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Casais sem filhos por opção: análise psicanalítica através de entrevistas e TAT PDF

186 Pages·2007·0.55 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE PSICOLOGIA MARIA GALRÃO RIOS Casais sem filhos por opção: análise psicanalítica através de entrevistas e TAT São Paulo 2007 MARIA GALRÃO RIOS Casais sem filhos por opção: análise psicanalítica através de entrevistas e TAT Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo para a obtenção do título de Mestre em Psicologia Área de Concentração: Psicologia Clínica Orientadora: Profª. Associada Isabel Cristina Gomes São Paulo 2007 AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE. Catalogação na publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo Rios, Maria Galrão. Casais sem filhos por opção: análise psicanalítica através de entrevistas e TAT / Maria Galrão Rios; orientadora Isabel Cristina Gomes. -- São Paulo, 2007. 183p. Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Área de Concentração: Psicologia Clínica) – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. 1. Não-maternidade 2. Relações conjugais 3. Estrutura familiar 4. Tomada de decisão 5. Teste de apercepção temática 6. Entrevistas I. Título. HQ755.8 FOLHA DE APROVAÇÃO Maria Galrão Rios Casais sem filhos por opção: análise psicanalítica através de entrevistas e TAT Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo para a obtenção do título de Mestre em Psicologia Área de Concentração: Psicologia Clínica Aprovado em: Banca Examinadora Prof.Dr....................................................................................................................................... Instituição:............................................... Assinatura:............................................................... Prof.Dr....................................................................................................................................... Instituição:............................................... Assinatura:............................................................... Prof.Dr....................................................................................................................................... Instituição:............................................... Assinatura:............................................................... Aos meus avós: Francisca e Iolanda, pelo amor e pelo exemplo de cursar a USP em um contexto tão diferente do atual; Antônio Carlos e Lauro, pelas doces memórias e pela excelência que alcançaram em suas profissões... E na criação de seus filhos. AGRADECIMENTOS À Isabel Cristina Gomes, pela orientação, pela enorme ajuda e continência, desde a graduação, e em todos os momentos deste trabalho. A todos os casais que comigo dividiram uma parte de suas histórias, tornando possível a realização deste projeto. À Eliana Herzberg, professora de “Metodologia”, pelas preciosas contribuições ao projeto, e a Belinda Mandelbaum e Maria de Fátima Araújo, pelas esclarecedoras críticas e sugestões no Exame de Qualificação. À CAPES, pela concessão da bolsa de mestrado e pelo apoio financeiro para a realização desta pesquisa. À Renata, colega, parceira e amiga, por me mostrar tantas vezes o caminho, e a Sandra, Maíra, Maria Ângela e Lúcia que, mais do que acompanhar, me fizeram companhia neste percurso. Agradeço também a todos os membros do “Laboratório Casal e Família: clínica e estudos psicossociais”, pelas reflexões constantes que tanto me ajudaram. Ao Arnaldo, meu terapeuta, por acolher tantas angústias em relação a este projeto. À Renata e ao Théo, pela solidez de nossa amizade, por continuarmos a crescer, juntos, depois de tantos anos... Ao Danilo, pela ajuda na formatação em tantos momentos do trabalho, por sua presença e pela paz que ela proporciona. À minha família, em especial à Helena, por tudo o que dividimos, e a meus pais, Ana e Domingos, pelo amor, por cada pedaço do que eu sou e do que venho construindo. RESUMO RIOS, M. G. Casais sem filhos por opção: análise psicanalítica através de entrevistas e TAT. 2007. 184p. Dissertação (Mestrado). Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Novas configurações familiares ganham espaço e visibilidade na sociedade contemporânea e aumenta o número de pessoas que opta pela não-maternidade/paternidade. O objetivo geral desta pesquisa é o de investigar as motivações conscientes e inconscientes que levam os casais heterossexuais a escolherem não ter filhos. Os participantes foram três casais sem filhos por opção, com idades entre 38 e 49 anos, sendo que as mulheres, em fase próxima ao final da possibilidade de reprodução, localizavam-se na faixa entre 41 e 44 anos. Eram casais da população não-clínica, com mais de oito anos de escolaridade, casados há, no mínimo, quatro anos. Com base na metodologia clínica-qualitativa, foram utilizados, como instrumentos, uma entrevista semi-dirigida com os dois membros do par conjuntamente e a aplicação individual das pranchas I, II, IV, V, VII MF (para as mulheres), X e XVI do TAT, analisados de acordo com o referencial da psicanálise, adotando-se, em especial, a psicanálise das configurações vinculares como referência teórica. As principais motivações declaradas pelos casais para a ausência voluntária de filhos envolvem um estilo de vida orientado para o mundo adulto, objetivos relacionados à carreira e ao desenvolvimento profissional, prioridade dada à satisfação conjugal, experiência com modelos de parentalidade, fatores de personalidade e de habilidade parental, entre outros. Em relação aos tipos de vinculação estabelecidos, observa-se uma variedade, enfatizando-se a singularidade de cada caso, havendo, entretanto, possibilidade de criatividade, desenvolvimento e flexibilidade. A tomada da decisão por não procriar mostra-se consensual ao menos em nível consciente, além de ser atravessada pelas experiências geracionais nas famílias de origem. É possível, também, um relacionamento positivo e satisfatório daqueles que optam por não ter filhos com suas profissões. Percebe-se o quanto a experiência da opção pela não-parentalidade é multideterminada e pode envolver diferentes níveis de ambivalência ou de conflito, assim como variadas maneiras de lidar com eles. Conclui-se, portanto, sobre a importância de se pensar a profundidade da experiência de cada casal em toda a sua complexidade, verificando- se que, mesmo que as motivações declaradas tenham sido semelhantes, o interjogo inconsciente que leva a esta escolha é sempre único. Palavras-chave: Não-maternidade; Relações conjugais; Estrutura familiar; Tomada de decisão; Teste de Apercepção Temática, Entrevistas. ABSTRACT RIOS, M.G. Voluntarily childless couples: psychoanalytical analysis through interviews and TAT. 2007. 184 p. Masters Dissertation. Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Distinctive familial configurations are gaining ground and legitimacy in contemporary society, and voluntary childlessness is increasing more and more. The general aim of this study is to investigate conscious and unconscious motivations leading couples to choose childlessness. The participants were three heterosexual childfree couples, aged from 38 to 49, and in which women neared the end of fecundity capacity, ages 41 to 44. These couples were selected from the non-clinical population, had eight years or more of education, and were married for at least four years. Based on the clinical-qualitative methodology, the instruments used were semi-directed interview with both members of the couple together, and the individual application of the following TAT pictures: I, II, IV, V, VII (women only), X and XVI, analyzed from a psychoanalytical reference. The particular theory adopted was the psychoanalysis of attachment configurations. The couples’ reported main motivations for childlessness involved: an adult-oriented lifestyle, career and professional goals, the priority given to the marital satisfaction, personality and parenting styles and skills, etc. It was observed a variety of kinds of marital rapport established by the couples, and the singularity in each case was emphasized. In the rapports, however, it was verified the possibility of creativity, development and flexibility. The decision-making process seemed to be consensual, at least at the conscious level, being also influenced by the

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Psicologia. Área de Concentração: Psicologia Clínica) – Instituto de. Psicologia da Universidade de São Paulo. 1. Não-maternidade 2. Relações and the psychological well-being of older persons. Journals of Gerontology: Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, v. 56B, n.5, p.
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