconteceu? Por que os primeiros seguidores de Jesus começaram a considerá-lo Deus?  Neste livro tentei abordar a questão de uma maneira que seja útil não só para historiadores seculares de religião como eu, mas também para crentes, como minha amiga, que continuam a pensar que Jesus, de fato, é Deus. O resultado é que não assumo posição quanto à questão teológica do status divino de Jesus. Em vez disso, estou interessado no processo histórico que levou à afirmação de que ele é Deus. Esse processo histórico com certeza aconteceu e as crenças pessoais sobre Cristo não devem, na teoria, afetar as conclusões a que as pessoas chegam em termos históricos.  Claro que a ideia de que Jesus é Deus não é uma invenção dos tempos modernos. Como mostrarei em minha discussão, essa foi a visão dos primeiros cristãos logo após a morte de Jesus. Uma de nossas questões motrizes ao longo deste livro será sempre: ao que esses cristãos se referiam ao dizer “Jesus é Deus”? Como veremos, diferentes cristãos referiam-se a coisas diferentes sobre esse tema. Além disso, para entendermos essa afirmação em qualquer sentido, é preciso que saibamos a que as pessoas do mundo antigo em geral referiam-se quando pensavam que um homem específico era um deus — ou que um deus havia se tornado humano. Essa afirmação não é exclusiva dos cristãos. Embora Jesus possa ser o único Filho de Deus operador de milagres que conhecemos em nosso mundo, numerosas pessoas da antiguidade, tanto entre judeus quanto entre pagãos, foram consideradas humanas e divinas.

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