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Chi fa questo camino è ben navigato. Culturas e Dinâmicas nos Portos de Itália e Portugal (Séculos XV-XVI) PDF

176 Pages·2019·5.613 MB·Bilingual
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ESTUDOS DOCUMENTOS 27 & Chi fa questo camino è ben navigato. CULTURAS E DINÂMICAS NOS PORTOS DE ITÁLIA E PORTUGAL ( . XV-XVI) SÉCS NUNZIATELLA ALESSANDRINI MARIAGRAZIA RUSSO GAETANO SABATINI ( COORD.) 2 culturas e dinâmicas.indd 2 03/02/2020 11:26:06 33 3 SENHORES Chi fa questo camino è ben navigato. CEUL ETSUCRARS EA VDIONÂSMICAS NOS PORTOS DE ITÁLIA NAS SOCIEDADES E PORTUGAL ( . XV-XVI) IBERO-ATLANsécTsICAS Senhores e Escravos nas Sociedades Ibero-atlânticas NUNZIATELLA ALESSANDRINI MARIAGRAZIA RUSSO coGAoETArNOd SeABnATIaNI ç(COãORDo.) científica Maria do Rosário Pimentel e Maria do Rosário Monteiro 4 título Chi fa questo camino è ben navigato Culturas e dinâmicas nos portos de Itália e Portugal (sécs. XV-XVI) coordenação científica Nunziatella Alessandrini, Mariagrazia Russo, Gaetano Sabatini design SAL STUDIO colecção Estudos e Documentos 27 na capa Representação de Porto di Classe em edição mosaico, Igreja de S. Apollinare Nuovo CHAM – Centro de Humanidades (Ravenna, Itália). Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Imagem gentilmente cedida pelo Universidade NOVA de Lisboa | Universidade dos Açores Arcebispado de Ravenna-Cervia Av. de Berna, 26-C | 1069-061 Lisboa | Portugal [email protected] | www.cham.fcsh.unl.pt depósito legal 465657/19 director João Paulo Oliveira e Costa isbn 978-989-755-456-8 subdirector Luís Manuel A. V. Bernardo e-isbn 978-989-8492-73-9 coordenação editorial Cátia Teles e Marques | Inês Cristóvão URI http://hdl.handle.net/10362/91514 arbitragem científica Francisco Javier Zamora Rodríguez data de publicação (Universidad Pablo de Olavide, Espanha). Dezembro de 2019 Foi aceite para publicação em Março de 2019. tiragem apoio 300 exemplares Università degli Studi Roma Tre Università degli studi Internazionali di Roma paginação Cátedra de Estudos Sefarditas Alberto Benveniste, Faculdade e revisão (português) de Letras da Universidade de Lisboa Margarida Baldaia Publicação subsidiada ao abrigo do projecto estratégico do impressão CHAM, FCSH, Universidade NOVA de Lisboa, Universidade Papelmunde | V. N. Famalicão dos Açores, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia – UID/HIS/04666/2019 Nota: Por decisão editorial, o presente volume não segue o AO90, tendo sido respeitada a grafia portuguesa anterior Esta é uma publicação de acesso aberto, ao Acordo. As afirmações proferidas em cada capítulo distribuída sob uma Licença Internacional e os direitos de utilização das imagens são da inteira Creative Commons Atribuição 4.0 responsabilidade dos seus autores. (CC BY 4.0). 5 í n d i c e 7 Introdução nunziatella alessandrini | mariagrazia russo | gaetano sabatini 11 Entre o porto e a Sé. A presença italiana em Lisboa (séculos XIII-XV) mário farelo 33 De porto em porto entre Itália e Portugal: a longa viagem dos livros do bispo D. João Galvão em 1462 ana clarinda cardoso 51 Os italianos e o porto de Lisboa nos séculos XV e XVI mariagrazia russo 69 As relações entre os portos portugueses e as cidades italianas nos séculos XV e XVI. O Mediterrâneo na construção do sistema atlântico amândio j. m. barros 93 Lisboa nos alvores da modernidade. Testemunhos de majólica italiana no quotidiano do século XVI: o caso da Ribeira Velha cláudia rodrigues manso | ana catarina garcia 105 La compagnia Guadagni di Firenze e i suoi intermediari nel porto di Lisbona alla fine del secolo XVI (1587-1591) maddalena cultrera 131 I porti di Lisbona e Livorno: mercanti, merci e “gentilezze diverse” (secolo XVI). Alcune considerazioni nunziatella alessandrini 145 Encenações talássicas e a imagem de poder das dinastias de Avis e Sabóia nos portos de Lisboa e Villefranche-sur-Mer por ocasião do casamento da Infanta D. Beatriz (1521) carla alferes pinto 159 Quién tiene esclavo tiene oro: prezzo e valore degli schiavi a Napoli alla fine del XVI secolo fabrizio filioli uranio culturas e dinâmicas.indd 5 03/02/2020 11:26:08 6 7 culturas e dinâmicas.indd 6 03/02/2020 11:26:08 introdução 7 nunziatella alessandrini* | mariagrazia russo** | gaetano sabatini*** Introdução Chi fa questo camino è ben navigato, assim escrevia Filippo Sassetti de Cochim em Janeiro de 1584 ao amigo Pietro Spina em Florença. O camino indicava o percurso que desde Lisboa, depois de uma viagem perigosa e complexa, o teria levado a Goa e desde aqui até Cochim. O sentido dessa citação aplica-se, por um lado, ao ‘percurso’ dos ciclos de conferências luso-italianas, já no seu sexto volume – que se tem revelado rico de inves- tigações inovadoras e de novas pistas de trabalho que aqui se reúnem; e, por outro, ao objectivo do presente volume que pretende investigar o camino da cultura, da dinâmica e do quotidiano que tornava os portos italianos e portugueses sítios de interacção de diferentes ambientes e interesses, bem como de troca de conhecimento em todas as suas vertentes. Portos estratégicos no Mediterrâneo e no Atlântico, os portos italianos e portugue- ses apresentam-se como lugares dinâmicos e com uma pujante vida própria enquanto centros de pessoas e mercadorias provenientes das mais variadas partes do mundo. Este volume recolhe, dessa forma, textos inéditos que se debruçam sobre a realidade portuária luso-italiana desde a época tardo-medieval até ao início da época moderna, des- tacando uma abordagem interdisciplinar que desvenda pormenores outrora despercebidos. O volume, organizado por ordem cronológica, recolhe contributos de investiga- dores italianos e portugueses com experiência académica nos âmbitos da história eco- nómica e social, da arqueologia e da arte. No entanto, apresenta também os resultados das recentes pesquisas de jovens investigadores que, através do levantamento de fontes * CHAM, FCSH, Universidade NOVA de Lisboa, Portugal. ORCID iD: https://orcid.org/0000-0003-4340-7903. E-mail: [email protected]. ** Università degli Studi Internazionali di Roma, Itália. E-mail: [email protected]. *** Università degli Studi Roma Tre, Itália. E-mail: [email protected]. culturas e dinâmicas.indd 7 03/02/2020 11:26:08 8 nnuunnzziiaatteellllaa aalleessssaannddrriinnii* | |m maarriaiaggrraazziaia r ruussssoo |* g* a| getaaentaon soa bsaatbiantiini documentais ainda inexploradas, deram um contributo importante para o aprofunda- mento desta matéria. Mário Farelo propõe uma análise diacrónica da presença italiana em Lisboa até a segunda metade do século XV, através de uma reflexão sobre a tipologia de documentação que existe acerca deste assunto, reparando que, para os finais da Idade Média e o início da Idade Moderna, a documentação se revela particularmente ‘tipificada’. Os estudos de tipo biográficos abrem possibilidades de leitura transversal para a compreensão do ambiente cultural da época. Depois de uma abordagem de tipo metodológico e uma atenta rese- nha bibliográfica, o artigo passa, através de uma documentação pouco explorada nesse sentido, a dar uma nova leitura da presença italiana até à segunda metade do século XV. Um estudo de caso é oferecido por Ana Clarinda Cardoso, que, numa análise cir- cunstanciada dos registos manuscritos pisanos de Michele da Colle, por um lado, recons- trói a personalidade deste mercador da segunda metade do século XV e, por outro, des- taca o percurso dos livros do bispo de Coimbra, D. João Galvão, entre Porto Pisano e Lisboa, dando-nos conta dos vários momentos do trajecto, das paragens efectuadas e das personagens envolvidas. Outra família italiana de mercadores-banqueiros envolvida no comércio português do século XV, os Cambini de Florença, é abordada por Mariagrazia Russo, que analisa alguns documentos por ela redigidos, fornecendo uma imagem de Lisboa e dos produ- tos que aí circulavam. Ao mesmo tempo o artigo toma em consideração a imagem da capital portuguesa fornecida de forma eufórica e disfórica no Ritratto e Reverso, obra do século XVI que muito circulava na Europa. Para além do porto de Lisboa, no presente volume são considerados também os portos do Norte de Portugal nas suas relações com as cidades italianas nos séculos XIV, XV e XVI. De facto, o artigo de Amândio J. M. Barros, pondo em evidência a escassa documentação sobre o assunto, detecta uma vivaz vida comercial entre estes portos e as repúblicas italianas, em particular Génova, sublinhando a influência de Itália na cons- trução do sistema atlântico. Uma abordagem de tipo arqueológico é o contributo oferecido por Ana Catarina Garcia e Claudia Rodrigues Manso, as quais apresentam um estudo sobre uma colec- ção encontrada durante as escavações que decorreram entre 2016 e 2017 em Lisboa, no actual Campo das Cebolas, confirmando realidades até agora referidas apenas em fontes históricas, cartográficas e iconográficas. A riqueza e o manancial de informação, que abrange uma cronologia entre o período romano e o século XX, traduziu-se em milhares de artefactos e vestígios, desde cerâmica, objectos do quotidiano, estruturas portuárias ou embarcações. Dentro do espólio arqueológico recuperado na intervenção do Campo das Cebolas, o texto considera de particular interesse o conjunto de cerâmicas classifica- das como majólica, de origem italiana. Mais uma abordagem de tipo económico é delineada por Maddalena Cultrera, que, através da análise de um dos registos da contabilidade da companhia mercantil culturas e dinâmicas.indd 8 03/02/2020 11:26:08 introdução 9 Guadagni, situada em Florença, reconstitui a rede de intermediários, as estratégias comerciais e os instrumentos financeiros, utilizados pela companhia para a sua activi- dade mercantil banqueira com a cidade de Lisboa. Documentação inédita é também tratada por Nunziatella Alessandrini, que des- creve, através dos fundos do Archivio di Stato de Florença, a actividade comercial no século XVI entre os portos de Lisboa e de Livorno, demonstrando em particular como esta relação foi relevante para o crescimento do porto italiano. Uma perspectiva artística é dada por Carla Alferes Pinto, que desenha o panorama cultural no qual se insere o casamento entre D. Carlos, duque de Sabóia, e D. Beatriz, segunda filha de D. Manuel e D. Maria, em 1521. O facto de o casamento ter sido por procuração implicou que se concretizasse em duas etapas: Lisboa e Nice, ambas cidades portuárias. No caso de Lisboa, este casamento, como descreve a autora, configurou um momento específico de comemorações que obrigou à construção de estruturas urbanas de carácter efémero, mas que evocaram uma relação estreita entre a cidade e a água. Finalmente, o artigo de Fabrizio Filioli Uranio toma em consideração o processo de formação das identidades dos escravos das galés de Nápoles num período em que Portugal fazia parte da assim chamada ‘monarquia dual’. Nessa altura Nápoles consti- tuía um dos principais mercados da escravidão da monarquia filipina no interior do Mediterrâneo. Economia, sociedade, arte e arqueologia constituem os âmbitos científicos abor- dados neste volume, atravessando as cidades portuárias portuguesas nas suas relações com as suas congéneres italianas. Perfis biográficos, descrições de famílias e imagens de cidades caracterizam os artigos aqui apresentados, oferecendo uma panorâmica social e cultural de Portugal e das realidades mediterrâneas ao longo de três séculos, desvelando aspectos até agora desconhecidos, analisando documentação principalmente inédita e abrindo pistas para novas investigações. Lisboa, enquanto ponto focal de um sistema económico e social entre Mediterrâneo e Atlântico, faz com que também os portos italia- nos se tornem placa giratória de uma circulação global em que, não apenas as fronteiras políticas e geográficas, mas também as barreiras comerciais, linguísticas e mentais são ultrapassadas. Lisboa / Roma, 2019 culturas e dinâmicas.indd 9 03/02/2020 11:26:08 10 nunziatella alessandrini* | mariagrazia russo** | gaetano sabatini culturas e dinâmicas.indd 10 03/02/2020 11:26:08

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