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Carlos Drummond de Andrade PDF

160 Pages·2012·47.15 MB·Portuguese
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1 Carlos Drummond de Andrade, 1963 livros De CArlos DrummonD De AnDrADe publiCADos pelA CompAnhiA DAs letrAs em 2012 A rosa do povo Claro enigma Fala, amendoeira Contos de aprendiz Antologia poética As impurezas do branco Sentimento do mundo Contos plausíveis José Lição de coisas Os dias lindos A bolsa e a vida 2 caderno de leituras carlos drummond de andrade orientação para o trabalho em sala de aula organização e edição Murilo Marcondes de Moura 3 Autorretrato, 1983. 4 Caro professor, O Caderno de Leituras que você tem em mãos faz parte das ativida- des que acompanham a reedição das obras completas de Carlos Drum- mond de Andrade pela Companhia das Letras. Coordenado por Murilo Marcondes de Moura, o caderno pretende dar apoio didático aos professo- res que têm a intenção de utilizar em suas aulas a obra de um dos mais decisivos autores brasileiros. Criados em 1999 com o intuito de aprimorar ainda mais o aproveita- mento da produção literária no processo educativo, os Cadernos de Lei- turas desde então se espalharam rapidamente pelas salas de aula de todo o Brasil. E não será diferente com este, dedicado a Carlos Drummond de Andrade. A qualidade dos textos de apreciação crítica, a pertinência das atividades propostas, a riqueza do material iconográfico e a abundância de informações complementares aqui reunidas são a prova de que a Com- panhia das Letras deseja estabelecer um diálogo cada vez mais próximo com todos vocês que se dedicam a despertar nas novas gerações a paixão pela leitura. Os editOres 5 Avenida paulista, s/d. Com a filha maria Julieta e o neto Carlos manuel, 1951. Sumário Apresentação, por Murilo Marcondes de Moura 9 itinerário de Drummond 13 Carlos Drummond de Andrade e o sentimento do mundo, por Murilo Marcondes de Moura 19 o estranho sinal: notas sobre o amor na poesia de Carlos Drummond de Andrade, por Mirella Márcia longo 39 A prosa de Carlos Drummond de Andrade, por augusto Massi 51 A linguagem em evidência, por José aMérico Miranda 71 trouxeste a chave? poesia e memória em Carlos Drummond de Andrade, por Fábio de souza andrade 89 poesia de Drummond: na trilha dos enigmas, por alcides Villaça 107 sequência didática — alguma leitura de Carlos Drummond de Andrade, por luciana alVes da costa 123 Cronologia 147 sobre os autores 154 Distribuidores 157 7 retrato de Carlos Drummond de Andrade. 8 ApreSentAção MUriLO MArCONdes de MOUrA em 1962, aos sessenta anos de idade, ao organizar sua Antologia poética, Carlos drummond de Andrade abandonou o critério meramente cronoló- gico e preferiu identificar “certas características, preocupações e tendên- cias” em sua obra, dividindo-a em nove seções, que englobam o ind ivíduo, a terra natal, a família, os amigos, a política, o amor, a poesia, o lúdico e a reflexão sobre a existência. Não é pouco. Quantos poetas poderiam osten- tar tamanha multiplicidade, tanta diversidade de direções? e não se trata apenas de quantidade — o poeta se afirmou e se notabilizou em cada um desses territórios. e isso não é tudo. embora drummond seja essencial- mente poeta, sua prosa está longe de ser dispensável ou menor, e se es- praia em diversos gêneros: a novela, o conto, a crônica, o diário, o ensaio. A obra de drummond é um dos grandes legados da cultura brasileira. Alguns versos e trechos de sua poesia há muito transcenderam o âmbito específico da literatura para alcançar a condição de fórmulas quase coletivi- zadas sobre questões existenciais ou amorosas: “e agora, José?”; “No meio do caminho tinha uma pedra”; “Perdi o bonde e a esperança”; “Mundo mundo vasto mundo,/ se eu me chamasse raimundo/ seria uma rima, não seria uma solução”; “João amava teresa que amava raimundo/ que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili/ que não amava ninguém”; “o amor/ é isso que você está vendo:/ hoje beija, amanhã não beija”. Há muito, também, gerações de leitores, especializados ou não, me- dem o seu teor de humanidade com as palavras desse poeta — interiorano, que cantou como ninguém a cidade grande; tímido, mas impregnado como poucos do sentimento do mundo. Uma obra dessa grandeza é sempre fascinante, mas nunca é fácil. Como ler drummond? sobretudo, como ensinar a ler drummond? toda grande poesia tem necessariamente um alcance coletivo, guarda suas mais profundas raízes numa ideia forte de comunidade, mesmo quando pro- vém da “espantosa solidão”, como no caso de nosso poeta. Por isso, a leitu- 9 ra compartilhada de poesia nunca é banalização ou facilitação, mas atuali- zação do que ela tem de mais essencial. este caderno foi pensado justamente como lugar possível de conversa e transmissão entre professores de literatura, dos mais diferentes níveis, leitores muito especiais, pois sempre dispostos a lidar com a dificuldade e a beleza. Algumas vezes, trata-se de acompanhar o poeta em seu impulso afirmativo: “Portanto, é possível distribuir minha solidão, torná-la meio de conhecimento./ Portanto, solidão é palavra de amor”. Outras vezes, o que predomina é a dúvida e a amargura: “e ficam tristes/ e no rasto da tristeza chegam à crueldade” ou “Não amei bastante sequer a mim mesmo,/ contu- do próximo. Não amei ninguém”. entrega, distanciamento irônico, amar- gura, humor, muitas são as disposições e os sentimentos do sujeito nessa obra tão complexa, semelhante à condição humana que ela procurou inves- tigar com toda lucidez e precisão. Cada um dos sete críticos e professores aqui reunidos, alguns deles destacados estudiosos de drummond, projetou em sua escrita abranger o máximo dessa complexidade e do modo mais claro possível. Os assuntos, temas e gêneros abordados foram escolhidos pela sua im- portância no interior da obra do escritor: o enigma, o amor, a própria lin- guagem, a memória, o sentimento do mundo; há também uma apresenta- ção abrangente de sua prosa e uma sequência didática para a sala de aula. No final de cada texto, há ainda uma ampla indicação bibliográfica e suges- tões de atividades. 10

Description:
ria poética de Carlos drummond de Andrade, de que o poema “Mundo grande” é a mais eloquente livro centrado na descrição poética de cenas eróticas, tal constatação é man- tida, ainda que, em de mimese sensível de um ambiente específico, um microcosmos histori- camente determinado
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