Dc Ea Neste livro publica-se a correspondência privada do r J Ot Doutor Jorge de Amaral e Vasconcelos,que foi Ouvidor a R Geral do Crime do Estado da Índia em meados do século s G XVII.As cartas e documentos que compõem este volume d E fazem parte do valioso arquivo da Quinta da Pacheca e a D constituem um importante testemunho sobre a Eín Expansão Portuguesa Ad M i a A R. C A O L R E R COLECÇÃO «FONTES»,N.º 1 VE AS cartas da índia SP CO CARTAS DA ÍNDIA cartas da índia ON CORRESPONDÊNCIA privada ND CORRESPONDÊNCIA CORRESPONDÊNCIA CÊ PRIVADA DE JORGE DE PRIVADA DE JORGE DE EN DE JORGE DE AMARAL L AMARAL E VASCONCELOS AMARAL E VASCONCELOS OC AMÂNDIO JORGE MORAIS BARROS I (1649-1656) (1649-1656) S (1A P E VASCONCELOS (1649-1656) (NBaoslcseeuir no od aP oFrCtoT..LCicITenCcEioMu--UseP e)m História pela 6R 4I Faculdade de Letras do Porto,onde tem feito toda a sua 9V carreira de investigador.Especializou-se nas áreas de -A 1 História Social e Económica e de História Marítima (área 6D 5 do seu doutoramento:Porto: A Construção de Um Espaço A 6 AMÂNDIO JORGE MORAIS BARROS AMÂNDIO JORGE MORAIS BARROS ) AMÂNDIO JORGE MORAIS BARROS Marítimo nos Alvores da Época Moderna,Prémio Almirante Sarmento Rodrigues,da Academina de Marinha,e prémio Artur de Magalhães Basto,de História da Cidade do Porto).As suas publicações têm incidido nestes domínios, A M assim como nos da História da Cidade do Porto e da  N História da Expansão,aos quais tem dedicado diversos D I trabalhos.Presentemente é bolseiro de pós-doutoramento O J da FCT e investigador do CITCEM-FLUP (Centro de O R Investigação Transdisciplinar.«Cultura,Espaço e Memória» G E M – Faculdade de Letras da Universidade do Porto).É membro O da Academia de Marinha. R A I S B A R R O S CITCEM y y CARTAS DA ÍNDIA correspondência privada DE JORGE DE AMARAL E VASCONCELOS (1649-1656) AMÂNDIO JORGE MORAIS BARROS (BOLSEIRO DA FCT. CITCEM-UP) Título:Cartas da Índia.Correspondência Privada de Jorge de Amaral e Vasconcelos (1649-1656) Organização:Amândio Jorge Morais Barros Fotografia da capa:Detalhe de «Goa fortissima urbs in christianorum potestatem anno salutis 1509 devenit»,in BRAUN,Georg e HOGENBERG,Franz – Civitates Orbis Terrarum,Colónia,1572. Design gráfico:Helena Lobo Design www.HLDESIGN.PT Co-edição:CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura,Espaço e Memória» Edições Afrontamento,Lda./ Rua Costa Cabral,859 / 4200-225 Porto www.edicoesafrontamento.pt | [email protected] Colecção:Fontes,1 N.º edição:1394 ISBN:978-972-36-1182-3 (Edições Afrontamento) ISBN:978-989-8351-08-1 (CITCEM) Depósito legal:331214/11 Impressão e acabamento:Rainho & Neves Lda./ Santa Maria da Feira [email protected] Distribuição:Companhia das Artes – Livros e Distribuição,Lda. [email protected] Agosto de 2011 SUMÁRIO Agradecimento 5 O Estado da Índia em meados do século XVII através da correspondência privada de Jorge de Amaral e Vasconcelos 7 Introdução 8 Jorge de Amaral e Vasconcelos.Notas biográficas 14 A viagem para a Índia:um capítulo da História Trágico-Marítima 16 O Estado da Índia em meados do século XVII 22 Um olhar privilegiado sobre a sociedade indiana 31 Conclusão 36 Normas de transcrição 39 Cartas e Documentos 41 Transcrições 42 Apêndice documental 124 Fontes e bibliografia 141 Índice de pessoas citadas 145 AGRADECIMENTO CARTAS DA ÍNDIA. CORRESPONDÊNCIA PRIVADA DE JORGE DE AMARAL E VASCONCELOS (1649-1656) Entre os papéis que tratam da administração e do governo do Estado da Índia no século XVII,surgem-nos,a cada passo,menções à figura do Ouvidor Geral do Crime.Nos anos de 1650 a 1656,em plena fase de reconstituição dos quadros administrativos – nacio- nais e ultramarinos – suscitada pela Restauração,o titular desse ofício era o Doutor Jorge de Amaral e Vasconcelos. Teremos oportunidade de o conhecer, a ele e à sua época, um pouco melhor nas restantes páginas deste livro. Durante esses seis anos,os últimos da sua vida,Jorge de Amaral manteve-se em con- tacto com a família no Reino através de uma correspondência que, em face das circuns- tâncias do contexto histórico em que foi produzida, e dos seus afazeres profissionais, podemos considerar regular. Quis o destino, e o cuidado dos seus descendentes, que um razoável número dessas cartas privadas tivesse chegado até aos nossos dias. Preservadas onde merecem estar, entre o notável legado documental da família Serpa Pimentel, que remonta aos finais da Idade Média e atravessa várias gerações, revelam-se neste volume graças à gentileza de Dona Teresa e de D.José que,desde a sua secular e belíssima Quinta da Pachecamostram,mais uma vez,o valor que atribuem à partilha da memória histórica colocando-a ao dispor da investigação nacional1. Deste modo, é com enorme satisfação que em meu nome e em nome do CITCEM (Centro de Investigação Transdisciplinar,Cul- tura,Espaço e Memória) lhes agradeço este magnífico gesto. 1Num primeiro momento,a sua colaboração permitiu a publicação da obra Pergaminhos Medievais da Quinta da Pacheca, (Porto:GEHVID,2001),editada pelo autor destas linhas e sumariada por Paula Montes Leal e,logo no ano seguinte,pelos mesmos investigadores,a preparação do segundo volume,que ainda se encontra inédito,em projecto financiado pela FCT. Reiterando os agradecimentos pela confiança demonstrada no meu trabalho,espero voltar a novos projectos com esta Quinta duriense,pois há ainda vários «tesouros» documentais a desvendar.Gostaria também de deixar uma palavra de gratidão a Gaspar Martins Pereira,coordenador do CITCEM,que foi o principal impulsionador da publicação deste livro,sugerindo-a e apoiando-a desde a primeira hora,e a Paula Montes Leal que cuidou da sua produção.Também devo deixar uma palavra de amizade ao Professor José Horta pelas frutuosas impressões que trocou comigo acerca da problemática da correspondên- cia privada portuguesa da Época Moderna. 6 O ESTADO DA ÍNDIA EM MEADOS DO SÉCULO XVII ATRAVÉS DA CORRESPONDÊNCIA PRIVADA DE JORGE DE AMARAL E VASCONCELOS CARTAS DA ÍNDIA. CORRESPONDÊNCIA PRIVADA DE JORGE DE AMARAL E VASCONCELOS (1649-1656) introdução O principal objectivo deste livro é disponibilizar,publicando-as,as cartas que o Dou- tor Jorge de Amaral e Vasconcelos escreveu à família desde Goa. Além delas, juntam-se outras missivas com ele relacionadas:aquelas que foram escritas pelos seus corresponden- tes no Reino e pelo seu executor testamentário,na Índia.Para lá das cartas,e uma vez que contêm elementos que interessam directamente a esta história,incluo neste elenco docu- mental os seus testamentos. Ambos foram lavrados em circunstâncias especiais: o pri- meiro,foi escrito em Lisboa nos dias que precederam a sua viagem para a Índia em 1649, e o segundo foi redigido em Goa na véspera da jornada que empreenderia rumo à Provín- cia do Norte,de onde não regressaria,em 1656.Há também um codicilo a esta sua última vontade, lavrado em Baçaim, nos momentos que antecederam o seu passamento. Por último,e porque contribui para a clarificação de alguns dados contidos nas cartas,junto também um fragmento do processo de herança que correu entre os seus sucessores, em época posterior à que aqui se documenta. Não há muitos estudos em Portugal sobre a Idade Média e os primeiros séculos da Época Moderna fundamentados em correspondência privada. Isso explica-se, principal- mente,pela raridade deste tipo de fontes.Rita Marquilhas,que coordena um importante e interessante projecto de edição on-linede cartas privadas2,explica que a conservação deste tipo de registos não é rara, podendo descobrir-se bastantes, mormente entre processos judiciais que os utilizaram como meio de prova ou de fundamentação de pleitos3.Porém, fora desse âmbito judicial, não é muito vulgar encontrarmos cartas privadas dos séculos XV,XVI e XVII em Portugal.Mais raro ainda,é depararmos com conjuntos de cartas como o que aqui se oferece.Sem ser extenso,apresenta consistência por se tratar de escritos em torno de um personagem produzidos no decurso de poucos anos,e porque,pelos assuntos tratados,e no contexto em que são abordados,transforma-se numa fonte de informação especial para o conhecimento de vários temas que interessam à história da Expansão e da sociedade portuguesa do século XVII. Não me parece necessário fazer aqui grandes reflexões acerca da natureza do fenó- meno epistolar.Isso afastar-me-ia do objectivo principal deste trabalho e obrigaria a estu- dos que competem a especialistas da literatura, da psicologia (e psicolinguística), da lin- guística e da filologia,e da própria estética,entre muitos outros ramos do saber,pouco fami- liares ao historiador,sem que,evidentemente,este não possa beneficiar desse labor.«A carta possui uma natureza deveras híbrida e polimorfa para que se faça sobre ela uma teorização 2CARDS (Cartas Desconhecidas),complementado pelo projecto FLY (Forgotten Letters Years 1900-1974),a partir do Cen- tro de Linguística da Universidade de Lisboa. 3MARQUILHAS,Rita – Eu ainda sou vivo.Sobre a edição e análise linguística de cartas de gente vulgar,in «Estudos de Lin- guística Galega»,1 (Maio 2009),p.47-65. 8
Description: