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Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa PDF

704 Pages·2010·3.18 MB·Portuguese
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Ficha Técnica Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa Autor: Benjamim Enes Pereira Edição: Instituto dos Museus e da Conservação Projecto: Departamento de Património Imaterial / IMC Coordenação: Paulo Ferreira da Costa (DPI / IMC) Digitalização e Paginação: Henrique Nunes (DPI / IMC) Revisão de Texto: Branca Rolão Moriés © Benjamim Enes Pereira e Instituto dos Museus e da Conservação. 2009 ISBN n.º: 978-972-776-401-3 Catalogação na Publicação: PEREIRA, Benjamim Enes, 1928- Bibliografia analítica de Etnografia portuguesa / Benjamim Enes Pereira ; coord. Paulo Ferreira da Costa ; pref. João Leal. - [edição em formato electrónico]. - Lisboa : Instituto dos Museus e da Conservação, 2009 . — 696 p. [8+XVI+672] - ISBN 978-972-776-401-3 . - Disponível em: http://www.imc-ip.pt CDU 014.3:39 (469) Antropologia-Portugal / Etnografia-Portugal / Bibliografias-Portugal Nota: A presente edição, em formato digital, respeita, com as necessárias adaptações, a composição gráfica e os conteúdos da 1.ª edição da obra (1965), tendo sido igualmente mantidas todas as informações constantes desta. Nos termos do Acordo de Edição estabelecido entre o Autor e o Editor, a presente publicação destina-se exclusivamente a ser disponibilizada em linha nas páginas Web do Instituto dos Museus e da Conservação dedicadas à divulgação e valorização do Património Cultural Imaterial, encontrando-se vedada a sua disponibilização por qualquer outro meio. APRESENTAÇÃO A Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa constitui o repertório mais sistemático, relativo ao todo nacional, de dados etnográficos publicados entre o final do século XIX e 1961. A esta importância acresce o facto de ter resultado de uma das linhas de trabalho do Centro de Estudos de Etnologia, cujo percurso se encontra directamente na origem do Museu Nacional de Etnologia, sendo neste que se encontram integrados os vários fundos arquivísticos e documentais constituídos no âmbito daquele, desde a sua fundação, por Jorge Dias, em 1947. Tal como o próprio autor refere em testemunho publicado na Revista Museologia.pt (“Uma aventura prodigiosa: entrevista a Benjamim Pereira”, n.º 3, Novembro de 2009, Lisboa, IMC, pp. 106 a 113), a Bibliografia Analítica constituiu uma das vias da sua iniciação aos estudos etnológicos, bem como a sua primeira contribuição mais expressiva para o trabalho desenvolvido pelo Centro de Estudos de Etnologia. A par das pesquisas realizadas no terreno, as informações reunidas nesta obra revelaram-se fundamentais para os estudos sistemáticos e a numerosa bibliografia de referência produzida pela equipa do Centro. A Bibliografia Analítica conheceu apenas uma única edição, concretizada no próprio ano em que foi criado o Museu Nacional de Etnologia, em 1965. Encontrando-se esgotada há muito, mas permanecendo como recurso de referência para o estudo e documentação do Património Cultural Imaterial em Portugal, também há muito que se impunha a sua reedição. Assim, no quadro da sua missão e atribuições em matéria de valorização do Património Cultural Imaterial, em particular no que respeita ao estímulo de estudos técnico-científicos e ao desenvolvimento de metodologias de investigação para a sua eficaz salvaguarda, é com grato prazer que o Instituto dos Museus e da Conservação concretiza a presente edição da Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa, em suporte electrónico de acesso livre, com vista à sua ampla disponibilização. Conscientes da sua importância como fonte documental – designadamente dada a sua amplitude temática, geográfica e temporal – estamos igualmente certos de que se assumirá como recurso indispensável para fins da protecção, valorização e divulgação do Património Imaterial no âmbito do respectivo Inventário Nacional, instituído pelo Decreto-Lei n.º 139/2009, de 15 de Junho. Especiais palavras são devidas, em primeiro lugar, a Benjamim Pereira, pelo seu imediato acolhimento da proposta de reedição da Bibliografia Analítica, designadamente no sentido de promover o seu livre acesso a todos os seus potenciais interessados, que exprime a sua generosidade intelectual e a sua permanente colaboração na valorização do património etnográfico. Agradecemos também a gentil colaboração de Branca Rolão Moriés, que assegurou a revisão da presente edição electrónica. Finalmente, o nosso particular agradecimento a João Leal, pelo seu Prefácio à presente edição e pelo seu contributo para a compreensão da importância que esta obra tem assumido para as gerações de antropólogos que dela têm beneficiado. Manuel Bairrão Oleiro DIRECTOR DO INSTITUTO DOS MUSEUS E DA CONSERVAÇÃO A BIBLIOGRAFIA ANALÍTICA DE ETNOGRAFIA PORTUGUESA: UMA OBRA DE REFERÊNCIA Começo por uma nota mais pessoal. De todos os livros que tenho e que foram escritos por Benjamim Pereira e pelos seus companheiros do Centro de Estudos de Etnologia e do Museu de Etnologia, aquele que se encontra em pior estado de conservação – embora nunca o tenha emprestado a ninguém – é a Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa. Editada originalmente em 1965, em Lisboa, pelo Instituto de Alta Cultura e pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, a Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa (que agora se reedita), começou por ser utilíssima nalguns trabalhos de iniciação à investigação que realizei na licenciatura em antropologia: sobre comunitarismo agro-pastoril, primeiro, sobre as Festas dos Rapazes e de Santo Estêvão, depois. Recorri também a ela na minha pesquisa sobre Festas do Espírito Santo nos Açores. E finalmente ela foi absolutamente indispensável à minha pesquisa sobre a história da antropologia em Portugal. Em todos estes casos, sem a Bibliografia Analítica a minha pesquisa teria sido muito mais difícil e longa – hipótese optimista – ou teria sido simplesmente muito mais incompleta e portanto mais frágil – hipótese realista. O que digo a meu respeito poderia ser dito da pesquisa de muitos outras colegas que trabalharam sobre temas de uma forma ou de outra cobertos pela Bibliografia Analítica. Serve isto para dizer – numa linguagem que embora podendo ser vista como reminiscente do século XIX não deixa de ser justa – que a Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa é um inigualável serviço prestado à ciência em Portugal e em particular a todos aqueles – etnógrafos, antropólogos, historiadores, museólogos – que trabalham e continuam a trabalhar sobre e a partir do país rural que Portugal era e que – embora de forma diferente – ainda continua a ser. Está lá tudo o que precisamos de saber sobre esse país até 1965. O total de referências listadas é impressionante: 3.834. Como se trata de uma Bibliografia Analítica, cada referência – além de criteriosamente identificada – é também objecto de um comentário que fornece um sumário rápido do texto. Esses comentários, organizados frequentemente sob a forma de uma listagem de tópicos, são de resto um dos aspectos fundamentais da Bibliografia: são eles que fazem dela um tão precioso instrumento de pesquisa. Organizada por grandes temas, cada um dos quais se divide em sub-temas, a Bibliografia Analítica tem também um índice final de autores que é igualmente de enorme utilidade. Com estas características, a Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa é para todos os efeitos – na falta de dicionários especializados e outros trabalhos de síntese sistemática – a única obra de referência – no sentido em que esta expressão é utilizada entre os bibliotecários – produzida em cerca de 140 anos de etnografia e de antropologia em Portugal. Serviço prestado à ciência, a Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa é também, de entre a vasta produção bibliográfica da escola de Jorge Dias um dos livros que melhor ilustra o carácter totalizante do seu projecto. É certo que, de entre essa bibliografia, a cultura material e as tecnologias tradicionais acabaram por ter um lugar de particular relevo. Mas como mostram os trabalhos de Jorge Dias sobre o carácter nacional português e sobre a diversidade antropológica do país, assim como as pesquisas – sobretudo de Ernesto Veiga de Oliveira – sobre festividades cíclicas, instrumentos musicais populares ou a arquitectura tradicional e por fim os trabalhos de Benjamim Pereira sobre as máscaras transmontanas, o objectivo último da pesquisa da escola de Jorge Dias era construir um grande fresco analítico da cultura portuguesa vista a partir dos campos (onde até aos anos 1960 vivia a maioria da população do país). Visava-se por um lado cobrir a totalidade do país, dividido para o efeito – no seguimento das lições de Orlando Ribeiro – em Mediterrânico, Atlântico e Transmontano. E visava-se por outro lado observar as culturas populares portuguesas na totalidade dos seus aspectos, em particular daqueles sobre os quais a informação era mais escassa ou daqueles que – numa perspectiva de “salvage ethnography” (etnografia de emergência) – eram vistos como estando condenados de forma mais irremediável a desaparecer e aos quais se deveria dar pois prioridade no registo. Tendo-se desequilibrado a favor da cultura material e das tecnologias tradicionais – justamente porque estas foram definidas como as áreas onde era mais necessária uma intervenção de emergência – este projecto de conhecimento totalizante do país foi único na história da antropologia portuguesa: não houve antes nem voltou a haver depois nada de semelhante não apenas na sua ambição, mas nos seus resultados concretos. Um dos lugares onde essa ambição se concretizou de formas mais efectiva foi justamente na Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa. A listagem dos tópicos principais do seu Índice de Matérias é reveladora: Etnologia Geral, Bibliografia, Carácter Nacional, Museus e Exposições, Estudos de Comunidades, Ergologia, Tecnologia e Economia, Costumes Sociais e Profissionais, Usos e Costumes, Crença Popular, Literatura Popular, Música e Dança, Teatro Popular, Diversões, Vestuário e Ornatos, Alimentação, Ciência Popular, Vária (Etnologia, História, Geografia). Tudo está sob observação. Em primeiro lugar porque é sobre a totalidade de expressões da “vida popular” – desde a infra-estrutura à super- -estrutura – que versa a Bibliografia. E em segundo lugar, porque lá está registado tudo – ou praticamente quase tudo – que sobre esses temas se tinha escrito em Portugal até 1965: desde os escritos dos antropólogos centrais que se tinham debruçado – antes de Jorge Dias e da sua equipa – sobre as culturas populares portuguesas até à profusa produção dos etnógrafos locais, passando por materiais e informações avulsas de natureza etnográfica contidos na obra de eruditos e historiadores locais que se caracterizavam pela sua versatilidade. Neste sentido, a Bibliografia Analítica pode ser vista como uma espécie de exaustivo “estado da arte” – como se diz hoje em dia – a partir do qual – e em articulação com as pesquisa de terreno entretanto realizadas pelo grupo de Jorge Dias – poderia ter sido escrito uma espécie de grande tratado da Etnografia Portuguesa. Este, claro, não só não chegou a ser escrito como – tanto quanto é possível saber – nem sequer fazia parte dos planos de Jorge Dias e dos seus colaboradores. Mas o estado da arte – esse – estava pronto. Tendo parado em 1961, a Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa nunca chegou a ser actualizada, Benjamim Pereira chegou a alimentar esse projecto sem que entretanto o tenha concretizado. No final dos anos 1990, desenrolou-se – no quadro do Centro de Estudos de Antropologia Social (CEAS) do ISCTE – um projecto com características idênticas, a cargo de Rita Jerónimo, mas que não beneficiou de uma difusão alargada. Talvez seja esta a boa altura de pensar nessa actualização. Pelo modo como o país e a antropologia portuguesa entretanto mudaram, seria entretanto uma Bibliografia bem diferente. Com menos rurais e muito mais urbanos. Sem tantos estudos sobre romanceiro mas com muitas pesquisas sobre invenção da tradição. Com menos alfaias agrícolas e cheia de imigrantes (e emigrantes). Com cultura popular mas também com classes médias. Com mascarados transmontanos mas também com cultos neo-pentecostais e religiões afro-brasileiras. Comparando essa eventual Bibliografia com a Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa de Benjamim Pereira, poderíamos fazer um bom balanço do quanto o país mudou nas últimas décadas e do quanto – com ele – mudou a antropologia portuguesa. Até lá, resta-nos saudar a reedição desta Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa. Ela coincide com uma altura em que, na sequência da institucionalização da categoria de “património imaterial”, se assiste a uma espécie de segundo fôlego das culturas populares portuguesas – novas e velhas – expressa em processos vários de emblematização do popular a nível local, regional e nacional. Os saberes etnográficos e antropológicos não têm permanecido indiferentes a esses novos usos da cultura popular, seja estudando-os, seja animando-os. A Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa permanece por isso, neste novo quadro, aquilo que sempre foi: uma obra de referência. João Leal Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Universidade Nova de Lisboa) Centro em Rede de Investigação em Antropologia (pólo UNL)

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A Bibliografia Analítica conheceu apenas uma única edição, concretizada no próprio ano Matança do porco; moagem manual, cozedura do pão.
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