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Carolina Machado Castelli_Dissertacao PDF

295 Pages·2015·5.39 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Faculdade de Educação Programa de Pós-Graduação em Educação Dissertação “Agora quando eu olho pra ele, ele sorri pra mim, porque a gente começou a ser amigo”: o que fazem juntos bebês e crianças mais velhas em uma escola de Educação Infantil Carolina Machado Castelli Pelotas, 2015 Carolina Machado Castelli “Agora quando eu olho pra ele, ele sorri pra mim, porque a gente começou a ser amigo”: o que fazem juntos bebês e crianças mais velhas em uma escola de Educação Infantil Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Educação. Orientadora: Profª. Drª. Ana Cristina Coll Delgado Pelotas, 2015 Carolina Machado Castelli “Agora quando eu olho pra ele, ele sorri pra mim, porque a gente começou a ser amigo”: o que fazem juntos bebês e crianças mais velhas em uma escola de Educação Infantil Dissertação aprovada, como requisito parcial, para obtenção do grau de Mestre em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas. Data da defesa: 28 de janeiro de 2015. Banca Examinadora: Prof.ª Dra. Ana Cristina Coll Delgado (Orientadora) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas – UFPel. Doutora em Educação pela Universidade Federal Fluminense – UFF. Prof. Dr. Manuel José Jacinto Sarmento Pereira (Membro Titular) – Instituto de Estudos da Criança, Universidade do Minho – UMinho. Doutor em Estudos da Criança pela Universidade do Minho – UMinho. Prof.ª Dra. Maria Carmen Silveira Barbosa (Membro Titular) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Prof.ª Dra. Márcia Ondina Vieira Ferreira (Membro Titular) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas – UFPel. Doutora em Sociologia pela Universidad de Salamanca – USAL. Agradecimentos Há um provérbio africano que diz “é preciso toda uma aldeia para educar uma criança”. Da mesma forma, é preciso todo um coletivo para gerar uma dissertação. Ainda que escrita por mim, ela não é só minha: tem o dedo (ou o braço, ou o corpo inteiro) de gente que, além de me ser muito significativa, foi imprescindível para que essas páginas ganhassem vida, ou melhor, que a vida ganhasse páginas. Por isso, agradeço! Agradeço à Ana Cristina, por ter me acolhido, ter me incentivado, ter me dado espaço, ter me ajudado a crescer e por ter me dado a oportunidade de continuar aprendendo junto a ela. Também faço o meu agradecimento aos integrantes do CIC – UFPel pelo espaço de compartilhamento, discussão e desenvolvimento. Agradeço à escola investigada e a todas as pessoas que, independente de suas idades, participaram, de forma direta ou indireta, da realização da investigação. A pesquisa foi feita POR e PARA bebês, crianças mais velhas e profissionais da educação. Agradeço ao apoio dado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS para que eu pudesse concretizar este trabalho de investigação, de formação pessoal e profissional e de divulgação de saberes construídos e reconstruídos nas aulas, nas reuniões e na escola que acolheu a pesquisa. Agradeço, também, aos professores Manuel Sarmento, Lica e Márcia Ondina pela tamanha dedicação feita ao trabalho em tão pouco tempo. Sinto-me muito honrada por poder contar com suas contribuições para com este trabalho e para com minha formação. Agradeço, ainda, a todos os professores que tive, pois me ajudaram e me ajudam a ser uma aluna, professora, pesquisadora e pessoa melhor. Não poderia deixar de registrar um agradecimento especial à Maria Renata, da FURG, e à Simone Albuquerque, da UFRGS. Ambas, desde antes mesmo de eu ter ingressado no NEPE – FURG, foram marcantes em minha trajetória acadêmica e, consequentemente, pessoal. Também agradeço a TODOS com quem pude conviver no NEPE (professoras e colegas). O espírito do núcleo me move. Afinal, uma vez Nepista, sempre Nepista! Ainda agradeço às professoras Ivalina Porto e Magda Novo. Foi com elas que ingressei no mundo da pesquisa – de onde nunca mais saí. De pesquisa com idosos à pesquisa com bebês: muitos aprendizados! À amiga Ana Paula, o meu muito obrigada! Isso tudo não teria sido possível sem a tua ajuda! À amiga e colega Rachel, que possamos dividir outros espaços de convivência e crescimento! Bom compartilhar essa jornada contigo! À amiga Karine: o mestrado não teria sido o mesmo sem a tua presença! Aos amigos Julio, Letícia e Henrique, que, nas nossas trajetórias, que os quilômetros distanciam e aproximam, possa haver muitos pontos de encontro. Às amigas do mestrado, da especialização, da graduação e do colégio: obrigada por respeitarem os momentos em que não consegui me organizar para fazer algo com vocês e tive que me dedicar exclusivamente ao estudo; obrigada, também, por reconhecerem o meu trabalho! Por último, mas, de forma alguma, menos importante, mais alguns agradecimentos. Agradeço ao meu namorado, Israel, por me incentivar, por me apoiar, por me ajudar e por comemorar comigo as conquistas e alegrias planejadas e inesperadas. Agradeço aos seus pais e demais familiares por todo suporte e torcida nesses cinco anos de convívio, bem como ao seu padrinho, Mico, pela presença e pela prontidão em ajudar. Agradeço ao meu irmão, Tiago, por me fazer aprender e saber com quem contar, desde quando ele era bebê e eu criança. Agradeço aos meus pais por terem me dado condições de ter chegado até aqui e por apoiarem as minhas escolhas profissionais. Agradeço às minhas cunhadas pela torcida e aos demais familiares por celebrarem minha trajetória mesmo estando longe. Agradeço à pequena Leona, mesmo que não possa ler essas páginas, por trazer, junto às suas mordidinhas e aos seus latidos, grandes risadas a quem está a seu redor e leveza a todos os momentos. E agradeço aos meus avós, que, juntamente com outros guias, me fazem ser forte, me ajudam a manter a esperança, me ensinam olhar a vida com positividade e me conectam com Deus para, por mim, interceder e agradecer. Resumo CASTELLI, Carolina Machado. “Agora quando eu olho pra ele, ele sorri pra mim, porque a gente começou a ser amigo”: o que fazem juntos bebês e crianças mais velhas em uma escola de Educação Infantil. 2015. 294f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015. Ao constatar a necessidade de estudos voltados às relações entre bebês e crianças de diferentes idades, bem como de sua maior promoção na escola infantil, esta pesquisa se propôs a investigar as relações estabelecidas entre bebês de uma turma de Berçário 2 e crianças mais velhas em uma escola de educação infantil. Também coube investigar em que tempos-espaços essas relações foram estabelecidas; que papéis os adultos desempenhavam frente a elas; que implicações as mesmas apontaram ao currículo da Educação Infantil; e que relações os bebês estabeleciam entre si. O referencial teórico do estudo abrangeu os Estudos da Criança, principalmente pelas contribuições da Sociologia da Infância, da Antropologia da Criança, da Psicologia Cultural e da História da Infância, além de autores da Filosofia e da Educação. Foram centrais o desenvolvimento da ideia de geração (FORQUIN, 2003; SARMENTO, 2005b) e de seus desdobramentos, a compreensão sobre as culturas infantis e seus eixos – interatividade, ludicidade, fantasia do real e reiteração (SARMENTO, 2003; 2004) e a desconstrução da neutralidade e da rigidez da noção de idade (ARIÈS, 1981; ROGOFF, 2005; LLORET, 1997). A geração dos dados, termo utilizado em consonância com Graue e Walsh (2003), foi realizada em uma escola de educação infantil filantrópica do município de Pelotas/RS e se deu, sobretudo, por meio de observações com registros escritos, fotográficos e, em especial, audiovisuais, além de conversas informais. A investigação, identificada com a etnografia, foi inspirada no que Erickson (1986) propõe como pesquisa interpretativa, sendo, como defende Mayall (2005), desenvolvida não sobre, mas com as crianças. As relações dos bebês e crianças mais velhas tiveram maior espaço dentro de um projeto proposto pela turma do Pré 1, mas também ocorreram com estas crianças e com as crianças das turmas dos Maternais 1 e 2 em ocasiões variadas (como no pátio e no refeitório). Por meio dos encontros, foi possível perceber: bebês e crianças mais velhas (re)elaborando suas culturas infantis, especialmente através de brincadeiras; bebês observando outros bebês e crianças mais velhas e participando junto a eles em situações de aprendizagem; bebês e crianças de outras idades iniciando amizades; a valorização dos bebês mais novos; e a enorme disponibilidade das crianças mais velhas em cuidar e dar carinho aos bebês. Todas essas possibilidades que emergiram dos encontros, juntamente com posturas docentes mais abertas a romper com a lógica escolar consolidada, ajudaram a destacar que, assim como aponta Rogoff (2005), as diferenças culturais decorrentes do envolvimento de crianças de idades/subgerações variadas são importantes para as relações sociais que as crianças desenvolvem, o que evidencia a necessidade de que sejam ampliados os tempos-espaços para a promoção de relações multietárias/intersubgeracionais na escola infantil. Palavras-chave: bebês; crianças; educação infantil; relações multietárias; currículo Abstract CASTELLI, Carolina Machado. “Now, when I look at him, he smiles at me, because we started being friends”: what do babies and older children do in early childhood school. 2015. 294p. Dissertation (Masters in Education) – Post Graduation in Education, Faculty of Education, Federal University of Pelotas, 2015. Given the need for studies related to the relationship between babies and children of different ages, as well as its further promotion in early education centers, this research was developed to investigate the relations established between babies of a nursery classroom and older children in an early childhood school. This research also investigated in which space-time these relations were established; the adult roles played against them; what implications they pointed to the curriculum of Early Childhood Education; and what were the relations established between babies. The theoretical framework of this study covered the Childhood Studies, mostly from the contributions given by Sociology of Childhood, Anthropology of Children, Cultural Psychology and History of Childhood, apart from Philosophy’s and Education’s theorists. The development of the idea of generation and its consequences (FORQUIN, 2003; SARMENTO, 2005b), the understanding of the childhood cultures and their axles – interactivity, playfulness, fancy oh the real and reiteration (SARMENTO, 2003; 2004), and the deconstruction of neutrality and rigidity of the idea of age were the main basis for this dissertation. The data generation, term used in line with Graue and Walsh (2003), was held in a philanthropic early childhood school of Pelotas/RS and mainly occurred through observations with written records, photographic and, in particular, audiovisual, besides informal conversations. The research, identified with the ethnographic method, was inspired on what Erickson (1986) nominates as an interpretive research, and, as defensed by Mayall (2005), developed not on, but with children. The relationship between babies and older children had larger space within a project proposed by the Pre 1 class, but also occurred with these children and the children of the divisions of Maternal 1 and 2 in various occasions (as in the courtyard and in the lunch room). Through the meetings, it was possible to realize: older infants and children (re)developing their childhood cultures, especially through plays; babies observing other babies and older children and participating with them in learning situations; babies and children of other ages starting friendships; the valuation of younger babies; and the enormous availability of older children on taking care and giving affection to babies. All these possibilities that emerged from the meetings, along with teaching attitudes more open to breaking the consolidated school logic, helped to highlight that, as well as Rogoff (2005) indicates, cultural differences arising from the involvement of children of varied ages/subgenerations matter for social relationships that children develop, which highlights the need for extended space-time to promote multiage/intersubgenerational relations at early childhood centers. Keywords: babies; children; early childhood education; multiage relations; curriculum Lista de Figuras Figura 1 – Fotografias do episódio n.º 1: “A fantasma e o soldado”. ........................ 45 Figura 2 – Fotografias do episódio n.º 2: “Ampliando o vocabulário”. ....................... 46 Figura 3 - Quadro da proporção do atendimento por organização das turmas das crianças que frequentam a educação infantil no campo. .......................................... 76 Figura 4 – Quadro das idas que a pesquisadora fez à escola utilizando registro em foto e/ou vídeo. ...................................................................................................... 109 Figura 5 – Quadro da quantidade de material registrado em foto e/ou vídeo e de horas de observação nos 31 dias em que esses registros foram feitos. ................. 109 Figura 6 – Quadro da caracterização das instituições educacionais comunitárias, confessionais e filantrópicas. ................................................................................. 111 Figura 7 – Quadro das informações acerca das crianças que participaram da pesquisa. ............................................................................................................... 117 Figura 8 – Quadro da relação turma-raça. ............................................................. 118 Figura 9 – Quadro da relação turma-sexo. ............................................................. 118 Figura 10 – Fotografia da sala do Berçário 2. ........................................................ 123 Figura 11 – Fotografia do pátio 1. .......................................................................... 124 Figura 12 – Fotografia do pátio 2. .......................................................................... 124 Figura 13 – Fotografia do refeitório com o salão ao fundo. .................................... 125 Figura 14 – Fotografia do salão com o refeitório ao fundo. .................................... 125 Figura 15 – Desenho da planta do primeiro andar da escola investigada. ............. 126 Figura 16 – Desenho da planta do segundo andar da escola investigada. ............. 126 Figura 17 – Desenho do trajeto que os bebês faziam para ir ao refeitório. ............. 127 Figura 18 – Quadro da sistematização do dia-a-dia do Berçário 2 na instituição investigada. ............................................................................................................ 128 Figura 19 – Quadro dos encontros promovidos entre Berçário 2 e Pré 1 dentro do projeto desta turma. ............................................................................................... 133 Figura 20 – Representação das ideias de cuidar profissional, cuidar familiar e cuidar amigo vivenciadas em âmbito educacional. ........................................................... 143 Figura 21 – Fotografias do episódio n.º 13: “Quando o amigo não está bem”. ....... 150 Figura 22 – Gráfico da Curva de Gauss com representação linear do desenvolvimento humano. ..................................................................................... 152 Figura 23 – Desenho das características físicas que atribuem a ideia de fofura aos bebês. .................................................................................................................... 154 Figura 24 – Fotografias do episódio n.º 14: “Disputando o bebê”. .......................... 164 Figura 25 – Fotografias do episódio n.º 15: “O encontro no espelho”. .................... 166 Figura 26 – Fotografias do episódio n.º 16: “O resgate do brinquedo – parte 1”. .... 168 Figura 27 – Fotografias da rotina cultural vivida pelas crianças junto à pesquisadora. ............................................................................................................................... 178 Figura 28 – Fotografias do episódio n.º 20: “O suco horrível”. ................................ 181 Figura 29 – Fotografias do episódio n.º 21: “Envolvidas com a massinha de modelar”. ............................................................................................................................... 185 Figura 30 – Fotografias do episódio n.º 22: “Aprendendo a virar cambalhota – parte 1”. .......................................................................................................................... 188 Figura 31 – Fotografias do episódio n.º 24: “Observar para fazer”. ........................ 191 Figura 32 – Fotografias do episódio n.º 25: “Um brinquedo, dois bebês e muitas possibilidades”. ...................................................................................................... 193 Figura 33 – Fotografias do episódio n.º 26: "Começando a serem amigos". .......... 198 Figura 34 – Fotografias do episódio n.º 27: "Reforçando os laços". ....................... 200 Figura 35 - Fotografias do episódio n.º 28: "A despedida". ..................................... 204 Figura 36 – Representação das relações mais estabelecidas pelos bebês na escola infantil investigada.................................................................................................. 207

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cilindro onde os bebês eram depositados para que o anonimato dos adultos que os deixavam fosse assegurado. Segundo Torres (2006), tais
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