Este livro é resultado de trinta horas de depoimentos, gravados em Sintra, Portugal. E de um mergulho num baú repleto de cartas, bilhetes, papéis rascunhados, agendas profusamente anotadas – sim, Adriane Galisteu ainda conserva aquela doce mania de transformar suas agendas em diários teen, engordados com recortes e fotografias e recheados de divagações.
“Como editor, tentei ser absolutamente fiel a sua narrativa. As mesmas palavras. O mesmo tom de voz – dolorido e emocionado, como vocês irão ver. Conservar o olhar diante do mundo que se abriu para aquela menina que saiu de uma tarde de trabalho num autódromo – a propósito, ela não gostava de automobilismo – para uma vida de princesa ao lado do príncipe das pistas.
Duas ou três coisas me emocionam particularmente neste livro. Primeiro, a candura juvenil de quem, nos melhores e nos piores momentos