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avaliação de técnicas calorimétricas aplicadas ao monitoramento de processos químicos PDF

287 Pages·2009·2.7 MB·Portuguese
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Wilson Hideki Hirota AVALIAÇÃO DE TÉCNICAS CALORIMÉTRICAS APLICADAS AO MONITORAMENTO DE PROCESSOS QUÍMICOS São Paulo 2009 Wilson Hideki Hirota AVALIAÇÃO DE TÉCNICAS CALORIMÉTRICAS APLICADAS AO MONITORAMENTO DE PROCESSOS QUÍMICOS Tese apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Engenharia São Paulo 2009 Wilson Hideki Hirota AVALIAÇÃO DE TÉCNICAS CALORIMÉTRICAS APLICADAS AO MONITORAMENTO DE PROCESSOS QUÍMICOS Tese apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Engenharia Área de Concentração: Engenharia Química Orientador: Prof. Dr. Reinaldo Giudici Coorientador: Prof.ª Dra. Cláudia Sayer São Paulo 2009 Este exemplar foi revisado e alterado em relação à versão original, sob responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador. São Paulo, 30 de setembro de 2009. Assinatura do autor ____________________________ Assinatura do orientador _______________________ FICHA CATALOGRÁFICA Hirota, Wilson Hideki Avaliação de técnicas calorimétricas aplicadas ao monitora- mento de processos químicos / W.H. Hirota. -- ed.rev. -- São Paulo, 2009. 285 p. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia Química. 1. Reatores químicos 2. Geração de calor 3. Hidrólise 4. Poli- merização I. Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia Química II. t. AGRADECIMENTOS Agradeço ao Prof. Reinaldo Giudici pela oportunidade, apoio, paciência e pela valiosa orientação durante esses três anos de trabalho em conjunto. Agradeço a Prof. Cláudia Sayer pela co-orientação e pela sua participação em mais esta etapa da minha formação. Agradeço aos professores Darci Odloak e Galo A. Carrillo Le Roux pela participação em minha qualificação e pelas sugestões e devidas correções. Agradeço ao Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo pelo apoio e pelas oportunidades proporcionadas. Agradeço à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pela concessão da bolsa e pelo suporte financeiro a este projeto. A BASF pelo fornecimento dos monômeros. RESUMO A crescente demanda por produtos poliméricos com propriedades cada vez mais estritas tem forçado o desenvolvimento de técnicas de monitoramento em linha cada vez mais precisas e robustas. Infelizmente, grande parte das principais propriedades poliméricas não são quantificáveis em linha a partir das metodologias analíticas atualmente disponíveis e, portanto, na prática, as propriedades finais dos látices poliméricos são obtidas através da caracterização off line de amostras discretas coletadas do processo, resultando em um tempo de análise longo e indesejado para qualquer algoritmo de controle em tempo real. Por outro lado, como as reações de polimerização são altamente exotérmicas é possível quantificar continuamente a taxa de calor gerado pela reação a partir das medidas de temperatura e do balanço de energia que, por sua vez, pode ser usada para obter importantes informações acerca do estado do processo. Entretanto, esta técnica requer a atualização contínua do coeficiente global de troca térmica ao longo da reação, uma vez que este parâmetro está sujeito a variações temporais significativas. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo analisar a viabilidade da aplicação conjunta dos conceitos da calorimetria e dos observadores não-lineares para a estimação dos estados de um processo químico. Para isso, serão analisadas duas reações químicas distintas: a) uma reação de hidrólise de anidrido acético, b) uma reação copolimerização em emulsão. Os resultados obtidos mostraram que essa metodologia é extremamente dependente dos parâmetros de sintonia do observador de estado, inviabilizando o seu uso para o monitoramento em linha de um processo químico. Por outro lado, a aplicação direta do balanço de energia para estimação do calor gerado pela reação, mostrou-se uma forma alternativa simples e viável para a estimação em tempo real dos estados de uma reação de polimerização. Palavras-chave: observador de estado não linear, calorimetria, hidrólise do anidrido acético, polimerização em emulsão. ABSTRACT The increasing demand for the production of polymers with more tight properties has placed great emphasis on the development of accurate and robust online monitoring techniques of polymerization reactions. Unfortunately, most of the main characteristics are not measurable online from analytical methodologies currently available and, therefore, in practice, the final properties of polymer latexes are obtained through off line characterization of discrete samples collected from the process, resulting in measurement delay which is undesirable for real-time control. On the other hand, since most of the polymerization reactions are highly exothermic, it is possible to quantify continuously the heat release rate based on temperature measurements and energy balance equations that, in turn, can be used to infer valuable information about the state of process. However, this approach requires up-dating the value of the global heat exchange coefficient through reaction, once this parameter is subject to significant time variations. Therefore, this work aims to examine the feasibility of joint implementation of the concepts of reaction calorimetry and nonlinear state observers for estimation of the states of a chemical process. In order to do that, two distinct chemical reactions will be considered: a) a hydrolysis of acetic anhydride reaction, b) an emulsion copolymerization reaction. The results showed that this approach shows a strong dependence of the tuning parameters, preventing its use for online monitoring of a chemical process. On the other hand, applying the heat balance it is possible to infer continuously the heat release rate and the states of polymerization reactions. Keywords: nonlinear state observer, reaction calorimetry, hydrolysis of acetic anhydride, emulsion polymerization. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 2.1 – Etapas da polimerização em emulsão (Teoria de Harkins) a) antes da adição de iniciador, b) estágio I, c) estágio II, d) estágio III...................34 Figura 4.1 – Reator tipo tanque agitado: fluxos térmicos.........................................101 Figura 4.2 – Perfis de temperatura pela aproximação de fluxo de calor estacionário..........................................................................................105 Figura 4.3 – Perfis de T e T – calorimetria adiabática............................................120 r j Figura 4.4 – Perfis de T e T – calorimetria isoperibólica.........................................121 r j Figura 4.5 – Perfis de T e T – calorimetria isotérmica............................................121 r j Figura 5.1 – Representação simplificada da unidade experimental.........................149 Figura 5.2 – Curvas de calibração: a) acetato de vinila e b) acrilato de butila.........152 Figura 5.3 – Difração dinâmica de luz: diagrama funcional......................................153 Figura 5.4 – Procedimento computacional dos observadores de estado em cascata e do balanço de massa no instante t ......................................................170 k Figura 6.1 – Estimação gráfica do coeficiente UA do: a) sistema 1, b) sistema 2, c) sistema 3..............................................................................................174 Figura 6.2 – Copo de poliestireno: comparação entre a) T experimental e r temperaturas ajustadas por IP e FSG, b) resíduos, c) derivadas de temperatura, e d) taxas de reação.......................................................177 Figura 6.3 – Balão volumétrico: comparação entre a) T experimental e temperaturas r ajustadas por IP e FSG, b) resíduos, c) derivadas de temperatura, e d) taxas de reação....................................................................................177 Figura 6.4 – Garrafa térmica: comparação entre a) T experimental e temperaturas r ajustadas por IP e FSG, b) resíduos, c) derivadas de temperatura, e d) taxas de reação....................................................................................178 Figura 6.5 – Gráfico de Arrhenius para o sistema 1 usando o a) método 1 (DPI), b) método 2 (FSG), c) método 3 (DFC)....................................................180 Figura 6.6 – Gráfico de Arrhenius para o sistema 2 usando o a) método 1 (DPI), b) método 2 (FSG), c) método 3 (DFC)....................................................180 Figura 6.7 – Gráfico de Arrhenius para o sistema 3 usando o a) método 1 (DPI), b) método 2 (FSG), c) método 3 (DFC)....................................................181 Figura 6.8 – Comparação entre os gráficos de Arrhenius para o a) sistema 1, b) sistema 2, e c) sistema 3, usando os valores de k e E obtidos por DPI, 0 FSG e DFC e aqueles reportados na literatura....................................183 Figura 6.9 – Substituição nucleofílica acílica............................................................184 Figura 6.10 – Substituição nucleofílica acílica catalisada por ácido........................184 Figura 6.11 – Hidrólise alcalina................................................................................185 Figura 6.12 – Hidrólise ácida....................................................................................185 Figura 6.13 – Valores experimentais e preditos de: a) temperatura e b) conversão para o sistema 1, c) temperatura e d) conversão para o sistema 2, e) temperatura e f) conversão para o sistema 3.....................................186 Figura 6.14 – Sistema 1: sensibilidade de a) X e b) T em relação ao coeficiente AA r UA, c) X e d) T em relação ao parâmetro k , e) X e f) T em AA r 0 AA r relação ao parâmetro E......................................................................189 Figura 6.15 – Sistema 2: sensibilidade de a) X e b) T em relação ao coeficiente AA r UA, c) X e d) T em relação ao parâmetro k , e) X e f) T em AA r 0 AA r relação ao parâmetro E......................................................................190 Figura 6.16 – Sistema 3: sensibilidade de a) X e b) T em relação ao coeficiente AA r UA, c) X e d) T em relação ao parâmetro k , e) X e f) T em AA r 0 AA r relação ao parâmetro E......................................................................191 Figura 6.17 – Coeficiente global de troca térmica experimental de predito pelo observador de estado para a) copo de poliestireno, b) balão volumétrico, c) garrafa térmica...........................................................195 Figura 6.18 – Valores experimentais e preditos de a) temperatura e b) conversão para o sistema 1, c) temperatura e d) conversão para o sistema 2, e) temperatura e conversão para o sistema 3........................................196 Figura 7.1 – Efeito do número de pontos passados sobre a filtragem das medidas de temperatura a) n = 10 pontos, b) n = 20 pontos, c) n = 30 pontos, d) n L L L L = 40 pontos...........................................................................................203 Figura 7.2 – Efeito do grau do polinômio sobre a filtragem das medidas de temperatura a) r = 1, b) r = 2, c) r = 3, d) r = 5.....................................204 Figura 7.3 – Reações em batelada: remoção de ruídos das medidas de a) T e b) T r j do ensaio RC01A, c) T e d) T do ensaio RC01B, e) T e T do ensaio r j r j RC01C..................................................................................................205 Figura 7.4 – Reações intermitente e semi-contínuas: remoção de ruídos das medidas de a) T e b) T do ensaio RC01F, c) T e T do ensaio RC01D, r j r j e) T e T do ensaio RC01E..................................................................206 r j Figura 7.5 – Temperaturas de entrada (T ) e saída (T ) da camisa medidos pelos j,in j,out sensores PT100 e K para os ensaios RC01B a) T e b) T , RC01F c) j,in j,out T e d) T , RC01E e) T e f) T , e RC01C g) T e h) T .........208 j,in j,out j,in j,out j,in j,out Figura 7.6 – Determinação gráfica de (mC ) da a) carga inicial e b) látex da reação p r RC01D, c) carga inicial e d) látex da reação RC01E, e) carga inicial e f) látex da reação RC01C........................................................................210 Figura 7.7 – Rampas de temperatura experimental e predita para a) carga inicial e b) látex (reação RC01D), c) carga inicial e d) látex (reação RC01E), e) carga inicial e f) látex (reação RC01C).................................................212 Figura 7.8 – Rampas de temperatura experimental e predita (corrigida) para a) carga inicial e b) látex (reação RC01D), c) carga inicial e d) látex (reação RC01E).................................................................................................215 Figura 7.9 – Evolução de T e T durante as reações a) RC01A (batelada), b) RC01B r j (batelada), c) RC01C (batelada), d) RC01F (intermitente), e) RC01D (semi-contínuo), f) RC01E (semi-contínuo)..........................................218 Figura 7.10 – Comparação entre os valores preditos e experimentais de Q das r reações a) RC01A (batelada), b) RC01B (batelada), c) RC01C (batelada), d) RC01F (intermitente), e) RC01D (semi-contínuo), f) RC01E (semi-contínuo)......................................................................220 Figura 7.11 – Evolução do número de partículas por grama de látex durante as reações a) RC01A (batelada), b) RC01B (batelada), c) RC01C (batelada), d) RC01F (intermitente), e) RC01D (semi-contínuo), f) RC01E (semi-contínuo)......................................................................221 Figura 7.12 – Evolução dos perfis preditos do coeficiente UA durante as reações a) RC01A (batelada), b) RC01B (batelada), c) RC01C (batelada), d) RC01F (intermitente), e) RC01D (semi-contínuo), f) RC01E (semi- contínuo)............................................................................................223 Figura 7.13 – Evolução das conversões preditas, gravimétricas e cromatográficas durante as reações a) RC01A (batelada), b) RC01B (batelada), c) RC01C (batelada), d) RC01F (intermitente), e) RC01D (semi-contínuo), f) RC01E (semi-contínuo)...................................................................225

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A crescente demanda por produtos poliméricos com propriedades cada vez mais estritas tem forçado o desenvolvimento de técnicas de monitoramento em linha cada vez mais precisas e robustas. Infelizmente, grande parte das principais propriedades poliméricas não são quantificáveis em linha a
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