1 José Fleurí Queiroz (pesquisador/divulgador) MEDICINA ESPÍRITA - CIÊNCIA MÉDICA PARAPSICOLOGIA MEDIUNIDADE CURADORA “ALLAN KARDEC” A MEDIUNIDADE CURADORA é uma aplicação dos princípios espíritas às doenças em geral, por intermédio dos MÉDIUNS CURADORES. A MEDICINA ESPÍRITA, entretanto, é o que Kardec chamava: “Uma aplicação dos princípios espí- ritas no PLANO CULTURAL, ou seja, na MEDICINA, o que só pode ser feito por MÉDICOS”. 2 * CAUSAS MATERIAIS E ESPIRITUAIS DAS DOENÇAS (Métodos de Prevenção e Cura Segundo a Ciência Espírita) * OBSESSÃO - SUBJUGAÇÃO - POSSESSÃO. (Causas. Conseqüências mórbidas Físicas e Espirituais. Curas) * PERFEIÇÃO MORAL E SAÚDE PERFEITA “MENTE SÃ E CORPO SÃO” (CÓDIGO DE DIREITO NATURAL ESPÍRITA – ‘Código Fleurí’) * Matéria selecionada por José Fleurí Queiroz, das magníficas obras dos autores abaixo, de interesse da Ciência Médica, das Faculdades de Medicina, dos espíritas e do público em geral: ALLAN KARDEC J. HERCULANO PIRES EMMANUEL (Espírito) 3 AGRADECIMENTOS AGRADEÇO A TODOS QUE, DE UMA FORMA OU DE OUTRA, TÊM CONTRIBUÍDO PARA QUE EU CONTINUE TENTANDO SER ÚTIL. 4 APRESENTAÇÃO Para quem ainda não o conhece, apresento o “Menino Fleurí”. Mas quem é ele? E o que significa este livro? Muito bem, veja no livro “Código de Direito Natural Espírita” – Código Fleurí - (Projeto comentado, de José Fleurí Queiroz – Editora Mundo Jurídico), o que escrevi sobre o mesmo. Quanto à obra presente, nada mais é do que uma seqüência dos demais trabalhos anteriores, pela mesma Editora: “A Educação Como Direito e Dever À Luz da Filosofia e do Direito Natural”, o Código referido, “Suicídio É Ou Não É Crime?” (em co-autoria com Allan Francisco Queiroz, nosso filho), “A Violência. A Criminalidade. O Criminoso. A Superlotação Carcerária” (no prelo). Todos com um único propósito: demonstrar que a Fi- losofia e Ciência Espíritas estão incrustadas em todas as áreas do Conhecimento, que só se torna completo com a sua inserção no Meio Cultural. Este trabalho, em princípio é de inte- resse da Ciência Médica; os demais, À Ciência e Filosofia do Direito. E, no conjunto, inte- ressam a todos nós, que estamos em busca da Verdade. O “Menino Fleurí”, nos últimos anos, tem passado dias, noites, feriados, fins de semana e feriadões debruçado em exaustivas pesquisas, seleção de textos, etc., procurando reunir o que encontra na vasta Literatura Espírita para associar à toda Cultura que ainda se ressente das injunções do Materialismo Ele não tem nenhum vínculo com a Medicina – só quando fica doente -, mas é Espí- rita militante há muitos anos e dirigente do Centro Espírita Sinhaninha – Liceu Allan Kar- dec, em nossa cidade (Buri-SP), onde eu fiscalizo seus trabalhos, como Assessora e Espo- sa; nesse mister, temos observado, em conjunto, os resultados da Mediunidade Curadora associada à Assistência Médica. Daí, obviamente, e dos estudos profundos, resultou este li- vro, que, também, tem parte de minha vida, uma vez que me roubou muitas horas de “pa- po-furado”, etc., com o pesquisador “Menino Fleurí”. Não tenho a menor dúvida que todos serão beneficiados com esta leitura! DOMITILA MEIRA DE VASCONCELLOS Esposa vigilante (porque oro e vigio). 5 ÍNDICE NO FINAL 6 INTRODUÇÃO E RESUMO Lancei, pela Editora Mundo Jurídico, três livros com o propósito de cola- borar na divulgação da Doutrina Espírita no meio acadêmico e cultural. O primei- ro, em 2.003, “A Educação Como Direito e Dever – À Luz da Filosofia e do Direi- to Natural”, minha Dissertação de Mestrado em Filosofia do Direito e do Estado, pela PUC-SP; o segundo, em 2.006, “Código de Direito Natural Espírita” (Projeto Comentado); o terceiro, em 2.007, “Suicídio É ou Não é Crime?”, em parceria com meu filho Allan Francisco Queiroz. O quarto, em vias de publicação, “A Vio- lência. A Criminalidade. O Criminoso. A Superlotação Carcerária”. Todos eles enquadrados na Filosofia do Direito, sendo que o último envolvendo, também, e- lementos da Ciência Jurídica. Volto, agora, com este trabalho: “Medicina Espírita/Parapsicologia/Ciência Médica/Mediunidade Curadora”, resultado de profundas pesquisas na literatura Espírita e nos recursos atualizados que nos proporciona a Internet, dirigindo-me, principalmente, a outro segmento Cultural, ou seja, à nobre classe Médica e estu- dantes de Medicina, procurando fornecer subsídios que possam contribuir para o aperfeiçoamento dessa Ciência, em prol da Humanidade sofredora. Dirigi-me, anteriormente, à classe dos Juristas, à qual, também, honrosa- mente pertenço na qualidade de Advogado Criminalista, Professor Universitário em Filosofia do Direito e do Estado e Auditor Fiscal da Receita Federal (aposen- tado em 1991), procurando, da mesma forma, colaborar para o enriquecimento da Ciência e Filosofia do Direito, através dos princípios do Direito Natural Espírita, fartamente explicitados no Código de Direito Natural Espírita já referido. Viso, no momento, como já esclarecido, a honrosa Classe Médica e o meio estudantil respectivo, na condição de espírita atuante e observador direto dos óti- mos resultados de cura pela “Mediunidade Curadora” nos Centros Espíritas de nossa cidade de Buri - SP: “Amor, Fé e Caridade”, sendo presidente a Sra. Hélia Rodrigues, “Discípulos de Jesus”, cujo presidente é o Sr. João Tomáz e, ainda, no “Centro Espírita Sinhaninha – Liceu Allan Kardec”, do qual sou dirigente, em companhia de minha esposa Dra. Domitila, há mais de dez anos, acrescentando, também, que por mais de 10 anos fui colaborador junto á “Federação Espírita do Estado de São Paulo”, em nossa capital, onde freqüentei todos os Cursos lá minis- trados e atuei em vários Departamentos da mesma. Assim, aliando teoria e prática, fiquei encorajado para este empreendimento. Naturalmente, como aconteceu com os livros anteriores, muitos, antes mesmo de consultarem a este, o repelirão, por tratar-se de Espiritismo e por igno- rarem que esta Doutrina é resultado de observações experimentais de fatos reais, o mesmo processo utilizado na Ciência tradicional e, em particular, pela Ciência Médica. E o caráter científico do Espiritismo pode ser facilmente comprovado se, antes do repúdio, se derem ao trabalho de examinarem e estudarem as obras bási- cas da Codificação de Allan Kardec e os doze volumes da Revista Espírita, por ele também redigidos, num período não inferior a quinze anos de exaustivos traba- lhos. 7 Meu entusiasmo em direcionar o resultado das pesquisas à Classe Médica, que sempre hostilizou o Espiritismo, e ainda o faz nos dias de hoje, foi estimulado pela observação de José Herculano Pires, no tocante á Mediunidade Curadora, em seu livro “Mediunidade”, lançado pela Edicel, 3ª. Edição, 1980, onde ele afirma: “A Medicina Espírita não é uma aplicação pura e simples da Mediunidade Curadora a casos de doenças incuráveis, nem uma forma de Curandeirismo. É o que Kardec chamava ‘uma aplicação dos princípios espíritas no plano cultural. No caso, aplicação específica à Medicina, o que só pode ser feito por médicos’”. Além da repescagem nas obras de Kardec, selecionei dos livros de José Herculano Pires – “o metro que melhor mediu Kardec”, nas palavras de Emmanu- el (Espírito) -, os temas específicos por ele desenvolvidos, incluindo os constantes de sua magnífica e atualizadissima obra (apesar de sua 1ª edição ser de 1.965, pela Edicel) “Parapsicologia Hoje e Amanhã” (relembremos, aqui, que J. Herculano Pi- res participou ativamente na criação do Instituto Paulista de Parapsicologia, em 1963, o primeiro científico em todo o país, chegando a presidi-lo), corroborando todas as conclusões de Allan Kardec, bem como da Parapsicologia nos dias atuais, que caminha, embora lentamente, mas sem desmentir quaisquer dos princípios es- tabelecidos na Doutrina Espírita, e quase nada mais ter acrescentado além do que Herculano registrou em suas obras. Por falar em Parapsicologia, vasculhei todo o acervo literário atual, inclu- indo a Internet, relativo à Parapsicologia/Medicina Espiritual/Ciência Médica, constatando que, elas estão aquém dos resultados obtidos por Allan Kardec há mais de 150 anos e, que, os escritos de José Herculano Pires, até o ano de 1979, no tocante à Parapsicologia, também continuam plenamente em vigor e aguar- dando, como as obras de Kardec, o avanço desta; o que, inegavelmente, contribui- rá para a vinculação da Medicina Espírita á Ciência Médica, abreviando a con- quista da plena saúde espiritual e física da sofrida Humanidade. Nas obras de Emmanuel (Espírito), encontramos claramente delineados os caminhos para essa conquista futura (Mente Sã e Corpo São), ratificando as con- clusões das pesquisas de Allan Kardec, José Herculano Pires e outros eminentes estudiosos, encarnados e desencarnados, que não foram registrados por falta de espaço. Por derradeiro, mencionei os extraordinários trabalhos e conclusões, tam- bém atuais, através da Internet, da AME – Associação Médico-Espírita de São Paulo, entidade magistralmente dirigida pela Dra. Marlene Nobre (Presidente AME - Brasil), que congrega médicos de renome nacional e internacional, pro- movendo Congressos no país e no exterior. Este trabalho, como já enfatizado, pretende fornecer subsídios para estu- dos e experimentações, e, conseqüentemente, facilitar o desenvolvimento e vincu- lações da Medicina Espírita, Parapsicologia e Ciência Médica, pois reúne temas, pesquisas, afirmações, conclusões e princípios que estavam dispersos na vasta Ci- ência Espírita, em sua literatura complementar, bem como constantes, em parte, 8 na coleção da Revista Espírita que, ainda, é quase desconhecida para muitos Espí- ritas militantes. Espero, assim, mais uma vez, ter contribuído para a divulgação da Ciência e Filosofia Espíritas no meio acadêmico e profissional, colaborando para sua inte- gração ao Processo Cultural, como pretendiam os Espíritos Superiores, Allan Kardec e José Herculano Pires. Buri-SP, julho de 2.008. José Fleurí Queiroz 9 CONSIDERAÇÕES GERAIS MEDICINA. ESPIRITISMO. PARAPSICOLOGIA 1 – MEDICINA E ESPIRITISMO J. HERCULANO PIRES (Livro: Curso Dinâmico de Espiritismo. Ed. Paidéia, 1ª. Ed., 1979). A Medicina Espírita abre novas e grandiosas perspectivas para o de- senvolvimento da Medicina. Por que motivo o Espiritismo, desde o início da sua elaboração doutrinária, teve de enfrentar a mais cerrada oposição das corporações médicas em todo o mundo? Por estranho que pareça, o motivo fundamental é simplesmente este: a Ciência Espírita abre novas e grandiosas perspectivas para o desenvolvimento da Medicina, oferecendo-lhe nada menos do que a metade desconhecida da realidade humana e das possibilidades terapêuticas de que ela necessita. Pasteur, que não era médico, mas químico, teve de enfrentar a mesma oposição por motivo semelhante. No seu tempo, a Medicina dispunha apenas de um quarto da realidade humana e Pasteur lhes oferecia mais um quarto. Foi ridicularizado e espezinhado por esse gesto de atrevimento. Kardec era professor de ciências médicas e clinicou em Paris, como o de- monstra André Moreil em sua recente biografia do Codificador. Mas nem por isso escapou da excomunhão científica. É curioso o paralelo entre eles. Pasteur desco- briu e revelou, provando-o cientificamente, a existência do mundo invisível das bactérias microbianas, que respondem, juntamente com as viroses, pela totalidade das doenças infecto-contagiosas, e descobriu a maneira científica de prevenir e cu- rar essas doenças. Kardec descobriu e revelou cientificamente o mundo invisível dos espíritos infestadores; descobriu a maneira científica de prevenir e curar as in- festações. Esses dois mundos invisíveis não estão localizados no Além, mas aqui mesmo, na Terra, envolvendo e interpenetrando o mundo visível. Mas a Medicina é um organismo vivo do mundo das ciências e, como todos os organismos biológi- cos ou conceptuais, é dotado do instinto de conservação, repelindo instintivamente qualquer interferência estranha em sua estrutura. Além disso, temos de considerar que descobertas dessa natureza rompem, sempre, ameaçadoras brechas na estrutura maior das civilizações. A civilização ci- entifica, que nascera de brechas abertas na civilização teológica, enfrentando bata- lhas impiedosas para se desenvolver, reagiu com a mesma violência instintiva na defesa da sua estrutura. Remy de Chauvin, diretor de laboratório do Instituto de Altos Estudos de Paris, considerou, recentemente, a existência de uma doença no meio científico e a chamou de alergia ao futuro. É essa alergia, novo nome do ins- tinto de conservação, que ainda hoje mantém acesa a luta defensiva da Medicina contra o Espiritismo, não obstante as comprovações científicas atuais de toda a re- alidade espírita. É grande o número atual de médicos espíritas e existem, até mesmo, Associações de Medicina e Espiritismo. 10 O Espiritismo aliou-se à Medicina desde o início, a partir das investigações sobre as curas espíritas, realizadas na Clínica do Dr. Demeure, em Paris, a pedido de Kardec. A terapêutica espírita desenvolveu-se à revelia da Medicina, ao contrá- rio do que Kardec desejava, revestindo-se de aspectos antiespíritas. Mas, apesar disso, os espíritas não tomaram, salvo raras exceções, geralmente individuais e de pessoas incultas, a posição das religiões e seitas terapêuticas milagreiras. É grande o número atual de médicos espíritas e existem até mesmo associações de Medicina e Espiritismo, como as do Rio e São Paulo. Esse é o aspecto institucional do pro- blema, sem dúvida importante, porque dele depende, em grande parte, a aceitação da verdade espírita nos meios culturais oficiais, o que talvez possa ocorrer no pró- ximo milênio, com o desenvolvimento da Civilização do Espírito. A Filosofia Espírita goza de cidadania oficial, enquanto a Ciência Es- pírita e a Religião Espírita continuam em posição marginal. A situação atual é curiosa: só a Filosofia Espírita goza de cidadania oficial, enquanto a Ciência Espírita e a Religião Espírita continuam em posição marginal. Essa marginalização é a mesma que o Cristianismo sofreu no mundo romano, ago- ra atenuada pelas conquistas do mundo moderno no tocante aos direitos humanos. O Espiritismo não é nem pode fazer-se religião institucionalizada e muito menos oficializada em parte alguma, porque os seus princípios são contrários a toda sis- temática fingida e fechada. O que importa no Espiritismo, como Kardec acentuou desde o início, não é a forma, mas a substância. Toda tentativa de institucionaliza- ção exige hierarquia, que implica autoridade e ação autoritária. O fundamento éti- co do Espiritismo é a liberdade, sem a qual não há atividade criadora nem respon- sabilidade individual. Por isso, só a associação livre convém ao Espiritismo, que perde com isso em representação social, mas ganha, em compensação, no tocante à responsabilidade individual. Em suas relações com as instituições sociais e políticas da atualidade, o Espiritismo encontra muitas dificuldades, mas a liberdade tem o seu preço. É pre- ferível lutar com dificuldades externas a expor-se ao perigo das congestões inter- nas. Por toda parte, em nosso mundo, pululam os mestres pretensiosos e os tirane- tes vaidosos, prontos a servir-se de títulos e cargos oficiais para esmagar a liber- dade. Muitos espíritas não compreendem esse problema e tentam sujeitar o movi- mento espírita a cúpulas pretensiosas. Tratando desse tipo de institucionalização, fatalmente dogmática, Kardec recomendou a multiplicidade dos Centros Espíritas pequenos, unidos por laços de fraternidade, e Emmanuel, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, declarou numa mensagem orientadora: A Religião organizada é o cadáver da Religião. Isso porque a organização religiosa está sem- pre sujeita à dominação dos fanáticos e ambiciosos. A ambição do poder asfixia o espírito democrático. O Espiritismo iniciou no campo religioso a era democrática que Jesus lançara no seu tempo, mas que morreu asfixiada com o fracasso da Co- munidade Apostólica. A mediunidade é fonte inesgotável de recursos espirituais no combate às doenças; não deve ser renegada pelos médicos. No tocante às relações do Espiritismo com a Medicina, a institucionaliza- ção espírita igrejeira cortaria qualquer possibilidade de entendimento. O Espiri- tismo não tem por objetivo opor-se à Medicina, mas ajudá-la na melhor compreen-
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