O autor considera esta época como o fim de uma etapa, sem que isto signifique que dê à Duma uma importância toda especial. Nada mais discordante da nossa intenção como verá quem ler o capítulo correspondente. Depois da dissolução da Primeira Duma, contudo, não tarda em reduzir-se a nada o movimento de massas que se denominou a “Revolução de 1905”. O estado de espírito da Segunda Duma, era, realmente, mais revolucionário que o da Primeira, mas, como não se apoiava num movimento de massas, achava-se em proporção inversa ao seu estado de espírito revolucionário. A revolução, na realidade, terminou oito meses antes da Duma iniciar suas sessões. O autor compreende os grandes defeitos desta obra, não menos que qualquer dos seus futuros críticos. Precisamente, agora, que se começa a publicação dos inúmeros trabalhos existentes sobre esta época, poderemos “tirar as conclusões”. Cada nova edição desta obra terá que ser, indubitavelmente, modificada. Mas alguém devia começar um dia ou outro. Começa-se a “estudar”, agora, baseando-se no material “de batalha”, publicado em 1917, após a queda de Nicolau Romanov. Este é um mau livro — digo-o sem falsa modéstia, — mas não constitui um material “de batalha” e sim o embrião de um curso científico.