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Caderno Aprender PDF

188 Pages·2008·0.53 MB·Portuguese
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A P R E N D E R Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia REITOR Prof. Abel Rebouças São José VICE-REITOR Prof. Rui Macêdo PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS Prof. Paulo Sérgio Cavalcante Costa DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS Profª Cláudia Albuquerque de Lima DIRETOR – EDIÇÕES UESB Jacinto Braz David Filho COMITÊ EDITORIAL Profª Ms. Andréa Braz da Costa Prof. Dr. Antonio Jorge Del Rei Moura Prof. Ms. Júlio César Castilho Razera Prof. Dr. Marcello Moreira Prof. Ms. Marco Antônio Araújo Longuinhos Prof. Ms. Nelson dos Santos Cardoso Júnior Prof. Ms. Paulo Sérgio Cavalcante Costa Prof. Ms. Rosalve Lucas Marcelino Profª Drª Zenilda Nogueira Sales Catalogação na publicação: Biblioteca Central da Uesb 100 Aprender – Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação. Ano 3, n. 5, jun./ A661a dez. 2005. Vitória da Conquista: Edições Uesb, 2006. Semestral. ISSN 1678-7846 1. Filosofia – Periódicos. 2. Psicologia. I. Universidade Estadual do Sudo- este da Bahia. II. Título. Pede-se Permuta We ask for exchange On demande 1’ échange Se pide intercambio Campus Universitário – Caixa Postal 95 Estrada do Bem Querer, Km 4 – 45083-900 – Vitória da Conquista – BA Fone: 77 3424-8716 – E-mail: [email protected] Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia A P R E N D E R Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação ISSN 1678-7846 APRENDER - Cad. de Filosofia e Psic. da Educação Vitória da Conquista Ano III n. 5 p. 3-188 2005 Copyright © 2006 by Edições Uesb APRENDER – Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação Caderno do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Ano III - n. 5, jul./dez. 2005 EDITORES RESPONSÁVEIS Prof. Ms. Leonardo Maia Bastos Machado - Uesb Prof. Ms. Ruben de Oliveira Nascimento - Uesb EDITORIA CIENTÍFICA Profª Ms. Ana Lucia Castilhano de Araújo - Uesb Profª Ms. Caroline Vasconcellos Ribeiro - Uesb Prof. Ms. José Luís Caetano - Uesb Profª Ms. Zamara Araújo dos Santos - Uesb Prof. Ms. Gilson Teixeira - Uesb CONSELHO EDITORIAL Profª Drª Ana Elizabeth Santos Alves - Uesb Prof. Dr. Carlos Henrique de Souza Gerken - UFSJ Prof. Dr. Dante Galeffi - Ufba Prof. Dr. Danilo Streck - Unisinos Prof. Dr. Delba Teixeira Rodrigues Barros - UFMG Prof. Dr. Diógenes Cândido de Lima - Uesb Profª Drª Eliane Giachetto Saravali - Unesp Prof. Dr. Filipe Ceppas - UGF/PUC-Rio Prof. Dr. Francisco Moura - Ufop Prof. Dr. João Carlos Salles - Ufba Prof. Dr. José Carlos Araújo - Unitri Prof. Dr. Marcelo Ricardo Pereira - UFMG Profª Drª Maria Iza Pinto Amorim Leite - Uesb Profª Drª Maria Luiza Camargos Torres - Univale Profª Drª Milenna Brun - Uefs Profª Drª Marilena Ristum - Ufba Profª Drª Norma Vídero - Uesc Prof. Dr. Paulo Cezar Borges Martins - Uesb Prof. Dr. Paulo Gurgel - Ufba Profª Ms. Rosane Lopes Araújo Magalhães - Uesc Prof. Dr. Silvio Gallo - Unicamp Profª Drª Tania Beatriz Iwasko Marques - UFRGS Prof. Dr. Walter Matias Lima - Ufal NÚMERO ESPECIAL Educação e Complexidade SUMÁRIO Introdução..............................................................................................7-12 Educação e Complexidade: conceitos e paradigmas Educar para a complexidade: o que ensinar, o que aprender Maria da Conceição Xavier de Almeida................................................. 15-29 Contribuições para uma pedagogia e práxis pedagógica na perspectiva do paradigma da complexidade: um olhar epistemológico Celso José Martinazzo............................................................................. 31-48 Complexidade: teoria e prática interdisciplinar Virgínia Maria Fontes Gonçalves........................................................... 49-75 O caráter formador do pensamento complexo: suas implicações éticas e a produção de novas subjetividades Por uma pedagogia complexa: a reforma do sujeito cognoscente Rita de Cássia Ribeiro..........................................................................79-100 Subjetividades e políticas de civilização Edgard de Assis Carvalho..................................................................101-115 Complexidade, música e formação para a vida Silmara Lídia Marton.......................................................................117-134 Educação, complexidade e pesquisa Pesquisa em educação e as implicações éticas específicas desse conhecimento Eder Alonso Castro............................................................................137-154 Os (des)caminhos do método: uma nova reflexão sobre a finalidade dos meios Juremir Machado da Silva..................................................................155-163 O pensamento complexo e as implicações da transdisciplinaridade para a práxis pedagógica Ana Lina Cherobini e Celso José Martinazzo ....................................165-182 Normas para apresentação de trabalhos...................................183-186 NÚMERO ESPECIAL Educação e Complexidade INTRODUÇÃO O que é educação? Em que consiste educar/educar-se? Quem é o(a) educador(a)? A “simples” tentativa de responder a essas questões vem, ao longo da história, exigindo gigantescos esforços de indivíduos, culturas, civilizações. De fato, a educação (sua essência, seus métodos, suas formas, suas finalidades) constitui-se em desafio permanente na história da humanidade. Desde há muito tempo, nós buscamos a construção de uma imensa “Paidéia” que, respondendo aos nossos mais genuínos anseios e sonhos nos aproxime de nossa própria realização/felicidade. No longo itinerário percorrido pelo homo sapiens-demens, muitas têm sido as formas de compreensão do fenômeno educacional e de seus objetivos: transmissão de conhecimentos, troca de experiências, infusão de idéias, aprendizagem de conceitos, abstração da realidade, assimilação de conteúdos, apreensão de dados e fatos, adequação da mente aos objetos exteriores, correto direcionamento das percepções sensoriais, interiorização de valores, controle das emoções pelo intelecto, objetivação das experiências subjetivas, moralização das consciências, modo especial de socialização e preparação para a vivência da cidadania, pensamento esclarecido, construção da personalidade, crítica da tradição, etc. Todas essas concepções de educação tiveram e continuam tendo 8 Aprender - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação sua importância e seu lugar no interior das culturas que as produziram, não obstante suas limitações. Entretanto, a cultura moderna, ancorada no “grande paradigma do Ocidente”, de inspiração cartesiana, está na origem de uma concepção bastante limitada do conhecimento e, conseqüentemente, de uma visão extremamente reducionista de educação. Nesta, promove- se nítida dissociação entre sujeito e objeto, entre homem e natureza, entre filosofia e ciência, entre ciência e arte, entre espírito e matéria, entre sentimento e razão, entre qualidade e quantidade, entre ser e essência, entre liberdade e determinismo, entre escola e sociedade. Pensada dessa forma, a educação abdica de sua dimensão integral e perde-se na busca de fragmentos isolados; elege o especialista como protótipo “do que sabe”, embora mergulhado numa hiperespecialização estéril; distancia o conhecimento acadêmico dos saberes da tradição, recusando o necessário referencial da experiência cultural; submete-se à prepotência da tecnocracia, secundarizando os fundamentos humanísticos de toda e qualquer ciência legítima. Deste modo, o paradigma da disjunção, da disciplinarização e da simplificação, quando aplicado à educação degenera seu sentido mais pleno. Ao separar aquilo que só se compreende em conjunto (a realidade e o conhecimento desta) afasta-se a possibilidade de uma educação integral do ser humano. Entretanto, nestes últimos anos, com a crescente consciência de que a realidade/o mundo/a sociedade/a vida são inerentemente complexos, tem se tornado cada vez mais perceptível a insuficiência do paradigma cartesiano da simplificação/redução/disjunção (já velho, embora ainda dominante) no enfrentamento dos problemas atuais, cada vez mais complexos. Assim, começam a tomar corpo idéias- práticas que buscam religar as diferentes áreas do conhecimento, que promovem o abraço dos saberes, que constroem experiências multidisciplinares e que buscam diminuir as distâncias entre teoria e prática. Aos poucos, também estamos vendo ampliar-se a percepção da complexidade inerente à educação, este permanente processo de Introdução 9 humanização dos indivíduos e das culturas que envolve todas as dimensões do existir-humano-no-mundo, em suas múltiplas formas. Os dias atuais são experimentados como tempo de crise. Isto significa dizer que tudo está em ebulição. O sólido dissolve-se no ar, crescem as incertezas e, juntamente com elas, as angústias. À medida que suportamos com maior dificuldade os problemas de nosso tempo, mais sentimos necessidade de novos caminhos, novas abordagens do real. Por isso, é vital a emergência e a promoção de um pensar complexo, tal como proposto e praticado por Edgar Morin, “artífice e construtor” do método complexo que, quando aplicado à educação, permite-nos e exige-nos: a) perceber e assumir o erro e a ilusão como inerentes ao conhecimento humano; b) descobrir a relação entre as partes e o todo e o valor do contexto na experiência do conhecimento; c) aprender e ensinar a condição humana, isto é, a unidade e a diversidade (unitas multiplex) que constitui todo ser humano; d) aprender e ensinar a identidade terrena, pois todos partilham um destino comum e, portanto, a solidariedade deve se tornar marca comum entre os humanos que habitam a Terra-Pátria; e) assumir as incertezas como parte da vida e do conhecimento humanos, buscando construir estratégias de enfrentamento destas; f) aprender e ensinar a compreensão como formas de superação do racismo, da xenofobia e dos desprezos; g) aprender e ensinar a ética do gênero humano (“antropo-ética”), que consiste em assumir o caráter ternário da condição humana (indivíduo/ sociedade/espécie) por meio do controle mútuo entre a sociedade e os indivíduos, pela democracia e concebendo a Humanidade como comunidade planetária. Desse modo, a Rede de Estudos da Complexidade (Recom/ Uesb) louva a iniciativa do APRENDER que, em sintonia com as novas emergências teórico-práticas no campo da Educação e com o intuito de contribuir no aprofundamento de reflexões comprometidas com a promoção e a construção de experiências pedagógicas cada vez mais humanizadas e humanizantes, dedica este número especial ao tema Educação e Complexidade. Os artigos aqui contidos defendem 10 Aprender - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação uma postura que visa à superação das dicotomias sujeito-objeto, homem-mundo, mente-corpo, racionalidade-afetividade... tão características do paradigma ocidental cartesiano e discutem a instauração de um modelo de racionalidade e de educação mais aberto e sem pretensões epistemológicas totalizantes. Em Educar para a complexidade: o que ensinar, o que aprender, Maria da Conceição de Almeida, partindo da afirmação de que a ciência não representa a totalidade do conhecimento e que, portanto, o conhecimento não pode reduzir-se aos resultados das pesquisas científicas, preconiza uma educação para a complexidade cujo ideário seja capacitar os cidadãos para conviverem com a incerteza e a tirar bom proveito dela, além de transformar a sala de aula em lugar para discutir e experimentar, também, os valores éticos da responsabilidade com a vida, com a amizade, com a justiça e com a felicidade humana. Celso José Martinazzo, em Contribuições para uma pedagogia e práxis pedagógica na perspectiva do paradigma da complexidade: um olhar epistemológico, apresenta o paradigma da complexidade como fomentador de uma nova pedagogia capaz de desenvolver nos educandos competências cognitivas multidimensionais que contextualizem, articulem e religuem a diversidade dos conhecimentos humanos. O texto Complexidade: teoria e prática interdisciplinar, de Virgínia Maria Fontes Gonçalves, discute uma visão interdisciplinar da complexidade, ancorada em diversas áreas de conhecimento, enfatizando pontos convergentes e divergentes entre três linhas de pesquisa em complexidade (a algorítmica, a determinística e a agregativa), bem como estabelece um vínculo entre educação e complexidade a partir da linha de pesquisa em complexidade agregativa. O artigo Por uma pedagogia complexa: a reforma do sujeito cognoscente, de Rita de Cássia Ribeiro, parte do método complexo de Edgar Morin e do sistema de criação de valores de Tsunessaburo Makiguchi para propor a construção de uma pedagogia complexa,

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A P R E N D E R. Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação. ISSN 1678-7846. APRENDER - Cad. de Filosofia e Psic. da Educação Vitória da Complexity. Referências Bibliográficas. ALMEIDA, M. da C. de. Cumplicidade, complexidade, (com)paixão. In: ______ et al. Ética, solidariedade e
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