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Preview Avaliação: metodologias no campo da saúde e da formação

Avaliação Metodologias no campo da saúde e da formação UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Reitora Dora Leal Rosa Vice Reitor Luiz Rogério Bastos Leal EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Diretora Flávia Goulart Mota Garcia Rosa CONSELHO EDITORIAL Alberto Brum Novaes Angelo Szaniecki Perret Serpa Caiuby Alves da Costa Charbel Ninõ El-Hani Cleise Furtado Mendes Dante Eustachio Lucchesi Ramacciotti Evelina de Carvalho Sá Hoisel José Teixeira Cavalcante Filho Maria Vidal de Negreiros Camargo Cristina Maria Meira de Melo Norma Carapiá Fagundes Tatiane Araújo dos Santos Organizadoras Avaliação Metodologias no campo da saúde e da formação Edufba Salvador 2012 2012, autoras Direitos para esta edição cedidos à EDUFBA. Feito o depósito legal. Capa, Projeto Gráfico e Editoração Rodrigo Oyarzábal Schlabitz Edvaldo Gomes Ferreira Monteiro Normalização Lucas Manoel E. Vieira Revisão Magel Castilho de Carvalho Tânia de Aragão Bezerra Sistema de Bibliotecas – UFBA Avaliação : metodologias no campo da saúde e da formação / Cristina Maria Meira de Melo, Norma Carapiá Fagundes, Tatiane Araújo dos Santos, organizadoras ; prefácio, Michel Perreault. - Salvador : EDUFBA, 2012. 310 p. ISBN 978-85-232-0863-9 1. Saúde pública - Brasil - Avaliação. 2. Saúde pública - Brasil - Metodologia. 3. Formação profissional - Avaliação. I. Melo, Cristina Maria Meira de. II. Fagundes, Norma Carapiá. III. Santos, Tatiane Araújo dos. IV. Perreault,Michel. CDD - 326.10981 Editora filiada a EDUFBA Rua Barão de Jeremoabo, s/n, Campus de Ondina, 40170-115, Salvador-BA, Brasil Tel/fax: (71) 3283-6164 www.edufba.ufba.br | [email protected] Sumário Prefácio . . . . 7 Michel Perreault, Ph.D. - Université de Montréal Apresentação . . . . 11 Cristina Melo, Norma Fagundes e Tatiane Araújo Capítulo I Avaliação da capacidade de gestão da organização social: um caso na saúde . . . . 17 Maria do Carmo Lessa Guimarães, Cristina Maria Meira de Melo, Sandra Maria Chaves dos Santos e Alvino Sanches Filho Capítulo II Avaliação da capacidade de gestão terceirizada de unidades de saúde do SUS municipal . . . . 55 Cristina Maria Meira de Melo, Geovana Raimunda da Silva Santana, Heloniza Oliveira Gonçalves Costa, Handerson da Silva Santos, Oswaldo Y. Tanaka, Tatiane Araújo dos Santos Capítulo III Análise da implantação do processo de terceirização da saúde no SUS municipal: uma abordagem metodológica . . . . 105 Handerson Silva Santos, Cristina Maria Meira de Melo, Geovana Raimunda Silva Santana, Tatiane Araújo dos Santos Capítulo IV Aspectos metodológicos na utilização da análise de implantação em pesquisa avaliativa . . . . 127 Silvone Santa Bárbara da Silva Santos e Cristina Maria Meira de Melo Capítulo V Avaliação da formação de educadores em alimentação saudável: uma proposta metodológica . . . . 155 Nilza A. Tuler Sobral, Sandra Maria Chaves dos Santos Capítulo VI Avaliação de estágios curriculares: uma proposta para a graduação em enfermagem . . . . 183 Norma Carapiá Fagundes, Isabela B. Sales J. Ayres, Carolina Pedroza C. Garcia, Sonia Cristina Lima Chaves, Denise Rodrigues Diniz, Madeline Santos Bitencourt, Rosanita Ferreira Baptista Capítulo VII Avaliação dos centros regionais de saúde do trabalhador na Rede de Atenção à Saúde do Trabalhador na Bahia . . . . 227 Mônica Moura da Costa e Silva, Rosanita Ferreira Baptista, Isabela B. Sales J. Ayres, Sonia Cristina Lima Chaves Capítulo VIII Avaliação da gestão descentralizada do programa de DST/AIDS: um estudo em municípios baianos . . . . 267 Edivânia L. Araujo Santos Landim, Maria do Carmo Lessa Guimarães Prefácio Antes de perguntar “para que um livro sobre avaliação?”, deve- mos, pela leitura deste livro, nos perguntar: para que avaliar no campo da Saúde? E, particularmente, por que avaliar no campo da Saúde no Brasil, que não tem, até agora, uma longa tradição no campo da avalia- ção, como é o caso de diversos sistemas nacionais de saúde. No Brasil, devemos considerar que a saúde dispõe de um orça- mento tanto frágil quanto insuficiente: um relatório de 2010 da Consul- toria de Orçamento da Câmara dos Deputados mostra que as despesas correntes cresceram 2,47 pontos percentuais do PIB (Produto Interno Bruto), mas só uma fatia de 2% deste aumento foi destinada ao cus- teio da saúde, o que é largamente insuficiente. Devemos reconhecer que mesmo que o Brasil tenha problemas de gestão, como sinalizado pelo próprio Ministério da Saúde, um padrão de gestão arcaico com a utilização de métodos, protocolos e mecanismos defasados, é urgente melhorar a qualidade do gasto em saúde. Parece-me insuficiente encontrar estratégias que permitam usar melhor os recursos existentes, criando estruturas mais dinâmicas, com remuneração por metas e avaliação de desempenho, se os investimen- tos em saúde continuam insuficientes. Mas devemos buscar estas estra- tégias e avaliar se elas são eficazes e como elas o são, para melhorá-las. PPrreeffáácciioo 7 É justamente este o objetivo do livro de Melo, Fagundes e dos Santos, com apoio do GERIR da Universidade Federal da Bahia. Além de mostrar de maneira bem concreta como devemos e podemos saber se as políticas em saúde alcançam os seus objetivos, o livro apresenta propostas metodológicas sobre a pesquisa avaliativa. Mesmo que defi- nindo objetivos muitos audaciosos como “Esta metodologia deve pro- duzir respostas sobre a gestão da OS no que se refere a uma nova forma de decidir, de executar o decidido e de sustentar os resultados alcan- çados”, devemos aproveitar dos resultados explícitos que mostram de maneira simples e compreensível como os gestores enfrentam desafios de altíssima complexidade. As propostas metodológicas discutidas neste livro se inserem na tradição da avaliação como prática social, preferindo ao contrário do tes- te científico (scientific testing), tradicionalmente mais utilizado, e que, segundo Greenhaigh e Russell, faz parte do positivismo triunfal desde o século XIX, negando em geral o conceito de gestão como prática técnica, social e política, concepção afirmada na apresentação do livro. No entanto, felizmente todos os capítulos do livro descrevem o uso de metodologias de base construtivista, sem negar a contribuição dos dados quantitativos, ao mesmo tempo que consolidam a contri- buição fundamental das abordagens de tipo qualitativo na avaliação, o que reforça a concepção, cada vez mais importante, da universalidade das ciências, tanto humanas e sociais quanto “naturais”. Como afirmaram Tanaka e Melo (2000, p. 113) 1, “a avaliação é uma função de gestão destinada a auxiliar o processo de decisão vi- sando torná-lo o mais racional e efetivo possível. Na atual conjuntura, o alto custo da atenção à saúde, seja por sua cobertura ou complexida- de, tem exigido dos gestores decisões que beneficiem maior número de 1 TANAKA, O. Y.; MELO, C. Uma proposta de abordagem transdisciplinar para avaliação em Saú- de. Revista Interface – comunicação, saúde, educação, Botucatu, SP, 2000, v. 4, n. 7, p. 113-118, 2000. ISSN 1414-3283. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832000000200009. Acesso em: 03 nov. 2010. 8 Avaliação: metodologias no campo da saúde e da formação usuários e que consigam resultados mais equitativos com os mesmos recursos disponíveis”, o que é o caso para todos os sistemas de saúde, levando em conta os avanços da biomedicina, que transforma proble- mas agudos em crônicos, o que é melhor para a esperança da vida, porém cada vez mais caro. Mas os gestores do SUS se deparam demasiadamente com o fe- nômeno da fragmentação da saúde, que podemos definir como uma enorme força centrífuga de explosão de unidades de gestão, aumen- tando as desigualdades inter e intra-regionais, já enormes no Brasil, e ao mesmo tempo criando um crescimento paradoxal da força cen- trípeta da União e dos Estados, através de normas operacionais que criam um tipo de gestão vertical, no qual as unidades subnacionais não têm autonomia, o que foi o objetivo fundamental da municipalização descentralizada. Este processo de fragmentação é bem demonstrado e analisado pelo livro de Melo, Fagundes e dos Santos, confirmando o processo que cria, segundo Melo e outros (2009, p. 8)2 tais desafios para a gestão: “Destaca-se ainda, que existem outras razões que explicam a ausência de poder local, dado que os municípios são criados muito mais para demarcação territorial de poder eleitoral de grupos políticos do que como resultado de um processo político social.” À frente desses desafios que existem em todo sistema de saúde, mas que adquirem uma importância maior no Brasil, por causa da exe- cução da gestão da saúde por 5.564 municípios, e do verdadeiro quebra- -cabeça que cria a repartição entre recursos públicos e privados, como efeito de poderes particulares que, em muitos casos, usam o orçamento público para seu próprio lucro, sem considerar os princípios e objetivos universais do SUS. Tudo isso reforça a altíssima importância da “insti- tucionalização da prática avaliativa voltada para as práticas de saúde e/ ou de gestão dos serviços, como uma possibilidade de busca de novos 2 MELO, C. M. M. et al. Avaliação da capacidade de gestão terceirizada de unidades de saúde do SUS mu- nicipal. Salvador: Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, 2009, 225 f. Relatório Final de Pesquisa Grupo GERIR. PPrreeffáácciioo 9

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