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Coleção de Artes Liberais-Vol01-Trivium e Quadrivium PDF

329 Pages·2020·39.442 MB·Portuguese
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COLEÇÃO DE ARTES LIBERAIS: VOLUME I TRIVIUM E QUADRIVIUM A doutrina das 7 Artes Liberais Com opúsculos de Hugo de São Vítor, Rabano Mauro, Santo Alcuíno de Iorque, São Boaventura e Flávio Magno Aurélio Cassiodoro COLEÇÃO DE ARTES LIBERAIS: VOLUME 1 TRIVIUM E QUADRIVIUM A doutrina das 7 Artes Liberais Com opúsculos de Hugo de São Vítor, Rabano Mauro, Santo Alcuíno de Iorque, São Boaventura e Flávio Magno Aurélio Cassiodoro Traduções Clístenes Hafner Fernandes Texto Clístenes Hafner Fernandes Eduardo Rocha Costa Mário Lucas Carbonera Coordenação e Edição Joel Paulo Arosi Diagramação João S. Vítor Oliveira Arte da Capa e Ilustrações Marina Viana Almeida Revisão José Lima Ficha Catalográfica Instituto Cultural Hugo de São Vítor Trivium e Quadrivium: A doutrina das 7 Artes Liberais - Porto Alegre: Instituto Hugo de São Vítor, 2020. 328p.: il.; 16x23cm ISBN: 978-65-87043-00-5 1. Artes Liberais 2. Pedagogia 3. Educação CDD: 370 Direitos da tradução e edição: Instituto Cultural Hugo de São Vítor Rua São Manoel, 456/204 - Bairro Rio Branco - Porto Alegre - RS. CNJP: 22.590.339/0001-28 [email protected] Sumário Introdução 7 12 Lições de Educação 13 Trivium 99 Gramática 123 Retórica 137 Dialética 151 Quadrivium 169 Aritmética 187 Geometria 193 Música 199 Astronomia 209 Flávio Magno Aurélio Cassiodoro 226 Santo Alcuíno de Iorque 236 Rabano Mauro 252 Hugo de São Vítor 282 São Boaventura 296 Creátor Ineffábilis, qui de thesáuris Criador inefável, que dos tesouros da Sapiéntiae tuae tres vossa sabedoria elegestes três hierarquias Angelórum hierarchías de Anjos e as estabelecestes numa designásti, et eas super ordem admirável acima dos céus, e Caelum empyreum miro órdine collocásti, atque dispusestes com tanta beleza as partes univérsi partes elegantíssime do universo; Vos que sois chamado distribuísti, tu, inquam, qui a fonte verdadeira e o Princípio verus fons lúminis et sobreeminente da Luz e da Sabedoria, sapiéntiae díceris atque superéminens princípium dignai-vos enviar sobre as trevas da infundere dignéris super minha inteligência um raio da vossa intelléctus mei ténebras tuae claridade, afastando de mim a dupla rádium claritátis, dúplices, in obscuridade na qual nasci, a do pecado e quibus natus sum a me remóvens ténebras, peccátum a da ignorância. scilicet et ignorántiam. Vós que tornais eloquente a língua Tu qui línguas infántium facis disértas, das crianças, formai a minha palavra línguam meam erúdias atque e deitai sobre os meus lábios a graça in lábiis meis grátiam tuae da vossa bênção. Dai-me a penetração benedictiónis infundas. Da para compreender, a capacidade de reter, mihi intelligéndi acúmen, retinéndi capacitátem, a maneira e a facilidade de estudar, addiscéndi modum et a subtileza para interpretar e uma facilitátem, interpretándi graça abundante para falar. Disponde subtilitátem, loquéndi grátiam o começo, dirigi o avanço, cumpri o copiósam. Ingressum instruas, progréssum dirigas, egréssum acabamento; Vós que sois verdadeiro cómpleas. Tu qui es verus Deus e verdadeiro homem, e que viveis Deus et homo, qui vivis et e reinais pelos séculos dos séculos. regnas in sáecula saeculórum. Amém. Amen. *Oração composta por Santo Tomás de Aquino para ser recitada antes dos estudos De brevitate vitae i 2. Ubi sunt, qui ante nos in mundo fiiere? Vadite ad superos, Transite ad inferos,: Ubi iam fiiere.: 3. Vita nostra brevis est, brevi finietur, venit mors velociter rapit nos atrociter, nemini parcetur. 4. Vivat academia, vivant professores, vivat membrum quodlibet, vivant membram quaelibet, semper sint in flore! 5. Vivant omnes virgines faciles, formosae, vivant et mulieres, tenerae, amabiles, bonae, laboriosae! 6. Vivat et respublica et qui illam regit, vivat nostra civitas, maecenatum caritas, quae nos hie protegit! 7. Pereat tristitia, pereant osores, pereat diabolus, quivis antiburchius, atque irrisores! Introdução: A tradição educacional do ocidente Para você que deposita alguma confiança em nosso trabalho e inicia o estudo desta coleção de livros, cabe-nos dizer que agradecemos muito por essa disposição: isso mostra o seu reconhecimento de que temos um pouco mais de conhecimento do que você, pelo menos nesta seara. Como dizia Hugo de São Vítor, a humildade é o princípio da educação, e não devemos ter vergonha de aprender de qualquer um que saiba algo que não sabemos. Isso é uma tremenda virtude, isso pode construir um sábio. Agora que temos um pouco da sua confiança, queremos aumentá-la e, para isso, deixaremos muito claro de onde saiu o conteúdo presente nesta grande coleção de livros, o qual tentaremos transmitir para você. Permita-nos, em poucos parágrafos, falarmos um pouquinho da origem da coisa. Além de lhe informar, faremos justiça a muitas pessoas sem as quais esta obra, estes 12 volumes, não seriam possíveis. Voltemos às origens, então. Para começar, você rezou ou leu a oração de Santo Tómas logo na página 4? Cantou ou leu o Gaudemus Igitur na página 5? Bem, estes materiais fizeram parte da primeira apostila que foi montada na Confraria de Artes Liberais, que funcionava no Centro Cultural Mirador, em Porto Alegre, por volta de 2010. Muitas pessoas fizeram parte deste grupo de estudos, dentre elas: Clístenes Hafner Fernandes,Mário Lucas Carbonera, Renan Martins dos Santos, Marcelo 7 Introdução Bihre, Rodrigo Naimayer, Miguel Lopez, Adriano Migliavacca, Artur Telló, Veríssimo Anagnostopoulos, Henrique Garcia, Carlos Guilherme Silveira, Felipe Farinon, André Kugland, César Assis Brasil, Rodrigo Lacroix, Marcus Boeira, Augusto Fleck, Wilson Chagas jr., Marciano Lang Fraga, Alexandre Guerreiro. Estes anos do grupo de estudos foram fundamentais e decisivos para tudo que veio depois. A partir do início de 2014, a empreitada começou a tomar uma forma mais concreta e transformou-se no Instituto Hugo de São Vítor. Naquele momento, uma recém-fimdada instituição de educação e cultura. Novas pessoas passaram a fazer parte dessa história, tais como Eduardo Rocha Costa, Ivanor Bochi, Matheus Knispel da Costa, Joel Paulo Arosi e outros. Os primeiros anos do IHSV foram de muitas palestras, colóquios, congressos, e também das primeiras atividades pedagógicas, que foram moldando nossa forma de pensar educação e cultura, nossa forma de levar uma vida de estudos, e também nosso modo de influenciar na educação de quem queira se educar conosco — época também de firmar bases substanciais na organização da empresa. Neste período, muitos professores foram importantíssimos. Rafael Falcón, Rodrigo Gurgel, Raphael de Paola, Marcos Monteiro, Gustavo e Camila Abadie, Sidney Silveira, Victor Sales, Henrique Elfes, entre outros, todos esses nos ajudaram com palestras e conselhos importantíssimos, além de seus exemplos de autoeducação e de vida. Belas iniciativas educacionais já surgiram no seio de nosso instituto. Eis um destaque que todos os interessados em educação precisam saber — calma! Calma! Precisamos lhe contar essa. Prometemos que essa introdução continuará curta. Realizamos em 2017 o Cl AL, curso intensivo de artes liberais, no qual, durante seis meses, tivemos conosco 10 alunos internos que cursaram um programa de educação liberal em tempo integral. Em seis meses não é possível concluir um programa completo; mas foi um tira-gosto incrível. Estiveram conosco: Caio Henrique Santos Silva, Eduardo Felipe de Oliveira, Enrique Machuca, Felipe Asmuz, Jean Guerreiro, Josimar de Souza Rodrigues 8 A tradição pedagógica do Ocidente Junior, Juan Carlos Diaz, Marllon Ramos, Pedro Henrique Borges de Oliveira e Ivanor Bochi. Muitos deles continuaram os estudos. Um deles participou da fundação de uma escola no Distrito Federal e outro já figura como um grande aluno do Thomas Aquinas College, uma das principais escolas de Artes Liberais do EUA. Essa disposição para a educação, essa maneira de levar a vida intelectual une de alguma forma, se não todos, a grande maioria das pessoas que fizeram parte de nossa história. Essa disposição - esse espírito - podem ser muito bem explicados por um excerto daquela primeira apostila de 2010, retirado de uma palestra sobre Educação Liberal proferida por Olavo de Carvalho. Esta passagem pode dar um pouco da ideia, do entendimento pedagógico que foi se conformando por aqui, e, além disso - como você verá melhor nas lições do prof. Clístenes no próximo capítulo, que está quase começando - está muito bem alinhada ao ideal pedagógico tradicional do Ocidente desde Sócrates, que passa pelo helenismo, pelos romanos, até chegar nos cristãos que trazem as boas novas da revelação de Cristo, os quais, fazendo pleno uso desse arsenal cultural acumulado para ao fins mais altos possíveis, como que colocaram a cereja no bolo da tradição educacional do ocidente; isto é, até os modernos fazerem a lambança que fizeram. Bem, agora é preciso refazer o bolo. Pelo menos temos a receita. Olavo diz assim: “Sei quanto é complexa a Educação, o quanto ela requer de contato direto e comprometimento total do professor com seus alunos, porque não se trata de transmitir certos conhecimentos, mas de elevar o indivíduo para a possibilidade de certas experiências interiores, que darão poder à sua inteligência e poder à sua capacidade cognitiva. Educar é transmitir um poder. E esse poder eu não posso injetar em você; posso dizer mais ou menos onde ele está e você pode procurar, posso dizer como você pode abrir a caixa e pegar o que é seu. E a partir desse enriquecimento da experiência interior e a partir da ideia de concentração, de continuidade da consciência, que o indivíduo se abre à possibilidade de compreensão 9

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