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Carta aberta aos membros do Partido Comunista da União Soviética PDF

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Preview Carta aberta aos membros do Partido Comunista da União Soviética

Carta aberta aos membros do Partido Comunista da União Soviética MIA  >  Biblioteca >  Enver Hoxha > Novidades Enver Hoxha 5 de Outubro de 1964 Primeira publicação: Publicado pela primeira vez no jornal Zëri i popullit, número 239 (5021), de 6 de outubro de 1964. Fonte:Letër e hapur anëtarëve të Partisë Komuniste të Bashkimit Sovjetik, Obras Escolhidas, volume III, 1980, edições inglesa, pág. 604-636, e espanhola, pág. 635-668, Casa de Publicações “8 Nëntori”. Tradução e HTML: Lucas Cenir Friederich Queridos camaradas, Uma grave situação surgiu no movimento comunista e operário internacional. A União Soviética, o campo socialista, os partidos comunistas e a causa pela qual os comunistas e o proletariado de todo o mundo têm lutado heroicamente, arriscando suas próprias vidas, a causa do socialismo e do comunismo, defrontam-se com um grande perigo e passam por um dos períodos mais difíceis de toda a sua história. O revisionismo descarado, a divisão completa, a traição e a degeneração os ameaçam hoje mais do que nunca. A causa e o maior responsável por essa grave situação é o grupo de Khrushchov. Após usurpar a liderança do glorioso partido fundado por Lênin e do primeiro e mais poderoso Estado socialista do mundo — a União Soviética — através de complôs e golpes, esse grupo embarcou no caminho da maior das traições do marxismo-leninismo e da causa do socialismo e se tornou o principal portador e disseminador da tendência oportunista e revisionista que corrói hoje o movimento comunista e operário internacional e destrói as bases da sua unidade. O Partido do Trabalho da Albânia e os demais partidos marxistas-leninistas têm feito inúmeros apelos para que a liderança do seu país, encabeçada por Khrushchov, abandone a linha do revisionismo e da divisão, reavalie sua posição e retorne para o caminho do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário, para que condene suas próprias atitudes chauvinistas e suas hostilidades para com os seus partidos e países socialistas irmãos e restabeleça as relações de amizade e solidariedade proletárias. Até mesmo depois do XXII Congresso do Partido Comunista da União Soviética, quando Khrushchov lançou os mais vis ataques públicos e as mais monstruosas calúnias contra o Partido do Trabalho da Albânia e a sua liderança, nosso partido convidou a liderança do Partido Comunista da União Soviética a reavaliar sua posição e retornar ao caminho correto. Como foi dito no discurso de 7 de novembro de 1961: “O Partido do Trabalho da Albânia, com calma e com a consciência limpa, apela ao Partido Comunista da União Soviética e ao seu Comitê Central eleito no XXII Congresso para que avalie com calma, objetividade, imparcialidade e com senso de justiça leninista a situação que se criou nas relações entre os seus dois partidos e países. Nosso partido sempre esteve disposto a resolver as divergências existentes, em prol da unidade do movimento comunista e do campo socialista e dos interesses dos nossos países. Entretanto, sempre fomos da opinião de que esses assuntos devem ser tratados corretamente e exclusivamente segundo os princípios marxistas-leninistas, sob condições de igualdade, e não através de pressões e imposições.” Ainda, em abril de 1963, nosso partido, em um artigo publicado pelo órgão do seu Comitê Central, o Zëri i popullit, enfatizou que “se Khrushchov está a favor de resolver as divergências e consolidar a unidade, então ele deve demonstrar isso com atitudes, com passos reais, e não falsos, para remover todos os obstáculos que criou nas relações entre nossos dois partidos e países. Da mesma maneira que ousou atacar com calúnias o nosso partido e o nosso país, interferir em nossos assuntos internos e realizar atividades hostis contra nós, ele deve ter a coragem de condenar publicamente essas posições e atitudes antimarxistas e tornar a respeitar estritamente as normas internacionalistas que regem as relações entre partidos comunistas e operários e entre países socialistas.”(1) Entretanto, o grupo de Khrushchov não apenas deixou de escutar a voz da razão e menosprezou o conselho camarada do nosso partido e dos demais partidos irmãos, como também persistiu com ainda mais veemência no seu caminho de traição e aumentou seus ataques e hostilidades contra o nosso partido e os demais partidos irmãos, contra o marxismo-leninismo, contra a unidade do campo socialista e do movimento comunista. Os acontecimentos e os fatos provam incontestavelmente que Khrushchov é um traidor, um inimigo consciente, determinado a ir até o fim com sua linha contrarrevolucionária. Sua decisão recente de convocar arbitrariamente um encontro especial ilegal de partidos que seguem seus passos é outro grande complô, que é uma clara testemunha de que o grupo de Khrushchov é o maior divisor já visto na história do movimento comunista internacional. Khrushchov está tentando arrastar o máximo de partidos para esse seu novo plano anticomunista que visa sancionar a divisão total e aberta do campo socialista e do movimento comunista. Nesse sentido, ele enviou uma carta para todos os partidos, incluindo o nosso, informando que decidiu convocar um encontro da comissão editorial para 15 de dezembro deste ano e um encontro internacional dos partidos comunistas e operários para perto da metade do ano que vem. Nessa carta, nosso partido é convidado a enviar sua delegação a Moscou para participar do trabalho da comissão editorial e informar qual será a sua composição o mais rápido o possível. Levando em conta o fato de o grupo de Khrushchov ter traído completamente a causa do socialismo e do marxismo-leninismo e de que todos os esforços e esperanças de trazê-lo de volta ao caminho correto falharam completamente, o Comitê Central do Partido do Trabalho da Albânia decidiu não responder a carta de 30 de julho de 1964. O Partido do Trabalho da Albânia já não tem mais nada a ver com o grupo renegado de Khrushchov. Por essa razão e em tais circunstâncias, o Partido do Trabalho da Albânia decidiu escrever esta carta aberta a vocês, membros do Partido Comunista da União Soviética, pioneiros da grande causa do comunismo, pelos quais sempre tivemos profundo respeito e carinho. Nesta carta, queremos contar, de peito aberto e com sinceridade fraterna, a verdade que Khrushchov tem escondido de vocês por anos a fio. Ele tem os enganado e segue enganando. Ele lhes nega todo o direito a conhecer os materiais do nosso partido e dos demais partidos marxistas-leninistas. O Partido do Trabalho da Albânia se dirige a vocês porque pensa que, nesta situação, a sua responsabilidade e o seu papel são de significância histórica. São vocês que devem fazer ouvir a sua voz. Na União Soviética, apenas vocês são capazes de impedir o avanço do caminho revisionista de Khrushchov. Vocês são a força que pode salvar a União Soviética, a pátria da Grande Revolução de Outubro e do glorioso partido dos bolcheviques, desse beco sem saída ao qual Khrushchov a trouxe; vocês devem defender o marxismo-leninismo, a honra e a dignidade da União Soviética e erguer alto a bandeira revolucionária do seu partido, que Khrushchov cobriu de vergonha. Queridos camaradas, O grupo de Khrushchov está fazendo um grande alvoroço sobre o dito encontro internacional dos partidos comunistas e operários. Está tentando convencer a vocês e a todos os comunistas do mundo de que esse encontro é, supostamente, indispensável, que ajudará a resolver as divergências e a consolidar a unidade do campo socialista e do movimento comunista. Isso é uma grande mentira, um blefe, uma manobra perigosa. Na verdade, esse encontro não ajuda de maneira nenhuma a causa da unidade marxista-leninista, dadas as circunstâncias sob as quais o convocaram, a maneira que o preparam e a sua plataforma política. Seu objetivo é minar a unidade, dividir de vez o movimento comunista, consolidar as posições instáveis do revisionismo e intensificar a luta contra o marxismo-leninismo, fazendo assim o maior serviço para a burguesia imperialista. O Comitê Central do Partido do Trabalho da Albânia declara que o Partido do Trabalho da Albânia se opõe firmemente a esse encontro divisionista dos revisionistas modernos e condena categoricamente esse novo complô da camarilha khrushchovista. Por quais razões o Partido do Trabalho da Albânia se recusa a participar desse encontro e por que o condena? Primeiro, o Comitê Central do Partido do Trabalho da Albânia está convencido de que essa convocação apressada de um encontro dos partidos comunistas e operários nas atuais condições e circunstâncias — onde existem no movimento comunista internacional profundas divergências entre os marxistas- leninistas e os revisionistas em questões fundamentais, sobre as quais há uma grande polêmica hoje — não serve para resolver as divergências e consolidar a unidade sobre bases marxistas-leninistas firmes, nem é de modo algum “o caminho mais eficiente para fortalecer a coesão do movimento comunista”; pelo contrário, é o caminho para a sua completa destruição. Através de suas ações e seus pontos de vista, os revisionistas modernos agravaram e aprofundaram ainda mais as divergências existentes, minaram ainda mais a unidade e se afundaram mais e mais no lamaçal da traição e da divisão. Com tudo isso, eles tornaram ainda mais difícil a convocação de um encontro internacional dos partidos comunistas e operários, atrasando-o ainda mais. Agora serão necessários maiores esforços e mais tempo para preparar as condições necessárias para a convocação de um encontro que sirva verdadeiramente à unidade marxista-leninista do campo socialista e do movimento comunista. Segundo, o Comitê Central do Partido do Trabalho da Albânia declara que esse encontro que foi convocado por iniciativa do grupo de Khrushchov é totalmente arbitrário e ilegal, visto que as normas e os princípios sancionados na Declaração de Moscou de 1960 que regem as relações entre partidos foram brutalmente violados. Ninguém tem o direito de convocar um encontro geral dos partidos comunistas e operários quando bem entender, sem antes consultar os outros partidos e receber a sua aprovação. Declaramos publicamente que não houve consulta prévia alguma ao Partido do Trabalho da Albânia. Khrushchov decidiu de forma totalmente arbitrária substituir o princípio de chegar à unanimidade através de consultas em espírito camarada e de igualdade, sancionado pela Declaração de Moscou de 1960, pelo princípio de submeter a minoria à maioria. O Partido do Trabalho da Albânia sempre se opôs a esse princípio porque é uma clara violação da igualdade e independência dos partidos irmãos, é uma tentativa de impor a vontade de uma suposta maioria. Mas mesmo se falássemos da maioria — da maioria real, e não a maioria falsa e fictícia — ela não estaria de modo algum do lado dos revisionistas. Um número considerável de partidos irmãos, cujas fileiras compõem metade de todos os comunistas do mundo, isso sem contar todo um exército de comunistas revolucionários filiados aos partidos de outros países cujos líderes caíram em posições revisionistas, e que também condenam as atividades divisoras traidoras de Khrushchov, opõe-se resolutamente à convocação do encontro comunista internacional nas atuais condições e circunstâncias. Terceiro, o Comitê Central do Partido do Trabalho da Albânia declara que, ao organizar o dito encontro internacional de maneira apressada, arbitrária e ilegal, o grupo de Khrushchov está, na verdade, tentando organizar um encontro de fracionistas. Isso fica evidente na carta de 30 de julho do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética, que diz que: “Na nossa opinião, a comissão deve iniciar seu trabalho mesmo que algum dos 26 partidos comunistas não envie sua delegação no prazo estabelecido.” A carta prossegue: “A recusa desse ou daquele partido de participar desse esforço coletivo não justifica novos atrasos em tomar medidas para encontrar caminhos e maneiras de consolidar a unidade internacionalista dos marxistas-leninistas do mundo inteiro.” Assim fica claro que Khrushchov decidiu convocar esse encontro mesmo sem a participação de representantes de muitos partidos que já expressaram sua oposição a um encontro internacional nas atuais condições e circunstâncias. Isso quer dizer que o encontro que está sendo convocado não passará de um encontro de líderes de poucos partidos e principalmente daqueles que seguem Khrushchov, um encontro de revisionistas. Isso por si só já refuta toda a demagogia de Khrushchov sobre a suposta unidade e solidariedade e põe a nu os seus objetivos antimarxistas e divisionistas. Está ficando mais evidente para todos que, ao convocar tão apressadamente o dito encontro de partidos comunistas e operários, o grupo de Khrushchov busca alcançar dois objetivos principais: por um lado, intensificar sua luta contra o marxismo-leninismo, condenar certos países socialistas e partidos comunistas e expulsá-los do campo socialista e do movimento comunista; pelo outro, fortalecer as fileiras da frente revisionista, sujeitar todos os revisionistas aos seus ditames e forçar sobre eles uma “nova carta” que os amarre pelos pés e pelas mãos. Alcançar esses objetivos é fundamental para o destino do grupo revisionista de Khrushchov, que enfrenta sérias dificuldades. A luta determinada e de princípios dos partidos marxistas-leninistas e dos comunistas revolucionários do mundo não apenas desmascarou os revisionistas khrushchovistas e está frustrando seus planos hostis, como também criou uma grave situação entre os próprios revisionistas modernos. Surgiram profundas contradições entre eles que se manifestam com uma clareza especial na sua tendência de oposição à hegemonia e ao paternalismo do grupo de Khrushchov. Nessas circunstâncias, só resta um caminho para os revisionistas khrushchovistas: terão que levar até o fim a sua divisão com os marxistas-leninistas e, ao mesmo tempo, segurar firme seus aliados revisionistas, impor sobre eles seu controle e domínio e impedir qualquer tentativa de independência, por mais formal que seja. Esses planos que Khrushchov quer realizar com o encontro que está preparando encontraram grandes obstáculos, não apenas da parte dos partidos marxistas-leninistas, que enxergam claramente os objetivos traidores de Khrushchov contra o comunismo e o campo socialista, mas também da parte de alguns dos seus aliados revisionistas. Em primeiro lugar, deve-se dizer que alguns dos revisionistas que se opõe ao encontro proposto por Khrushchov, mas que não obstante estão participando das suas reuniões preparatórias, são tão revisionistas quanto o próprio Khrushchov, quando não ainda mais revisionistas. Sua oposição à realização do encontro internacional não se deve a nenhuma preocupação com a unidade do movimento comunista e do campo socialista, mas sim à sua intenção de levar a cabo a completa divisão e a luta contra o marxismo-leninismo por meios diferentes dos de Khrushchov, meios esses que consideram mais eficientes e menos perigosos, tentando prolongar a sua própria existência através da criação de falsas ilusões sobre sua posição e por aí vai. Ademais, sua oposição se deve ao fato de não quererem ser amarrados, querem “independência” da camarilha khrushchovista, querem ser livres para se associar diretamente com os social-democratas ou com a burguesia imperialista, como e quando quiserem. As manobras às quais recorrem Khrushchov e seus seguidores, as táticas que usam, não conseguem esconder os objetivos antimarxistas dos revisionistas modernos e sua hostilidade ao marxismo- leninismo. Não enganam ninguém. Aconteça esse encontro ou não, quer agora ou mais tarde, isso não muda absolutamente nada. Os verdadeiros marxistas-leninistas intensificarão sua luta para desmascarar o revisionismo khrushchovista e os demais revisionistas modernos, luta essa que trará a derrota e a destruição completa desses perigosos inimigos do comunismo. O Partido do Trabalho da Albânia sempre foi e continua sendo a favor do encontro internacional dos partidos comunistas e operários. Entretanto, sempre foi e continua sendo a favor de um encontro que sirva à verdadeira unidade do movimento comunista nas bases do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário, nas bases dos princípios revolucionários firmados nas Declarações de Moscou de 1957 e 1960. Sempre se opôs e continua a se opor a qualquer encontro que sancione a divisão ou crie uma falsa unidade sobre bases antimarxistas e revisionistas. O Partido do Trabalho da Albânia declarou anteriormente e reitera agora que, para preparar um encontro para a unidade marxista-leninista do movimento comunista, é preciso levar em conta a situação atual do movimento comunista, as mudanças ocorridas e os processos enfrentados desde o Encontro de 1960 e, conforme essas circunstâncias e condições, determinar as medidas e passos que devem ser tomados para se chegar a um encontro internacional que realmente expresse a opinião e a vontade de todos os comunistas do mundo e que sirva para alcançar e consolidar a unidade militante que o nosso movimento precisa hoje mais do nunca. A única base para a verdadeira unidade do campo socialista e do movimento comunista é o marxismo- leninismo e o internacionalismo proletário. Não se pode alcançar a unidade com base no revisionismo. Não pode haver unidade entre os marxistas e os revisionistas que traíram a causa do marxismo- leninismo e do internacionalismo proletário. O plano de Khrushchov de unir o movimento comunista com base no revisionismo é um plano divisionista e está condenado a falhar vergonhosamente. Do mesmo modo, qualquer tentativa, esperança ou ilusão de encontrar uma plataforma intermediária, que agrade a todos, que una tanto marxistas quanto revisionistas, é inútil e prejudicial para o alcance da verdadeira unidade de princípios do movimento comunista, que é a única unidade possível. Os objetivos traidores que o grupo de Khrushchov tenta alcançar nesse encontro não são de modo algum improvisados. Os revisionistas khrushchovistas sempre atuaram no sentido desses objetivos. Eles começaram a divisão propagando sua linha revisionista, depois aprofundaram-na com suas atividades antimarxistas e antissocialistas, agora eles levam essa divisão ao seu final lógico. Contudo, os revisionistas não devem se esquecer que o seu encontro separatista e as “medidas coletivas” que tomarem nele não são o fim do mundo. Seu encontro será proveitoso e muito favorável para o movimento comunista internacional. O dia do encontro dos revisionistas entrará para a História como o dia da sua traição aberta e total e, ao mesmo tempo, como o dia que marcará sua catástrofe final. O movimento comunista seguirá em frente sem os revisionistas e em luta contra eles, e certamente alcançará sua unidade nesse caminho militante. Esta será a verdadeira unidade marxista-leninista pela qual lutam e lutarão corajosamente os marxistas-leninistas de todo o mundo. Queridos camaradas, Khrushchov está tentando convencer vocês, comunistas da União Soviética, os povos soviéticos e todos os povos do mundo que a sua chegada ao poder marca o começo de nova era, uma grande virada histórica. A década do seu comando é descrita como a década do “florescimento da União Soviética”, da “marcha triunfal ao comunismo”, a década do “triunfo da paz e da coexistência pacífica”, a década da “consolidação do movimento comunista” e do “desenvolvimento criativo do marxismo”. Os revisionistas modernos começaram a “verdadeira história” da União Soviética em 1953. Todas essas coisas não passam de mentiras. É verdade que houve uma virada histórica quando o grupo de Khrushchov tomou em suas mãos as rédeas do poder, mas uma virada ao retrocesso, uma virada que abriu as portas para o oportunismo e o revisionismo, para a traição e a degeneração, para a destruição da unidade e o começo da divisão no movimento comunista, para as aproximações e uniões com o imperialismo e demais inimigos dos povos e do socialismo, para a sabotagem da revolução e para a restauração do capitalismo. Nenhuma pessoa ou grupo até agora conseguiu causar tantos prejuízos e males para a União Soviética, o campo socialista, o movimento comunista e a causa do socialismo e do comunismo quanto Khrushchov e seu grupo. A história da União Soviética e do comunismo internacional não conhece renegado maior e inimigo mais feroz e perigoso do que o grupo revisionista khrushchovista. O que os imperialistas não foram capazes de fazer com sua intervenção armada, o que Trótski, Bukharin e demais inimigos do Poder soviético não foram capazes de fazer em seu tempo, o que os fascistas alemães não foram capazes de fazer durante a Segunda Guerra Mundial — é isso que o grupo de Khrushchov está determinado a fazer agora. Quem difamou, descreditou, atacou tão duramente e caluniou o Poder soviético e a ordem socialista soviética mais do que Khrushchov!? Foi Khrushchov que acabou com o período mais glorioso da União Soviética, período em que o povo soviético, guiado pelo Partido encabeçado por Stálin, superou dificuldades colossais, lidou corajosamente com o feroz bloqueio capitalista, esmagou a contrarrevolução, construiu a primeira sociedade socialista do mundo, alcançou a grande vitória histórica na Guerra Patriótica e transformou a União Soviética em um Estado socialista poderoso, desenvolvido e avançado, com uma autoridade e um papel na arena internacional sem precedentes. Foi Khrushchov que apresentou todo esse período como um período onde reinavam na União Soviética o terror e a perseguição, as prisões e os campos de concentração, as violações da lei e da democracia, a arbitrariedade e o despotismo, a pobreza e a fome. Com tudo isso, Khrushchov prestou um grande serviço aos imperialistas, dando-lhes as armas para atacar e descreditar a União Soviética. O infame relatório “secreto” que apresentou no XX Congresso e os seus discursos subsequentes tornaram-se o principal alimento e uma fonte inesgotável da mais reacionária propaganda anticomunista antissoviética de todas. Quem pode acreditar nas mentiras de Khrushchov sobre os crimes de Stálin? É minimamente possível acreditar nas invenções das comissões de investigação montadas por Khrushchov, nos escritos dos Adjubeys(2), nos diários dos Solzhenitsyns(3) e seus comparsas? Será que o imperialismo e seus agentes, que sempre tiveram profundo ódio da União Soviética, que tentaram matá-la estrangulando-a ainda no seu berço, ficaram de braços cruzados durante todo esse tempo, sem fazer nada contra ela? No passado, em 1938, o próprio Khrushchov disse: “Os Yakirs, os Balitskys, os Tyubchenkis, os Zatonskys e demais canalhas queriam trazer de volta à Ucrânia a aristocracia polonesa, e trazer para cá os fascistas alemães, os latifundiários e capitalistas... Eliminamos muitos inimigos, mas não todos. Portanto devemos ficar de olhos abertos. Devemos ter sempre em mente as palavras do camarada Stálin de que, enquanto existir o cerco capitalista, os espiões e sabotadores serão enviados ao nosso país.” O mesmo Khrushchov disse, um ano mais cedo, em 1937: “Nosso partido esmagará sem piedade o bando de traidores e varrerá da face da Terra toda a carniça trotskista-direitista. A garantia disto é a liderança inabalável do nosso líder, camarada Stálin... Exterminaremos cada um dos inimigos, do primeiro ao último, e jogaremos suas cinzas aos ventos.” Mas, em vez de varrer a carniça trotskista da face da Terra, ou de exterminar todos os inimigos e jogar suas cinzas aos ventos, Khrushchov queimou o corpo de Stálin e jogou as suas cinzas aos ventos, as cinzas deste grande articulador e defensor das conquistas históricas da União Soviética. Khrushchov reabilitou cada um dos contrarrevolucionários, do primeiro ao último, declarou-os vítimas de Stálin e decidiu erguer monumentos em sua homenagem. Nós, albaneses, sabemos muito bem, por experiência própria, quem são essas vítimas que Khrushchov protege. Enquanto chamava os líderes do partido e do Estado albanês, que guiaram o povo na grande luta de libertação e construção do socialismo, de agentes do imperialismo que se venderam por trinta moedas de prata, assassinos e terroristas, Khrushchov tomou abertamente sob sua proteção os inimigos do nosso partido e do nosso povo, chamando-os de verdadeiros comunistas revolucionários, internacionalistas, patriotas e vítimas inocentes. Somente um traidor, um inimigo do comunismo, poderia lançar tão monstruosos ataques e calúnias contra Stálin, grande líder do Partido Comunista, do povo soviético e do movimento comunista internacional. Nos seus ataques anticomunistas a Stálin, Nikita Khrushchov supera até mesmo os imperialistas e os mais ferozes reacionários e renegados do comunismo, Kautsky, Trótski, Tito e Djilas. O que é que ele não disse sobre Stálin!? Chamou “assassino”, “criminoso qualquer”, “déspota do tipo de Ivan, o Terrível”, o “maior ditador da história da Rússia”, e por aí vai, a J. V. Stálin, que por trinta anos a fio guiou o partido dos bolcheviques e o povo soviético de vitória em vitória, que defendeu corajosamente a linha do grande Lênin, que inspirou os Stakhanovs e os heróis da construção socialista na União Soviética, que ergueu e comandou resolutamente todos os operários e camponeses e todo o povo soviético na Grande Guerra Patriótica, cujo nome estava nos lábios dos Matrosovs(4), das Kosmodemyanskayas(5), dos heróis de Stalingrado e das centenas de milhares de outros heróis e combatentes ao se lançarem nos ataques ao inimigo e ao tombarem no campo de batalha. Vocês já se perguntaram, camaradas, o porquê desse ódio tão selvagem contra Stálin, o porquê dos ataques e difamações com tanta raiva e o porquê de mancharem tão descaradamente o glorioso período histórico do povo soviético e do seu partido em que J. V. Stálin estava no comando? Vocês não veem uma conexão lógica entre os ataques e calúnias contra Stálin e os aplausos e elogios aos cabeças do imperialismo, a Eisenhower, Kennedy, Johnson, etc., a quem Khrushchov chama de pessoas “sensatas” que “possuem apoio absoluto de seus povos”, que “genuinamente se preocupam com a preservação da paz”, e cuja morte de um desses líderes do imperialismo, como foi no caso de Kennedy, foi descrita por ele como “uma grande perda para a humanidade” e proclamada como dia de luto até mesmo para os comunistas? Somente um charlatão, uma pessoa sem caráter e sem vergonha, se comportaria como Khrushchov em relação a Stálin, a quem cobria de elogios enquanto vivo, a quem costumava chamar de “amigo íntimo e companheiro de luta do grande Lênin”, de “amigo do povo e pai querido”, de “grande marechal da vitória sobre o fascismo”, de “o maior gênio e líder da humanidade”. Seria possível que vocês, comunistas soviéticos, e o povo soviético conquistassem essas vitórias históricas colossais com um partido e um Estado chefiados por um homem que só cometia crimes e erros de todos os tipos? Não pode haver absurdo maior e falsificação histórica mais grosseira do que negar os grandes méritos de Stálin como líder do partido e comandante-em-chefe do Exército Soviético e elevar aos céus o papel e os méritos de Khrushchov, que é apresentado como um grande estrategista, não só da Guerra Patriótica, como também da Guerra Civil, como o pioneiro da era cósmica, etc. É lamentável que até mesmo alguns companheiros de luta de Stálin, que comandaram grandes operações durante a Guerra Patriótica ao seu lado e sob seu comando, falsifiquem a História a pedido de Khrushchov e neguem o que até ontem eles mesmos afirmavam. Com suas calúnias e ataques baixos contra Stálin, próprios de canalhas, Khrushchov insulta gravemente o grande povo soviético, o seu partido, a ditadura do proletariado e a ordem socialista soviética, insulta o glorioso Exército Soviético, o movimento comunista internacional e os povos e trabalhadores de todo o mundo, insulta o socialismo e o marxismo-leninismo. Houve um tempo em que o próprio Khrushchov dizia: “Quem ergue a mão contra o camarada Stálin, ergue-a contra todos nós, contra a classe operária, contra o povo trabalhador! Quem ergue a mão contra o camarada Stálin, ergue-a contra a doutrina de Marx, Engels e Lênin” (do seu discurso em um encontro em Moscou em janeiro de 1937). É precisamente isso que Khrushchov fez. Ao erguer a mão contra Stálin, ergueu-a contra tudo, contra o comunismo, contra o marxismo-leninismo. Ao erguer a mão contra Stálin, Khrushchov ergueu sua mão contra o próprio sistema socialista soviético. Não admite isso publicamente, apesar dos pedidos dos seus aliados mais consistentes para levar até o fim a eliminação das consequências do seu “culto”. O fato é que ao chamar as três décadas da liderança de Stálin de uma anomalia, um desvio do caminho leninista, e ao trabalhar intensivamente para minar o sistema socialista, Khrushchov está quebrando o próprio sistema socialista soviético e conduzindo a evolução pacífica da degeneração do socialismo na União Soviética. E o irônico é que ele chama esse caminho traidor social-democrata de “retorno a Lênin”, de “prossecução do verdadeiro caminho leninista”! Esse é o propósito e o verdadeiro significado do choro de Khrushchov sobre a chamada luta contra o culto ao indivíduo e suas consequências. O grupo de Khrushchov ergueu a mão contra o que há de mais sagrado, contra a arma mais poderosa do povo soviético para defender as conquistas da revolução e da construção do comunismo: a ditadura do proletariado e o partido comunista. Está tentando desarmar o povo, tomar o poder das suas mãos e degenerar o partido. Pisoteou e rejeitou a consistente linha marxista-leninista do Partido Bolchevique e o seu espírito e tradição revolucionários, impôs sobre o partido uma linha oportunista e revisionista em todos os campos da sua vida e atividade, uma linha que ameaça todas as vitórias históricas do socialismo na União Soviética, pelas quais o partido e o povo soviético lutaram heroicamente, fizeram enormes sacrifícios e derramaram seu sangue. Para promover sua linha, a camarilha revisionista de Khrushchov realizou grandes e contínuos expurgos nas fileiras de quadros do partido e do Estado, tanto nos órgãos centrais quanto na base, dispensando todos aqueles em que não confiavam e os substituindo por quadros fiéis à sua linha. Dentro de dez anos, Khrushchov removeu mais de 70% dos membros do Comitê Central eleito no XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética em 1952, e, quando do XXII Congresso, removeu cerca de 50% dos membros do Comitê Central eleito no XX Congresso. Do mesmo modo, às vésperas do XXII Congresso, substituiu 45% dos membros dos comitês centrais dos partidos das repúblicas federadas, dos comitês do partido das províncias e regiões, bem como 40% dos membros dos comitês do partido das cidades e seus distritos, sob o pretexto de fazer uma rotação de quadros. Em 1963, sob o pretexto de reorganizar o partido na base da produção, a camarilha de Khrushchov substituiu outra vez mais da metade dos membros dos comitês centrais das repúblicas federadas e dos comitês provinciais do partido. Os homens que hoje cercam e servem Khrushchov constituem um setor privilegiado, degenerado do ponto de vista ideológico, que traiu a causa revolucionária da classe operária soviética e que luta contra o marxismo-leninismo e o socialismo. Sua única preocupação é consolidar sua posição econômica e sua dominação política. Apoiando-se sobre esse setor, o grupo de Khrushchov está transformando o glorioso Partido Comunista da União Soviética em um partido revisionista e o Estado socialista soviético em uma ditadura da camarilha khrushchovista. Suas teses sobre os chamados “partido de todo o povo” e “Estado de todo o povo” são uma grande fraude. Nada têm em comum com o marxismo-leninismo e servem apenas para preparar o terreno para a restauração do capitalismo. Disse Lênin: “o progresso, isto é, a evolução para o comunismo, se opera através da ditadura do proletariado, e não pode ser de outro modo”. Declarando liquidada a ditadura do proletariado na União Soviética, o grupo de Khrushchov deu um passo para trás muito perigoso em direção ao capitalismo. O chamado “Estado de todo o povo” de Khrushchov nada mais é do que um disfarce para esconder a ditadura da sua camarilha, dirigida contra a classe operária e o campesinato soviéticos, contra o povo soviético. Khrushchov luta unicamente contra a ditadura do proletariado e em favor da preservação do poder estatal para utilizá-lo como meio de alcançar seus próprios objetivos contrarrevolucionários e manter oprimidos e submissos o povo e os comunistas soviéticos. Não menos perigosa é a sua tese sobre o “partido de todo o povo”, que apaga o caráter de classe proletário do Partido Comunista da União Soviética e abre alas para a degeneração do partido marxista-leninista num partido revisionista. Todas as medidas organizativas e reorganizativas, tomadas por Khrushchov de tempos em tempos no partido e no Estado, servem a esses propósitos. Camaradas, o Estado soviético, o primeiro poder socialista no mundo, instaurado pela Revolução de Outubro, e o grande Partido Comunista da União Soviética enfrentam o grave risco de se degenerarem em um Estado burguês e um partido revisionista burguês. Nestes momentos, a passividade é imperdoável e fatal. Recai sobre as amplas massas de membros do Partido Comunista da União Soviética e do povo soviético o imperativo, nobre e sagrado dever histórico de defender a ditadura do proletariado, defender o Partido Comunista fundado por Lênin. Desde que chegou ao poder, Khrushchov tomou uma série de medidas e promoveu uma série de reformas na área da economia, especialmente na agricultura, sobre as quais faz um grande alvoroço. Mas qual é o verdadeiro propósito e significado dessas medidas e reformas? Elas se opõem aos princípios do socialismo e do comunismo, são uma tentativa de introduzir na economia socialista soviética os métodos e formas organizativas emprestadas da experiência da Iugoslávia titista e dos países capitalistas. O grupo de Khrushchov substituiu o princípio socialista de remuneração de acordo com o trabalho pelo [princípio do] estímulo material, tomado em seu sentido absoluto e fetichista. Esse grupo minou a direção centralizada e planejada da economia e, ao encorajar o princípio capitalista da busca pelo lucro, está incentivando a livre concorrência capitalista, arruinando e destruindo a propriedade coletiva de todo o povo, tal como fizeram com as estações de máquinas e tratores. Na sua essência, o comunismo de Khrushchov é uma variedade do socialismo burguês. Seu falatório sobre sua preocupação com o bem-estar do povo, com melhores condições de vida para todos, é hipocrisia e demagogia do começo ao fim. O que o grupo de Khrushchov cobiça é uma vida fácil, com mais conforto e prosperidade para um setor degenerado e privilegiado que tem grandes ganhos na forma de altos salários, gratificações e honorários, e através de abusos, subornos, roubos, etc. Khrushchov reduziu os nobres ideais do comunismo a um “bom prato de gulache”. Os Estados Unidos da América, a experiência dos industriais e as recomendações dos grandes fazendeiros americanos como Eaton, Hearst e companhia servem de modelo para o seu comunismo. Chegou ao ponto de estender a mão aos imperialistas americanos para que “construam” o comunismo na União Soviética com os seus dólares e empréstimos. Os revisionistas khrushchovistas abriram as portas para a entrada da ideologia burguesa, do estilo de vida burguês, da decadência burguesa na arte, literatura e cultura, para o avivamento de todos os tipos de tendências antissoviéticas e antissocialistas, para a proliferação das tendências decadentes ocidentais. Fazem grande propaganda para o individualismo e egoísmo burguês e o pacifismo e humanismo burguês. Isso tudo não deixa claro o caminho perigoso pelo qual Khrushchov está levando a União Soviética? As medidas tomadas não são de maneira alguma passos para frente de avanço ao comunismo, e sim passos para trás de retrocesso ao capitalismo. Nestas circunstâncias, os comunistas revolucionários soviéticos e o povo soviético se deparam com o seguinte impasse: ou permitem que o grupo de Khrushchov continue com seu trabalho criminoso e contrarrevolucionário em paz, ou se levantam em defesa das vitórias do socialismo e do comunismo na União Soviética e põem um fim ao caminho antissoviético e antissocialista de Khrushchov. Queridos camaradas, Enquanto o seu partido manteve alta a bandeira pura do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário e seguiu uma linha revolucionária consistente na sua política interna e externa, a União Soviética foi, por décadas a fio, o bastião da revolução e do socialismo, a porta-bandeira da luta contra o imperialismo, a grande defensora e apoiadora da liberdade e independência dos povos, a grande combatente pela emancipação da classe operária e pela causa da paz no mundo. Os comunistas revolucionários e os povos de todo o mundo viam a União Soviética com profundo respeito e admiração, tomando-a como exemplo e sendo inspirados pela sua posição revolucionária de princípios. A criação do campo socialista, o crescimento do movimento comunista e operário e o grande ímpeto das lutas de libertação dos povos estão intimamente ligados com o papel internacionalista e as contribuições do primeiro país do socialismo, a União Soviética. Naquele tempo, havia plena unidade de pensamento e de ação no campo socialista, no movimento comunista e em todas as organizações democráticas internacionais. Todas as forças revolucionárias do mundo, encabeçadas pela União Soviética, lutavam unidas em uma só força contra as forças do imperialismo e da reação. No entanto, Khrushchov destruiu o prestígio, a autoridade e o papel da União Soviética no mundo com a sua linha política. Em nome da União Soviética, ele divide o campo socialista e o movimento comunista internacional, sabota e estrangula a revolução e as lutas de libertação dos povos, engana e intimida os povos, defende e embeleza o capitalismo e o imperialismo. Vejam, camaradas, a enorme tragédia que o grupo de Khrushchov está causando a um país como o seu, com brilhantes tradições revolucionárias e tamanhos méritos históricos! Cada vez mais, eles associam e unem a União Soviética com os seus mais ferozes inimigos, com aqueles contra quem o povo e os comunistas da União Soviética lutaram heroica e resolutamente. O grupo de Khrushchov se aliou e fez amizade com aqueles que queriam enterrar a União Soviética. Tomaram como aliado e amigo da União Soviética o imperialismo americano, que é a cabeça do imperialismo mundial, o centro da reação, a principal fonte de guerra e agressão, o explorador e a polícia internacional, o inimigo número um dos povos de todo o mundo. Tomaram como amiga e irmã a camarilha de Tito, que há muito tempo traiu o marxismo-leninismo, que trabalha para minar as forças do socialismo, da liberdade e da paz no mundo, que serve diligentemente ao imperialismo, que vive de dólares americanos e que foi condenada unanimemente pelo movimento comunista internacional. Tomaram como amigos e aliados os renegados da classe operária, os servos da burguesia e os mais ferozes anticomunistas, os líderes reacionários direitistas da social-democracia como Guy Mollet, Spaak, Wilson, entre outros. Tomaram como amiga e aliada a burguesia reacionária indiana, a quem Khrushchov arma e incita a oprimir o povo indiano e promover uma agressão contra um país irmão como a República Popular da China. Tomaram como amigo e aliado o Vaticano de Roma, velho centro da reação e de obscurantismo, bem como todas as forças reacionárias e contrarrevolucionárias do mundo, incluindo os revanchistas de Bonn, com quem Khrushchov está tentando se acertar. Khrushchov tem dirigido toda a força dos seus ataques contra os verdadeiros aliados e fiéis amigos da União Soviética. Vocês já conhecem os ataques ferozes, as monstruosas calúnias e os atos hostis que o grupo de Khrushchov lançou contra o Partido do Trabalho da Albânia, a República Popular da Albânia, o povo albanês e os seus líderes. De que crime ele não acusou o nosso partido e o nosso povo!? Em sua campanha contra nosso partido e nosso povo, Khrushchov recorreu a ameaças e pressões, interferiu brutalmente em nossos assuntos internos, impôs o bloqueio econômico e rompeu as relações diplomáticas. Da tribuna do XXII Congresso, ele convocou abertamente aos comunistas e ao povo da Albânia à contrarrevolução, a derrubar a liderança do partido e do Estado, chamados esses que se repetem continuamente através dos órgãos de propaganda soviéticos, em especial nas transmissões da Rádio Moscou à Albânia. Mas por que todo esse ódio, toda essa inimizade a um país socialista, a um partido marxista e a um povo irmão — um ódio e inimizade ao nosso país que nem mesmo os mais ferozes inimigos imperialistas tiveram? Qual é o “crime” deste partido e deste povo? Seu único “crime” foi ter se recusado a se submeter à linha traidora de Khrushchov, sair em defesa do marxismo-leninismo e de condenar e se opor aos propósitos divisionistas dos revisionistas. O grupo de Khrushchov está promovendo uma luta feroz contra os países socialistas que não se submetem aos seus ditames, bem como contra todos os partidos comunistas que se opõem ao revisionismo e defendem o marxismo-leninismo. Usam contra eles todas as armas e métodos que o inimigo de classe usa, interferindo brutalmente nos seus assuntos internos, violando sua soberania e independência, fazendo pressão e chantagens para colocá-los de joelhos, semeando dissidências e organizando complôs, como fizeram recentemente com o Partido Comunista do Japão. Utiliza as organizações conjuntas do Conselho para Assistência Econômica Mútua e do Tratado de Varsóvia para colocar os países socialistas sob o controle do seu grupo, para explorá-los de acordo com seus próprios propósitos egoístas e chauvinistas. Com sua linha e sua atuação, Khrushchov tem feito um grande serviço ao imperialismo e à reação mundial e causado sérios danos à causa do socialismo, da liberdade dos povos e da paz no mundo. O revisionismo moderno, que se espalhou muito rapidamente com o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, abriu alas para a sangrenta contrarrevolução na Hungria e para os acontecimentos contrarrevolucionários na Polônia, colocando em risco a própria existência de certos partidos comunistas e operários, como nos Estados Unidos da América, na Dinamarca, entre outros. Seguindo o caminho de Khrushchov, o Partido Comunista da Índia, encabeçado por Dange, se tornou um instrumento da grande burguesia reacionária, um partido nacional-chauvinista que traiu os ideais da classe operária e do povo indiano. Na Argélia, os revisionistas afastaram o partido da luta armada junto ao povo, isolando-o das massas, colocando-o para trás e fazendo com que perdesse seu lugar na vida política da Argélia. Uma verdadeira tragédia acometeu o Partido Comunista do Iraque, que, tendo sucumbido à pressão do grupo de Khrushchov, seguiu uma linha oportunista, baixou a vigilância e, por consequência, sofreu um duro golpe dos reacionários, causando uma grave derrota à causa da revolução no Iraque. O revisionismo está corroendo muitos partidos comunistas e operários, especialmente na Europa, que está impregnada de revisionismo. Esses partidos estão se transformando de partidos da revolução social em partidos das reformas sociais, se aproximando e se fundindo com os social-democratas, prescindindo das tradições e do espírito revolucionários e caindo nas ilusões da via pacífica do parlamentarismo, que os revisionistas definiram como princípio estratégico mundial. Visando a aproximação e colaboração multilateral a qualquer custo com os imperialistas americanos — que são os verdadeiros beneficiados de toda a sua chamada política de coexistência pacífica —, Khrushchov tem cometido graves crimes contra a liberdade e independência dos povos, contra a paz, contra a própria União Soviética e a sua segurança. Visando essa aproximação e reconciliação, Khrushchov capitulou vergonhosamente ao imperialismo americano depois dos seus atos aventureiros durante a crise do Caribe, quando não hesitou em sacrificar a soberania de Cuba. Encobriu de vergonha a União Soviética e as suas forças armadas ao permitir que os imperialistas americanos controlassem de forma humilhante os navios soviéticos em alto mar, enquanto Cuba, um país pequeno a 90 milhas dos Estados Unidos, defendia com honra a sua dignidade, sem permitir qualquer controle imperialista em seu território, nem mesmo dos navios soviéticos nos territórios marítimos cubanos. Khrushchov sacrificou os interesses nacionais do povo congolês ao votar a favor da intervenção das tropas da ONU sob o controle dos imperialistas americanos. Esse compromisso trouxe consequências trágicas para a causa da liberdade e independência do povo congolês, como todos sabem. O Tratado de Moscou de Interdição Parcial de Testes Nucleares foi uma grande traição e enganação aos povos, que na verdade se dirige contra os interesses da própria União Soviética e do campo socialista e dá aos imperialistas americanos a possibilidade de prosseguir unilateralmente com os seus testes clandestinos, aumentar seu potencial atômico e continuar com as chantagens nucleares, ameaçando e intimidando os povos. Khrushchov fechou muitos acordos com o imperialismo às custas dos povos. Apesar dos anos de alarde sobre assinar o tratado de paz com a Alemanha e resolver a questão de Berlim Ocidental, Khrushchov abandonou quase completamente esse assunto e, às vésperas da sua visita à Alemanha Ocidental, está se preparando para fazer ainda mais compromissos com os revanchistas de Bonn em detrimento dos interesses vitais da República Democrática Alemã. Enquanto todos os povos do mundo se erguiam para condenar energicamente os novos atos de agressão dos Estados Unidos da América contra a República Democrática do Vietnã, Khrushchov, para não se indispor com os americanos, se limitou a falar, em uma voz quase inaudível e com dificuldade, uma série de palavras meia-boca para lamentar os incidentes no Golfo de Tonquim, num momento em que um país irmão socialista se deparava, e ainda se depara, com um grave perigo. Khrushchov não apenas desistiu de lutar contra os imperialistas, como também está fazendo o possível para impedir os povos de fazer revolução e combater o imperialismo, para limitar e estrangular o movimento mundial de libertação. Semeia todo tipo de ilusões pacifistas com o imperialismo e seus cabeças, aconselha os povos a serem dóceis, a não irritarem os imperialistas, a se submeterem a eles, porque, segundo ele, “qualquer faísca pode despertar uma conflagração mundial”. Ameaça e intimida os povos com os horrores da guerra atômica e prega a paz incondicional e a qualquer custo. Chegou a sugerir a criação de uma força policial mundial nos moldes da Organização das Nações Unidas, para tornar-se a polícia internacional junto com os imperialistas americanos e suprimir quaisquer movimentos revolucionários e de libertação dos povos no mundo. Não é à toa que os imperialistas americanos, os líderes social-democratas direitistas e os reacionários de

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