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Brasil pós-crise: agenda para a próxima década PDF

357 Pages·2009·4.99 MB·Portuguese
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Preencha a (cid:192)(cid:3)(cid:70)(cid:75)(cid:68)(cid:3)(cid:71)(cid:72)(cid:3)(cid:70)(cid:68)(cid:71)(cid:68)(cid:86)(cid:87)(cid:85)(cid:82) no (cid:192) nal deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lançamentos e as promoções da Editora Campus/Elsevier. 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Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográ(cid:192) cos, gravação ou quaisquer outros. Copidesque: Adriana Kramer Revisão Grá(cid:192) ca: Marco Antônio Corrêa Editoração Eletrônica: DTPhoenix Editorial Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, 111 – 16o andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Rua Quintana, 753 – 8o andar 04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP Serviço de Atendimento ao Cliente 0800-0265340 [email protected] ISBN 978-85-352-3279-0 Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão. Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação. CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ B83 Brasil pós-crise: agenda para a próxima década / [organizadores] Fabio Giambiagi, Octavio de Barros. — Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Inclui bibliogra(cid:192) a ISBN 978-85-352-3279-0 1. Desenvolvimento econômico — Brasil. 2. Brasil — Política econômica. 3. Brasil — Condições econômicas. 4. Crise econômica. I. Giambiagi, Fabio. II. Barros, Octavio de. CDD: 338.981 09-3172 CDU: 338.1(81) “La fantasía humana es un don demoníaco. Está continuamente abriendo un abismo entre lo que somos y lo que quisiéramos ser, entre lo que tenemos y lo que deseamos.” MARIO VARGAS LLOSA, em La verdad de las mentiras “Deus, concedei-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as coisas que posso mudar, e sabedoria para reconhecer a diferença.” EPICLETO, fi lósofo do século I a.C. Apresentação N osso colega, amigo e autor de um dos capítulos deste livro, Armando Castelar Pinheiro, com base em conhecida recompilação histórica feita por A. Maddison, gosta de citar que, entre 1820 e o fi nal do século XX, a taxa de cres- cimento média do PIB per capita nos Estados Unidos foi apenas 0,5% superior à do Brasil. Entretanto, isso fez com que a relação entre a renda per capita dos Estados Unidos e a nossa, que era de 2 para 1 em 1820, fosse de quase 5,5 para 1, 180 anos depois. O exemplo é ilustrativo de como pequenas diferenças, mantidas com persistência ao longo do tempo, podem gerar transformações expressivas na vida de um país. O Brasil costuma lembrar com saudade da época em que a sua economia cres- cia a taxas superiores a 7% a.a. Cabe citar, porém, que isso ocorria quando a taxa de crescimento populacional era também muito elevada, a ponto de chegar a ser de 3% a.a. na década de 1950. Agora, quando se tem a perspectiva de que, na pró- xima década, o crescimento da população no Brasil seja de menos de 1% a.a., o crescimento absoluto da economia não precisa repetir o dos “anos dourados” do passado. De qualquer forma, em termos da renda per capita, o país pode, sim, em um cenário de recuperação gradual da economia mundial na próxima década, após a crise de 2008/2009, aspirar a ter o melhor desempenho desde os anos 70. Tal perspectiva merece ser saudada, uma vez que a aspiração ao progresso (em nosso caso, simbolizada de forma explícita na própria bandeira nacional) tem sido, his- toricamente, um fator de amálgama no Brasil. Ortega y Gasset declarou certa vez que “uma Nação é um projeto de vida em comum” e, entre os objetivos comuns a todos no Brasil, está o de ver o país prosperar. Nos dez anos entre 1980 e 1990, a renda per capita no Brasil teve um declí- nio acumulado de 5%, só tenuemente revertido nos dez anos seguintes, quando ela cresceu apenas 9% — ou menos de 1% a.a. Já na década atual, o desempe- nho melhorou. Entretanto, mesmo considerando um crescimento nulo do PIB em 2009 e positivo de 4% em 2010 — um cenário relativamente otimista, nas atuais circunstâncias — o pobre desempenho de 2001/2003 e de 2009 terá feito viii BRASIL PÓS-CRISE a renda per capita de 2000 a 2010 ter um aumento limitado a 22%, ou seja, de apenas 2% a.a. Trata-se de uma taxa ainda bastante aquém do potencial do país, do crescimento do resto do mundo e do que todos gostaríamos. Já na próxima década, se entre 2010 e 2020 a economia se expandir sustentadamente a uma taxa anual em torno de 4,5% — consistente com um crescimento da renda per capita de 3,8% a cada ano —, a renda média individual no fi nal da próxima década seria aproximadamente 45% superior à de 2010. Para que se tenha uma ideia da magnitude disso, basta lembrar que entre 1950 e 1960 — período que subsiste no imaginário nacional como uma época de grande progresso, com a construção de Brasília, o boom do mercado consumidor e o crescimento dos anos JK — o PIB per capita cresceu, em termos acumulados, 51%, não muito acima das taxas das quais estamos falando. Os artigos deste livro tomam, naturalmente, o cenário da crise de 2009 como uma referência, mas não focalizam a crise em si, uma vez que a refl exão é sobre a próxima década. Mesmo que as difi culdades atuais não estejam ainda superadas em 2011 e que um dos possíveis cenários para a economia dos Estados Unidos — com refl exos sobre o resto do mundo — seja de uma estagnação mais prolon- gada, o que temos em mente é o que se poderia denominar de “cenário básico” com o qual trabalha a maioria dos economistas. Nele, se não em 2010, em torno de 2011 ou 2012, a economia mundial voltaria a se recuperar e, consequentemen- te, os efeitos de uma eventual permanência da crise no início da década fi cariam diluídos no conjunto de dez anos até 2020. Na próxima década, o Brasil, potencialmente, poderá ser benefi ciado por um conjunto de fatores favoráveis, em que se combinam circunstâncias afortunadas, junto com o amadurecimento de políticas internas apropriadas. Entre os fatos positivos que independem da existência de méritos prévios, merece destaque a conjugação de fatores naturais que aponta o Brasil como um grande produtor de energia, ainda que isso em parte seja também refl exo de investimentos que o país fez ao longo de décadas, para que o potencial pudesse ser realizado. Em particular, cabe citar o aumento projetado da produção de petróleo, o salto da produção de gás e a consolidação da produção de biocombustíveis. Entre os efeitos das políti- cas internas, o grande destaque cabe à perspectiva de redução da despesa nominal de juros, que depois de ser, em média, aproximadamente 7% do PIB nos 15 anos pós-estabilização, espera-se que perca peso em proporção importante, seja pela menor taxa de juros, como pela queda da relação dívida pública/PIB. Por outra parte, vai se consolidando em diversos círculos a percepção de que, apesar das vantagens óbvias de ter mantido políticas tendentes a reduzir o ônus da dívida pública e de ter acumulado reservas que permitiram ao país eliminar a dívida externa líquida, na década atual o Brasil fez poucos esforços no sentido de reformar a sua economia. O país não promoveu novas transformações estruturais APRESENTAÇÃO ix que lhe permitissem maximizar o aproveitamento do potencial ensejado por esse conjunto de circunstâncias favoráveis às quais antes nos referimos. A ideia de que a Nação foi, até certo ponto, complacente diante da bonança externa tem tido cada vez mais eco entre formadores infl uentes de opinião, a despeito do amplo reconhecimento de que o Brasil melhorou muito em diversos planos. Este livro trata, principalmente, do futuro e pouco do passado. Ele se destina a convencer o leitor de que o país poderá ter uma melhora importante na década de 2010, se souber conjugar o que se espera que, uma vez superada a crise, seja um quadro externo favorável, com uma renovação do ânimo reformista perdido ao longo da década atual. Somos da opinião de que os resultados apresentados pela economia brasileira na década que está se encerrando são, em parte, o re- sultado de reformas feitas no passado, ligadas à estabilização, ao ajuste fi scal e à produtividade associada a uma competição crescente. Vemos méritos, tanto no governo FHC como no de Lula, nos avanços macroeconômicos do país, especial- mente nos últimos dez anos, bem como no fato de o Brasil ser uma democracia com um grau de amadurecimento raro de se ver entre países emergentes. À medi- da que o ímpeto de aumento da efi ciência gerado por algumas das medidas ado- tadas no passado tende a arrefecer com o passar do tempo, porém, é importante lançar uma nova agenda de reformas. Ela evitaria que o país fi que excessivamente exposto aos humores da economia internacional, tornando-o capaz de aumentar seu potencial de crescimento e de estar em condições de resistir em melhores condições diante de um eventual contexto externo adverso, quando isso voltar a se verifi car no futuro. O papel mais importante que cabe às autoridades nesse processo não é apon- tar especifi camente os setores que liderarão o crescimento, e sim contribuir para criar as condições para que o investimento como um todo fl oresça. Como disse, corretamente, Gustavo Franco, há alguns anos, no livro O Brasil tem jeito? (editora Zahar), o investimento privado é determinado de forma descentralizada, individual. [É] um complexo processo social, uma teia de decisões interdependentes que precisa de uma atmosfera positiva, na qual horizontes precisam ser claros, a carga tribu- tária moderada, o custo do capital razoável, a macroeconomia previsível, o marco regulatório consolidado, o mercado de capitais profundo, os investidores institu- cionais prestigiados, o empreendedorismo celebrado e a chance de intervenção discricionária de autoridades de vezo redentor desprezível. Contrariamente a épocas anteriores, como a do II PND, em que o Estado era indutor, fi nanciador e ator do investimento, o que se espera do governo, na economia moderna que almejamos ter, é justamente o papel de criar as condições x BRASIL PÓS-CRISE para que o investimento possa aumentar rapidamente, mediante a criação dessa “atmosfera positiva, com horizontes claros, carga tributária moderada, custo de capital razoável, macroeconomia previsível” etc. de que falava Gustavo Franco. Nesse sentido, entendemos que melhoras incrementais poderão dar lugar a um progresso relevante, gerando uma importante transformação do país. Para isso, é preciso que a relativa inércia com que o país se moveu na década atual seja substituída pela implementação de uma nova onda de reformas, mesmo levando em conta a necessidade de ter a sabedoria necessária para, nas palavras de Epicleto citadas em uma das epígrafes do livro, reconhecer a diferença entre aquilo que é possível mudar e aquilo que não é viável. Em destaque na lista de tarefas a cum- prir, estão, entre outras coisas, o maior controle do crescimento do gasto público; a necessidade de priorizar a infraestrutura e a educação; a reforma tributária; e a modifi cação das regras de aposentadoria, para adaptar o país às mudanças demo- gráfi cas ligadas ao envelhecimento da população. O cálculo político defi nirá até que ponto essas iniciativas poderiam ser ampliadas com a incorporação de outros pontos, como, por exemplo, a reforma trabalhista. Ao mesmo tempo, os ditames da modernização impõem que se contemplem novos temas, como é o caso da questão ambiental. O Brasil vem, progressivamente e apesar de diversos percalços, se tornando um país melhor nas últimas duas décadas, com uma economia mais madura, au- mento da renda, certa redução da desigualdade distributiva e um setor privado mais efi ciente. Cada governo deu sua cota de contribuição para esse processo. Nos cinco anos do governo Collor/Itamar Franco (1990-1994), o crescimento econômico médio foi de apenas 1,2%, mas o país deu uma guinada fundamental para a sua modernização, com a adoção da agenda da competitividade, ligada à privatização e à abertura da economia. Nos oito anos do governo Fernando Hen- rique Cardoso (FHC), de 1995 a 2002, o crescimento foi algo maior (2,3% a.a.) e, principalmente, o país deu passos importantes no sentido de reformar a sua economia, com o fi m dos monopólios estatais, a adoção do sistema de metas de infl ação, o saneamento do sistema fi nanceiro, o câmbio fl utuante, a Lei de Res- ponsabilidade Fiscal, uma reforma parcial da Previdência e a sequência de anos em que, entre 1999 e 2002, as metas de superávit primário foram rigorosamente respeitadas, quando não ultrapassadas. Já nos oito anos da Presidência de Lula (2003-2010), o crescimento médio da economia, adotando as hipóteses para 2009 e 2010 citadas anteriormente nesta apresentação, pode ser estimado em 3,6% a.a. e fi cará um legado associado à signifi cativa melhoria do emprego, um importante processo de formalização no mercado de trabalho, forte elevação do crédito, in- cremento do poder aquisitivo do salário-mínimo e aumento dos recursos aplica- dos na área social, com o desenvolvimento de programas focalizados e a um custo fi scal relativamente baixo. APRESENTAÇÃO xi Entretanto, como menciona Vargas Llosa em outra das epígrafes do livro, ao citar o “dom demoníaco da fantasia humana”, faz parte dos anseios da população aspirar sempre a novos progressos. Assim, da mesma forma que o próximo go- verno será cobrado a ter um crescimento médio da economia claramente maior que o dos oito anos de Lula — por sua vez superior ao dos oito anos de FHC — haverá também pressões em favor de uma melhora de qualidade na prestação dos serviços públicos. O próximo governo, consolidada a estabilização, retomado o crescimento e alicerçadas as políticas sociais, será cobrado não só no sentido de mostrar um crescimento médio, provavelmente, em torno de 4,5% e com menor volatilidade, como também sofrerá a exigência de “entregar” à população políticas públicas mais efi cientes e com melhores resultados, especialmente nas áreas so- ciais. Em última instância, o que estamos oferecendo aqui ao leitor trata da com- binação disso, ou seja, do desejo de ter um crescimento maior e melhor. O livro está dividido em três grandes partes. A primeira trata, em linhas ge- rais, das reformas macroeconômicas. Nela, com nove capítulos, o denominador comum é o destaque à necessidade de que o país se empenhe na aprovação de reformas-chave, tantas vezes postergadas. No capítulo inicial, Octavio de Barros e Fabio Giambiagi falam de um Brasil pós-crise que precisa se adaptar às grandes transformações no cenário global, em um contexto no qual os desafi os mudam de natureza. Na sequência, Antonio Delfi m Netto apresenta os pontos do que poderia constituir uma espécie de “agenda fi scal”, incluindo a proposta de reduzir a taxa de crescimento das despesas primárias do governo central à metade da taxa de cresci- mento do PIB, bem como um conjunto de sugestões destinadas ao aprimoramento institucional relacionado com a elaboração do orçamento. John H. Welch faz uma leitura das mudanças no sistema bancário e fi nanceiro global no qual o Brasil está inserido. O capítulo de Octavio de Barros e Fernando Honorato Barbosa analisa os determinantes do resultado das contas externas do país e faz um exercício acerca da sua evolução nos próximos anos, apontando para a relação entre o que se pode esperar do saldo em conta-corrente e o comportamento da absorção doméstica. Ernani Teixeira Torres Filho e Fernando Puga discutem o desempenho e o cenário do comércio exterior brasileiro, sugerindo o que poderia vir a ser uma estraté- gia para as nossas exportações. O ex-ministro Francisco Dornelles e José Roberto Afonso apresentam as linhas gerais e conceituais de quais teriam de ser os pontos principais de uma reestruturação do sistema tributário do país. Fabio Giambiagi expõe o que poderia ser defi nido como uma agenda realista de reformas no campo previdenciário. Wilson Ferreira Jr. mostra qual deveria ser a agenda de curto e de longo prazo do setor elétrico, para evitar que o país sofra com velhos (como em 2001) ou novos problemas (como a maior poluição da matriz energética). Alexan- dre Mathias, por sua vez, mesmo destacando o sucesso do regime, propõe alguns aprimoramentos a serem incorporados ao sistema de metas de infl ação. xii BRASIL PÓS-CRISE Na segunda parte do livro, ressalta-se a importância de “resgatar” o espírito da chamada “agenda perdida”, tão citada no começo da década. Nessa parte, com cinco capítulos, o que se busca é focar a análise nos aspectos microeconômicos, tão importantes para o desenvolvimento de uma economia efi ciente e dinâmica. Robson Rodrigues Pereira e Octavio de Barros revisitam a agenda das reformas microeconômicas inconclusas. O capítulo de Paulo Tafner, Márcia de Carvalho e Carolina Botelho fornece pistas poderosas acerca de quais deveriam ser os melho- res mecanismos para o aprimoramento das políticas sociais na próxima década, dando continuidade aos avanços observados na matéria, tanto na gestão de FHC como no governo Lula. Gustavo Loyola apresenta no seu artigo um excelente ro- teiro dos itens que deveriam compor a agenda da redução do custo do capital no Brasil. Armando Castelar Pinheiro expõe uma série de recomendações para tornar a Justiça mais ágil e efi ciente. José Márcio Camargo defende uma reforma trabalhista para diminuir tanto a taxa de desemprego como a rotatividade, tão negativa para o investimento das empresas na melhoria do capital humano e no aumento da produtividade do trabalhador. Finalmente, a terceira parte, com outros cinco capítulos, incorpora alguns itens que devem constar de uma agenda de novos temas. Aqui se incluem diversos pontos, não relacionados entre si, mas que tendem a se somar ao debate nacional à medida que o país se desenvolve. Entre as questões, citam-se, por exemplo, o impacto do fato de o país passar a ser um grande produtor de petróleo, a questão ambiental, o tema da inovação etc. O aspecto em comum dos diversos artigos é o fato de tratarem de assuntos — em alguns casos, não muito discutidos até agora e, em outros, insufi cientemente debatidos — que deverão ganhar peso crescente ao longo dos próximos anos. O capítulo de José Sergio Gabrielli de Azevedo analisa a indústria do petróleo e as perspectivas do pré-sal. Fabio Giambiagi, Gil Bernardo Borges Leal, Maurício Mesquita Moreira e Paulo de Sá Campello Faveret Filho discutem a questão do fi nanciamento de longo prazo e, especialmente, o papel do BNDES na próxima década. Alexandre Marinis debate a reforma política e explica os dilemas envolvidos na decisão acerca da sequência ideal entre ela e as reformas estruturais. Sérgio Besserman Vianna, José Eli da Veiga e Sérgio Abranches tratam das opções que se apresentam para o país no contexto da discussão mundial acer- ca da questão ambiental, envolvendo questões que, a rigor, condicionam todos os demais temas do livro, pela sua dimensão crucial para a evolução do planeta como um todo. Por último, Glauco Arbix e João Alberto de Negri defendem o desenvol- vimento de uma economia fortemente baseada na inovação. O Brasil se encaminha rumo às eleições de 2010, circunstância propícia para que o futuro seja exaustivamente debatido. Não só porque qualquer eleição é um momento adequado para uma refl exão mais abrangente sobre o país, como tam-

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