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Caio Prado Jr. e a nacionalização do marxismo no Brasil PDF

256 Pages·2000·0.639 MB·Portuguese
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CAIO PRADO JR. E A NACIONALIZAÇÃO DO MARXISMO NO BRASIL Caio Prado Jr. e a nacionalização do marxismo no Brasil 1 Departamento de Ciência Política Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo Chefe Maria Hermínia Tavares de Almeida Vice-Chefe Fernando Limongi Coleção Comentário Coordenador Cláudio Vouga Comissão Editorial Cláudio Vouga Eduardo Kugelmas Gabriel Cohn Lúcio Kowarick 2 Bernardo Ricupero Prêmio Lourival Gomes Machado Menção Honrosa Bernardo Ricupero CAIO PRADO JR. E A NACIONALIZAÇÃO DO MARXISMO NO BRASIL Departamento de Ciência Política da USP Caio Prado Jr. e a nacionalização do marxismo no Brasil 3 EDITORA 34 Editora 34 Ltda. Rua Hungria, 592 Jardim Europa CEP 01455-000 São Paulo - SP Brasil Tel/Fax (11) 816-6777 [email protected] Departamento de Ciência Política Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 Cid. Universitária CEP 05508-900 São Paulo - SP Brasil Tels/Fax (11) 211-2269 / 818-3754 / 818-3783 [email protected] http://www.cienciapolitica-usp.br Copyright © Editora 34 Ltda., 2000 Caio Prado Jr. e a nacionalização do marxismo no Brasil © Bernardo Ricupero, 2000 A FOTOCÓPIA DE QUALQUER FOLHA DESTE LIVRO É ILEGAL, E CONFIGURA UMA APROPRIAÇÃO INDEVIDA DOS DIREITOS INTELECTUAIS E PATRIMONIAIS DO AUTOR. Capa, projeto gráfico e editoração eletrônica: Bracher & Malta Produção Gráfica Revisão: Alexandre Barbosa de Souza 1ª Edição - 2000 Catalogação na Fonte do Departamento Nacional do Livro (Fundação Biblioteca Nacional, RJ, Brasil) Ricupero, Bernardo R81c Caio Prado Jr. e a nacionalização do marxismo no Brasil / Bernardo Ricupero. — São Paulo: Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo; Fapesp; Ed. 34, 2000. 256 p. ISBN 85-7326-161-7 1. Prado Jr., Caio, 1907-1990. 2. Marxismo - Brasil. I. Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo. II. Fapesp. CDD - 320.5 4 Bernardo Ricupero CAIO PRADO JR. E A NACIONALIZAÇÃO DO MARXISMO NO BRASIL Agradecimentos........................................................ 7 Prefácio .................................................................... 9 Introdução................................................................ 21 I. TEXTO E CONTEXTO EM CAIO PRADO JR. 1.O problema Caio Prado Jr........................................ 37 2.História das idéias e comédia ideológica no Brasil.... 47 II. O CONTEXTO 3.Existe um pensamento marxista latino-americano?... 61 3.1.A questão ........................................................................ 63 3.2.Marxismo e América Latina: uma incompreensão mútua......................................... 69 3.3.Momentos da história do socialismo na América Latina.. 73 3.4.A III Internacional e a América Latina............................. 75 3.5.A Revolução de Outubro vista da América Latina........... 81 3.6.Para além do localismo e do cosmopolitismo da esquerda latino-americana ..................................... 89 4.A aventura brasileira do marxista Caio Prado Jr. ..... 92 4.1.Marxismo e Brasil: uma história quase inexistente .......... 92 4.2.Caio Prado Jr. e o PCB.................................................... 108 4.3.Caio Prado Jr. e a literatura sobre a formação do Brasil.. 114 4.4.Caio Prado Jr. como continuador e inovador no marxismo do Brasil................................................ 124 III. O TEXTO 5.A Colônia................................................................. 137 5.1.O sentido da Colônia....................................................... 137 5.2.Momentos da história colonial........................................ 147 5.3.O caráter da colonização de acordo com Caio Prado Jr... 150 5.4.A Colônia vista por Caio Prado Jr................................... 155 Caio Prado Jr. e a nacionalização do marxismo no Brasil 5 6. A transição entre Colônia e Nação ........................... 160 6.1.A formação do Estado Nacional brasileiro...................... 162 6.2.O fim da escravidão......................................................... 169 6.3.A República..................................................................... 171 6.4.A formação econômico-social brasileira........................... 172 7. A Nação ................................................................... 195 7.1.A crítica política de Caio Prado Jr................................... 195 7.2.Caio Prado Jr. e a esquerda ou mais um capítulo na história da crítica da cópia brasileira...................... 199 7.3.A repercussão da crítica de Caio Prado Jr. à esquerda..... 213 7.4.O programa político de Caio Prado Jr............................. 218 7.5.A Nação para Caio Prado Jr............................................ 222 Conclusão: O que está vivo e o que está morto em Caio Prado Jr.?......................................... 229 Referências bibliográficas ......................................... 237 6 Bernardo Ricupero AGRADECIMENTOS Gildo Marçal Brandão, Rubens Ricupero, Luiz Bernardo Murtinho Pericás, Gabriela Nunes Ferreira, Fernando Novais, Rubem Murilo Leão Rêgo, Alexandre de Freitas Barbosa, Tullo Vigevani, Norman Gall, Danda Prado, Antonio Candido, Paulo Martinez, Lincoln Secco, Raimundo Santos, Sylvia Sampaio Góes Ricupero, Eduardo Kugelmas, Francisco de Oliveira, Maria D’Al- va Kinzo, Ana Maria dos Santos, José Clovis de Medeiros Lima, Maria Raimunda dos Santos e Márcia Regina Gomes. Agradecimentos 7 8 Caio Prado Jr. e a nacionalização do marxismo no Brasil PREFÁCIO Numa pesquisa recente feita artesanalmente com um peque- no mas senior grupo de economistas, sociólogos, antropólogos e cientistas políticos, sobre quais seriam as obras e autores brasi- leiros mais importantes do século XX, as respostas indicaram não estudos teóricos ou empíricos executados segundo sofisticados manuais metodológicos, mas Casa-Grande & Senzala (1933) e Sobrados e Mucambos (1936), de Gilberto Freyre; Formação Eco- nômica do Brasil (1954), de Celso Furtado; Os Donos do Poder (1958), de Raymundo Faoro; Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda; Coronelismo, Enxada e Voto (1948), de Victor Nunes Leal; Formação do Brasil Contemporâneo (1942) e Evolução Política do Brasil (1933), de Caio Prado Jr.; A Fun- ção Social da Guerra na Sociedade Tupinambá (1952) e A In- tegração do Negro na Sociedade de Classes (1964), e outros, de Florestan Fernandes; Populações Meridionais do Brasil (1920) e Instituições Políticas Brasileiras (1949), de Oliveira Vianna; e Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha1. 1 Cf. Simon Schwartzman, “As ciências sociais brasileiras no século XX”, nov. 1999 (mimeo.). O autor esclarece que a amostragem utilizada, res- trita à lista de cientistas sociais com os quais se corresponde via Internet, foi de 49 intelectuais, dos quais 10 sociólogos, 13 cientistas políticos, 14 econo- mistas, 6 antropólogos, alguns historiadores e gente proveniente da área de direito, filosofia e administração. O livro de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto, Dependência e Desenvolvimento na América Latina (1970), teria sido citado como um dos mais influentes, não sendo entretanto reconhecido como de mérito eqüivalente aos demais. Prefácio 9 Pode ser que resida aqui uma anomalia. Tomando como padrão as ciências exatas — que progridem esquecendo seus fun- dadores — e desconsiderando a natureza das ciências sociais — cujo trabalho, sob certo aspecto, se assemelha ao de Penélope, que para atingir seus objetivos necessita refazer seu próprio caminho —, uma interpretação positivista não hesitaria em qualificar tal situação como resistência à absorção dos procedimentos meto- dológicos e técnicos que caracterizariam a verdadeira ciência, indicação de o quanto estamos atrasados no terreno da profis- sionalização e institucionalização do saber. Fora desse sectarismo, no entanto, o que a lista evidencia é que historicistas e anti-historicistas, holistas e individualistas meto- dológicos, humanistas e cientificistas, aprendemos todos a pensar o Brasil com aqueles pensadores. Essa realidade, parte ineliminável da experiência intelectual de cada um de nós e de cada geração dos 80 aos 21 anos, é por si só suficiente para tornar risível o dar de ombros com que por vezes se os considera — como alquimistas diante dos químicos, como literatura para o deleite dominical do espírito, como relevantes tão-somente do ponto de vista da história da ciência. Apesar do caráter datado de muitas de suas proposições teóricas e análises empíricas, continuam a ser lidos como teste- munhas do passado e como fonte de problemas, conceitos, hipó- teses e argumentos para a investigação científica do presente. O que talvez seja peculiar desse momento é a extensão em que estão sendo tomados como objetos de análise em si mesmos, a quantidade de comentários que estão sendo produzidos sobre suas idéias, o uso que se está fazendo da história intelectual como instrumento e perspectiva para repensar a evolução histórica e a problemática política contemporânea do país. Com efeito, além da emergência ou renovação das disciplinas que tematizam os problemas do viver em transição — como a violência em suas diversas formas, o fenômeno da pluralização religiosa, a explo- são de associativismo, as redefinições das relações de gênero, a requalificação das relações raciais, as condições sociais para o exercício da cidadania, o funcionamento das instituições demo- 10 Caio Prado Jr. e a nacionalização do marxismo no Brasil

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